Puerto Natales-Puerto Montt, Chile

Cruzeiro num Cargueiro


Mau tempo austral
Cenário cinzento do anoitecer sobre os canais da Patagónia chilena.
Chamada
Comandante Marcelo Sanchez Alcazar ao telefone
Estreito à Vista
Comandante Marcelo Sanchez Alcazar prepara-se para mais um dos estreitos dos fiordes chilenos
Conversa com nativo
Passageiro e nativo Qawshkar conversam no exterior do cargueiro Puerto Eden
Gado a bordo
Caixas de camiões repletas de vacas e cavalos
O Glaciar Amália
Passageiros aglomeram-se junto a proa para admirar o glaciar Amália
King and Queen of the World
Passageiros imitam cena mais famosa do filme "Titanic", na proa do cargueiro da NAVIMAG.
Contra o vento
Passageiros divertem-se a resistir ao vento frigido que agita o Golfo de Peñas
Mar de gelo
Passageiros observam o intensificar da aglomeração de gelo na proximidade do glaciar Amália
Desembarque em Puerto Eden
Tripulantes e passageiros tratam das suas cargas e bagagens à chegada a Puerto Eden.
Estudo de Rota
Tripulante trabalha sobre um mapa na ponte de comando do cargueiro.
Deck carregado
Tripulante entra no deck colorido do Navimag.
Desembarque
Mochileiros ascendem ao convés, sobre uma plataforma hidráulica
Após longa pedinchice de mochileiros, a companhia chilena NAVIMAG decidiu admiti-los a bordo. Desde então, muitos viajantes exploraram os canais da Patagónia, lado a lado com contentores e gado.

O Chile e sobretudo o PN Torres del Paine, atraíam mais e mais forasteiros.

A determinada altura, os responsáveis da companhia de navegação NAVIMAG que assegurava as ligações Puerto Natales-Puerto Montt viram-se confrontados com a pedinchice permanente de mochileiros ávidos por descobrir a área remota e inóspita entre estas cidades.

Consciente do potencial financeiro do negócio, esta empresa estatal chilena apressou-se a dotar os seus navios Puerto Eden e Magallanes de acomodações à altura. Sem nunca abandonar o transporte de carga, passou admitir os interessados.

Percorremos a rota Sul-Norte no Puerto Eden, três dias e meio na companhia de viajantes de diversas partes do mundo – e também de gado. Entre cenários inacreditáveis e acima e abaixo das vagas assustadoras do Golfo de Penas.

21h15 – Puerto Natales/Región de Magallanes y Antártica

Embarque

A pouco e pouco os passageiros sobem e, desconfiados, olham em redor. Muitos não sabem sequer, ao certo, no que se estão a meter. Partilham perguntas, respostas e comentários que, em vários idiomas e sotaques fazem, da plataforma que nos conduz à coberta, uma espécie de elevador de Babel.

Já passa das 21h. Está previsto o Puerto Eden zarpar de Puerto Natales na madrugada seguinte. Por questões de segurança e organização, estabeleceu-se que os passageiros deviam embarcar na noite anterior e pernoitar no barco.

E assim foi. Depois de conduzidos pela tripulação aos respectivos camarotes, pouco mais nos resta nessa noite, senão dividir o espaço exíguo que vamos partilhar, quatro a quatro, nos próximos tempos.

1º Dia de Navegação

06h45 – Canal White

Começa cedo e em alvoroço a viagem. A algumas milhas espera-nos o Paso White – a passagem mais estreita de todo o percurso, com apenas 80 m de largura.

Os passageiros são convidados para se juntarem ao comandante e assistir às manobras. Apesar do cansaço do dia anterior e das escassas horas de sono, levantamo-nos de imediato. Corremos para a ponte, entretanto invadida. A tripulação parece não se importar. Habituada à intrusão, concilia as operações com esclarecimentos aos mais curiosos.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile

Comandante Marcelo Sanchez Alcazar prepara-se para mais um dos estreitos dos fiordes chilenos

Quando o estreito se revela realmente próximo da proa do navio, a visão das suas quatro enormes torres de rocha reforça a ilusão de que vamos ficar presos na rocha.

O comandante, esse, deixa-se fotografar. O momento é delicado, mas Marcelo Sanchez Alcazar divide-se, imperturbável, entre o fazer soar a buzina grave do navio, saborear o seu chá e observar inúmeros visores.

