Bacolod, Filipinas

Doces Filipinas


A Ver a Vida Passar
Visitantes na varanda do museu Balay Negrense.
Património
A Casa ancestral de Bernardino Jalandoni, em Bacolod.
Fila de tricycles, Bacolod
Fila de trycicles o sustento de muitos moradores de Bacolod, como das Filipinas em geral.
Very Angry Christ
Altar da Angry Jesus Church, em Vitoria City, Bacolod.
Clínica ao ar livre
Curandeira atende um bébe numa rua de Bacolod.
Catedral de San Sebastian, Bacolod
Catedral de San Sebastian, no coração histórico de Bacolod.
Sinooker
Crianc?as jogam mini-snooker numa rua de Bacolod, a capital de Negros Occidental.
Âmago Cristão de Bacolod
Fachada da Catedral de San Diego em Silay, Bacolod.
Acima de tudo
A cu?pula reluzente da Catedral de San Diego em Silay.
Bacolod é a capital de Negros, a ilha no centro da produção filipina de cana de açúcar. De viagem pelos confins do Extremo-Oriente e entre a história e a contemporaneidade, saboreamos o âmago fascinante da mais Latina das Ásias.

Recém-desembarcados do ferry que liga a ilha de Iloilo à principal urbe de Negros, saímos directos para almoçar num buffet com comida tradicional de um centro-comercial de Bacolod.

Estávamos esfomeados e, de acordo, compenetrados no que tínhamos trazido nos pratos. Betsy Gazo, a guia nativa que nos acompanharia ao longo dos dias, não se deixou demover. Betsy, é – não temos, agora, qualquer dúvida – uma das cidadãs de Bacolod mais orgulhosas da sua cidade e ansiosas por que os visitantes a admirassem pelo muito que tinha por louvar.

Assim mesmo, armada de mapas e folhetos, Betsy serve-nos a sugestão aturada de itinerário que havia delineado. Esforçamo-nos para acompanhar as suas catadupas de raciocínios, demasiadas vezes em vão, perdidos entre as delícias gastronómicas da refeição e sucessivos e inevitáveis desvios temáticos.

Não vimos Betsy desarmar. Como nunca a vimos perder o foco da missão de nos desvendar o que em Bacolod mais a deslumbrava.

Negros é a quarta maior ilha das vastas Filipinas. De longe, a suprema do sub-grupo das Visayas que continuávamos a explorar.

As Famílias e as Mansões Históricas de Negros

Destacam-se dos seus tesouros históricos as mansões erguidas pelas famílias abastadas, algumas dessas famílias com nomes hispânicos, outras pré-hispânicos: os Lopez, os Ledesma, os Locsin. Outras ainda, fruto das fusões estratégicas levadas a cabo, caso da Locsin-Ledesma.

Com o passar das décadas, vários dos seus antigos lares foram restaurados, aprimorados e transformados em pequenos museus. No polo oposto, muitos outros viram-se votados a um abandono que custava a Betsy constatar.

Findo o almoço, a cicerone levou-nos e a Michael – o guia que nos acompanhava onde quer que fossemos nas Filipinas – a um destes últimos casos. “Bom, vou só dar aqui um empurrãozinho e deve ficar resolvido, isto tem donos mas tenho a certeza que não se importariam com a nossa visita, muito pelo contrário.”

De Visita ao Malacañang Palace

Passamos por um portão de ferro mal fechado. Em frente, resplandece uma mansão de base de tijolinhos com adornos de pedra trabalhada. O Malacañang Palace, como ficou conhecido, é  considerado a primeira Residência Presidencial das Filipinas.

Foi erguido pelo General Aniceto Lacson durante a década de 1880, num estilo denominado “Bahay na Bato, com a tradução simples de Casa de Pedra.

Numa altura em que muitos filipinos se tinham fartado sem retorno das imposições da Coroa Espanhola, Aniceto Lacson levou a insatisfação a outro nível. Parte de um grupo regional de insurrectos, liderou a revolta katipunera (anti-hispânica) geral da ilha de Negros contra a guarnição colonial de Bacolod, em 5 de Novembro de 1898. As forças espanholas não tardaram a render-se.

