Atherton Tableland, Austrália

A Milhas do Natal (parte II)


Platipus = ornitorrincos
Trio observa um braço de rio nos arredores de Yungaburra, em busca dos estranhos e esquivos ornitorrincos.
A banhos nas Milla Falls
Avó, neta e um grupo de jovens refrescam-se na lagoa alimentada pelas quedas d'água de Milla Falls uma de várias no planalto de Atherton.
Dia de folga
Residente repousa à sombra do alpendre do Whistle Stop Cafe, em Yungaburra.
Corridas de colchão
Crianças divertem-se no Lago Eachman, em que já foram relatados avistamentos de crocodilos de água doce.
Frogs No Food, No Fuel
A estação de serviço peculiar de Yungaburra, também ela encerrada no dia de Natal.
Diversão Lacustre
Aborígenes refrescam-se durante um convívio familiar, em pleno lago Barrine.
Fé que foi de Férias
A capela pitoresca de Yungaburra, com a arquitectura do século XIX partilhada por grande parte da povoação.
Ocaso Natalício
Sol põe-se a Oeste do planalto de Atherton e marca o princípio do fim do dia 25 de Dezembro que teve muito pouco de Natal.
Crepúsculo Natalício
Após o pôr-do-sol, o lusco-fusco apodera-se do interior elevado de Queensland.
Lago dos Pelicanos
Pelicano repousa nas águas calmas do Lago Eachman.
Passeio à Sombra
Moradora caminha por um passeio da deserta Yungaburra.
Curtain Fig Tree
Visitantes contemplam a enorme Curtain Fig Tree.
A 25 Dezembro, exploramos o interior elevado, bucólico mas tropical do norte de Queensland. Ignoramos o paradeiro da maioria dos habitantes e estranhamos a absoluta ausência da quadra natalícia.

Era o segundo Natal que passávamos na Austrália. Dois anos antes, andávamos entre a cidade costeira de Cairns e o ilhéu de areia de Michaelmas Cay.

Cleaning Service, mates!! Cleaning service!!” São apenas dez da manhã.

Como é hábito nestas paragens anglófonas do outro lado do Mundo, os empregados de limpeza aparecem determinados a expulsar-nos do quarto, indiferentes ao espírito de Natal, à mais que provável necessidade de dormir dos hóspedes, aos preços inflacionados de qualquer quarto de Cairns e ao facto de que, na maior parte do resto do Mundo, os check-outs se fazem pelo meio-dia.

Já andávamos fartos de nos revoltarmos com tal injustiça. Em vez, apressamo-nos a arrumar o que ainda tínhamos para arrumar, entregamos as chaves. Entramos na velha carrinha que, à falta de campervans  (esgotadas), tínhamos alugado para vaguearmos pelo norte selvagem de Queensland.

Deixamos Cairns.

Ligamos o motor rabugento e o rádio de museu pré-sintonizado na estação Triple J, sempre animada por apresentadores jovens e irreverentes, às vezes até malcriados, assim ouvimos queixarem-se alguns dos seus compatriotas bota-de-elástico.

Viagem de Carripana ao Desconhecido das Atherton Tableland de Queensland

Que viessem os impropérios. O dia tinha amanhecido glorioso. Estávamos pouco dispostos a abdicar do melhor pop/rock que alguma vez poderíamos encontrar nos quase nenhures australianos que íamos começar a explorar.

A carripana arrasta-se por uma sequência de ladeiras da Gillies highway.

Eleva-nos das terras lisas e cobertas de cana-de-açúcar plantadas à beira do Mar de Coral para o reduto superior do planalto de Atherton.

Natal na Austrália, vale dourado

Sol põe-se a Oeste do planalto de Atherton e marca o princípio do fim do dia 25 de Dezembro que teve muito pouco de Natal.

Contornamos, em câmara lenta, o monte de Walshs Pyramid quando a Triple J recupera o mega-sucesso aussieWe are the People” do duo feito excêntrico Empire of the Sun.

A energia e o imaginário contagiante da canção remetem-nos para as mais fascinantes paragens da Oceânia.

Yungaburra: uma Austrália Pitoresca mas Quase Deserta

Alguns quilómetros depois, ainda embalados pelo inesperado catalisador musical e com a inevitável euforia de quem manda no Mundo, damos entrada em Yungaburra. Percebemos, num ápice, que por aqueles lados, quase não encontraríamos súbditos.

