Khinalig, Azerbaijão

A Aldeia no Cimo do Azerbaijão


Uma Aldeia Azeri
Bandeira do Azerbaijão ondula ao vento sobre um muro de Khinalig.
Casario Não Tarda Nevado
Casas de Khinalig, ainda poupadas pelos nevões que atingem as terras altas do Cáucaso.
Higiene do Lar
Calçado à porta, a primeira garantia de higiene no lar.
Rebanho Solidário
Ovelhas agrupam-se perante a intrusão de um desconhecido.
O Estendal
Roupa garrida ondula ao vento frígido do Cáucaso.
Da Varanda
Um adeus aos forasteiros a partir de uma janela adornada da povoação.
Em Família
Família Badalov posa num recanto colorido da sua casa de Khinalig.
A águia da Municipalidade
Monumento marca o início do território de Xhinalig.
À Mesa
Monumento marca o início do território de Xhinalig.
Perus em Fila
Duo de perus com as montanhas do Cáucaso como fundo majestoso.
Idris e os Ladas
Guida e condutor Idris instalado sobre o seu Lada Niva.
Foco em Khinalig
Casario de Khinalig (Xinalig) iluminado por um foco natural de sol.
Relíquia encalhada
Outros dois casos de reparação complicada, entre vários de Khinalig.
Pequeno Cemitério
Lápides agrupadas a pouca distância do núcleo habitacional de Khinalig.
Relíquia UAZ
Crianças divertem-se em redor de uma relíquia soviética todo-terreno UAZ.
Aldeia do Islão
Adereço à janela assinala a fé islâmica de quase toda a aldeia de Khinalig.
A Estrada da Aldeia
Velho Lada vence uma das estradas pedregosas que percorrem Khinalig.
A Estrada do Rio
Via sinuosa ainda em terras baixas, mas a caminho dos mais de 2000 metros de altitude de Khinalig.
A Estrada da Montanha
Lada numa recta entre postes e que parece vir das montanhas mais altas do Cáucaso.
Em Família II
Parte da família Badalov à entrada do seu lar.
Instalado aos 2300 metros rugosos e gélidos do Grande Cáucaso, o povo Khinalig é apenas uma de várias minorias da região. Manteve-se isolado durante milénios. Até que, em 2006, uma estrada o tornou acessível aos velhos Ladas soviéticos.

A viagem de autocarro a partir de Baku pouco mais serviu que de um ajuste geográfico e de sono.

Prendados com dois lugares sobre o motor, aquecidos a condizer, o inesperado e madrugador aconchego depressa nos deixa sedados.

Adormecemos pouco depois de deixarmos a capital azeri. Só despertamos quase às onze da manhã, com o bus a dar entrada na estação de Quba.

Lá nos saúdam Elkham e Idris. Elkham, o pequeno empresário do turismo, ajuda-nos a trocar mais alguns dólares por manats.

Fechado o pagamento do que lhe devemos, entrega-nos a Idris, o condutor e guia, que nos transmite de imediato que a única língua estrangeira que fala, é russo.

Mais por gestos que por outra coisa, Idris convida-nos a segui-lo e a embarcarmos no jipe em que era suposto cumprirmos a viagem. Numa terra ainda de Ladas, percebemos que se orgulhava do seu.

Um Niva. Jipe, em vez de um qualquer Lada. “Niva!!” sublinha-nos, com entusiasmo, a qualidade e a segurança extra do modelo.

Cáucaso Acima, Rumo à Elevada Khinalig

Partimos. De início, avançamos ao longo do casario estendido de Quba. Pouco depois, por lombas e meandros de uma estrada esguia que emulavam os do rio Qudyal Çay.

Fica para trás uma aldeia chamada Qimil-qazma. A via em que seguíamos passa a chamar-se Xinaliqolu. Xinaliq, o destino final, também tratado por Khinalig, Khynalyk, Khanalyk, Kinalugh, Khanaluka, entre outros, distava pouco mais que 30km.

Uma hora quase sempre a subir que, por imperativos contemplativos, fotográficos e não só, cumpriríamos no dobro do tempo.

A paragem inaugural, fazemo-la à entrada de um desfiladeiro, onde a via serpenteava pela base de uma falésia profunda, inclinada, de modo vertiginoso, sobre o rio e sobre enormes rochedos largados por derrocadas.

