Serra Dourada, Goiás, Brasil

Onde o Cerrado Ondula Dourado


Os Retalhos da Serra Dourada
O Monte da Sombra
O Guia Orlei
De Olho na Boiada
Caipira Cansado
Linhas da Serra Dourada
Ipê Rosado
O Dourado da Serra Dourada
Cachoeira
Palmeiral
A Cidade de Pedra
Ocaso Colorado
Cidade de Pedra empilhada
Mais Dourado da Serra Dourada
Um dos tipos de savana da América do Sul, o Cerrado estende-se por mais de um quinto do território brasileiro que abastece de boa parte da água doce. Situado no âmago do Planalto Central e do estado de Goiás, o do Parque Estadual Serra Dourada resplandece a dobrar.

Um passeio demorado em redor da Vila Boa de Goiás revela a beleza pitoresca de certas bolsas de floresta e das roças.

As plantações de cana-de-açúcar alongam-se sem fim. A boiada pasta na vastidão das planícies gramadas e infestadas de cupinzeiros.

Os ipês brancos e rosados destacam-se dos prados, na proximidade de chácaras e sítios centenários a que descendentes de emigrantes europeus perdidos no tempo, há muito entregam o seu suor.

Numa delas, cruzamo-nos com um grupo de caipiras.

Seguem uma longa caravana de juntas de bois que, para nos darem passagem, se veem obrigados a desviar do caminho.

Um dos caipiras, ancião, abriga-se do sol tropical sob um chapéu de couro negro, de abas largas que condiz com as calças escuras.

Malgrado a protecção, tem a pele avermelhada e os olhos verdes embaciados pelos raios solares, como que esvaziados de emoção.

Mostra-se tão intimidado pelos forasteiros que prefere não interromper o corte de cana a que se dedicava.

Saúda-nos de volta, de forma fugidia. Permite que tiremos um retrato. Logo, regressa ao aconchego do afazer rural.

Cerrado de Goiás e a Complexidade dos seus Ecossistemas

Por ali, como por toda a vastidão do Planalto Central, os “oásis” de buritis assinalam os rios e lençóis de água subterrâneos, prolíficos neste Centro-Oeste retirado de Brasília e do Brasil.

Os fazendeiros sabem-no. Expandem e alinham as suas propriedades de acordo com os sagrados buritizais, quanto mais densos e extensos, melhor. O que não quer, todavia, dizer que a água doce seja escassa.

O Cerrado brasileiro é conhecido pelos cientistas como o “berço das águas” ou a caixa d’água do país. Renova-se sobre três grandes aquíferos, essenciais ao Brasil. O maior, o Guarani, situa-se no sul e sudoeste. Tem continuação sobre terras argentinas. Bastante menores, o Urucuia e o Bambui estão mais para leste.

Em qualquer dos casos, retêm-nos as raízes profundas da vegetação do Cerrado, no caso do da Serra Dourada, prolífica, diversificada e com nomes que, com frequência, ainda são os usados pelos indígenas da zona, ou deles derivam.

Dependendo das combinações da sua flora, a Serra Dourada pode abarcar distintos sub-Cerrados. O típico, o Cerradão ou as Veredas.

Serra Dourada, Cerrado, Goiás, Brasil

Estas, escondem água suficiente para irrigar as fantasmagóricas árvores de pau-papel e as distintas palmeiras que, a espaços, nos voltam a encantar.

Além dos buritis, proliferam as babaçus, bacuris, guarirobas, jussaras e outras, em espaços percorridos por onças, por tamanduás-bandeira, tatus ou até lobos-guarás, entre tantos outros.

À distância pode não parecer, mas, o bioma do cerrado está também pejado de árvores de fruta mais baixas e lenhosas com nomes também eles algo surreais, os araticuns, diversos araçás, jabuticabas, goiabas e marmelinhos, mangabas, cajás, gravatás entre tantas, tantas outras.

