Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas


A Caminho da Tabanca
A Tabanca
Os Homens Grandes
Hora do Chá
A Fonte Mecânica
Sorriso d’Água
Convívio Meio à Sombra
Em redor dos anciãos
Baidi
Aprendiz de Balafonista II
Aprendiz de Balafonista
Fatu
Dançarinas
Demba e os miúdos
Tábuas Muçulmanas
Fanta e Satan
Fatu Sissoko
Fili e Descendentes
Exibição do grupo dos Anciãos
Iaia Djabaté
Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.

Quatro horas depois de termos deixado Bissau, o condutor da velha carrinha Peugeot sinaliza-nos a beira de estrada mais próxima de Tabatô.

Saímos para um lugarejo percorrido por porcos, galinhas e cabras deambulantes.

Como é também habitual por estas partes, decoram-no sacas de carvão vegetal.

Mulheres em modo de cabeleireiro mutual indicam-nos o trilho certo. Seguimo-lo, em plena floresta de cajueiros, sustento principal de quase todas as aldeias da região.

Junta-se a nós um outro grupo. São moradoras de Tabatô. Dirigem-se para a sua tabanca.

Algumas equilibram cargas sobre a cabeça. Nem isso, nem o pouco português que falam nos impede de estabelecermos uma comunicação elementar.

Passado um campo pelado de futebol, damos com o casario do destino final.

Na ausência temporária de Demba, com quem tínhamos combinado a visita à tabanca, recebe-nos Fili, um outro dos irmãos Djabaté.

São músicos prodigiosos da aldeia, herdeiros do apelido comum que define os “djébatés”, “os construtores”, neste caso, dos balafons que a comunidade há muito aperfeiçoa e toca.

Fili mostra-nos uma divisão de uma das casas em que os guardam.

E, no exterior, onde queimavam e secavam a madeira que, sobre a base de cabaças, produz o som característico de xilofone africano.

O Cicerone Demba e um Périplo Inicial por Tabatô

Demba aparece. Assume o papel de anfitrião e a responsabilidade de nos apresentar aos anciãos e líderes da comunidade.

Encontramo-los à sombra de uma árvore, em frente à mesquita rosada da tabanca. As jilabas e kufis brancas que trajam confirmam a fé muçulmana da tabanca.

Demba instala-nos frente a frente. Assume-se tradutor.

Ajuda-nos a explicar o que fazíamos e como poderíamos ajudar a promover a arte secular de Tabatô. Vemo-nos aprovados.

Demba enceta um périplo pela aldeia. Começa pela casa das madrastas, as mulheres que dele tinham cuidado após a morte da mãe, quando ainda era criança.

Das suas madrastas, passamos aos outros irmãos, do mesmo pai Aladjer Imutar Djabaté (um dos líderes que nos havia validado) mas de mães diferentes.

A Grande Família Djabaté

De uma assentada, conhecemos Bubacar e Mutaro. Dos irmãos, vemos no jovem Mutaro, o mais parecido com o pai Aladjer. É ele quem nos hospeda.

Já em termos de geografia de vivência, Bubacar revela-se o mais familiar. Com o filho mais novo ao colo, fala-nos da sua outra existência, a de Lisboa. Da vida que leva por Arroios, Martim Moniz e a do Castelo de São Jorge, onde vende artesanato, e complementa o dinheiro dos seus espectáculos musicais.

Em Lisboa, mas não só, Bubacar Djabaté é apresentado com frequência como mestre do balafom. À imagem de outro nome famoso gerado pela tabanca e morador de Lisboa, o também cantor Kimi Djabaté.

Já Mutaro, nunca tinha ido a Portugal. Ainda assim, surpreende-nos com um português quase-perfeito que lhe elogiamos.

À hora do calor, o seu alpendre garante sombra ao convívio com os irmãos e outros nativos de Tabatô de distintas gerações, muitos deles, crianças curiosas.

Demba reaparece.

Entregamo-nos a um almoço tradicional muçulmano, uma grande dose de arroz com galinha, regada com molho de quiabo picante. Partilhamos o repasto com os irmãos e vários outros comensais.

Eles, de Tabatô, comem à mão. Nós, forasteiros, com colheres que, por respeito ao que estávamos habituados, nos permitem usar.

Finda a refeição, Demba convoca-nos para nova conferência com os anciãos. Confirmamos a nossa contribuição monetária para a visita e a exibição com que a tabanca nos prendaria.