Ladas e Mais Ladas também na Municipalidade de Khinaliq

Apreciamos o cenário apertado, medimo-lo pela escala do trânsito que o percorria, de Ladas e apenas Ladas. Idris aproveita para fumar um cigarro à pressa. Após o que continuamos.

Estamos no fim de Novembro e os nevões a sério atrasados. Subimos, assim, com bastante mais firmeza do que contávamos, assente na tracção 4×4 e nos pneus só quase carecas do carro.

Pelo caminho, passamos por vários outros Ladas, quase sempre os mais icónicos mas modestos modelos 2106 ou 2101, encostados à berma com problemas mecânicos.

Atingimos um qualquer cimo intermédio de que se destacava o monumento sinalizador da belediyesi (municipalidade) de Xinaliq, coroado por uma águia de asas quase na vertical, apontadas ao céu azulão.

Idris faz-nos sinal de que vai voltar a encostar: “foto, cigarret!”, assim nos esclarece.

Detém-se a pouca distância de um velho táxi Lada 2106, massacrado pelas ladeiras brutais e a que o condutor se via obrigado a acrescentar óleo ou água.

Enquanto o taxista ancião tratava do fluído em falta, juntavam-se-nos outros visitantes da região. Os mais jovens, faziam questão de subir ao pouso de pedra e tijolo da águia e de se fotografarem na sua companhia.

O taxista resolve o problema mecânico e retoma a viagem. Seguimos-lhe o exemplo.

As Montanhas do Cáucaso que Anunciam a Aldeia

Acima e abaixo de novas montanhas e vales, entre as elevações de ambos os lados da estrada, sobre ravinas cada vez mais arrepiantes, também por rectas que sulcavam uma terra dura e ocre.

Que apontavam a cumes acima dos 3500m, esses sim, carregados de neve, o Quizilkaya (3726m) e o Tufandag (4191m).

Tanto subimos, tanto nos detemos e prosseguimos que acabamos por chegar.

O casario de Khinalig revelava-se encavalitado num morro, envolto de encostas e assomadas pardas de neve resistente.

A essa hora, a configuração do relevo e a posição das nuvens aliavam-se para concederem à aldeia o estrelato luminoso.

O seu castro de lares de pedras alisadas e empilhadas resplandecia, os tectos de zinco destacavam-se dum entorno escurecido. Idris estaciona em frente a um desses lares, sob o esgar inquisidor de vacas e ovelhas vizinhas, soltas dos seus currais.

Recebe-nos um homem de meia-idade. Idris apresenta-nos a Orxen.

O Acolhimento Dedicado da Família Badalov

Este, leva-nos para o interior da casa em que nos iríamos hospedar. Instala-nos na mesa da sala.

Serve-nos chá turco, do preto, servido avermelhado, de um bule de cerâmica floreada para copinhos de vidro diminutos.

Como Idris, Orxen pouco ou nada falava além de azeri e russo.

Nós, malgrado termos prometido vezes sem conta que iríamos aprender russo, continuávamos a dominar apenas cinco ou seis palavras.

No momento, com a fome que todos partilhávamos, essas cinco palavras pareciam multiplicar-se, como acontecia com as travessas, pratos e pratinhos, os veículos dos sucessivos petiscos azeris.

Incumbido de nos acolher, Orxen tinha interrompido um seu outro qualquer afazer. Idris ainda voltaria a Quba.

Nós, não nos conseguíamos abstrair da fotogenia esplendorosa com que Khinalig nos tinha recebido.

Preocupava-nos que, de um momento para o outro, todo o vale ficasse à sombra.

Neste apoquento comum, a refeição vai-se em três tempos. Idris e Orxen às suas vidas.

Pomos as mochilas às costas. Saímos à descoberta de Khinalig, com mais urgência, de um ponto sobranceiro de onde a contemplássemos e aos seus ajustes ao poente, em formato panorâmico.

Em função dessa missão, galgamos uma crista de terreno que subia do morro da povoação. Cruzamo-nos com ovelhas que desciam dos seus pastos favoritos.

Passamos por pequenos cemitérios tresmalhados, sinalizados por lápides trabalhadas, só por um pouco, mais amareladas que o solo.

Por fim, atingimos um topo satisfatório. Por essa altura, o sol já alaranjava as nuvens.