Encontramos e saboreamos parte delas nas casas de sucos e batidos da Vila Boa. Deliciamo-nos também com o pequi, ingrediente do arroz com pequi de Goiás, uma das especialidades da região.

Orlei, um dos guias de serviço aos visitantes da Vila Boa e do município de Mossâmedes, é filho de Goiás. Conhece um pouco de tudo, incluindo os recantos mais improváveis da Serra Dourada.

Com ele como cicerone, a bordo seu buggy amarelo condizente, deambulamos pela serrania.

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A Cidade de Pedra da Serra Dourada

Metemo-nos no labirinto cinzento da Cidade de Pedra, uma de várias que coexistem neste centro-oeste e noutras áreas mais ou menos distantes do Brasil, como é o caso da dos Pireneus, arredores da vizinha cidade de Pirenópolis.

Lá desvendamos um reduto em que uma base de rocha foi erodida e esculpida pelos agentes naturais com tal critério que legou uma urbe de colunas recortadas, arcos e outras formações caprichosas.

Algumas, menos altas, assemelham-se a vultos.

A Sabotagem Tresloucada da Famosa Pedra Goiana

Outras ainda, colapsaram mas preservam um lugar de destaque no passado de Goiás. É o caso da Pedra Goiana.

Até 11 de Julho de 1965, um enorme monólito áspero, com peso estimado entre as 25 e as 50 toneladas, mantinha-se num equilíbrio natural prodigioso, sobre dois pés diminutos e a 1050 metros de altitude, com acesso complicado, algures entre Goiás e Mossâmedes.

Séria desafiadora da gravidade, a pedra atraía um bom número de visitantes, ávidos por a admirarem e, amiúde, se fazerem fotografar na sua base ou, em pose conquistadora, sobre o topo.

Este outro produto da erosão, único na Serra Dourada resistiu aos sucessivos milénios. Sem que alguém se atrevesse a prevê-lo aniquilou-o a estupidez de jovens de Goiás.

A escritora Ercília Macedo-Eckel era uma séria admiradora da “Pedra que Caiu do Céu”.

Reconhecia-lhe os poderes extraterrestres, imunes “às leis da mudança, da decrepitude e da morte”. Via nela um dos mais sérios simbolismos do deus indígena Goyá, que habitaria as vizinhanças da Serra Dourada.

E como assim homenageou a Pedra Goiana, também se dignou a pôr o dedo na ferida e a apontar a autoria de “uma gangue composta de nove playboys da cidade de Goiás:

Aluizio de Alencastro (Luz da Lua), Joel de Alencastro Veiga (Vequinho), José Alves (Zé Sancha), Sebastião Alves (Tião Sancha), Ailton da Silva Oliveira (“Dentista”), Sebastião Bento de Morais (Bentinho), Nelson Curado Filho (Curê). Luiz Nascimento (Lulu) e Eugênio Brito Jardim (Tatá).

Apesar da abertura, à data, “de um inquérito rigoroso”, a maior parte do grupo tinha familiares ou amigos influentes na cidade. Nenhum deles sofreu punição pelo crime.

Vários tiveram, mais tarde, profissões e cargos de relevo na comunidade de Goiás. Um, foi professor universitário, director de faculdade e de fundação. Um outro, foi servidor da Assembleia Legislativa de Tocantins.

Malgrado as várias posteriores teorizações, a sua atrocidade foi resultado de um desejo de grupo, idiota e possivelmente acachaçado, de protagonismo e notoriedade.

E a Narrativa de Incredulidade da Escritora Ercília Macedo-Eckel

Ercília Macedo-Eckel vai ao ponto de narrar um aviso desafiador que o grupo fez à passagem por um militar: “ Olhe, soldado Miguel, não vá dizer que não avisamos. Estamos indo destronar a Pedra Goiana, de aproximadamente 30 toneladas.

