Tofo, Moçambique

Entre o Tofo e o Tofinho por um Litoral em Crescendo


Na Crista da Pequena Onda
Pescadores impulsionados por uma onda no regresso ao Tofo, Moçambique
Areia Tórrida
Banhista cruza o areal quente da Praia do Tofo, Moçambique
Um Trono de Areia
Mulher e cão no cimo das dunas mais altas do Tofo
Take Away
Autocarro transformado em bar take-away, dá mais cor ao centro do Tofo.
Fim do Dia
Luzes artificiais iluminam um dos bares-restaurante da Praia do Tofo.
Rádio-Coco
Vendedores de artesanato promovem um pitoresco rádio-coco, no Tofo
Uma Cabana Sobranceira
Cabana acima da Praia do Tofo, Moçambique
O Fundo da Praia
Barcos e redes em seco, nos fundos da Praia do Tofo, Moçambique
Conversas na Penumbra
Vendedoras conversam numa das lojas alinhadas no centro do Tofo
Duo Sorridente
Empregadas de um dos bares-restaurantes da Barra, Tofo
Castigo do Fim da Pesca
Pescadores empurram barcos areal acima, na Praia do Tofo, Inhambane, Moçambique
Mar quase Bravo, no Tofo
Banhistas para cá e para lá no mar do Índico que banha a Praia do Tofo.
Banhistas Proíbidos
Placa de "Proibido Banhistas" derrubada, num limiar mais perigoso da Praia do Tofo
Surf & Muito Mais
Letreiros indicam negócios no Tofo, Moçambique
A Praia do Tofo
A praia principal do Tofo, com as vagas a estenderem-se areal acima.
Trio do Surf
Surfistas caminham pela praia do Tofo, Moçambique
Na Crista do Ocaso
Surfista na crista de uma pequena onda, na Praia do Tofo, Moçambique
Ocaso do Coqueiral
Sol põe-se ainda acima de um dos coqueirais imensos que envolvem o Tofo.
Litoral do Tofinho
Imagem aérea de uma Península do Tofinho.
Quase noite no Tofo
Cena de lusco-fusco de uma rua do pequeno centro do Tofo.
Os 22km entre a cidade de Inhambane e a costa revelam-nos uma imensidão de manguezais e coqueirais, aqui e ali, salpicados de cubatas. A chegada ao Tofo, um cordão de dunas acima de um oceano Índico sedutor e uma povoação humilde em que o modo de vida local há muito se ajusta para acolher vagas de forasteiros deslumbrados.

Era a segunda vez numa década que viajávamos até ao Tofo.

Com a companhia e num carro de amigos a viverem em Maputo, a viagem inaugural fluiu suave e prazerosa. A segunda, obrigou-nos a um despertar madrugador na capital.

E a oito horas num machibombo a que se somou quase outra hora passada a bordo de um chapa, entre Inhambane e a povoação.

A visão do Tofo, das suas areias e do mar logo ali em frente, impôs-se como uma recompensa merecida. Depressa se dissipou na curiosidade que partilhávamos quanto a como encontraríamos o lugar, ao que estaria na mesma e ao que havia mudado.

O Regresso ao Tofo, não Tarda, uma Década Depois

Sabíamos que chegávamos sobre o fim da época das chuvas, na ressaca da passagem de umas poucas tempestades tropicais e furacões de que se destacou o “Filipo” que, entrou por Moçambique a 12 de Março. Estávamos a 17. Vários hotéis, lodges e casas mais próximas do mar ainda recuperavam de estragos.

Na paisagem, pouco ou nada notámos, nem sequer demasiados coqueiros com copas rapadas, uma imagem de marca da passagem recente de tufões.

Na derradeira linha de costa, onde o Índico verdejante massacrava aquele reduto de África Oriental, tudo parecia semelhante. Senão igual.

A praia principal do Tofo, com as vagas a estenderem-se areal acima.

A praia principal do Tofo, com as vagas a estenderem-se areal acima.

Ficamos instalados numa vivenda elegante do Tofinho. Elegante e luxuriante, mas demasiado aberta.

Exposta às melgas que, na ressaca das longas chuvas moçambicanas, proliferavam, nos massacravam e geravam uma inevitável inquietude malárica.

Dessa casa arejada e tão ou mais tropical que o entorno, saímos para as ruas de areia que anunciavam as dunas forradas de arbustos acima da praia.

Já a meio da manhã seguinte, com o sol a torrar-nos e a intensificar a translucidez esmeralda do Índico, inauguramos uma caminhada para sul, na direcção do promontório que encerrava o domínio balnear da povoação.

Imagem aérea de uma Península do Tofinho, Tofo, Moçambique

Imagem aérea da península que encerra o Tofinho

A Redescoberta do Tofinho

Detemo-nos numa banca de fruta, determinados a repormos o estoque de maracujás que devorávamos aos quilos. Também faltavam aos fruteiros. Resistimos a comprar outras frutas que nos sobrecarregariam a caminhada.

Deixamo-los entregues ao seu almoço à sombra, à sua chima encharcada por uma qualquer molhanga picante.

