Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega


O Trio de Gamle Bergen
Figurantes no cenário reconstituído do Museu de Gamle Bergen,
Um Deco-Triunfo
Veado dourado decora a fachadas de um dos edifícios de Bryggen.
Bryggen ao ar livre
A Esplanada de Bryggen repleta de convivas ansiosos pelo sol raro de Bergen.
Moldura de Bryggen
Perspectiva enquadrada do casario antigo de Bryggen.
Lobos-do-mar
Um dos lados do Monumento ao Marinheiro de Bergen.
Bênção da Igreja da Cruz
Casal caminha numa ruela com vista para a Igreja da Cruz de Bergen.
Arquitectura Norueguesa
Retalho da zona histórica de Bergen, erguida com os lucros do comércio do norte da Noruega com o resto da Europa.
Dama de Bergen
Figurante do Museu de Gamle Bergen contempla uma janela.
Vida Pintada
Um mural de uma mulher a segurar um grande bacalhau, destaca-se numa parede lateral de Bergen.
Um Anexo
Pormenor de um anexo de madeira destacado de um edifício de pedra de Bryggen.
A Arte da Grelha
O artista português Jorge Maciel grelha pesca e marisco no Mercado de Peixe de Bergen.
Bryggen
Panorâmica dos edifício de Bryggen, vistos do lado oposto do porto de Vagen.
Veias de Madeira
Ruela de madeira no âmago do bairro em tempos hanseático de Bryggen.
Lenhador-Construtor
A escultura de um construtor de madeira decora a fachada de um dos edifícios de Bryggen.
Lares de Bergen
Casario de Bergen a ocupar a base da encosta atrás do Museu do Peixe da cidade.
Pedaladas de História
Figurante do Museu de Gamle Bergen sobre uma bicicleta antiga de roda gigante.
Monumento ao Marinheiro
Transeuntes atravessa uma praça, em frente ao Monumento ao Marinheiro de Bergen.
Troll Ciclista
Grande mural de um troll norueguês na parede lateral de um prédio de Bergen.
Lares de Bergen
Casario de Bergen a ocupar a base da encosta atrás do Museu do Peixe da cidade.
Passeio a solo
Transeunte precavido para a chuva habitual de Bergen, numa ruela de Bryggen.
Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.

Ditou a sequência da viagem que aportássemos em Bergen tal e qual o faziam os pescadores e mercadores que, ao longo de meio milénio, contribuíram para a sua riqueza e opulência.

Partimos da longínqua Balestrand às cinco da tarde. Durante quatro longas horas, navegamos pelo Sognefjord e por fiordes que dele derivavam para sul, até ao braço aberto do Mar do Norte em que se havia instalado a grande urbe de Vestland.

Por volta das nove de uma noite sub-árctica que estava longe de o ser, cercou-nos um casario costeiro mais denso e moderno que os de até então.

O ferry flectiu para sudeste. Momentos depois, o casario quase de lego de Bryggen insinuou-se e exibiu-se, destacado, na margem leste do porto de Vagen, o mais movimentado da Noruega.

Panoramica, Bryggen, Bergen, Noruega

Panorâmica dos edifício de Bryggen, vistos do lado oposto do porto de Vagen.

O Desembarque Pseudo-Nocturno em Bryggen

Nesse fim de dia, fizemos o mesmo que os pescadores e mercadores sempre fizeram após as suas viagens pelo Mar do Norte: procurámos o abrigo que merecíamos na cidade e recuperámos energias.

O raiar da aurora revelou um dia idêntico ao do tempo que viríamos a passar em Bergen: nebulado, acinzentado, frígido e húmido de um modo penetrante que, apesar dos agasalhos em que nos enfiávamos, parecia chegar-nos aos ossos.

Frescura à margem, situada à beira do Mar do Norte, Bergen é um dos lugares mais pluviosos da Europa, com chuva substancial numa média de 231 dias por ano. Até então, não nos podíamos queixar.

Dormimos a umas meras centenas de metros de Bryggen. Conscientes do encanto e peculiaridade daquele bairro secular, saímos para lá disparados.

