Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami


Conversa entre fotocópias
Representantes parlamentares sami debatem os problemas da nação durante um intervalo burocrático.
Assembleia Sami
O edifício recém-construído do parlamento sami, em Inari.
De ouvidos na oposição
Representante sami acompanha as intervenções de outros sami, através da tradução simultânea.
Mesa redonda e composta
Debate animado por vários representantes sami.
Yrjo Musta
Yrjo Musta, professor da sub-etnia Inari Sami, à chegada do Parlamento.
Anu Araskan
Anu Araskan, anciã do grupo Inari Sami.
Política de pele de rena
Representante sami chega ao parlamento trajado à boa moda sami.
Babel Sami
Sinal de trânsito indica o Parlamento em quatro dialectos distintos.
Prata lançada na parede
Símbolos Sami destacados na parede da sala de debate do Parlamento.
Ulla-Maarit Magga
Ulla-Maarit Magga, representante da sub-etnia Enontekio, do território Sami do norte
Tauno Haltta
Tauno Haltta, um jovem sami em trajes tradicionais num dos corredores do parlamento desta etnia boreal.
Conversa em dia
Representantes sami dialogam antes do início de mais uma sessão no parlamento de Inari.
Gorros, xailes e lenços
Sessão decorre, com quase todos os participantes a vestirem trajes tradicionais coloridos.
Jenko Hatta
Jenko Hatta, um parlamentar de Vuotso, povoaação do território dos samis do norte.
A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.

São quase cinco da tarde quando chegamos à entrada do recém-inaugurado Sajos de Inari. É este o edifício Centro Cultural e sede do parlamento dos sami finlandeses.

O povo sami encara-o como uma obra determinante para o seu desenvolvimento e auto-governo como parte no território suomi.

Sajos, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia

O edifício recém-construído do parlamento sami, em Inari.

Por essa hora, reúne-se num anfiteatro interior uma pequena multidão enregelada para assistir à entrega de prémios da Porokuninkuusajot (Kings Cup), a prova mais importante do calendário de corridas de renas nacional.

A sala ao lado, acolhe representantes das municipalidades sami. Todos estão preparados para uma extensa ordem de trabalhos, munidos dos seus computadores portáteis e dossiês.

Todos têm lugares marcados numa mesa redonda.

Conversa entre fotocópias, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia

Representantes parlamentares sami debatem os problemas da nação durante um intervalo burocrático.

Antes de a sessão começar, servem-se de chá, leite, sanduíches, bolachas e pastelaria, disponíveis num bufê posicionado abaixo das cabinas dos tradutores.

Nem todos os munícipes se compreendem. O suomi que poderia resolver a dificuldade não é para ali chamado.

Mesa redonda e composta, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia

Debate animado por vários representantes sami.

Nalguns casos, as diferenças entre regiões ou sub-etnias vão muito para lá da língua e dos trajes coloridos que ostentam.

O Começo de Mais uma Assembleia Sami

A sessão arranca. Acompanhamos as primeiras intervenções tranquilas e pausadas para sentir o pulso à sala mas, se o finlandês é, já de si, ininteligível, que dizer daquelas ainda mais exóticas línguas sami-fínicas.

De ouvidos na oposição, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia

Representante sami acompanha as intervenções de outros sami, através da tradução simultânea.

O parlamento tem uma secretária de serviço que fala inglês. Marja Mannisto é uma mulher ocupada. Mesmo assim, dispensa-nos alguns minutos nos sofás do exterior para nos pôr a par dos temas em debate.

As principais questões estão relacionadas com a convenção ILO (International Labour Organization) para os povos indígenas e tribais em países independentes.

Jenko Hatta, Inari, Parlamento Babel da Nação Samim Lapónia, Finlândia

Jenko Hatta, um parlamentar de Vuotso, povoaação do território dos samis do norte.

Os sami queixam-se de que, apesar dos progressos, 90% do território Sapmi continua a ser administrado pelo Metshällitus, o Serviço Finlandês para os Parques e Florestas e, como tal, na realidade, não lhes pertence.

A Ingerência do Metshällitus e outras Questões Cruciais

Marja explica-nos num inglês titubeante: “até aqui, os responsáveis finlandeses têm subsidiado a identidade sami de várias maneiras. Só para a edição de materiais de ensino nas línguas autóctones atribuiu este ano 290.000 euros. Ainda assim, quando a questão é territorial, têm tendência a proteger a população não sami que receia sentir-se estrangeira quando viaja para o extremo norte, ou perder o que considera o seus direitos históricos àquelas terras, a ali caçar e pescar. “

Calçado, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia

Representante sami chega ao parlamento trajado à boa moda sami.

Outras disputas regionais não menos importantes concorrem com estas:

“Utsoki quer separar-se da municipalidade predominante de Inari que lhe fica demasiado distante mas, só por si, seria demasiado pobre. Propõe, assim, juntar-se aos congéneres noruegueses com quem partilha uma língua sami distinta, a mesma escola, biblioteca, enfermaria e outros. Inari, por seu lado, tem vindo a perder população para o sul, especialmente Helsínquia (de mais de 7.000 habitantes há uns anos para menos de 7.000 agora).”

Babel Sami, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia

Sinal de trânsito indica o Parlamento em quatro dialectos distintos.

Deseja incorporar todas as regiões em redor. Rovaniemi – que, muito graças ao turismo, tem uma economia pujante – não necessita de Inari e defende a sua autonomia face à capital do Norte”.

Sami Enontekio, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia

Ulla-Maarit Magga, representante da sub-etnia Enontekio, do território Sami do norte

Ficamos por algum tempo a assistir ao progresso dos trabalhos. Aqueles, eram, no entanto, assuntos políticos sami. Discutidos em dialectos sami. Lá fora, tínhamos toda uma vida sami na natureza deslumbrante do cimo da Lapónia para descobrirmos.

Tiramos algumas fotos mais dos dignitários ali presentes. Agradecemos a atenção. Regressamos ao exterior ainda mais gelado.

Prata Sami, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia

Símbolos Sami destacados na parede da sala de debate do Parlamento.

Kemi, Finlândia

Não é Nenhum "Barco do Amor". Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Ilha Hailuoto, Finlândia

À Pesca do Verdadeiro Peixe Fresco

Abrigados de pressões sociais indesejadas, os ilhéus de Hailuoto sabem sustentar-se. Sob o mar gelado de Bótnia capturam ingredientes preciosos para os restaurantes de Oulu, na Finlândia continental.
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Porvoo, Finlândia

Uma Finlândia Medieval e Invernal

Uma das povoações anciãs da nação suómi, no início do século XIV, Porvoo era um entreposto ribeirinho atarefado e a sua terceira cidade. Com o tempo, Porvoo perdeu a importância comercial. Em troca, tornou-se um dos redutos históricos venerados da Finlândia.  
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Helsínquia, Finlândia

A Filha Suomi do Báltico

Várias cidades cresceram, emanciparam-se e prosperaram à beira deste mar interior do Norte. Helsínquia lá se destacou como a capital monumental da jovem nação finlandesa.
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Visitantes nos Jameos del Água
Arquitectura & Design
Lanzarote, Ilhas Canárias

A César Manrique o que é de César Manrique

Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
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Big Freedia: em Modo Bounce

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tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
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Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
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Páscoa Seurassari, Helsínquia, Finlândia, Marita Nordman
Religião
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
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Salão de Pachinko, video vício, Japão
Sociedade
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Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

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Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Vida Selvagem
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.