Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu


A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.

São 22h em ponto.

Mayu aparece ao fim do corredor profundo da estação de Osaka Jokitazume e desce uma espécie de passerella fria, feita de mosaicos brancos industriais. Aproxima-se da barreira de torniquetes e de nós com uma leveza nipónica que nos impressiona.

Apresenta-se num inglês surpreendente, com uma voz bem mais grave do que estávamos habituados a ouvir nas mulheres japonesas, ainda assim suave e a condizer: “Olá, sou eu a Mayu, vão ficar em minha casa.”

Retrato mayu, Osaka, Japão

Mayu num dos seus muitos quimonos e prestes a iniciar o seu turno laboral em Osaka.

Confirmamos a nossa identidade, agradecemos de novo a hospitalidade e seguimos os passos curtos da anfitriã. Metemo-nos no elevador e saímos para a avenida na superfície.

A entrada do prédio em que habitava, fica a menos de 100 metros. Entramos no átrio e noutro elevador.

Acolhimento de Couchsurfing com Vista para o Castelo de Osaka

Chegamos ao 10º andar e ao seu domicílio, tiramos os sapatos e instalamo-nos na pequena sala, com vista para o Osaka-Jo, o castelo imponente que as bombas americanas arrasaram no fim da 2ª Guerra Mundial mas que as autoridades da cidade reconstruiram e fazem agora sobressair do breu urbano, com recurso a potentes canhões de luz.

Mayu põe-nos à vontade sobre o seu pequeno sofá branco de napa e traz-nos latas de cerveja Sapporo gelada. Nós dividimos uma. Ela bebe três e ruboresce a olhos vistos. O seu inglês confirma-se intermediate  e não beginner como tinha registado no perfil de Couchsurfing que preencheu.

“Apreendi-o quase todo na Europa, confessa-nos. Já estive por duas vezes na Croácia. Também fui à Bósnia-Herzegovina e a França. Fiquei a adorar os vossos Festivais da Eurovisão”.

Quando perguntamos porquê a Croácia e a Bósnia-Herzegovina entre tantos países da Europa, limita-se a encolher os ombros e a esboçar um “Porque calhou.” nada explicativo, muito menos convincente.

Além do domínio das línguas estrangeiras, e dos 32 anos de idade, constava no perfil o inevitável item “Occupation”. Quanto a este, Mayu não podia ser mais defensiva: “Not of your business!”

Ficamos à conversa até à 1a da manhã. Por volta dessa hora, o álcool e o cansaço aliam-se e obrigam-na a recolher ao seu quarto elevado numa espécie de divisão mezanina. Aproveitamos a sugestão e cedemos ao conforto soporífero dos futons e edredons que nos tinha estendido.

O Novo Dia (e Noite) de Mayu

Acordamos às 10, prendados por um sol radiante. Damos com um bilhete de Mayu a informar que tinha ido para o ginásio e voltava à hora do almoço.

Deixamos o apartamento para explorar o precinto vizinho do castelo de Osaka, ocupado por inúmeras almas livres da metrópole, grupos de jovens alunos irrequietos, casais de namorados e até um dançarino de J-Pop excêntrico e solitário que se move como se fosse de borracha ao ritmo da música privada fornecida pelos seus fones.

Regressamos a casa para buscar os portáteis antes de recorrermos à sempre conveniente Internet gratuita da cadeia McDonalds.

Encontramos Mayu a preparar-se para descer, vestida de quimono. “Não se assustem, são coisas do meu trabalho. Só volto lá para as 2 da madrugada. Já devem estar a dormir.”

No duplex, Osaka, Japao

Mayu desce dos seus aposentos no piso superior do andar de Osaka.

O Intrigante Ofício Nocturno de Mayu

No interior, reparamos com mais atenção num cabide repleto de outras roupas tradicionais nipónicas e, a contrastar, fotografias suas feitas em purikuras (estúdios de fotografia sofisticados japoneses) com amigas, em roupa interior.

O mistério em relação à sua profissão adensava-se sob o espectro proibitivo do aviso online. Não era da nossa conta, ponto final.