Avançamos até ao caminho de areia se entregar a um cimo terroso, em parte ervado. Coroa-o um monumento. Um braço e mão despontam de uma pirâmide.

Exibem uma corrente quebrada, um símbolo comum em África para a libertação do jugo da escravatura imposta pelas potências coloniais.

Aquele do Tofinho, em particular, retinha, desde que foi erguido, em 1989, um significado específico.

Servia de memorial, diz-se que das vítimas da PIDE que, durante a Guerra da Independência de Moçambique, as terá atirado para uma fenda na costa rude e cortante abaixo do bairro Josina Machel.

O Controverso Buraco dos Assassinados

Macabro, o lugar foi, durante algum tempo, preservado pelas autoridades moçambicanas, umas poucas ossadas mantidas em vitrines para que os crimes não fossem esquecidos.

Placa indica o Buraco dos Assassinados, no Tofinho, Tofo

Placa indica o Buraco dos Assassinados, no Tofinho, Tofo

O intento durou o que durou. Estima-se que, em 2023, malfeitores pilharam as ossadas. O Buraco dos Assassinados ficou ao abandono. Encheu-se de lixo. Mesmo assim, há quem continue a tentar usar o seu poder espiritual.

Espreitamos o abismo apertado da falésia quando, do nada, aparecem três mulheres do cimo do trilho.

Mesmo connosco na varanda que envolve a fenda, alinham-se à sombra de uma sebe de arbustos, logo acima das vagas que se despenhavam contra a falésia.

Sem que o esperássemos, levantam os braços e mantêm-nos apontados ao mar. Inauguram, assim, um qualquer ritual esotérico, de apelo ou convocação que combina cânticos com gritos e gemidos.

Soam-nos mórbidos.

Chegam a arrepiar-nos. Curiosos como estávamos, esperamos um pouco para lhes perguntarmos o que faziam. Esquivam-se, no entanto, ao contacto, e voltam a subir a ladeira em óbvia debandada.

Cogitamos um pouco sobre o que se teria ali passado.

Caminhada do Tofinho ao Tofo

Logo, seguimos-lhes os passos, na direcção do centro do Tofo, com paragem para banhos numa enseada mais apelativa em que um instrutor moçambicano e três aprendizes estrangeiras surfavam as ondas geradas pelo recife ao largo.

Era a primeira comunhão revigorante com o Índico do Tofo após as várias de 2017.

E a recuperação da partilha do mar local com a comunidade multinacional de surfistas que surfam o Tofo, a par dos snorkelers e mergulhadores que se deleitam com o seu mar repleto de corais e outras exuberâncias submarinas.

Vendedores de artesanato promovem um pitoresco rádio-coco, no Tofo

Vendedores de artesanato promovem um pitoresco rádio-coco, no Tofo

Com a tarde a avançar, seguimos em busca do centro da povoação, dos seus moradores, artesãos e vendedores.

Damos com o mercado numa azáfama comedida.

Uma fila de mulheres que expõem frutas e vegetais, complementam, com frescura natural, a oferta de umas poucas lojas e minimercados.

Bancas do reduto comercial do Tofo, iluminadas ao arrebol.

Bancas do reduto comercial do Tofo, iluminadas ao arrebol.

“Vão levá-los todos, certo?” atira uma vendedora, quando confirma que a sua montra de maracujás era o que mais nos interessava, entre conversas em bitonga e noutros dialectos locais de concorrentes frustradas por não levarmos nada das suas bancas.

O Contributo do Tofo no Processo de Independência de Moçambique

Boa parte delas oferecem cajus. Nem seria de esperar outra coisa. Durante o período colonial que se estendeu do século XVI à independência de 1975, os portugueses acrescentaram à paisagem de coqueiral da região vastos e lucrativos cajueirais.

Lá se viram forçados a trabalhar, em modo escravo e, mais tarde, por pagamentos quase simbólicos, milhares de nativos da província de Inhambane. Como aconteceu noutras partes de Moçambique, esse jugo esmagador provou-se determinante para os levantamentos locais que, em 1964, contribuíram para o espoletar da Guerra de Independência.

O Tofo pode ainda orgulhar-se de, em Junho de 1975, ter sido uma das escalas da jornada de Samora Machel, entre o Rovuma e a capital Maputo, onde viria a ser proclamada a independência e onde se assumiria o primeiro presidente da nação. O Tofo acolheu ainda o encontro que resultou na versão inaugural da Constituição de Moçambique.

Ao fim de quase meio milénio, Moçambique tornou-se moçambicano. Os cajus subsistem, a par dos imensos coqueirais. Cajus e cocos geram receitas importantes para a subsistência de muitos tofenses.

Passagem pelo Reduto Turístico-Comercial do Tofo

Contribuem ainda para gastronomia servida nos pequenos restaurantes alinhados na rua atrás do mercado.

Nessa noite, ainda haveríamos de nos sentar num deles, de nos deliciarmos com umas poucas especialidades.

Autocarro transformado em bar take-away, dá mais cor ao centro do Tofo.