Com a mesma tranquilidade, a embarcação deixa para trás a tangente do Paso White. Continua a sulcar as águas lisas do canal. A plateia de observadores não arreda pé da ponte de comando, emocionada pela proeza e fascinada pela maquinaria.

Do pequeno-almoço ao almoço, apesar do frio e chuva próprios destas latitudes austrais, passamos grande parte do tempo nos decks superiores.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, canais patagonia

Cenário cinzento do anoitecer sobre os canais da Patagónia chilena.

Longas conversas acompanham horas de observação pachorrenta das margens e do gado que segue, apertado, sobre os camiões. À tarde, a exibição de uma aventura 007 na sala de estar sabota o espírito de convívio que se alastrava.

Para alguns, a paisagem patagónica dos canais e fiordes, com a sua vegetação minimal, torna-se repetitiva.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile

Tripulante entra no deck colorido do Navimag.

17h45 – Glaciar Amália

Por esta altura, os passageiros reagem ao apelo estridente dos altifalantes. Acorrem ao exterior do navio, preparam as máquinas fotográficas e de filmar para a chegada do glaciar Amália.

Vencidos os dois últimos meandros apertados do canal surge por fim, o rio de gelo, de um azul tão forte que nem a névoa circundante consegue ofuscar. Seguem-se cenas de regozijo.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt, Puerto Natales, Chile, Glaciar Amalia

Passageiros aglomeram-se junto a proa para admirar o glaciar Amália

Enquanto o comandante Alcazar faz o navio apitar para assinalar o momento com solenidade, dois passageiros mais irrequietos não resistem a imitar o famoso “I’m the King of the World”, cena do filme Titanic, empoleirados sobre a proa do Puerto Eden.

De imediato, o comandante brinda-os com alguns apitos adicionais, dessa vez, castradores.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile,

Passageiros imitam cena mais famosa do filme “Titanic”, na proa do cargueiro da NAVIMAG.

Entretanto, a noite começa a cair. O comandante faz o navio dar meia-volta, de regresso à rota principal. A temperatura baixa de tal forma que poucos se atrevem a continuar no exterior. Perdem um pôr-do-sol que deixa o céu nublado em fogo.

Depois do jantar, fazem-se ouvir, de novo, os apelos amplificados de Maria Inês – a anfitriã do ferry – que anuncia uma happy hour especial: “En este momento el Señor Pollo está ofreciendo Pisco Sour en el bar del salon comedor. Por solo mil pesos pruebe la bebida más popular de Chile”.

A noite terminou mais animada que nunca.

2º Dia de Navegação

05h45 – Puerto Eden / Región de Magallanes y Antártica

Acordámos já em Puerto Eden, um porto piscatório cuja única ligação fiável à civilização é o barco da NAVIMAG.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, Puerto Eden

Tripulantes e passageiros tratam das suas cargas e bagagens à chegada a Puerto Eden.

Situado na proximidade da Ilha de Wellington, Puerto Eden é o último bastião do grupo étnico Qawéshkar, formado pelos trinta derradeiros indígenas originários da Terra do Fogo.

Como outros, ao longo dos tempos, este grupo foi perseguido e desenraizado da sua cultura pelos colonos e governos chilenos. Mais recentemente, passou a ser protegido e subsidiado. Segundo os vários chilenos que pudemos ouvir, será difícil a situação inverter-se.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-Natales, Chile, conversa a bordo

Passageiro e nativo Qawshkar conversam no exterior do cargueiro Puerto Eden

Por volta das 14h, o navio entra em mar aberto. Começamos a sentir o intensificar de um balanço que prenuncia sarilhos marítimos. Informam-nos que esta é a zona ideal para avistar baleias e lobos-marinhos.

A maior parte dos passageiros já só anseia por atenuar os sintomas do enjoo.

18h45 – Golfo de Penas / Region de Aisén

Apesar da tormenta, o jantar é servido à hora certa. Em vez dos habituais dois turnos repletos de gente, apenas umas poucas mesas estão ocupadas pelos felizardos imunes ao enjoo.

Nos corredores e camarotes reina uma agonia generalizada que sentimos agravar-se. À medida que as ondas aumentam, o navio, até então, apenas balouçante, passa a ser sacudido pelo embate violento das vagas no casco. Além do sofrimento físico, instala-se o medo.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, canais patagonia

Passageiros divertem-se a resistir ao vento frigido que agita o Golfo de Peñas

Devido ao balanço, a inclinação dos beliches (principalmente dos superiores) aumenta. Torna-se tal que quem está deitado já só evita cair a agarrar-se com determinação à cabeceira. Ao mesmo tempo, os beliches da camarata central, soltos, batem com estrondo nas paredes.

