Elmina, Gana

O Primeiro Jackpot dos Descobrimentos Portugueses


Em plena costa do Ouro
Uma vaga desenrola-se no Golfo da Guiné, com a fortaleza de São Jorge da Mina em fundo.
Sem retorno
Motorista de visita à fortaleza junto à porta sem retorno de onde os escravos ganeses eram enviados para o continente americano.
Mar de pescadores
Vista do porto de Elmina a partir do forte Coenraadsburg, uma fortaleza construída após a conquista de São Jorge da Mina e da região pelos holandeses.
Acima de Elmina
Visitantes ganeses num dos pátios dotados de canhões do forte de São Jorge da Mina.
Em rede
Pescadores ganeses em plena faina no porto sempre atarefado de Elmina.
O âmago de Elmina
Interior da fortaleza de São Jorge de Mina com o seu pátio na base de várias secções imponentes.
Mercado espontâneo
Vendedoras de peixe exibem o seu produto mesmo em frente à fortaleza de São Jorge da Mina
Uma chamada histórica
Ganês fala ao telefone sobre uma das varandas do interior do forte de São Jorge da Mina.
Doca em frenesim
Centenas de barcos de pesca coloridos pela sua pintura e por pequenas bandeiras de vários países do mundo, no estuário do rio Benya.
No séc. XVI, Mina gerava à Coroa mais de 310 kg de ouro anuais. Este proveito suscitou a cobiça da Holanda e da Inglaterra que se sucederam no lugar dos portugueses e fomentaram o tráfico de escravos para as Américas. A povoação em redor ainda é conhecida por Elmina mas, hoje, o peixe é a sua mais evidente riqueza.

As ondas do Atlântico desfazem-se areal acima. Desenrolam-se, vigorosas, quase até linha de coqueiros cimeira entre o limiar da Costa do Ouro e a estrada N1 que percorremos desde a já longínqua Acra.

A determinada altura, um meandro do asfalto concede-nos a visão longínqua de um castelo branco ladeado por mais coqueiros hirtos e que parece flutuar entre o azul do oceano e o do céu.

A configuração do percurso não tarda a esconde-lo mesmo se nos aproximamos, a cada quilómetro que passa, da povoação envolvente.

Em plena costa do Ouro

Uma vaga desenrola-se no Golfo da Guiné, com a fortaleza de São Jorge da Mina em fundo.

A estrada volta a render-se ao afago das vagas. Logo, serpenteia entre pequenas enseadas inundadas de barcos de pesca folclóricos ou pelo meio de um casario também garrido que se adensa.

Deixamos o carro. Completamos o que faltava do percurso até à base da língua de terra em que sabíamos ir-se materializar a miragem de há minutos. Os primeiros moradores da zona estão demasiado atarefados para ligarem à nossa incursão.

O Legado Controverso de Elmina

Até que, com o castelo pela frente, na comunhão de bandos errantes de cabras e de uma multidão frenética de pescadores e varinas ganesas, nos abordam alguns vendedores e candidatos a guias cada qual com as suas próprias abordagens de encantar.

“De que país são? Portugal? Isto era vosso, já sabem, não é ? … Encontraram o guia certo para vos explicar como tudo se passou!”

Prosseguimos em direcção ao forte a responder às propostas concorrentes e persistentes de venda de serviços e de artesanato da forma o mais paciente possível.

É assim, semi-escoltados, que chegamos à entrada do velho castelo, isolada por fossos e disfarçada na sua imponente fachada virada a terra, como é suposto numa fortaleza erguida para se conservar.

Uma chamada histórica

Ganês fala ao telefone sobre uma das varandas do interior do forte de São Jorge da Mina.

Invadimo-la curiosos pelo que encontraríamos no interior, onde nos esperava Alex Afful o guia pré-incumbido de nos apresentar o monumento. Instantes depois, já seguíamos os seus passos e as suas palavras numa deslumbrante viagem ao passado épico mas também pesaroso da actual Elmina.

A Costa de Ouro como Triunfo do Projecto de Descoberta de África

O Infante D. Henrique enviava navegadores a explorar a costa africana desde 1418, instigado pelos rumores de abundância de ouro, marfim, pedras preciosas e de outras riquezas.

Pelo anseio de encontrar uma rota alternativa que permitisse chegar directamente às especiarias da Ásia e de assim descartar os comerciantes árabes, até então, intermediários incontornáveis.

Pelo interesse da igreja em converter ao Cristianismo os povos a sul da Ibéria.

Acima de Elmina

Visitantes ganeses num dos pátios dotados de canhões do forte de São Jorge da Mina.

Após cinquenta anos em que esses navegadores foram aportando ao longo da costa de África, em 1471, chegaram à zona de Mina. Regia, então, Afonso V.