À imagem de tantas outras paragens da Noruega, Bergen recebe cruzeiros atrás de cruzeiros, cerca de 300 por ano, que despejam um total de meio milhão de forasteiros.

Esplanada, Bryggen, Bergen, Noruega

A Esplanada de Bryggen repleta de convivas ansiosos pelo sol raro de Bergen.

Era suposto o esforço madrugador nos recompensar com evitarmos a inundação de visitantes do início da manhã. Não tardámos a perceber o quanto fora em vão.

Percorremos a rua marginal em suspenso na névoa e na formosura anacrónica dos cenários em redor. Quando nos vemos com a irmandade de edifícios coloridos e bicudos pela frente, metemo-nos por uma das ruelas entre eles encaixadas, ávidos por aprofundarmos a descoberta de Bryggen, ou Tyskebryggen, como é também chamada, traduzível do norueguês como a Doca Alemã.

O Velho Bairro Hanseático de Bryggen

Por ali nos entregamos a uma deambulação intrigada entre as traves, tábuas, travessas, degraus, telhas e demais, quase sempre pintados em tons base e mate: amarelos, vermelhos, laranjas, cinzentos, a formar ruas e ruelas de fábula que os séculos e as oscilações de temperatura e do terreno ribeirinho desnivelaram e entortaram.

Nos dias que correm, ocupam-nas negócios lucrativos. Lojas de roupa tradicional norueguesa, de recordações e bugigangas criativas e dispendiosas, também museus, galerias de arte e restaurantes com preços escandalosos até para os habituais padrões escandinavos.

A ligar os três ou quatro andares de cada edifício e conectá-los uns aos outros, cada ruela está dotada de uma ou duas escadarias interiores e uma escadaria-passadiço exterior que a cruza.

Transeuntes, Bryggen, Bergen, Noruega

Transeunte precavido para a chuva habitual de Bergen, numa ruela de Bryggen.

Na origem, os edifícios foram erguidos ainda pelos mercadores noruegueses mais abastados. Por essa altura, assente nos lucros e poderio dos seus comerciantes, uma série de cidades hoje alemãs, declararam-se livres e obtiveram validação do Imperador do Sacro Império Romano-Germânico a quem juraram fidelidade e aliança.

A Ascensão e Monopólio da Liga Hanseática em Bergen

Parte de uma corrente de assimilações, em Bergen, estas cidades apoderaram-se do negócio de compra e exportação do peixe salgado proveniente do norte da Noruega e dos cereais trazidos de distintas paragens da Europa.

Em 1350, o primeiro entreposto da Liga Hanseática (kontor) surgiu como sede da sua actividade avassaladora na Noruega.  Consequência da intensificação desse comércio, as docas foram aumentadas e melhoradas. Com elas, também os armazéns usados para guardar os produtos, os mesmos por que cirandávamos à descoberta.

Telhados, Bryggen, Bergen, Noruega

Perspectiva dos telhados e cimos do casario de Bryggen.

Damos com o Museu Hanseático e Schotstuene. Lá encontramos os aposentos e salões de assembleia em que, durante 400 anos, os comerciantes alemães viveram e conviveram a beber cerveja e em que se reuniram para todos os fins e propósitos, do simples passar do tempo à tomada de decisões cruciais.

A Inevitável Sina da Combustão de Bryggen

Tendo em conta a predominância da madeira em Bryggen e na Bergen em redor, seriam de esperar problemas com a fácil combustão. Os responsáveis estavam conscientes do risco. De tal maneira que o uso do fogo foi proibido em Bryggen, excepção feita para o edifício de Schotstuene onde toda a comida era confeccionada.

Ruela, BryggenBergen-Noruega

Ruela de madeira no âmago do bairro em tempos hanseático de Bryggen.

Mesmo assim, os incêndios ocorreram, repetiram-se e ficaram para a história da cidade. Narram os registos que, em 1702, um grande fogo se disseminou e destruiu armazéns, aposentos e escritórios. Hoje, só um quarto dos edifícios hanseáticos remonta a esse ano.