Com a bonança matinal, levantam-se, queixosos, os muitos enjoados a bordo e inteiram-se dos restantes estragos: um camião que resvalou contra a casa das máquinas; um potro que morreu esmagado pelo peso dos cavalos desgovernados; os beliches da camarata central destruídos; muita loiça partida e comida entornada.

Mais tarde, o comandante deixou escapar que aquela tinha sido a tempestade mais terrível que já tinha enfrentado no Golfo de Penas.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile,

Comandante Marcelo Sanchez Alcazar ao telefone

3º Dia de Navegação

13h45 – Golfo de Corcovado/ Región de Los Lagos

Deixada para trás a zona de canais da Bahia Ana Pink e Pulluche, entre o continente e a mítica ilha de Chiloé, o novo golfo brinda os passageiros com ondulação mais suave. Avistamos baleias ao longe, mas é o vislumbre do vulcão Corcovado, com o seu cume nevado, a 2300 metros de altitude, que centra as atenções.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, gelo nos canais patagonia

Passageiros observam o intensificar da aglomeração de gelo na proximidade do glaciar Amália

Aproxima-se Puerto Montt. À boa moda de mochileiro, muitos viajantes ainda não têm decidido para onde seguir após o desembarque.

Surgem planos improvisados para a continuação das viagens e as trocas de moradas e e-mails prosseguem mesmo após o jantar, partilhados por europeus, americanos, australianos e neozelandezes, por guatemaltecos, israelitas, sul-africanos, chineses e singapurenses, entre outros.

O convívio aberto de quem viveu uma verdadeira aventura dá lugar a festa. A sala – entretanto convertida em pista de dança – fica à mercê dos passageiros e pessoal de bordo mais bem disposto. A noitada, improvisada, mas genuína acaba por ser de arromba.

Por volta das 10 da manhã do dia seguinte o barco atraca em Puerto Montt e tem início o desembarque.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, desembarque

Mochileiros ascendem ao convés, sobre uma plataforma hidráulica

Primeiro, os passageiros, e depois, os camiões e o gado. Três dias de navegação depois, chegávamos, por fim, ao porto de destino.

Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
PN Torres del Paine, Chile

A Mais Dramática das Patagónias

Em nenhuma outra parte os confins austrais da América do Sul se revelam tão arrebatadores como na cordilheira de Paine. Ali, um castro natural de colossos de granito envolto de lagos e glaciares projecta-se da pampa e submete-se aos caprichos da meteorologia e da luz.
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Chiang Khong - Luang Prabang, Laos

Barco Lento, Rio Mekong Abaixo

A beleza do Laos e o custo mais baixo são boa razões para navegar entre Chiang Khong e Luang Prabang. Mas esta longa descida do rio Mekong pode ser tão desgastante quanto pitoresca.
Ilha Robinson Crusoe, Chile

Alexander Selkirk: na Pele do Verdadeiro Robinson Crusoe

A principal ilha do arquipélago Juan Fernández foi abrigo de piratas e tesouros. A sua história fez-se de aventuras como a de Alexander Selkirk, o marinheiro abandonado que inspirou o romance de Dafoe
Deserto de Atacama, Chile

A Vida nos Limites do Deserto de Atacama

Quando menos se espera, o lugar mais seco do mundo revela novos cenários extraterrestres numa fronteira entre o inóspito e o acolhedor, o estéril e o fértil que os nativos se habituaram a atravessar.
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio - Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Rapa Nui - Ilha da Páscoa, Chile

Sob o Olhar dos Moais

Rapa Nui foi descoberta pelos europeus no dia de Páscoa de 1722. Mas, se o nome cristão ilha da Páscoa faz todo o sentido, a civilização que a colonizou de moais observadores permanece envolta em mistério.
San Pedro de Atacama, Chile

São Pedro de Atacama: a Vida em Adobe no Mais Árido dos Desertos

Os conquistadores espanhóis tinham partido e o comboio desviou as caravanas de gado e nitrato. San Pedro recuperava a paz mas uma horda de forasteiros à descoberta da América do Sul invadiu o pueblo.
Vulcão Villarrica, Chile

Ascensão à Cratera do Vulcão Villarrica, Sempre em Actividade

Pucón abusa da confiança da natureza e prospera no sopé da montanha Villarrica.Seguimos este mau exemplo por trilhos gelados e conquistamos a cratera de um dos vulcões mais activos da América do Sul.
Pucón, Chile