A área em redor de Yungaburra era habitada por dezasseis povos aborígenes quando os mineiros que viajavam da costa pelo interior selvagem do Outback ali começaram a pernoitar e, anos mais tarde, a instalar-se.

Em 1910, o caminho-de-ferro também chegou. Trouxe o desenvolvimento da povoação e a morte de mais de 80% dos indígenas, devido à introdução de doenças e a conflitos com os colonos.

Natal na Austrália, Capela Yungaburra

A capela pitoresca de Yungaburra, com a arquitectura do século XIX partilhada por grande parte da povoação.

À medida que percorremos as ruelas de postal perfeito de Yungaburra, entre edifícios de Faroeste australiano do século XIX, contagia-nos a impressão de que ninguém – nem nativos nem invasores – havia sobrevivido.

Na actualidade, Yungaburra até era num dos refúgios de fim de semana predilectos dos escravos do dinheiro de Cairns mas, no dia de Natal, os donos dos pequenos negócios turísticos ou estavam reféns no interior dos lares ou tinham oferecido às famílias férias noutros lugares.

Entre os potenciais visitantes, só nós desconhecíamos o porquê daquele abandono de 5ª Dimensão a que fora votada a terriola.

Já de saída, passamos em frente a um pitoresco Whistle Stop Cafe.

Natal na Austrália, Dia de folga

Residente repousa à sombra do alpendre do Whistle Stop Cafe, em Yungaburra.

Vemos, aí, a primeira das excepções, uma residente de telemóvel colado à orelha, enterrada num sofá à sombra de um alpendre ajardinado.

Confrontados com a sua imobilidade, questionamo-nos se não se trataria de um qualquer humanóide decorativo.

À Deriva pelo Atherton Tableland em Redor de Yungaburra

Prosseguimos para fora povoação.

Ditava o bom-senso que devíamos reabastecer o tanque da carripana. Na estação de serviço Frogs & Fuel, insinuava-se apenas um boneco gigante de sapo que os proprietários, ausentes, mantinham a espreitar do cimo da cobertura garrida da bomba.

Natal na Austrália, Frogs No Food

A estação de serviço peculiar de Yungaburra, também ela encerrada no dia de Natal.

Na capela da vila, no seu hotel Eachman e pelos arredores desafogados, mais uma vez, nem sinal de gente, nem da quadra religiosa por que meio mundo e – até então, pensávamos nós – toda a Austrália passava.

Estamos já nos arrabaldes verdejantes de Yungaburra quando nos assalta outra miragem perdida entre a familiaridade terráquea e a excentricidade de um qualquer parque temático dedicado a Sir Arthur C. Clarke.

Em Busca de uns Ornitorrincos Fugidios

A uns meros vinte metros da beira da estrada, sem mais vivalma por perto, apercebemo-nos de três figuras, para não variar imóveis. Estão instaladas sobre um tronco deitado, com as cab

Natal na Austrália, Platipus = ornitorrincos

Trio observa um braço de rio nos arredores de Yungaburra, em busca dos estranhos e esquivos ornitorrincos.

eças enfiadas em igual número de aberturas rectangulares de um tapume feito de ripas de madeira.

Resolvemos deslindar a mais recente extravagância do planalto de Atherton.

A taipa tinha escarrapachado a vermelho vivo o seu estatuto de “Platipus Viewing Platform” e é já como parte de um quinteto disforme, quedo e quase mudo que nos dedicamos a avistar ornitorrincos no braço de rio abaixo.

Dos cinco observadores, só o mais australiano – chamemos-lhe assim porque usava o clássico chapéu aussie akubra – está munido de binóculos.

Diverte-se a observar e a segredar aos vizinhos o que alegadamente avista. Forasteiros e estranhos que somos, não recebemos a mesma atenção. Retínhamos que os bichos eram uma espécie mamífera e ovípara com aspecto de castor cruzado com pato.

Após vinte minutos sem vestígio das criaturas reais, abandonamos a plataforma amuados com a pobreza da memória visual.

A Figueira das Índias Estranguladora Curtain Fig Tree

Voltamos à estrada determinados em compensar essa frustração e ainda a ausência absoluta de árvores de Natal no planalto com a apreciação cuidada de uma das figueiras-das-índias mais impressionantes do hemisfério sul.