Os incêndios extinguiram-se e os edifícios foram ou demolidos ou reerguidos e ditou o contexto pós-calamidade que, volvido meio século, tenham passado todos para a posse de noruegueses. Nesse mesmo lapso, a presença da Liga Hanseática em Bergen tornou-se insípida. O Kontor local foi encerrado.

Vidro antigo, museu Liga Hanseática e Schotstuene, Bryggen, Bergen, Noruega

Um vidro antigo e raro no Museu da Liga Hanseática de Bergen.

A história de Bryggen resistiu ao fogo. Como a da cidade de Bergen que continuou a expandir-se pela planura em redor do braço de mar que acolheu Vagen e pelas encostas envolventes acima. Hoje, o seu casario forma um dos conjuntos habitacionais mais harmoniosos do norte da Europa.

Passamos para as traseiras de Bryggen da Rosenkrantzgaten.

Num trecho desta rua preenchido por um jardim, por entre as árvores, deliciamo-nos com a visão da comunidade de cimos bicudos e telhados que coroam o velho bairro.

Telhados, Bryggen, Bergen, Noruega

Perspectiva enquadrada do casario antigo de Bryggen.

A Vista Panorâmica mas Enregelante do Cimo de Floyen

Contemplá-lo projectado sobre o Mar do Norte e a flutuar nas suas águas gélidas é algo que nenhum forasteiro se atreve a perder. O ponto de partida para as alturas panorâmicas de Floyen ficava a uns poucos minutos a pé do limiar de Bryggen pelo que para lá nos dirigimos com passos apressados e entusiasmados que nos mantinham quentes.

Subimos a rua Vetrlidsallmenningen a partir do limiar do Mercado do Peixe até à entrada do teleférico Floibanen. A essa hora, já a multidão desembarcada dos cruzeiros marcava presença.

À boa maneira norueguesa, a fila flui de forma rápida e ordeira. Num ápice, damos connosco a atravessar o túnel na base da linha do teleférico e vemos a cidade desenrolar-se perante os nossos olhos, até às pontas do U estreito e profundo na extensão de Tyskebryggen, ponto de ancoragem de dois grandes cruzeiros de que procedia a maioria dos passageiros do teleférico.

Bergen no Mar do Norte, Noruega

Casario de Bergen organizado em redor do braço do Mar do Norte ocupado pelo porto de Vagen.

Saímos para uma espécie de anfiteatro amplo e expomo-nos a uma brisa marinha enregelante. Ajustamos os agasalhos e aproximamo-nos do varandim.

Dali, apreciamos o cenário esplendoroso por diante: Bergen, a segunda urbe da Noruega, lar de quase 300.000 habitantes, ainda assim, menos de metade dos da capital Oslo.

Fazemos as nossas fotos, contemplamos um pouco mais. Castigados pela inesperada frigidez, abreviamos o retorno à planura do centro histórico da cidade. Voltamos a percorrer a Vetrlidsallmenningen.

O Frenesim Comercial e Gastronómico dos Mercados de Peixe de Bergen

Quando a descemos, reparamos num mural que ocupa toda uma parede lateral de um prédio histórico abaixo. Retrata uma mulher, peixeira ou cliente, que segura um enorme peixe. A obra serviu-nos de preâmbulo artístico ao que se seguiria.

Mural num edifício, Bergen, Noruega

Um mural de uma mulher a segurar um grande bacalhau, destaca-se numa parede lateral de Bergen.

A Vetrlidsallmenningen entrega-nos ao fundo rectangular e apertado do porto de Vagen. Ocupam-no veleiros e outras pequenas embarcações.

No prolongamento deste fundo, reencontramos a extensão de tendas do Mercado de Peixe e Flores de Bergen, um pouco aquém do Mercado de Peixe oficial, o fechado, climatizado e bem mais requintado abaixo do quase tão vasto Turismo de Bergen.

Encontramo-lo num frenesim de ofertas de provas, de vendas e compras e de serviço de refeições fumegantes que deliciavam e reconfortavam convivas um pouco de todo o mundo.