Queremos entrar na História de Goiás, através desse feito original e inimaginável. A ex-capital já não aguenta mais os quebra-quebras promovidos por nós, sob efeito de cachaça ou não…

“Brevemente seremos manchete em Goiás e no Brasil.” “ O Soldado Miguel nem ligou, achou um disparate, conversa de doidos, de bêbados quebradores de baile.”

E, no entanto, o grupo subiu a bordo da pick-up de Alaor Barros Curado, munido de um macaco hidráulico, talvez também de dinamite.

Tal como haviam prometido, em breves instantes, fizeram rolar encosta abaixo e danificaram o monólito que a Natureza tinha demorado mais de 700 milhões de anos a esculpir.

Insatisfeitos com a réplica que ergueram em Goiânia, elementos da Universidade Federal de Goiás e o governo do Estado uniram recentemente esforços para reporem a pedra original de volta no seu lugar.

Até agora, sem resultados.

A Imensidão do Cerrado da Serra Dourada

Sem a podermos admirar, entregamo-nos, de mãos dadas com o mistério, ao restante cenário inverosímil, selvagem e agreste.

Uns nenhures rochosos em que, malgrado o imaginário citadino, qualquer forasteiro incauto se perde em três tempos e se vê em apuros.

Numa primeira impressão imperceptíveis, refrescam-no riachos e lagoas cristalinas que, durante a longa época das chuvas, de Outubro a Março, geram quedas d’água curtas.

Ainda e sempre a bordo do buggy poderoso de Orlei, subimos ao miradouro Urubu-Rei.

Ao entardecer, do cimo panorâmico, percebemos o quão óbvio se torna o nome da serra, com os seus retalhos verdes, amarelados e áureos dispostos como uma manta de retalhos.

Do miradouro do Urubu-Rei serpenteamos, aos solavancos, rumo ao Vale da Areia, um domínio de solo alvo e granulado escondido no meio do planalto.

Na sua iminência, Orlei esclarece-nos com indisfarçável orgulho: “São estas areias e pedras que a Goiandira usava nas pinturas dela.” conta-nos enquanto recolhe amostras do solo. (…)

“Ela vinha de vez em quando à serra procurá-las, nos mesmos locais onde os bandeirantes prospectavam o ouro, como fizeram também em Pirenópolis e tantas outras partes.” (…) “Permanece no seu atelier uma colecção de mais de 500 tons de areia e pigmentos da Serra Dourada.”

Goiandira Ayres do Couto (1915-2011) foi uma artista plástica conterrânea, prima da também já falecida poetisa Cora Coralina.

Mesmo após os seus 90 anos, ainda com muita vitalidade, Goiandira continuou a retratar os casarões e paisagens vilaboenses.

Goiás Velho, Legado da Febre do ouro, Brasil

Morador percorre um recanto típico da cidade sobre um burro.

Para tal, criou uma técnica de pintura própria que patenteou no Rio de Janeiro e que lhe granjeou o reconhecimento internacional: riscava o desenho na tela, aplicava cola e salpicava areia nos dedos.

Quadros da sua autoria decoram a sede da ONU. Estão patentes em museus e integram colecções de grandes personalidades brasileiras e estrangeiras de dezenas de países.

Serra Dourada, Cerrado, Goiás, Brasil

Para desgosto de Orlei, boa parte dessas personalidades – como tantos outros possíveis visitantes da região – ainda desconhecem os motivos retratados pela autora.

O reconhecimento adiado é algo que não perturba demasiado a região.

Como o tempo se esqueceu de Goiás e da Serra Dourada, a Goiás e à Serra Dourada já não custa esperar.