O rei mostrava-se pouco interessado em continuar a apoiar as expedições marítimas e o comércio da Guiné que só recentemente tinham começado a dar proveitos à Coroa. O rei arrendou a exploração da Costa da Guiné, sob regime de monopólio comercial, a um comerciante de nome Fernão Gomes.

Ao chegar à zona do actual Gana, Fernão Gomes deparou-se com um comércio de ouro já estabelecido entre nativos de distintas etnias e entre estes e os sempre incómodos comerciantes árabes e berberes. Fernão Gomes apressou-se a impor as suas próprias regras, como era de esperar, apoiado pela Coroa.

Com o Tratado de Alcáçovas a assegurar os direitos exclusivos sobre a recém-baptizada Costa do Ouro, D. João II, o rei que se seguiu, deliberou que devia ser construído um novo entreposto que protegesse o comércio aurífero de Portugal no Golfo da Guiné.

O âmago de Elmina

Interior da fortaleza de São Jorge de Mina com o seu pátio na base de várias secções imponentes.

O Entreposto Fortificado de Elmina

O projecto foi atribuído a um cavaleiro da Ordem de Aviz granjeado com várias comendas e conselheiro do rei. D. Diogo de Azambuja combatera lado a lado com Afonso V na conquista de Alcácer-Ceguer. Foi determinante na Guerra de Sucessão de Castela de 1475-1479 em que o inimigo lhe feriu gravemente uma perna.

A nova aventura africana de que D. João II o incumbiu celebrizou-o ainda mais. Em 1481, Azambuja comandou uma frota de nove caravelas e duas naus que transportou 600 soldados, 100 pedreiros e carpinteiros e toneladas de pedra e outros materiais necessários à construção da fortaleza planeada.

Volvido um ano, Azambuja já aproveitava o pé-de-guerra entre as poderosas etnias da região: os Akans, os Ashantis, os Fantis e outros.  Aliado aos Akans, conseguiu permissão para erguer a fortaleza, obra que terá terminado em 1482.

Na sequência, enviou a frota de volta a Lisboa. Permaneceu em Mina até 1484, com 60 soldados – entre os quais Cristovão Colombo – e a tarefa adicional de aprofundar contactos comerciais com a população nativa que aumentassem o proveito da Coroa.

Enquanto seguimos Alex Afful, testemunhamos a seriedade com que Azambuja desempenhou a sua missão. Por ter sido construída sobre camadas profundas de rocha sedimentar, a fortaleza de Mina resistiu às vagas do Atlântico que, como presenciámos, a continuam a fustigar.

À Descoberta do Grande Forte em Tempos Português

Passou pelo tempo de tal maneira que mal parece acabada de erguer. Mantêm-se intactos os seus três grandes pátios: o principal, o interior e o de serviço. À medida que a eles acedemos por escadarias íngremes e adarves amplos percebemos o grau de complexidade e a clareza arquitectónica da estrutura. Vislumbramos o Atlântico sem fim dos seus baluartes virados a Ocidente.

Subimos aos aposentos construídos no cimo da estrutura para albergar o Capitão-Mor. Apercebêmo-nos, de imediato, de como são amplos e os ventila uma brisa permanente vinda do oceano. Ao contrário das divisões em redor do pátio principal que vieram mais tarde a servir para aprisionar captivos africanos.

Alex Afful sublinha que o comércio de escravos convencional só teve início após os portugueses perderem a fortaleza para os holandeses.

Mesmo assim, atalha num ápice a visita guiada para os seus recantos mais tenebrosos e elucida-nos quanto às agruras que ali viriam, entretanto, a ser cometidas. “E esta era a famosa Door of No Return, semelhante à de outros fortes e casebres ao longo da costa africana.

Sem retorno

Motorista de visita à fortaleza junto à porta sem retorno de onde os escravos ganeses eram enviados para o continente americano.

As Masmorras Tenebrosas do Forte com Saída na Door of No Return

Daqui, desta masmorra tenebrosa, os escravos eram acorrentados e despachados para os barcos. Aqueles que sobreviviam à travessia do oceano nunca mais voltavam a ver África.” Reparamos em várias grinaldas de flores colocadas por visitantes anteriores em pesar pelos seus antepassados e, à entrada do forte, num texto negro encrustado num mármore branco que dita:

”Na Memória Eterna: da angústia dos nossos ancestrais. Que possam aqueles que morreram repousar em paz. Que possam aqueles que regressarem encontrar as suas raízes. Que a Humanidade nunca mais perpetre tal injustiça contra a Humanidade. Nós os que vivemos, juramos que assim será.”

Subimos a um varandim amplo virado para a povoação que acabamos por partilhar com um grupo de ganeses, alguns trajados de jilabas, que se fotografam de iPad em riste, entre uma bateria de velhos canhões negros. Desse miradouro muralhado, apreciamos o casario multicolor de Elmina e um outro forte destacado acima na encosta.