Na ressaca, Aniceto Lacson foi designado presidente da recém-formada República de Negros. Estabeleceu o escritório da sua presidência naquela mesma mansão que admirávamos, primeiro por fora, pouco depois, no seu interior desmobilado e a partir da varanda panorâmica que dá a volta ao piso superior.

Ao longo do século XX, até 1970, a mansão foi habitada por uma sucessão de filhos e netos de Aniceto Lacson. Nesse ano, como acontece todos os anos nas Filipinas, os tufões entraram em acção. Um em particular assolou Negros e danificou o telhado do edifício.

Os descendentes de Lacson ainda ponderaram a sua reparação mas, confrontados com a magnitude dos estragos, viram-se forçados a abandoná-lo. O Malacañang Palace entrou num processo de degradação que desolava Betsy.

Para seu contento, em 2002, foi formada uma fundação de co-proprietários apostados em reunir fundos para a restauração. Quando por ali cirandámos, estava longe de terminada.

Museu Balay Negrense, Bacolod, Negros Occidental, Filipinas

Visitantes na varanda do museu Balay Negrense.

A Victor Fernandez Gaston Ancestral House…

Ditavam os planos de Betsy que, até ao sol se instalar no seu leito ao largo do Estreito de Guimaras, ainda visitaríamos outro velho mas resplandecente domicílio, a Victor Fernandez Gaston Ancestral House.

Victor Gaston era filho de um normando de nome Yves Leopold Germain Gaston, que se revelou um dos pioneiros do cultivo de cana-de-açúcar nestas partes das filipinas. A construção da casa teve lugar em 1897, quando Victor Baston vivia ainda em casa do pai, uma tal de Hacienda Buen Retiro.

Nesse mesmo período, a sua esposa faleceu. A casa ficou pronta a tempo de acolher o viúvo e os doze filhos desde 1901 até à sua morte em 1927, ano em que a família deixou de a habitar. Abandonada por completo, em 1970, começou a degradar-se.

Ao contrário do que sucedeu com o Malacañang Palace de Aniceto Lacson, a sua recuperação veio a gerar um dos patrimónios culturais mais valiosos de Negros. Um dos herdeiros, o padre Monsignor Guillermo Ma. Gaston, decidiu doá-la à Autoridade de Turismo das Filipinas.

Esta Autoridade recorreu à sua capacidade nacional de angariação de fundos, incluindo estatais e investiu cinco milhões de pesos filipinos, (em redor de cem mil euros) para a reparar e mobilar com adereços e mobília da época. Conseguido esse desígnio, transformou a mansão no museu Balay Negrense que nos entretemos a examinar.

… Agora, museu Balay Negrense de Bacolod

O museu exibe um exemplo quase-vivo do lar e do estilo de vida de um barão do açúcar negrense. Está assente em fundações de madeira dura filipina balayong, e as tábuas longas, largas e espessas dos soalhos foram cortadas desse mesmo material.

O andar superior surge coberto de um telhado de ferro galvanizado em vez de telhas, de acordo com as indicações difundidas pelas autoridades de Manila, na ressaca dos sismos que devastaram várias localidades da ilha-mãe Luzon.

Com Negros tranquila e segura, apreciamos o salão superior da casa-museu em todo o seu esplendor revigorado. Um casal de namorados que a visitava em simultâneo chega à janela arqueada tripla e espreita o cenário de Silay ajardinado-luxuriante à sua frente, sob um candeeiro secular com luz quente.

Lá fora, o sol estava prestes a desligar-se. Nós, já usávamos as últimas energias do dia pelo que, momentos depois, recolhemos ao abrigo modernizado do hotel em que nos tinham hospedado.

O Masskara Festival e a Vida a Sério de Bacolod

Chegamos ao Domingo determinado para o Masskara Festival, uma espécie de Carnaval criado para animar a cidade e a ilha após o afundamento trágico do ferry M/S Don Juan. Aos poucos, Bacolod enche-se de vida.

Enquanto os participantes se prepararam para a loucura mascarada e saltitante do evento, seguimos Betsy em mais uma série de voltas e incursões cirúrgicas na vida local. Sob a arcada de uma das ruas da cidade, uma curandeira idosa atende pacientes de todas as idades.