Em quimono de elevador, Osaka, Japão

Mayu deixa a sua casa, já de quimono.

Em termos de horas, o dia-a-dia sui generis de Mayu dificilmente coincidia com o nosso. Ela continuava a regressar já estávamos a dormir há muito.

Nós deixávamos a casa bem antes de ela acordar. Passaram-se, assim, três dias sem nos cruzarmos.

Quimonos e as Primeiras Confissões

Começámos a achar a situação imprópria e, na noite seguinte, esperamos por ela. Chega de quimono e, no meio de mais uma longa conversa, concordou que a fotografássemos com o traje típico.

Adereços, osaka, Japão

Mayu analisa uma mala repleta de roupa interior, cintas, bandas e outros acessórios que usa por baixo dos seus quimonos

Pediu-nos ajuda para escolher um mais colorido e exemplificou a delicada colocação do cinto.

Confessou-nos que esperava que o namorado a viesse visitar de Tóquio no fim de semana mas que estava desiludida porque isso já não ia acontecer.

Conversa puxa conversa, Mayu sente-se mais à vontade. Fala pela primeira vez nos seus clientes e revela-nos parte do enigma. “Muitas dessas coisas que vêem por aí são presentes.

Todos os dias me dão coisas. Por falar, tenho um cliente novo que é especialmente rico. Como vocês próprios concordaram, estou a precisar de um portátil novo. Acho que vou ver se ele mo oferece”.

Mayu confessa-se uma acompanhante e explica, assim, as suas viagens repetidas e improváveis à Europa. Deixa em aberto o grau de intimidade das suas prestações de serviços.

Mayu deixa a sua casa, já de quimono.

O Dia-a-dia de Osaka Passado com Mayu

Fechamos mais aquela madrugada com diálogos amenos regados a Sapporo e, aproveitando a cumplicidade reforçada, sugerimos acompanhá-la em parte do seu Sábado pré-laboral. Mayu aceita.

A anfitriã volta a acordar tarde. Encontramo-nos em casa por volta das 14h, tinha ela acabado de regressar do ginásio. Almoçamos bentos aquecidos no micro-ondas. Em seguida, vamos juntos ao salão hair stylist.

No Metro, Osaka, Japão

Curta viagem de metro de casa para o cabeleireiro.

Mayu sai de cabelo ainda molhado indigno de novo quimono que, por sua vez, destoa do visual futurista do metro e dos passageiros com que nos cruzamos.

Sentimo-nos a seguir um equívoco temporal e, Mayu, desconfortável como não tinha previsto, enquanto a fotografamos ao longo do percurso comutável.

Penetramos num labirinto de arcadas e, logo, no estabelecimento a que vai todos os dias. As jovens estilistas saúdam-na, instalam-na num cadeirão e passam-lhe para as mãos um catálogo plastificado de penteados que examina com destreza.

Cabeleireiros e Penteados

“Gostam deste?” e mostra-nos a imagem correspondente. Dizemos que sim. “OK, então está decidido”.

Penteados, Osaka, Japão

Cabeleireira mostra um catálogo de penteados a Mayu

Em três tempos, as cabeleireiras secam-lhe o cabelo e colocam os rolos necessários. Enquanto o cabelo adquire o volume desejado, Mayu aproveita para se maquilhar.

Em seguida, uma outra estilista desenha o toucado escolhido que termina com uma boa dose de laca em spray de que Mayu protege a cara com uma protecção facial transparente.

No cabeleireiro, Osaka, Japão

Mayu segura uma máscara enquanto a cabeleireira executa o seu novo penteado.

Fica pronto o visual para a noite que se aproxima. A cliente saca de 2000 ienes, assina um papel e despede-se. Já no exterior, concede-nos uma curiosa explicação comercial. “O preço normal para este styling que fiz são uns 8.000 ienes mas como venho cá todos os dias tenho um belo desconto. Só pago 2000. Também, não é toda a gente que faz estes penteados todos os dias, certo?”.

