Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade


Biblioteca Schoelcher
A biblioteca elegante Schoelcher com muitos dos livros que pertenciam à colecção pessoal de Victor Shoelcher, um representante do movimento abolicionista da Martinica e Guadalupe.
Casario das Caraíbas
Panorâmica do litoral colorido de Fort-de-France.
Les San Chénn
Banda San Chénn toca numa rua de Fort-de-France.
França verde-e-amarela
Edifícios históricos coloridos numa rua da capital de Martinica.
Rua Tropical
Coqueiros verdejantes elevam-se sobre um casario colorido e quase térreo de Fort-de-France.
Banhos Fortificados
Crianças brincam no Mar das Caraíbas, em frente ao forte de Saint Louis.
Despedida
Momento de um funeral de um militar francês.
Trenelle-Citron
O bairro densamente habitado de Trenelle Citron, nos arredores da capital Fort-de-France.
Igreja em painel
A catedral de Saint Louis numa versão mosaico-reflectida.
Vendedoras
Duas vendedoras descarregam mercadoria dum camião.
Liberté, Equalité, Fraternité
Transeuntes atravessam a praça em frente à antiga câmara municipal de Fort-de-France.
Orgulho Martiniquenho
Jovem martiniquenha repousa junto ao forte de San Louis, na marginal de Fort-de-France.
Francofonia Fúnebre
Cortejo patriótico levado a cabo durante o funeral de um militar da Martinica.
Wall Street da Roupa
Loja de roupa com stock market de Fort-de-France.
Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.

Em contactos online anteriores Philippe Lucien já nos tinha alertado que andava deprimido. Pouco depois de o encontrarmos numa das casas de férias que gere, acaba por desabafar o motivo: “Sabem, não é fácil a minha vida em Martinica.

Nasci cá mas mudei-me cedo para França, casei-me lá e tive filhos. Mas nunca me senti integrado. Perguntavam-me a toda a hora se era da Argélia ou de Marrocos, meio desconfiados com o meu visual. Depois, quando voltei para cá, também me senti sem identidade.

Estamos num paraíso oficialmente francês mas, aqui, há que escolher de que lado se vive, se do dos pretos ou do dos brancos… eu não pertenço a nenhuns.”

Conjunto San Chénn, Fort de France-Martinica, Antihas Francesas

Banda San Chénn toca numa rua de Fort-de-France.

Nos vários fins de dia que passamos à mesa com ele e com a namorada Severine, as contradições francófonas das Antilhas vêm à baila vezes sem conta, com os mais distintos desenvolvimentos. Depois, nas manhãs seguintes, saímos bem cedo para explorar Martinica e viver o tema no terreno.

Philippe Lucien é filho de um advogado abastado de Fort-de-France. Foi nestas duas gerações de Luciens que a capital da ilha mais mudou.

A rivalidade de Fort-de-France com a vizinha Saint Pierre pelo estatuto de capital prolongou-se até ao virar do século XX, quando as duas cidades tinham quase o mesmo número de habitantes e dividiam instituições administrativas e militares. Por essa altura, Saint Pierre estava na dianteira por a sua população ser mais concentrada e urbana.

Mas em 1902, o vulcão Monte Pelée entrou em erupção e devastou-a. Só dois dos seus quase 30.000 habitantes resistiram e os sobreviventes dos arredores tiveram que se mudar para Fort-de-France.

Desde então, a cidade assumiu-se como a verdadeira capital de Martinica e nunca mais parou de crescer.

Uma Incursão Curiosa no bairro Trenelle-Citron

Com os adventos da crise económica dos anos 30 e da 2ª Guerra Mundial, Fort-de-France entrou em descontrole à medida que a população se aproximou dos 100.000 habitantes, muitos instalados em bairros de lata.

Trenelle Citron, Fort de France-Martinica, Antihas Francesas2

O bairro densamente habitado de Trenelle Citron, nos arredores da capital Fort-de-France.

De 1945 a 2001, o maire Aimé Cesaire procurou restabelecer a ordem da sua cidade mas nem todos os problemas foram completamente resolvidos.

Encontramos num deles – o quartier de Trenelle-Citron – um inesperado apelo visual que acaba por originar uma das peripécias mais curiosas que vivemos em Martinica.

Biblioteca schoelcher, Fort-de-France-Martinica, Antihas Francesas

A biblioteca elegante Schoelcher, com muitos dos livros que pertenciam à colecção pessoal de Victor Shoelcher, um representante do movimento abolicionista da Martinica e Guadalupe.