Curandeira, Bacolod, Negros Occidental, Filipinas

Curandeira atende um bébe numa rua de Bacolod.

Temos umas ligeiras dores de fundo das costas, quase inevitáveis de tempos a tempos pelo peso das mochilas de fotografia que carregamos.

Mais curiosos com aquele consultório ao ar livre que em necessidade, colocamo-nos na fila, ao lado de um banco usado pelos doentes mais fracos e de uma banca repleta de frasquinhos com óleos, medicamentos caseiros e afins.

A senhora revela-se sobretudo pediatra mas atende um ou outro adulto com maleitas que domina. Quando se inteira do que nos queixávamos, recruta os serviços de uma quiropatra que, para bem dos nossos pecados, se esquiva a tratamentos radicais.

O Taj Mahal de Negros

Na sequência, visitamos as Ruínas de Talisay, chamadas de “Taj Mahal de Negros”, o que resta de uma mansão erguida pelo barão filipino do açúcar Mariano Ledesma Lacson em homenagem à sua esposa macaense-portuguesa Maria Braga Lacson, que faleceu vítima de um acidente doméstico, quando estava grávida do décimo primeiro filho do casal.

A caminho do que resta desta outra mansão incendiada pela resistência filipina para evitar a sua ocupação pelos japoneses na 2ª Guerra Mundial, atravessamos uma das plantações de cana-de-açúcar a perder de vista da ilha.

Um grupo de jovens trabalhadores corta cana sob o sol tropical. Outros, transportam-na para cima da caixa de um camião já meio-cheio de caules ressequidos.

A Produção Histórica e Artesanal de Cana-de-Açúcar

Betsy mostra-se comovida: “Por incrível que pareça, por cá ainda se corta a cana assim. E ainda temos gente como eles: tão pobres que aceitam trabalhar do nascer ao pôr-do-sol para ganhar uns míseros pesos.”

Séculos depois da introdução da cana-de-açúcar na ilha às mãos de mercadores árabes que terão trazido a planta das Celebes, algum tempo menos desde que a expansão e o aperfeiçoamento do cultivo enriqueceram várias famílias de proprietários da ilha, a economia de Negros evoluiu e diversificou-se.

Ainda assim, Negros é a maior produtora e exportadora de açúcar das Filipinas, a nação, por sua vez, a nona produtora do mundo desta matéria-prima. Mas não é só o açúcar. Uma grande refinadora situada em Cadiz, garante a produção de uma boa série de derivados: acetileno, fertilizantes e até rum.

Mais para o fim da tarde, regressamos a Silay. Betsy leva-nos ao cimo de um prédio que aloja serviços estatais da cidade. Passamos por uma série de salas e gabinetes.

Expedição Panorâmica a um Terraço Estatal de Bacolod

Já no terraço que encerrava os pisos do edifício, admiramos a urbanidade verdejante do centro daquela espécie de sub-cidade de Bacolod, com a cúpula prateada da catedral San Diego Pro, bem destacada da vida abaixo: a dos condutores de tricycles que a percorrem sem descanso.

Trycicles, Bacolod, Negros Occidental, Filipins

Fila de trycicles o sustento de muitos moradores de Bacolod, como das Filipinas em geral.

A dos adolescentes entregues a um jogo de basquete, a dos jardineiros que regam e aparam a vegetação da Silay Public Plaza.

Desde manhã cedo que andamos entregues ao critério cultural e histórico de Betsy Gatso. Possuída por um espírito benéfico de missão, Betsy pede-nos que recorramos às nossas derradeiras energias, que as empregássemos numa última viagem a um lugar em tudo diferente dos anteriores e que prometia não nos desapontar.

Viajamos cerca de 20km para sul, quase sempre à beira do Estreito de Guimaras. Em três quartos de hora, mudamo-nos de Silay para a vizinha Victorias City.

A mando de Betsy, o motorista deixa-nos à porta de uma tal de St. Joseph the Worker Chapel que encontramos vazia. “Já percebi que não são propriamente Cristãos devotos, muito menos beatos. Melhor assim. Preparem-se que vão ter uma grande surpresa.”

O Polémico Jesus Zangado de Victoria City

Entramos na nave moderna da igreja. No imediato, apercebemo-nos apenas de que o altar seria o mais colorido e exuberante que tínhamos alguma vez visto. Calibramos a vista e aproximamo-nos.