A Última Noite de Couchsurfing de Osaka, com Mayu

Vamos juntos para uma zona central e passeamos pelas ruelas repletas de pequenos bares e restaurantes. Chega a hora de nos separarmos e diz-nos que, dali, seguia sozinha. Ficamos com a ideia que para manter secreto o lugar em que trabalhava.

Junto a máquina de bebidas, Osaka, Japao

Uma pausa antes do trabalho, para uma bebida revigorante.

Nessa noite, regressamos do restaurante Portugália (negócio pioneiro do nosso compatriota Eduardo Mira Batista, radicado no Japão há 30 anos).

Percorremos as ruas a caminho de casa quando reconhecemos a zona em que a anfitriã nipónica nos deixou. Interrogamo-nos se não a encontraríamos quando somos confrontados pelo aparato de uma qualquer operação de socorro que combina bombeiros e polícia.

Centenas de trabalhadores e clientes dos estabelecimentos, como moradores dos andares superiores saem para a rua assustados e atrapalham a movimentação dos veículos de emergência e dos agentes.

Apesar do frenesim, estes chegam finalmente ao bar de porta fechada em que tinha disparado o alarme e encontram algum fumo no interior mas nada de demasiado complicado. O fumo é extinto, os agentes desligam o alarme, registam a ocorrência e cobram a multa correspondente aos proprietários.

Passada a confusão, a multidão debanda. O bairro de Osaka volta a entregar-se à sua intensa mizu shobai.

Skyline, Osaka, Japão

Os prédios mais altos do centro administrativo e de negócios da cidade, uma das maiores megalópoles do Japão

Já é Domingo. Mayu retorna a casa mais tarde que nunca.

Na manhã seguinte, diz-nos que um novo cliente tinha gostado dela mais que o habitual. Mudamo-nos para Hiroxima sem sabermos ao certo o que isso teria implicado. Ainda hoje estamos por perceber.

Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Visitantes nos Jameos del Água, Lanzarote, Canárias, Espanha
Arquitectura & Design
Lanzarote, Ilhas Canárias

A César Manrique o que é de César Manrique

Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Cerimónias e Festividades
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
MAL(E)divas
Cidades
Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério

Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Cabine lotada
Cultura
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Insólito Balnear
Étnico

Sul do Belize

A Estranha Vida ao Sol do Caribe Negro

A caminho da Guatemala, constatamos como a existência proscrita do povo garifuna, descendente de escravos africanos e de índios arawaks, contrasta com a de vários redutos balneares bem mais airosos.

Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Do lado de cá do Atlântico
História

Ilha de Goreia, Senegal

Uma Ilha Escrava da Escravatura

Foram vários milhões ou apenas milhares os escravos a passar por Goreia a caminho das Américas? Seja qual for a verdade, esta pequena ilha senegalesa nunca se libertará do jugo do seu simbolismo.​

fuerteventura ilha canária tempo, PN Corralejo, Playa del Pozo
Ilhas
Fuerteventura, Canárias

Fuerteventura – Ilha Canária e Jangada do Tempo

Uma curta travessia de ferry e desembarcamos em Corralejo, no cimo nordeste de Fuerteventura. Com Marrocos e África a meros 100km, perdemo-nos no deslumbre de cenários desérticos, vulcânicos e pós-coloniais sem igual.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Inverno Branco
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Serra Dourada, Cerrado, Goiás, Brasil
Natureza
Serra Dourada, Goiás, Brasil

Onde o Cerrado Ondula Dourado

Um dos tipos de savana da América do Sul, o Cerrado estende-se por mais de um quinto do território brasileiro que abastece de boa parte da água doce. Situado no âmago do Planalto Central e do estado de Goiás, o do Parque Estadual Serra Dourada resplandece a dobrar.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Caiaquer no lago Sinclair, Cradle Mountain - Lake Sinclair National Park, Tasmania, Austrália
Parques Naturais
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Património Mundial UNESCO
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Fila Vietnamita
Praias

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Religião
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Kogi, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia
Sociedade
PN Tayrona, Colômbia

Quem Protege os Guardiães do Mundo?

Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Salvamento de banhista em Boucan Canot, ilha da Reunião
Vida Selvagem
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.