Com 500 anos de idade e abundantes tentáculos estranguladores de mais de quinze metros, próprios de uma das criaturas horripilantes da saga Aliens, a Curtain Fig Tree foi assim chamada precisamente devido à longa cortina que teceu.

Ao longo dos tempos, apoderou-se e fez tombar a sua árvore hospedeira sobre outra ao lado. Depois, estrafegou também a segunda. Desta forma inclemente, causou o apodrecimento de ambas em função da sua própria estrutura e supremacia vegetal.

Hoje, provoca em quem quer que a contorne e examine um deslumbramento à altura.

Natal na Austrália, Curtain Fig Tree

Visitantes contemplam a enorme Curtain Fig Tree.

E o Suspeito Lago Eachman

Estávamos a chegar a meio da tarde e, apesar dos quase mil metros de altitude da zona, o calor estival tinha-se intensificado pelo que decidimos refrescarmo-nos nas águas frescas do lago Eachman, um dos vários que salpicam a paisagem sempre ervada da região.

Quando nos aproximamos da margem, partilhamo-lo apenas com pequenas tartarugas. Parece-nos perfeito para uma boa natação, até porque, nem o guia-livro com que nos orientamos nem uma qualquer placa menciona a presença de crocodilos.

Mesmo assim, enquanto alternamos de estilos e convivemos no longo percurso até à margem oposta e de volta, arrepia-nos a ínfima possibilidade de estarmos a cruzar território daqueles repteis.

Livramo-nos temporariamente desse receio quando, já na segunda metade do regresso, vemos um grupo de piqueniqueiros ozzies, a chapinharem e a divertirem-se sobre colchões insufláveis.

Natal na Austrália, Lago Eachman Corridas de colchão

Crianças divertem-se no Lago Eachman, em que já foram relatados avistamentos de crocodilos de água doce.

À noite, já na Internet, descobrimos vários relatos e avisos de que, afinal, lá eram avistados com frequência espécimes de crocs de água doce.

Celebramos com sorrisos amarelos o facto de não os termos nutrido.

Derradeiros Quilómetros Diurnos num Estranho Espírito de Natal

Seguimos para outro lago, o Barrine, em que detectamos de imediato uma fauna e flora mais indicadas a documentários de vida animal do que a novas natações. Junto à orla, avistamos mais tartarugas e dragões d’água.

Natal na Austrália, Lago Eachman, Pelicano

Pelicano repousa nas águas calmas do Lago Eachman.

Para dentro da grande lagoa, grandes bandos de pelicanos e de outras aves.

Atrai-nos ainda o acolhimento de uma casa de chá ancorada mais à frente mas, como já receávamos, o estabelecimento está fechado.

Ladeamos a estrutura e, na margem por detrás, damos com uma família aborígene em pleno êxtase balnear e afectivo. “Melhor Natal que esse é impossível!” atiramos para nos metermos com eles.

Natal na Austrália, família aborígene

Aborígenes refrescam-se durante um convívio familiar, em pleno lago Barrine.

Ao que a matriarca volumosa e semi-vestida responde com boa disposição: “Bom, a criançada não podia estar mais feliz, isso é certo. Muito melhor isto do que nos estarem a chatear com prendas!”

Fizemos fé na sua alegria e tranquilidade.

Aproveitámos a derradeira luz solar da quadra em novos e deliciosos banhos lacustres.

Natal na Austrália, Curtain Fig Tree

O sol abandona os quase antípodas de Queensland.

Michaelmas Cay, Austrália

A Milhas do Natal (parte I)

Na Austrália, vivemos o mais incaracterístico dos 24os de Dezembro. Zarpamos para o Mar de Coral e desembarcamos num ilhéu idílico que partilhamos com gaivinas-de-bico-laranja e outras aves.
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Sydney, Austrália

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Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

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À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Great Ocean Road, Austrália

Oceano Fora, pelo Grande Sul Australiano

Uma das evasões preferidas dos habitantes do estado australiano de Victoria, a via B100 desvenda um litoral sublime que o oceano moldou. Bastaram-nos uns quilómetros para percebermos porque foi baptizada de The Great Ocean Road.
Cairns a Cape Tribulation, Austrália