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Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Pirenópolis, Brasil

Uma Pólis nos Pirinéus Sul-Americanos

Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi erguida por bandeirantes portugueses, no auge do Ciclo do Ouro. Por saudosismo, emigrantes provavelmente catalães chamaram à serra em redor de Pireneus. Em 1890, já numa era de independência e de incontáveis helenizações das suas urbes, os brasileiros baptizaram esta cidade colonial de Pirenópolis.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Chapada Diamantina, Brasil

Bahia de Gema

Até ao final do séc. XIX, a Chapada Diamantina foi uma terra de prospecção e ambições desmedidas.Agora que os diamantes rareiam os forasteiros anseiam descobrir as suas mesetas e galerias subterrâneas
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Manaus, Brasil

Ao Encontro do Encontro das Águas

O fenómeno não é único mas, em Manaus, reveste-se de uma beleza e solenidade especial. A determinada altura, os rios Negro e Solimões convergem num mesmo leito do Amazonas mas, em vez de logo se misturarem, ambos os caudais prosseguem lado a lado. Enquanto exploramos estas partes da Amazónia, testemunhamos o insólito confronto do Encontro das Águas.

Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

Ilha do Marajó, Brasil

A Ilha dos Búfalos

Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Curitiba, Brasil

A Vida Elevada de Curitiba

Não é só a altitude de quase 1000 metros a que a cidade se situa. Cosmopolita e multicultural, a capital paranaense tem uma qualidade de vida e rating de desenvolvimento humano que a tornam um caso à parte no Brasil.
Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Ilhabela, Brasil

Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Hidroeléctrica Binacional de Itaipu, Brasil

HidroElétrica Binacional do Itaipu: a Febre do Watt

Em 1974, milhares de brasileiros e paraguaios confluíram para a zona de construção da então maior barragem do Mundo. 30 anos após a conclusão, Itaipu gera 90% da energia paraguaia e 20% da do Brasil.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
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Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Moa numa praia de Rapa Nui/Ilha da Páscoa
Cerimónias e Festividades
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Victoria, capital, ilhas Seychelles, Mahé, Vida da Capital
Cidades
Victoria, Mahé, Seychelles

De “Estabelecimento” Francófono à Capital Crioula das Seychelles

Os franceses povoaram o seu “L’Établissement” com colonos europeus, africanos e indianos. Dois séculos depois, os rivais britânicos tomaram-lhes o arquipélago e rebaptizaram a cidade em honra da sua rainha Victoria. Quando a visitamos, a capital das Seychelles mantém-se tão multiétnica como diminuta.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
O projeccionista
Cultura
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Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
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Em Viagem
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Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Étnico
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

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Luz Natural (Parte 1)

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O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
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Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
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Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
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Natureza
Sul da Islândia

Sul da Islândia vs Atlântico do Norte: uma Batalha Monumental

Vertentes de vulcões e fluxos de lava, glaciares e rios imensos, todos pendem e fluem do interior elevado da Terra do Fogo e Gelo para o oceano frígido e quase sempre irado. Por todas essas e tantas outras razões da Natureza, a Sudurland é a região mais disputada da Islândia.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Pitões das Júnias, Montalegre, Portugal
Parques Naturais
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Arménia Berço Cristianismo, Monte Aratat
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Arménia

O Berço do Cristianismo Oficial

Apenas 268 anos após a morte de Jesus, uma nação ter-se-á tornado a primeira a acolher a fé cristã por decreto real. Essa nação preserva, ainda hoje, a sua própria Igreja Apostólica e alguns dos templos cristãos mais antigos do Mundo. Em viagem pelo Cáucaso, visitamo-los nos passos de Gregório o Iluminador, o patriarca que inspira a vida espiritual da Arménia.
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A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
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Praias
Scarborough a Pigeon Point, Tobago

À Descoberta da Tobago Capital

Das alturas amuralhadas do Forte King George, ao limiar de Pigeon Point, o sudoeste de Tobago em redor da capital Scarborough, revela-nos uns trópicos controversos sem igual.
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Religião
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
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Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
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Sociedade
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Parque Nacional Etosha Namíbia, chuva
Vida Selvagem
PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.