Entre as Araucárias de La Araucania

A determinada latitude do longilíneo Chile, entramos em La Araucanía. Este é um Chile rude, repleto de vulcões, lagos, rios, quedas d’água e das florestas de coníferas de que brotou o nome da região. E é o coração de pinhão da maior etnia indígena do país: a Mapuche.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Arquitectura & Design
Cemitérios

A Última Morada

Dos sepulcros grandiosos de Novodevichy, em Moscovo, às ossadas maias encaixotadas de Pomuch, na província mexicana de Campeche, cada povo ostenta a sua forma de vida. Até na morte.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Cerimónias e Festividades
Apia, Samoa Ocidental

Fia Fia – Folclore Polinésio de Alta Rotação

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e daqui ao Havai, contam-se muitas variações de danças polinésias. As noites samoanas de Fia Fia, em particular, são animadas por um dos estilos mais acelerados.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Cidades
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Igreja Ortodoxa de Bolshoi Zayatski, ilhas Solovetsky, Rússia
Cultura
Bolshoi Zayatsky, Rússia

Misteriosas Babilónias Russas

Um conjunto de labirintos pré-históricos espirais feitos de pedras decoram a ilha Bolshoi Zayatsky, parte do arquipélago Solovetsky. Desprovidos de explicações sobre quando foram erguidos ou do seu significado, os habitantes destes confins setentrionais da Europa, tratam-nos por vavilons.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Em Viagem
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Músicos de etnia karanga jnunto às ruínas de Grande Zimbabwe, Zimbabwe
Étnico
Grande ZimbabuéZimbabué

Grande Zimbabwe, Pequena Dança Bira

Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.  
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Colonia del Sacramento, Uruguai
História
Colónia do Sacramento, Uruguai

Colónia do Sacramento: o Legado Uruguaio de um Vaivém Histórico

A fundação de Colónia do Sacramento pelos portugueses gerou conflitos recorrentes com os rivais hispânicos. Até 1828, esta praça fortificada, hoje sedativa, mudou de lado vezes sem conta.
Roça Bombaim, Roça Monte Café, ilha São Tomé, bandeira
Ilhas
Centro de São Tomé, São Tomé e Príncipe

De Roça em Roça, Rumo ao Coração Tropical de São Tomé

No caminho entre Trindade e Santa Clara confrontamo-nos com o passado colonial terrífico de Batepá. À passagem pelas roças Bombaim e Monte Café, a história da ilha parece ter-se diluído no tempo e na atmosfera clorofilina da selva santomense.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
vale profundo, socalcos arroz, batad, filipinas
Natureza
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Guias penetram na Cidade de Pedra, Pirenópolis
Parques Naturais
Cidade de Pedra, Goiás, Brasil

Uma Cidade de Pedra. Preciosa.

Uma vastidão lítica desponta do cerrado em redor de Pirenópolis e do âmago do estado brasileiro de Goiás. Com quase 600 hectares e ainda mais milhões de anos, aglomera inúmeras formações ruiniformes caprichosas e labirínticas. Quem a visita, perde-se por lá de deslumbre.
Forte Galle, Sri Lanka, Ceilão Lendária Taprobana
Património Mundial UNESCO
Galle, Sri Lanka

Nem Além, Nem Aquém da Lendária Taprobana

Camões eternizou o Ceilão como um marco indelével das Descobertas onde Galle foi das primeiras fortalezas que os portugueses controlaram e cederam. Passaram-se cinco séculos e o Ceilão deu lugar ao Sri Lanka. Galle resiste e continua a seduzir exploradores dos quatro cantos da Terra.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Personagens
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
República Dominicana, Praia Bahia de Las Águilas, Pedernales. Parque Nacional Jaragua, Praia
Praias
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, templo Batu Bolong, vulcão Agung em fundo
Religião
Lombok, Indonésia

Lombok: Hinduísmo Balinês Numa Ilha do Islão

A fundação da Indonésia assentou na crença num Deus único. Este princípio ambíguo sempre gerou polémica entre nacionalistas e islamistas mas, em Lombok, os balineses levam a liberdade de culto a peito
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Kente Festival Agotime, Gana, ouro
Sociedade
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Pisteiro San em acção na Torra Conservancy, Namibia
Vida Selvagem
Palmwag, Namíbia

Em Busca de Rinocerontes

Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.