Escolhemos o lugar que nos parecia indicado ao trabalho fotográfico e vídeo que íamos levar a cabo. Optamos pelo espaço entre a árvore mangueira e a mesquita, o mesmo da reunião inicial.

Com o essencial resolvido, os anciãos, Demba e os irmãos, convocam os djidius(músicos) da aldeia.

Num ápice, estendem um grande tapete vermelho pejado de motivos africanos.

Um biombo de vime estabelece um fundo à orquestra. Nesse espaço, organizam-se os balafonistas, os tocadores de tambores e jambés e até um de corá.

Iaia Djabaté, irmão de Aladjer Imutar, dita um derradeiro ajustamento. No mesmo ápice, os músicos afinam os instrumentos e dão por completo um breve ensaio.

A Actuação de Arrepiar da Tabanca em Peso

Demba, enuncia-nos que o que se segue é algo com que, para nosso contentamento, a tabanca nos prenda. Os djidius de Tabatô começam a tocar.

E, nós, a filmá-los.

No centro, ladeados de crianças que os imitam, Fili e Mutaro, os balafonistas destacados, geram ritmos e melodias acelerados que os tocadores de tambores e ferrinhos acompanham.

As mulheres juntam-lhes as suas vozes.

Queta e Fatou, fazem-nas propagar de megafones em riste, nos mesmos tons sinuosos a que as dançarinas e coros ondulam os seus corpos e os longos vestidos coloridos, seguidas pelo, agora batucador, Iaia Djabaté.

Ainda nos arrepiamos com a genuinidade e intensidade da actuação quando Baidi, o mais exuberante dos tocadores de jambé, de traje amarelo e apito na boca, assume um protagonismo frenético e enriquece a já incrível diversidade de sons e de visuais.

Nesse êxtase, completam-se quatro temas.

Bubacar, que participara como tocador de tambor, traduz as palavras de cerimónia de Imutar Djabaté.

Encerrada a actuação, aos poucos, os djidius voltam aos seus lares e os trajes do dia.

Demba, recupera o périplo incompleto.

Passamos pela bomba de água, em que diversas raparigas da tabanca enchem alguidares e convivem.

Também pelo campo de futebol, onde homens e rapazes disputam uma partida poeirenta.

Em jeito de dever protocolar, Demba apresenta-nos ainda ao chefe fula de Tabatô e o sector fula da tabanca, em termos políticos, o predominante.

A Migração dos Mandingas Djidius

É algo que só o contexto histórico destas partes da África Ocidental explica.

Recuemos a 1866.

Uma vaga de coligação e imposição de estados islâmicos fula fez derrocar o Império de Kaabu (Gabu) de etnia mandinga.

Entre outras, essa coligação tomou a região de Boké, a sul da Guiné Bissau (hoje, parte da Guiné Conacri).

Ora, até então, aí estabilizados e prolíficos, o subgrupo mandinga djidiu viu-se forçado a encontrar novas paragens.

Viajaram para norte. Diz-se que se detiveram em Koiada, em Sintchan Ocko, sobre a fronteira actual entre as Guinés. E em Gabu, já na Guiné Bissau, destinados a Geba, a oeste da Bafatá natal de Amílcar Cabral.

Tal como nos explica Demba, “durante esse seu percurso, o régulo fula local (Mamadu Alfa) reconheceu o valor da presença dos djidius. Concedeu-lhes a terra de que precisavam para assentarem na actual Tabatô”.

Com os djidius de Boké, chegou o balafom, o instrumento que tocavam a mando de quem requeria a sua animação e que lhes servia de sustento.

Uma Arte que os Tempos e a Guiné Bissau tornaram menos Rentável

Faziam-no, amiúde, em matrimónios de gente abastada e poderosa, em que cantavam e contavam a sua história, em que acompanhavam os noivos até à sua casa de casados.

Essas actuações rendiam-lhes um bom proveito, uma, duas vacas do régulo e contribuições adicionais das famílias e participantes.

Mais tarde, foram vários os djabatés que difundiram a arte de Tabatô em redor do Mundo.

Em 1940, Bunun Ka Djabaté exibiu os seus dotes de balafonista na Exposição Colonial de Lisboa. Tcherno Djabaté, na sempre artística China e na Coreia.