Autocarro transformado em bar take-away, dá mais cor ao centro do Tofo.

Adiante, mais junto à praia, surge o espaço dos bares, ainda algo abarracados como os tínhamos constatado na anterior incursão.

Agora, com a novidade de um velho autocarro amarelo convertido em bar-rulote take-away.

Passamos para leste do autocarro e da sebe de árvores que delimitam o centro.

Voltamos ao areal, desta vez, o da praia principal do Tofo.

Mulher e cão no cimo das dunas mais altas do Tofo

Mulher e cão no cimo das dunas mais altas do Tofo

O sol rendia-se ao seu ocaso. Uma rapariga acompanhada de um cão, reinava no cimo das dunas mais altas da povoação.

Vemo-la, sentada, acima dos telhados em A de uns poucos bungalows de madeira, acima dos coqueiros, palmeiras e papaeiras que também dali despontavam.

Sol põe-se ainda acima de um dos coqueirais imensos que envolvem o Tofo.

Sol põe-se ainda acima de um dos coqueirais imensos que envolvem o Tofo.

Tinha-se instalado no melhor lugar do Tofo para apreciar o sumiço do grande astro.

Ainda faltava algum tempo. Tempo que estávamos decididos a aproveitar.

Banhista cruza o areal quente da Praia do Tofo, Moçambique

Banhista cruza o areal quente da Praia do Tofo, Moçambique

Em modo de descoberta.

A Praia do Tofo e um Frenesim Surfista de Fim de Dia

Da frente do mercado, caminhamos na direcção das dunas, duma azáfama de surfistas atraídos por uma ondulação baixa mas vigorosa que entrava pela baía.

Surfistas caminham pela praia do Tofo, Moçambique

Surfistas caminham pela praia do Tofo, Moçambique

Cruzam-se vários. Uns, vindos do cimo das dunas, outros, da entrada interior da enseada. Num ápice, partilham as vagas, num êxtase cada vez mais dourado.

Fotografamo-los e às suas silhuetas mágicas.

Surfista na crista de uma pequena onda, na Praia do Tofo, Moçambique

Surfista na crista de uma pequena onda, na Praia do Tofo, Moçambique

Até que o ocaso se dá para trás do coqueiral sem fim, o arrebol toma conta da baía.

Com o escuro, os instrutores e salva-vidas ditam que todos deveriam sair da água.

Placa de "Proibido Banhistas" derrubada, num limiar mais perigoso da Praia do Tofo

Placa de “Proibido Banhistas” derrubada, num limiar mais perigoso da Praia do Tofo

O Lusco-Fusco e a Entrada em Cena dos Bares e Restaurantes

A custo, põem fim à diversão marinha, com plena noção de que uma outra, logo ali ao lado os aguardava.

A dos bares, dos restaurantes, a do convívio multiétnico e de babel da povoação, dentro de uns dias, animada pelo reforço de gente que chegaria com a época seca e alta.

Voltámos a confirmá-lo. As pandemias, as tempestades, os furações abalam o ritmo do Tofo. Não lhe levam os seus sinais moçambicanos de vida.

Cena de lusco-fusco de uma rua do pequeno centro do Tofo.

Cena de lusco-fusco de uma rua do pequeno centro do Tofo.

COMO IR

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Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
Pemba, Moçambique

De Porto Amélia ao Porto de Abrigo de Moçambique

Em Julho de 2017, visitámos Pemba. Dois meses depois, deu-se o primeiro ataque a Mocímboa da Praia. Nem então nos atrevemos a imaginar que a capital tropical e solarenga de Cabo Delgado se tornaria a salvação de milhares de moçambicanos em fuga de um jihadismo aterrorizador.
Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Moçambique

A Ilha que Ilumina a de Moçambique

A pequena ilha de Goa sustenta um farol já secular à entrada da Baía de Mossuril. A sua torre listada sinaliza a primeira escala de um périplo de dhow deslumbrante em redor da velha Ilha de Moçambique.

Machangulo, Moçambique

A Península Dourada de Machangulo

A determinada altura, um braço de mar divide a longa faixa arenosa e repleta de dunas hiperbólicas que delimita a Baía de Maputo. Machangulo, assim se denomina a secção inferior, abriga um dos litorais mais grandiosos de Moçambique.
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Inhambane, Moçambique

A Capital Vigente de uma Terra de Boa Gente

Ficou para a história que um acolhimento generoso assim fez Vasco da Gama elogiar a região. De 1731 em diante, os portugueses desenvolveram Inhambane, até 1975, ano em que a legaram aos moçambicanos. A cidade mantém-se o cerne urbano e histórico de uma das províncias mais reverenciadas de Moçambique.
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Gurué, Moçambique, Parte 2

Em Gurué, entre Encostas de Chá

Após um reconhecimento inicial de Gurué, chega a hora do chá em redor. Em dias sucessivos, partimos do centro da cidade à descoberta das plantações nos sopés e vertentes dos montes Namuli. Menos vastas que até à independência de Moçambique e à debandada dos portugueses, adornam alguns dos cenários mais grandiosos da Zambézia.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

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Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

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Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
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Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
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Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
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