Sondamos as ruelas abaixo de um viaduto do subúrbio de Shoelcher para encontrarmos um ponto para fotografarmos o casario de Trenelle quando damos com uma tal de Rue du Photographe. Em má hora, decidimos registar a sua placa.

De imediato, abre-se a porta de uma casa ao lado e um jovem morador de tronco nu e barba rija sai para o exterior a berrar de forma intimidante. “Que é que vocês querem? Desapareçam daqui! Não têm nada que se meter na nossa vida.”

Uma Compreensível Confusão e Rejeição

Reagimos com estupefacção e demoramos vários minutos a acalmar o residente, entretanto acompanhado por 5 amigos todos de boné, roupas desportivas e, felizmente bem mais cool.

Com a paciência necessária, explicamos e provamos-lhes que não temos nada a ver com a polícia. É o suficiente para nos contarem que são do Haiti e da República Dominicana, e o motivo de tanta inquietação: “Desde que abriram a esquadra ali para baixo, não param de nos controlar.

Já não temos paciência para os aturar e colocámos aquela câmara sobre a porta para percebermos quando aqui vêm. Foi assim que vos vimos. Aqui prendem-nos por tudo e por nada. Fazemos um cavalinho com a mota e vamos dentro. Fumamos uma ervinha e vamos outra vez dentro…”

Acabamos a conviver com os “gangsta” Rolando e António de Castilla e falamos de tudo um pouco.

Do desconhecido Portugal, do Carnaval e das mulheres brasileiras e as políticas económicas de Sarkozy e dos békés, os descendentes dos primeiros colonos da ilha, alguns deles de famílias ainda e sempre poderosas que a população responsabiliza pelo custo de vida cada vez mais incomportável da Martinica.

Loja, Fort de France, Martinica, Antihas Francesas

Loja de roupa com stock market de Fort-de-France.

Depois, despedimo-nos com respeito mútuo e continuamos para o coração da capital.

Fort-de-France: a Capital Caribenha da Martinica

Percorremos o passadiço de madeira que avança ao longo do mar das Caraíbas com vista para o jardim da Place de La Savane e até à muralha imponente do forte e base militar de Saint Louis, em que ondulam coqueiros e uma inevitável bandeira tricolor.

Forte de San Louis, Fort de France-Martinica, Antihas Francesas

Crianças brincam no Mar das Caraíbas, em frente ao forte de Saint Louis.

Durante o dia, Fort-de-France está entregue à actividade das suas inúmeras lojas térreas, na maioria, sapatarias e boutiques com exércitos de manequins.

Atravessamos o Grand Marché, repleto de fruta tropical, aromas de especiarias, de artesanato e garrafas de rum, ti-punch e outras especialidades licorosas vendidas por senhoras com grande porte e dotes promocionais ainda maiores que nos perguntam “De quel departement êtes-vous…” curiosas sobre de que recanto francês vimos.

Em redor, falamos ainda com dois egípcios que baptizaram a sua loja de Adham e engrossaram uma comunidade imigrante já significativa oriunda do Médio Oriente e arredores.

Fachadas sob coqueiros, Fort de France-Martinica, Antihas Francesas

Coqueiros verdejantes elevam-se sobre um casario colorido e quase térreo de Fort-de-France.

Também conhecemos a família Chen que resolveu mudar-se há três anos de Cayenne e abrir o seu bazar Mei Dieda por a Guiana Francesa se ter tornado demasiado perigosa.

De tempos a tempos, esta Fort-de-France mais terra-a-terra e multiétnica faz-nos esquecer a quem pertence. A sensação raramente perdura.

Quando chegamos às imediações da catedral de Saint Louis, tem lugar o funeral de um antigo veterano de guerra, uma cerimónia que decorre com pompa e circunstância militar.

Funeral Militar-Fort de France, Martinica, Antihas Francesas

Cortejo patriótico levado a cabo durante o funeral de um militar da Martinica.

O cortejo lento surge da zona da marginal decorado por mais bandeiras e insígnias francesas.

Oficiais, familiares e amigos de perfil gaulês saúdam e cumprimentam outros afro e, o momento, tão delicado, volta a baralhar os dados. Precisávamos de um ou dois anos de vida nestes confins francófonos para percebermos melhor os seus verdadeiros princípios universais.

Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas

Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.
Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço

Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.