Aos poucos, amornava o visual da povoação.

Sentamo-nos a recuperarmos o fôlego e a absorvemos a epopeia no Cáucaso de Khinalig, uma história que vem de há muito.

O Passado Milenar do Povo Khinalig

Malgrado a altitude, estudos arqueológicos permitiram concluir que a zona já era habitada há cerca de quatro milénios.

Numa era mais recente, conhecida como a Albânia Caucasiana, já o povo Khinalig, uma das minorias que integram o grupo étnico Shadagh (termo derivado do Monte Shadagh, 4243m) estava presente.

Estima-se, aliás, que fossem um dos vinte e seis povos que o viajante e historiador grego Estrabão mencionou na sua “Geografia”.

Isolados pelas montanhas, desenvolveram uma cultura que, como o dialecto que continuam a usar, lhes é única.

Em simultâneo, um perfil físico que se tornou característico: corpos médios-baixos e volumosos, cabelos castanhos, olhos azuis, ou então castanhos.

Escurece.

Descemos para o casario, aqui e ali, seguidos e provocados para brincadeiras fotográficas por miúdos, um deles, descobriríamos, pouco depois, o membro mais novo da família que nos ia acolher.

Refugiamo-nos do frio crescente a bebermos um chá num café-mercearia. Aí, percebemos o quanto os visitantes eram disputados pelos locais.

O proprietário informa-nos, de imediato, que tem lugar para dormirmos.

Quando retorquimos que já temos isso resolvido, pergunta onde, quanto pagamos e outras coisas mais.

Satisfazemos-lhe a curiosidade quando recebemos um SMS de Elkham.

Hijalaba Badalov, um Anfitrião Orgulhoso

Inteiramo-nos que o Sr. Hijalaba Badalov, o chefe da família, estava apoquentado por ser de noite e não saber de nós. Preocupados pela sua inquietude, improvisamos o regresso a casa, à pressa.

De volta ao abrigo do lar, recebe-nos a esposa do sr. Hijalaba. Volta a instalar-nos à mesa da sala, amornada por uma salamandra que queimava estrume de vaca e ao som ambiente de um enorme ecrã de TV.

Reposta a mesa, com pão, entradas, sopa de carne, chá e outros, aparece o sr. Hijalaba.

Sendo ou não Khinalig, tinha o perfil esperado de um habitante de Khinalig, os olhos azuis-claros, não os castanhos.

O anfitrião falava dois dialectos, à parte do russo e do azeri. Nenhum dos quatro nos era útil. Voltamos, assim, a confrontar-nos com a barreira linguística da hora do almoço.

Hijalaba tinha, no entanto, um dever acentuado de nos integrar. Era, para mais, o patriarca orgulhoso de uma família numerosa, habituada a receber forasteiros.

Refeição fora, com recurso aos mesmo cinco ou seis termos russos, surpreendemo-nos com a proficuidade do convívio.

Hijalaba conta-nos que tinha irmãos a viver na Sibéria, que, apesar dos 4.000 km de distância, já os tinha ido visitar, de carro, imaginamos que num Lada, noutro tempo que não o do seu serviço militar soviético, passado no frio quase sempre congelante de Novozibirsk.

Terminamos o repasto. Badalov entra em modo cicerone.

Revela-nos os seus cantos preferidos da casa. Uma vitrina-museu iluminada, com uma bandeirola azeri, cheia de velhas notas e moedas, medalhas, relíquias de pedra.

Uma colecção de armas, espingardas, fuzis, espadas, sabres e afins, afixada num recanto ao lado.

Junto à escada em L que ligava os dois pisos, uma pintura de uma Khinalig estival, com as montanhas em volta em distintos tons de verde.

Hijalaba Badalov diz-nos que o quadro é obra sua, mas que pintava só para se entreter, que não dava muito valor ao que fazia.

A Noite Estrelada Passada na Casa Badalov

Chega a hora de o deixarmos à sua paz. De o entregarmos à TV que adorava ver, sobretudo documentários de animais e, com interesse inusitado, episódios do Inspector Gadget, uns a seguir aos outros.

Graças aos satélites Sputnik, as várias TVs da família apanhavam centenas de canais. O único senão: viam-se obrigados a mexer na antena com demasiada frequência.