Com o passar dos anos, exponenciado pelo caos pós-colonial da Guiné Bissau, as oportunidades e recompensas dos djidius diminuíram.

Noutra era, músicos prodigiosos a tempo inteiro, os mandingas de Tabatô têm agora que assegurar cultivos e que criar gado.

Essa noção, ajuda-nos a compreender a importância da contribuição financeira que deixamos.

Convívio sob o Céu Estrelado da Guiné Bissau

Cai a noite.

Jantamos na mesma modalidade partilhada.

Logo, recuperamos o convívio no alpendre de Mutaro, com os mesmos irmãos, com Fanta e Satan, as filhas gémeas de Bubacar, com outros adolescentes e crianças, cada vez mais à vontade connosco e divertidos.

Sob o firmamento salpicado de outras estrelas, Mutaro, Bubacar e Demba tocam guitarra e cantam.

As crianças acompanham-nos, afinadas, numa exibição deslumbrante de harmonia intergeracional que, na manhã seguinte, de volta à casa de Fili, vemos replicada.

Os Super Kamarimba e Participações Internacionais Memoráveis

Ali, Demba, Mutaro, Fili, Baidi, outros Djabatés da mesma geração e seus descendentes tocam, cantam e dançam sob outro dos nomes musicais de Tabatô, a banda familiar Super Kamarimba.

Aplaudimo-los e agradecemos o empenho que nos dedicavam, sendo, como éramos, tão ínfima assistência.

Chega a hora de nos despedirmos. Demba leva-nos à casa do pai Aladjer Imutar. Este, senta-se num sofá cor-de-rosa volumoso. Passamos-lhe o pagamento estipulado.

O ancião elogia o modo como tínhamos aparecido, sozinhos, a caminharmos aldeia adentro, em vez de guiados, como é usual. Relembra o quanto a recuperação da importância de Tabatô dependia de visitas como a nossa.

Nessa mesma lógica, narra-nos glórias de outros tempos.

O ano de 1982 em que o falecido presidente Nino Vieira convidou a tabanca a representar a Guiné Bissau num festival internacional na Coreia do Sul. “Ficámos em segundo lugar, atrás da Tanzânia. E só levámos cinco elementos, sublinha.”

“Estamos certos de que, se se tivessem exibido com mais músicos e dançarinas, com a beleza a que tínhamos assistido e filmado, que teriam ganho.” respondemos-lhe.

Como nós, o líder dos músicos sabia ser essa a verdade.

E que a sua talentosa Tabatô merecia todo apoio que, na vulnerável e instável Guiné Bissau, lhe tem faltado.­

 

COMO IR:

Voe com a Euroatlantic , Lisboa-Bissau e Bissau-Lisboa, às sextas-feiras.

Contacto para Visitas a Tabatô

Demba Djabaté: Telm. e Whats App: +245 6825243

Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
Cruzeiro Africa Princess, 2º Orangozinho, Bijagós, Guiné Bissau

Orangozinho e os Confins do PN Orango

Após uma primeira incursão à ilha Roxa, zarpamos de Canhambaque para um fim de dia à descoberta do litoral no fundo vasto e inabitado de Orangozinho. Na manhã seguinte, navegamos rio Canecapane acima, em busca da grande tabanca da ilha, Uite.
Ilha Kéré, Bijagós, Guiné Bissau

A Pequena Bijagó que Acolheu um Grande Sonho

Criado na Costa do Marfim, o francês Laurent encontrou, no arquipélago das Bijagós, o lugar que o arrebatou. A ilha que partilha com a esposa portuguesa Sónia, aceitou-os e ao afecto que sentiam pela Guiné Bissau. Há muito que Kéré e as Bijagós encantam quem os visita.
Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós

São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.
Cruzeiro Africa Princess, 1º Bijagós, Guiné Bissau

Rumo a Canhambaque, pela História da Guiné Bissau

O Africa Princess zarpa do porto de Bissau, estuário do rio Geba abaixo. Cumprimos uma primeira escala na ilha de Bolama. Da antiga capital, prosseguimos para o âmago do arquipélago das Bijagós.
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau

O Portal das Bijagós

No plano político, Bolama subsiste capital. No âmago do arquipélago e no dia-a-dia, Bubaque ocupa esse lugar. Esta cidade da ilha homónima acolhe a maior parte dos forasteiros. Em Bubaque se encantam. A partir de Bubaque, muitos se aventuram rumo a outras Bijagós.
Grande ZimbabuéZimbabué