Ilha de Goreia, Senegal

Uma Ilha Escrava da Escravatura

Foram vários milhões ou apenas milhares os escravos a passar por Goreia a caminho das Américas? Seja qual for a verdade, esta pequena ilha senegalesa nunca se libertará do jugo do seu simbolismo.​

Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Soufriére e Scotts Head, Dominica

A Vida que Pende da Ilha Caribenha da Natureza

Tem a fama da ilha mais selvagem das Caraíbas e, chegados ao seu fundo, continuamos a confirmá-lo. De Soufriére ao limiar habitado sul de Scotts Head, a Dominica mantém-se extrema e difícil de domar.
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
English Harbour, Antigua

Docas de Nelson: a Antiga Base Naval e Morada do Almirante

No século XVII, já os ingleses disputavam o controle das Caraíbas e do comércio do açúcar com os seus rivais coloniais, apoderaram-se da ilha de Antígua. Lá se depararam com uma enseada recortada a que chamaram English Harbour. Tornaram-na um porto estratégico que também abrigou o idolatrado oficial da marinha.
Saint George, Granada

Uma Detonação de História Caribenha

A peculiar Saint George dispersa-se pela encosta de um vulcão inactivo e em redor de uma enseada em U. O seu casario abundante e ondulante comprova a riqueza gerada ao longo dos séculos na ilha de Granada de que é capital.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
hacienda mucuyche, Iucatão, México, canal
Arquitectura & Design
Iucatão, México

Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Saida Ksar Ouled Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia
Cerimónias e Festividades
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Estátuas de elefantes à beira do rio Li, Elephant Trunk Hill, Guilin, China
Cidades
Guilin, China

O Portal Para o Reino Chinês de Pedra

A imensidão de colinas de calcário afiadas em redor é de tal forma majestosa que as autoridades de Pequim a imprimem no verso das notas de 20 yuans. Quem a explora, passa quase sempre por Guilin. E mesmo se esta cidade da província de Guangxi destoa da natureza exuberante em redor, também lhe achámos os seus encantos.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores, quarto de arco-íris
Cultura
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores

O Éden Açoriano Traído pelo outro Lado do Mar

A Cuada foi fundada, estima-se que em 1676, junto ao limiar oeste das Flores. Já em pleno século XX, os seus moradores juntaram-se à grande debandada açoriana para as Américas. Deixaram para trás uma aldeia tão deslumbrante como a ilha e os Açores.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Em Viagem
Lago Inlé, Myanmar

Uma Agradável Paragem Forçada

No segundo dos furos que temos durante um passeio em redor do lago Inlé, esperamos que nos tragam a bicicleta com o pneu remendado. Na loja de estrada que nos acolhe e ajuda, o dia-a-dia não pára.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Étnico
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Alasca, de Homer em Busca de Whittier
História
Homer a Whittier, Alasca

Em Busca da Furtiva Whittier

Deixamos Homer, à procura de Whittier, um refúgio erguido na 2ª Guerra Mundial e que abriga duzentas e poucas pessoas, quase todas num único edifício.
Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, templo Batu Bolong, vulcão Agung em fundo
Ilhas
Lombok, Indonésia

Lombok: Hinduísmo Balinês Numa Ilha do Islão

A fundação da Indonésia assentou na crença num Deus único. Este princípio ambíguo sempre gerou polémica entre nacionalistas e islamistas mas, em Lombok, os balineses levam a liberdade de culto a peito
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Motociclista no desfiladeiro de Sela, Arunachal Pradesh, Índia
Natureza
Guwahati a Sela Pass, Índia

Viagem Mundana ao Desfiladeiro Sagrado de Sela

Durante 25 horas, percorremos a NH13, uma das mais elevadas e perigosas estradas indianas. Viajamos da bacia do rio Bramaputra aos Himalaias disputados da província de Arunachal Pradesh. Neste artigo, descrevemos-lhe o trecho até aos 4170 m de altitude do Sela Pass que nos apontou à cidade budista-tibetana de Tawang.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Parques Naturais
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
agua grande plataforma, cataratas iguacu, brasil, argentina
Património Mundial UNESCO
Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Personagens
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Dunas da ilha de Bazaruto, Moçambique
Praias
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé
Religião
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Bar de Rua, Fremont Street, Las Vegas, Estados Unidos
Sociedade
Las Vegas, E.U.A.

O Berço da Cidade do Pecado

Nem sempre a famosa Strip concentrou a atenção de Las Vegas. Muitos dos seus hotéis e casinos replicaram o glamour de néon da rua que antes mais se destacava, a Fremont Street.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Vida Selvagem
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.