Mudamo-nos da sala para o quarto que, por comparação, está um gelo. Dormimos directo até às duas da manha, hora em que o chá em excesso do jantar nos obriga a buscar a casa-de-banho.

Ficava lá fora, da casa toda, não do quarto. Num exterior de uns quaisquer graus negativos enregelantes.

Para compensar, tinha como tecto a abóboda celeste, como a víamos daquelas alturas do Cáucaso, a transbordar de astros.

Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Arménia

O Berço do Cristianismo Oficial

Apenas 268 anos após a morte de Jesus, uma nação ter-se-á tornado a primeira a acolher a fé cristã por decreto real. Essa nação preserva, ainda hoje, a sua própria Igreja Apostólica e alguns dos templos cristãos mais antigos do Mundo. Em viagem pelo Cáucaso, visitamo-los nos passos de Gregório o Iluminador, o patriarca que inspira a vida espiritual da Arménia.
Alaverdi, Arménia

Um Teleférico Chamado Ensejo

O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Lago Sevan, Arménia

O Grande Lago Agridoce do Cáucaso

Fechado entre montanhas a 1900 metros de altitude, considerado um tesouro natural e histórico da Arménia, o Lago Sevan nunca foi tratado como tal. O nível e a qualidade da sua água deterioram-se décadas a fio e uma recente invasão de algas drena a vida que nele subsiste.
Uplistsikhe e Gori, Geórgia

Do Berço da Geórgia à Infância de Estaline

À descoberta do Cáucaso, exploramos Uplistsikhe, uma cidade troglodita antecessora da Geórgia. E a apenas 10km, em Gori, damos com o lugar da infância conturbada de Joseb Jughashvili, que se tornaria o mais famoso e tirano dos líderes soviéticos.
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Baku, Azerbaijão

A Metrópole que Despontou com o Petróleo do Cáspio

Em 1941, Hitler ditou o Azerbaijão um dos objectivos da Operação Barbarossa. O motivo foi a mesma abundância de ouro negro e gás natural que propulsionou a opulência da capital azeri sobre o Mar Cáspio. Baku tornou-se a grande metrópole do Cáucaso. Numa longa fusão entre Comunismo e Capitalismo. Entre o Leste e o Ocidente.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
Cerimónias e Festividades
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
San Juan, Cidade Velha, Porto Rico, Reggaeton, bandeira em Portão
Cidades
San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton

Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Cultura
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Sal Muito Grosso
Em Viagem
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Banhistas em pleno Fim do Mundo-Cenote de Cuzamá, Mérida, México
Étnico
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Sombra vs Luz
História
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Banco improvisado
Ilhas
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
silhueta e poema, cora coralina, goias velho, brasil
Literatura
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Natureza
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Parques Naturais
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
PN Timanfaya, Montanhas de Fogo, Lanzarote, Caldera del Corazoncillo
Património Mundial UNESCO
PN Timanfaya, Lanzarote, Canárias

PN Timanfaya e as Montanhas de Fogo de Lanzarote

Entre 1730 e 1736, do nada, dezenas de vulcões de Lanzarote entraram em sucessivas erupções. A quantidade massiva de lava que libertaram soterrou várias povoações e forçou quase metade dos habitantes a emigrar. O legado deste cataclismo é o cenário marciano actual do exuberante PN Timanfaya.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
República Dominicana, Praia Bahia de Las Águilas, Pedernales. Parque Nacional Jaragua, Praia
Praias
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo
Religião
Chiang Khong - Luang Prabang, Laos

Barco Lento, Rio Mekong Abaixo

A beleza do Laos e o custo mais baixo são boa razões para navegar entre Chiang Khong e Luang Prabang. Mas esta longa descida do rio Mekong pode ser tão desgastante quanto pitoresca.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Substituição de lâmpadas, Hidroelétrica de Itaipu watt, Brasil, Paraguai
Sociedade
Hidroeléctrica Binacional de Itaipu, Brasil

HidroElétrica Binacional do Itaipu: a Febre do Watt

Em 1974, milhares de brasileiros e paraguaios confluíram para a zona de construção da então maior barragem do Mundo. 30 anos após a conclusão, Itaipu gera 90% da energia paraguaia e 20% da do Brasil.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Vai-e-vem fluvial
Vida Selvagem
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.