O Frenesim Piscatório do Rio Benya

E, mais impressionante, que tudo, testemunhamos a incrível azáfama que tomava conta da foz do rio Benya.

Um atrás do outro, dezenas de barcos venciam as ondas do fim do estuário e na entravam na boca do rio apontados às docas de pesca mais repletas de embarcações e inundadas de gente e de peixe que até hoje presenciámos, em mais de quinze anos de viagens pela Terra.

Doca em frenesim

Centenas de barcos de pesca coloridos pela sua pintura e por pequenas bandeiras de vários países do mundo, no estuário do rio Benya.

Haveríamos de examinar de mais perto. Até então, continuámos a descobrir os recantos intrigantes e os segredos do forte de São Jorge de Mina.

No ápice do comércio do ouro, no século XVIII, mais de 300 toneladas de ouro por ano foram trocadas por trigo, tecidos e roupas árabes, colares e artigos de latão, panelas e penicos que fizeram um sucesso muito especial. Entre 1504 e 1582, terão sido trocados por ouro mais de 270.000 unidades de penicos.

Também eram trocados por ouro escravos trazidos do vizinho Benim e de outras paragens. Fosse qual fosse a moeda de troca, o ouro abundava. Em 1500, cerca de 10% das reservas de ouro do mundo.

Os corsários franceses e ingleses apressaram-se a atormentar os navios portugueses que lá ancoravam.

Em rede

Pescadores ganeses em plena faina no porto sempre atarefado de Elmina.

A Inevitável Interferência Histórica da Holanda

No contexto da dinastia filipina, a Espanha entrou em conflito com os Países Baixos. Estes expandiram os seus ataques a posses coloniais antes portuguesas tanto no Nordeste do Brasil como no Golfo da Guiné.

Em 1637, após cinco dias de resistência de quarenta homens que se diz doentes e mal-armados tomaram a fortaleza de São Jorge de Mina, à imagem do que fizeram a outros fortes portugueses no litoral africano.

Um dos factos mais fascinantes com que nos confrontamos é que os holandeses tiveram como reforços mercenários de várias partes da Europa. Também índios tapuias do Brasil que se aliaram ao conde Maurício de Nassau quando os holandeses se apoderaram de Pernambuco.

Os novos senhores de Mina rebaptizaram e ampliaram a fortaleza. Mas, por volta de 1620, o ouro diminuiu. Tornou-se mais difícil de obter. Os holandeses reagiram.

Adaptaram este e outros fortes erguidos pelos portugueses a um comércio que – numa rota geográfica bem distinta da aproveitada pelos portugueses – começara a gerar lucros exorbitantes: o fornecimento de escravos africanos às colónias das Américas, isto com o patrocínio dos próprios chefes das etnias akan, ashanti e fanti que os capturavam às tribos rivais e forneciam aos europeus.

A Continuidade Holandesa da Escravatura Transatlântica

O historiador ganês Kwesi Anquandah afiança que só no século XVII, a região da Costa do Ouro exportou mais de 650.000 escravos para o continente americano. Uma parte substancial, passou pela Door of No Return de Mina. Entre 1700 e 1755, muitos tiveram como destino o Brasil onde eram chamados de “minas”.

Prisioneiros de guerra altivos, provaram-se desobedientes e pouco dispostos a trabalhos forçados. No Brasil, participaram na maior parte das revoltas de escravos do século XVIII e deram origem a inúmeros quilombos. Em 1850, os ingleses, proibiram e fomentaram o fim do comércio de escravos.

Chegaram, inclusive, a capturar navios negreiros. Vinte e três anos depois, também capturaram aos holandeses o forte de Mina e apoderaram-se de todo o Gana. Como constatámos vezes sem conta, persiste uma forte cumplicidade histórica, cantada pelos novos ídolos do hip-hop e rap nacional entre o Gana e principalmente as Índias Ocidentais e os E.U.A..

Além da sua herança genética, ao invés da maior parte dos vizinhos africanos que, com a excepção da Nigéria, são francófonos, estas nações preservam língua e cultura anglófonas.

Mar de pescadores

Vista do porto de Elmina a partir do forte Coenraadsburg, uma fortaleza construída após a conquista de São Jorge da Mina e da região pelos holandeses.

Após deixarmos o forte que ainda contornamos pelo exterior, embrenhamo-nos nas margens do rio Benya, olhados de soslaio pelas varinas que se mostram enfurecidas mal levantamos as máquinas fotográficas e, quase todas, se apressam a informar-nos do preço das suas imagens: “vai-vos custar 20 cedis! ”.

Aquela fraca disposição para a fotografia obriga-nos a complexas manobras diplomáticas.