Queensland Tropical: uma Austrália Demasiado Selvagem

Os ciclones e as inundações são só a expressão meteorológica da rudeza tropical de Queensland. Quando não é o tempo, é a fauna mortal da região que mantém os seus habitantes sob alerta.
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cerimónias e Festividades
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Cidade de Mindelo, São Vicente, Cabo Verde
Cidades
Mindelo, São Vicente, Cabo Verde

O Milagre de São Vicente

São Vicente sempre foi árida e inóspita a condizer. A colonização desafiante da ilha submeteu os colonos a sucessivas agruras. Até que, por fim, a sua providencial baía de águas profundas viabilizou o Mindelo, a urbe mais cosmopolita e a capital cultural de Cabo Verde.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Cultura
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Pórtico de entrada em Ellikkalla, Uzbequistão
Em Viagem
Usbequistão

Viagem Pelo Pseudo-Alcatrão do Usbequistão

Os séculos passaram. As velhas e degradadas estradas soviéticas sulcam os desertos e oásis antes atravessados pelas caravanas da Rota da Seda. Sujeitos ao seu jugo durante uma semana, vivemos cada paragem e incursão nos lugares e cenários usbeques como recompensas rodoviárias históricas.
Tabatô, Guiné Bissau, Balafons
Étnico
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Teatro de Manaus
História
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Brava ilha Cabo Verde, Macaronésia
Ilhas
Brava, Cabo Verde

A Ilha Brava de Cabo Verde

Aquando da colonização, os portugueses deparam-se com uma ilha húmida e viçosa, coisa rara, em Cabo Verde. Brava, a menor das ilhas habitadas e uma das menos visitadas do arquipélago preserva uma genuinidade própria da sua natureza atlântica e vulcânica algo esquiva.
Caminhantes andam sobre raquetes na neve do PN Urho Kekkonen
Inverno Branco
Saariselkä, Finlândia

Pelas Terras (não muito) altas da Finlândia

A oeste do monte Sokosti (718m) e do imenso PN Urho Kekkonen, Saariselkä desenvolveu-se enquanto polo de evasão na Natureza. Chegados de Ivalo, é lá que estabelecemos base para uma série de novas experiências e peripécias. A uns 250km enregelantes a norte do Círculo Polar Árctico.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Quedas d'água de Lisbon, a sul do canyon do rio Blyde.
Natureza
Panorama Route, África do Sul

Na Rota Panorâmica da África do Sul

Conduzimos dos meandros profundos do rio Blyde até ao povoado ex-colonial e pitoresco de Pilgrim’s Rest e às grutas de Sudwala. Km após Km, a província de Mpumalanga revela-nos a sua grandiosidade.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Mangal entre Ibo e ilha Quirimba-Moçambique
Parques Naturais
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
Barco navega ao largo do litoral ocidental de Spinalonga
Património Mundial UNESCO

Spinalonga, Creta, Grécia

Uma Ilha Fortaleza Rendida a Colónia de Leprosos

Desde sempre disputada, ocupada por cristãos e sarracenos, venezianos, otomanos e, mais tarde, cretenses e gregos, entre 1903 e 1957, a árida Spinalonga acolheu um lazareto. Quando lá desembarcamos, estava desabitada, graças ao dramatismo do seu passado, era um dos lugares mais visitados da Grécia.

Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Cabo Ledo Angola, moxixeiros
Praias
Cabo Ledo, Angola

O Cabo Ledo e a Baía do Regozijo

A apenas a 120km a sul de Luanda, vagas do Atlântico caprichosas e falésias coroadas de moxixeiros disputam a terra de musseque. Partilham a grande enseada forasteiros rendidos ao cenário e os angolanos residentes que o mar generoso há muito sustenta.
Páscoa em Helsínquia, Finlândia, iKids em Seurassari
Religião
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Sociedade
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Gandoca Manzanillo Refúgio, Baía
Vida Selvagem
Gandoca-Manzanillo (Refúgio de Vida Selvagem), Costa Rica

O Refúgio Caribenho de Gandoca-Manzanillo

No fundo do seu litoral sudeste, na iminência do Panamá, a nação “tica” protege um retalho de selva, de pântano e de Mar das Caraíbas. Além de um refúgio de vida selvagem providencial, Gandoca-Manzanillo revela-se um deslumbrante éden tropical.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.