Angry Jesus Church, Vitoria City, Bacolod, Filipinas

Altar da Angry Jesus Church, em Vitoria City, Bacolod.

Perante os nossos olhos, umas mãos escarlates mantêm de braços abertos um Cristo de olhos azuis fulminantes e o coração atormentado por espinhos e fogo. Irado, como não sabíamos ser possível, aquele messias parecia julgar-nos antes de tempo.

Confrontamo-lo por um momento, até que Betsy volta a ceder à ansiedade e nos esclarece o muito que ali havia para esclarecer.

“Se querem que seja sincera, nem sei bem como isto foi possível em Negros e nas Filipinas em geral, onde a Igreja é tão conservadora. A verdade é que cá está e eu tenho uma enorme admiração por este trabalho.”

A pintura em questão, criada pelo artista abstracto filipino-americano Alfonso A. Ossorio fez jus à arquitectura sacro-moderna e anti-terramoto do arquitecto checo Antonín Raymond. Foram ambas encomendadas pela maior empresa sacarina das Filipinas, a Victorias Milling Company.

A relativa autonomia religiosa desta empresa face à Igreja deu azo ao capricho artístico mas, como nos confirma Betsy “a facção católica mais rígida de Manila não achou piada e tentou mundos e fundos para que a pintura fosse removida. Até à data em vão.”

Nas Filipinas do açúcar, há séculos que a abertura de espírito e a doçura do carácter das gentes estão acima de tudo.

Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Mactan, Cebu, Filipinas

O Atoleiro de Magalhães

Tinham decorrido quase 19 meses de navegação pioneira e atribulada em redor do mundo quando o explorador português cometeu o erro da sua vida. Nas Filipinas, o carrasco Datu Lapu Lapu preserva honras de herói. Em Mactan, uma sua estátua bronzeada com visual de super-herói tribal sobrepõe-se ao mangal da tragédia.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Iloilo, Filipinas

A Cidade Muy Leal y Noble das Filipinas

Em 1566, os espanhóis fundaram Iloilo no sul da ilha de Panay e, até à iminência do século XIX, foi capital das imensas Índias Espanholas Orientais. Mesmo se há quase cento e trinta anos filipina, Iloilo conserva-se uma das cidades mais hispânicas da Ásia.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Fiel em frente à gompa A gompa Kag Chode Thupten Samphel Ling.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Vista Serra do Cume, Ilha Terceira, Açores Ímpares
Cidades
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Cultura
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
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Em Viagem
Viajar Não Custa

Na próxima viagem, não deixe o seu dinheiro voar

Nem só a altura do ano e antecedência com que reservamos voos, estadias etc têm influência no custo de uma viagem. As formas de pagamento que usamo nos destinos pode representar uma grande diferença.
Silhuetas Islâmicas
Étnico

Istambul, Turquia

Onde o Oriente encontra o Ocidente, a Turquia Procura um Rumo

Metrópole emblemática e grandiosa, Istambul vive numa encruzilhada. Como a Turquia em geral, dividida entre a laicidade e o islamismo, a tradição e a modernidade, continua sem saber que caminho seguir

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O Terreno e o Celestial

Momento de partida de uma das corridas organizadas pelo Barbados Turf Club
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Canhões e Corridas de Cavalos na Velha Savannah Barbadiana

Nos séculos XVIII e XIX, Bridgetown acolheu o Quartel-General do Exército e da Marinha da Grã-Bretanha para as Índias Ocidentais. Em 1966, após 300 anos, Barbados conquistou a sua independência. A Garrison e, em particular, o relvado-hipódromo no seu âmago exaltam o vigor da jovem nação.
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Verificação da correspondência
Inverno Branco
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Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
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Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
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A humanidade rejubilou, há pouco tempo, com a primeira fotografia de um buraco negro. Em jeito de resposta, decidimos celebrar o que de melhor temos cá na Terra. Este artigo é dedicado aos blue holes de uma das ilhas abençoadas de Vanuatu.
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À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
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Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

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Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Kente Festival Agotime, Gana, ouro
Sociedade
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
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Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Vida Selvagem
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Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.