Lá vemos exposto o melhor salmão norueguês, enormes lagostas, caranguejos-reais e ouriços, caviar, fatias longas e frescas de torsk, o bacalhau do Atlântico do Norte.

Espreitamos mais duas ou três tendas. Como esperado, detectamos o torsk também no modo de placa salgada de que Portugal se tornou o maior cliente da Noruega e cuja a importação fez a riqueza de inúmeros pescadores e distribuidores destas partes da Europa.

O Encontro Confortante com um Compatriota Atarefado

Mas não é tudo. Numa outra banca mais próxima do lado de lá de Vagen, chama-nos a atenção um cozinheiro atarefado com os grelhados de peixe e marisco servidos, doses atrás de doses a convivas ansiosos.

Reparamos nos seus longos e peculiares bigodes, bem combinados com a boina verde volumosa que usava. Já tínhamos constatado que quase todos os empregados naquele mercado eram estrangeiros, vários deles dedicados a acolher e satisfazer os magotes de clientes chegados dos seus países.

Jorge Maciel, Mercado do Peixe, Bergen, Noruega

O artista português Jorge Maciel grelha pesca e marisco no Mercado de Peixe de Bergen.

Apuramos que se tratava de um compatriota. Sem surpresa, estabelecemos e alimentamos uma conversa demasiado envolvente e extensa para o apuro culinário em que  – assim se chamava – se via. “Isto aqui não é mau” afiança-nos, “…se descontarem a falta do sol, do bom tempo a que estamos habituados, claro. Eu vivo cá com a minha mulher já há uns anos. Sou artista mas o que me tem dado dinheiro são este tipo de trabalhos.”

Um Périplo Náutico por Vagen, o Porto de Bergen

Já que por ali andávamos, subimos a bordo de um barco pitoresco que assegurava um itinerário por lugares-chave no prolongamento de Vagen: o Museu Norueguês das Pescas.

Figurantes de saída, Gamle Bergen, Noruega

Figurantes no cenário reconstituído do Museu de Gamle Bergen,

E, envolto de um jardim frondoso, o Museu da Velha Bergen, animado por um elenco de figurantes que, no cenário fidedigno de Gamle Bergen, re-encenavam aspectos da vida da cidade nos séculos XIX e XX, incluindo voltas aventureiras numa bicicleta antiga de roda gigante difícil de domar.

Figurante sobre bicicleta antiga, Gamle Bergen, Noruega

Figurante do Museu de Gamle Bergen sobre uma bicicleta antiga de roda gigante.

Confrontados com a hora de fecho e com a ansiedade dos figurantes em se livrarem dos fatos e papéis históricos, também nós regressamos à Bergen contemporânea, uma vez que tínhamos rejeitado a volta do barco ao seu ancoradouro, a bordo de um autocarro sofisticado.

A Derradeira Volta por Bergen

De novo a pé, vagueamos pelas ruelas seculares entre o fundo de Vagen e o bairro já interior de Vagsbunnen, em redor da igreja imponente de Korsk, leia-se da Cruz Sagrada.

Korskkirken, Bergen, Noruega

Casal caminha numa ruela com vista para a Igreja da Cruz de Bergen.

Prosseguimos para o sul da cidade até darmos com o desafogo da praça de Torgallmenningen, em que se destacava o Monumento de Bergen ao Marinheiro que servia de assento a transeuntes fatigados e a músicos imigrados do leste europeu.

Monumento ao Marinheiro, Bergen, Noruega

Um dos lados do Monumento ao Marinheiro de Bergen.

A pouca distância, entramos do domínio ervado e florestado do Byparken, lugar escolhido pela cidade para homenagear a personagem e obra eterna de Edvard Grieg, o mais conceituado pianista e compositor norueguês, conhecido à escala mundial – mesmo que de forma inconsciente – pela melodia contagiosa de “Na Gruta do Rei da Montanha”.