Colocamo-los em prática com paciência até mesmo no antro pestilento e caótico das margens e docas de pesca, entre barcos com bandeirinhas de centenas de países do mundo.

Mercado espontâneo

Vendedoras de peixe exibem o seu produto mesmo em frente à fortaleza de São Jorge da Mina

E incontáveis espécimes recém-capurados no Atlântico ao largo, hoje, a prosperidade árdua mas garantida dos ganeses orgulhosos de Elmina.

Haveríamos de prosseguir para Ocidente, em busca da aldeia lacustre de Nzulezu.

Nzulezu, Gana

Uma Aldeia à Tona do Gana

Partimos da estância balnear de Busua, para o extremo ocidente da costa atlântica do Gana. Em Beyin, desviamos para norte, rumo ao lago Amansuri. Lá encontramos Nzulezu, uma das mais antigas e genuínas povoações lacustres da África Ocidental.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Table Mountain, África do Sul

À Mesa do Adamastor

Dos tempos primordiais das Descobertas à actualidade, a Montanha da Mesa sempre se destacou acima da imensidão sul-africana e dos oceanos em redor. Os séculos passaram e a Cidade do Cabo expandiu-se a seus pés. Tanto os capetonians como os forasteiros de visita se habituaram a contemplar, a ascender e a venerar esta meseta imponente e mítica.
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
Cabo da Boa Esperança - Cape of Good Hope NP, África do Sul

À Beira do Velho Fim do Mundo

Chegamos onde a grande África cedia aos domínios do “Mostrengo” Adamastor e os navegadores portugueses tremiam como varas. Ali, onde a Terra estava, afinal, longe de acabar, a esperança dos marinheiros em dobrar o tenebroso Cabo era desafiada pelas mesmas tormentas que lá continuam a grassar.
Acra, Gana

A Capital no Berço da Costa do Ouro

Do desembarque dos navegadores portugueses à independência em 1957, sucederam-se as potências que dominaram a região do Golfo da Guiné. Após o século XIX, Acra, a actual capital do Gana, instalou-se em redor de três fortes coloniais erguidos pela Grã-Bretanha, Holanda e Dinamarca. Nesse tempo, cresceu de mero subúrbio até uma das megalópoles mais pujantes de África.
Mactan, Cebu, Filipinas

O Atoleiro de Magalhães

Tinham decorrido quase 19 meses de navegação pioneira e atribulada em redor do mundo quando o explorador português cometeu o erro da sua vida. Nas Filipinas, o carrasco Datu Lapu Lapu preserva honras de herói. Em Mactan, uma sua estátua bronzeada com visual de super-herói tribal sobrepõe-se ao mangal da tragédia.

Ilha de Goreia, Senegal

Uma Ilha Escrava da Escravatura

Foram vários milhões ou apenas milhares os escravos a passar por Goreia a caminho das Américas? Seja qual for a verdade, esta pequena ilha senegalesa nunca se libertará do jugo do seu simbolismo.​

Volta, Gana

Uma Volta pelo Volta

Em tempos coloniais, a grande região africana do Volta foi alemã, britânica e francesa. Hoje, a área a leste deste rio majestoso da África Ocidental e do lago em que se espraia forma uma província homónima. E um recanto montanhoso, luxuriante e deslumbrante do Gana.
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Arquitectura & Design
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Dia da Austrália, Perth, bandeira australiana
Cerimónias e Festividades
Perth, Austrália

Dia da Austrália: em Honra da Fundação, de Luto Pela Invasão

26/1 é uma data controversa na Austrália. Enquanto os colonos britânicos o celebram com churrascos e muita cerveja, os aborígenes celebram o facto de não terem sido completamente dizimados.
Escadaria Palácio Itamaraty, Brasilia, Utopia, Brasil
Cidades
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Buda Vairocana, templo Todai ji, Nara, Japão
Cultura
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Casal Gótico
Em Viagem

Matarraña a Alcanar, Espanha

Uma Espanha Medieval

De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Étnico
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Assuão, Egipto, rio Nilo encontra a África negra, ilha Elefantina
História
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
San Juan, Cidade Velha, Porto Rico, Reggaeton, bandeira em Portão
Ilhas
San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton

Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Natureza
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Parques Naturais
Moçamedes ao PN Iona, Namibe, Angola

Entrada em Grande na Angola das Dunas

Ainda com Moçâmedes como ponto de partida, viajamos em busca das areias do Namibe e do Parque Nacional Iona. A meteorologia do cacimbo impede a continuação entre o Atlântico e as dunas para o sul deslumbrante da Baía dos Tigres. Será só uma questão de tempo.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Património Mundial UNESCO
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina
Praias
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Sociedade
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor
Vida Selvagem
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio – Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.