Grande Zimbabwe, Pequena Dança Bira

Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.  
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Espectáculos

O Mundo em Cena

Um pouco por todo o Mundo, cada nação, região ou povoação e até bairro tem a sua cultura. Em viagem, nada é mais recompensador do que admirar, ao vivo e in loco, o que as torna únicas.
Erriadh, Djerba, Tunísia

Uma Aldeia Feita Galeria de Arte Fugaz

Em 2014, uma povoação djerbiana milenar acolheu 250 pinturas murais realizadas por 150 artistas de 34 países. As paredes de cal, o sol intenso e os ventos carregados de areia do Saara erodem as obras de arte. A metamorfose de Erriadh em Djerbahood renova-se e continua a deslumbrar.
Varela, Guiné Bissau

Praia, derradeiro Litoral, até à Fronteira com o Senegal

Algo remota, de acesso desafiante, a aldeia pacata e piscatória de Varela compensa quem a alcança com a afabilidade da sua gente e com um dos litorais deslumbrantes, mas em risco, da Guiné Bissau.
Elalab, Guiné Bissau

Uma Tabanca na Guiné dos Meandros sem Fim

São incontáveis os afluentes e canais que, a norte do grande rio Cacheu, serpenteiam entre manguezais e encharcam terras firmes. Contra todas as dificuldades, gentes felupes lá se instalaram e mantêm povoações prolíficas que envolveram de arrozais. Elalab, uma delas, tornou-se uma das tabancas mais naturais e exuberantes da Guiné Bissau.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Arquitectura & Design
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Goiás Velho, Legado da Febre do ouro, Brasil
Cidades
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Mini-snorkeling
Cultura
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Twelve Apostles, Great Ocean Road, Victoria, Austrália
Em Viagem
Great Ocean Road, Austrália

Oceano Fora, pelo Grande Sul Australiano

Uma das evasões preferidas dos habitantes do estado australiano de Victoria, a via B100 desvenda um litoral sublime que o oceano moldou. Bastaram-nos uns quilómetros para percebermos porque foi baptizada de The Great Ocean Road.
Moa numa praia de Rapa Nui/Ilha da Páscoa
Étnico
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Santo Sepulcro, Jerusalém, igrejas cristãs, sacerdote com insensário
História
Basílica Santo Sepúlcro, Jerusalém, Israel

O Templo Supremo das Velhas Igrejas Cristãs

Foi mandada construir pelo imperador Constantino, no lugar da Crucificação e Ressurreição de Jesus e de um antigo templo de Vénus. Na génese, uma obra Bizantina, a Basílica do Santo Sepúlcro é, hoje, partilhada e disputada por várias denominações cristãs como o grande edifício unificador do Cristianismo.
Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Nampula, farol
Ilhas
Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Moçambique

A Ilha que Ilumina a de Moçambique

A pequena ilha de Goa sustenta um farol já secular à entrada da Baía de Mossuril. A sua torre listada sinaliza a primeira escala de um périplo de dhow deslumbrante em redor da velha Ilha de Moçambique.

Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Natureza
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Casinhas miniatura, Chã das Caldeiras, Vulcão Fogo, Cabo Verde
Parques Naturais
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã “Francês” à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Torres del Paine, Patagónia Dramática, Chile
Património Mundial UNESCO
PN Torres del Paine, Chile

A Mais Dramática das Patagónias

Em nenhuma outra parte os confins austrais da América do Sul se revelam tão arrebatadores como na cordilheira de Paine. Ali, um castro natural de colossos de granito envolto de lagos e glaciares projecta-se da pampa e submete-se aos caprichos da meteorologia e da luz.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Banhista, The Baths, Devil's Bay (The Baths) National Park, Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas
Praias
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Intervenção policial, judeus utraortodoxos, jaffa, Telavive, Israel
Religião
Jaffa, Israel

Protestos Pouco Ortodoxos

Uma construção em Jaffa, Telavive, ameaçava profanar o que os judeus ultra-ortodoxos pensavam ser vestígios dos seus antepassados. E nem a revelação de se tratarem de jazigos pagãos os demoveu da contestação.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Sociedade
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Glaciar Meares
Vida Selvagem
Prince William Sound, Alasca

Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.