Bergen tinha ainda muito do seu rico e complexo reduto escandinavo por desvendar mas, por essa altura, esperava-nos já outro porto emblemático da Noruega: Stavanger.

Oslo, Noruega

Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Magma Geopark, Noruega

Uma Noruega Algo Lunar

Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
Stavanger, Noruega

A Cidade Motora da Noruega

A abundância de petróleo e gás natural ao largo e a sediação das empresas encarregues de os explorarem promoveram Stavanger de capital da conserva a capital energética norueguesa. Nem assim esta cidade se conformou. Com um legado histórico prolífico, às portas de um fiorde majestoso, há muito que a cosmopolita Stavanger impele a Terra do Sol da Meia-Noite.
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
PN Thingvellir, Islândia

Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Balestrand, Noruega

Balestrand: uma Vida Entre Fiordes

São comuns as povoações nas encostas dos desfiladeiros da Noruega. Balestrand está à entrada de três. Os seus cenários destacam-se de tal forma dos demais que atraíram pintores famosos e continuam a seduzir viajantes intrigados.
Preikestolen - Rocha do Púlpito, Noruega

Peregrinação ao Púlpito de Rocha da Noruega

Não faltam cenários grandiosos à Noruega dos fiordes sem fim. Em pleno fiorde de Lyse, o cimo destacado, alisado e quase quadrado de uma falésia com mais de 600 metros forma um inesperado púlpito rochoso. Subir às suas alturas, espreitar os precipícios e apreciar os panoramas em redor tem muito de revelação.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Sirocco, Arabia, Helsinquia
Arquitectura & Design
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Bom conselho Budista
Cerimónias e Festividades
Chiang Mai, Tailândia

300 Wats de Energia Espiritual e Cultural

Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Cidades
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Parada e Pompa
Cultura
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
A Toy Train story
Em Viagem
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Étnico
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Vila Velha Paraná, Rota do Tropeirismo do Paraná
História
Parque Vila Velha a Castro, Paraná

Na Rota do Tropeirismo do Paraná

Entre Ponta Grossa e Castro, viajamos nos Campos Gerais do Paraná e ao longo da sua história. Pelo passado dos colonos e tropeiros que colocaram a região no mapa. Até ao dos imigrantes neerlandeses que, em tempos mais recentes e, entre tantos outros, enriqueceram o sortido étnico deste estado brasileiro.
Banhista, The Baths, Devil's Bay (The Baths) National Park, Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas
Ilhas
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
silhueta e poema, cora coralina, goias velho, brasil
Literatura
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
agua grande plataforma, cataratas iguacu, brasil, argentina
Natureza
Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Guias penetram na Cidade de Pedra, Pirenópolis
Parques Naturais
Cidade de Pedra, Goiás, Brasil

Uma Cidade de Pedra. Preciosa.

Uma vastidão lítica desponta do cerrado em redor de Pirenópolis e do âmago do estado brasileiro de Goiás. Com quase 600 hectares e ainda mais milhões de anos, aglomera inúmeras formações ruiniformes caprichosas e labirínticas. Quem a visita, perde-se por lá de deslumbre.
Noite ilumina a margem do Mar Cáspio e as Flame Towers de Baku
Património Mundial UNESCO
Baku, Azerbaijão

A Metrópole que Despontou com o Petróleo do Cáspio

Em 1941, Hitler ditou o Azerbaijão um dos objectivos da Operação Barbarossa. O motivo foi a mesma abundância de ouro negro e gás natural que propulsionou a opulência da capital azeri sobre o Mar Cáspio. Baku tornou-se a grande metrópole do Cáucaso. Numa longa fusão entre Comunismo e Capitalismo. Entre o Leste e o Ocidente.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Personagens
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Balo Praia Creta, Grécia, a Ilha de Balos
Praias
Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Religião
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Sociedade
Tongatapu, Tonga

A Última Monarquia da Polinésia

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e ao Havai nenhuma outra monarquia resistiu à chegada dos descobridores europeus e da modernidade. Para Tonga, durante várias décadas, o desafio foi resistir à monarquia.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Vida Selvagem
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.