Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus


Uma Contemplação Bíblica
Crentes reunidos em redor da capela da Santa Trindade.
Perigo !
Placa artesanal avisa os peregrinos para o risco de se aventurarem pelas encostas ventosas do Monte Sinai.
O Portal
Portal de pedra assinala o início de uma longa descida em direcção ao Mosteiro de Santa Catarina.
O Milagre do Novo Dia
Aurora exuberante sobre as montanhas desérticas em redor do Monte Sinai.
Banca Providencial
Vendedores e guias beduínos reunidos num dos muitos negócios a caminho do cume.
Derradeiros passos
Guia beduíno sobe por um trilho pedregoso para o cimo da capela da Santa Trindade, pouco depois do nascer do sol.
Visitantes admiram o nascer colorido do sol a partir do cimo da capela da Santa Trindade, num amanhecer gélido sobre o Monte Sinai.
O Desfiladeiro para o Mosteiro
Vislumbre do Mosteiro ortodoxo de Santa Catarina, construído no sopé do monte Sinai por ordem do imperador bizantino Justiniano.
Êxtase Religioso
Visitante russo assume uma pose bíblica.
O Regresso Pedregoso
Peregrinos descem para a base do Monte Sinai.
Aconchego
Vendedor nativo protegido do frio matinal na proximidade do Mosteiro de Santa Catarina.
De Olho na Peregrinação
Beduíno acompanha os movimentos de peregrinos no trilho mais abaixo.
Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.

Sharm el-Sheik surge na extremidade da península do Sinai de frente para um Mar Vermelho mais coralífero, azul e sedutor que em qualquer outra parte.

O lugar já acolheu tantas conferências de reconciliação que passou a ser conhecida como “A Cidade da Paz” mesmo sabendo-se que, em 2005, um atentado terrorista perpetrado com carros bomba causou a morte a 64 pessoas, na maioria, muçulmanos.

Este incidente fez com que o influxo de visitantes à zona  diminuísse para um quase nada mas, quando se trata de turismo, a memória é curta. Os grandes grupos hoteleiros e as agências de viagem não demoraram a reorganizar-se.

Combinaram voos charter e pacotes a preços surreais, a garantia de experiências subaquáticas inesquecíveis e um ambiente nocturno de mega-discoteca. Alguns anos depois, os resorts da estância voltavam a ficar lotados, principalmente de vizinhos italianos do outro lado do Mare Clausum mas também com muitos milhares de hóspedes russos.

É à porta de um destes albergues balneares que nos vêm buscar às onze da noite. A carrinha aparece a abarrotar e os passageiros demoram a libertar-nos espaço sentado.

A Inesperada Expedição Russificada ao Monte Sinai

São quase todos russos e à imagem de vários outros funcionários dos hotéis à beira mar plantados, dá-nos a sensação que Mohammed, o guia egípcio ao microfone, fala a sua língua eslava tão bem ou melhor que eles. Está previsto a viagem durar 3 horas. A meio, ainda nos detemos num paradeiro de beira de estrada.

“Último lugar com casa de banho” anuncia-nos, em inglês, o condutor. “Se não têm roupa para o frio, aproveitem também agora, oferta não vai faltar”. A previsão confirma-se de imediato.

Um bando frenético de vendedores de luvas, cachecóis e gorros precipita-se sobre os passageiros e pressiona-os a fazer negócio. Pouco depois, somos instados a retomar o trajecto, que continua a subir do nível do mar para as terras mais elevadas do Egipto.

O condutor volta ao posto e à sua rotina tresloucada. Por sorte, não temos a verdadeira noção da velocidade a que vamos. Com excepção para as carrinhas concorrentes que ultrapassa com orgulho, em redor, todas as referências se somem na escuridão total.

A Rússia, é, por coincidência, uma nação recordista no que diz respeito a acidentes de viação. Pouco impressionados com a exibição de virilidade do motorista ou incomodados pelo desconforto das suas posições improvisadas, alguns passageiros partilham um sono prodigioso que só termina quando chegamos, por fim, às imediações do Mosteiro de Santa Catarina.

Beduino, Monte Sinai, Egipto

Vendedor nativo protegido do frio matinal na proximidade do Mosteiro de Santa Catarina.

Toda a Fé em Susi, o guia Beduíno do Sinai

Espera-nos, ali, um jovem beduíno. Jamil apresenta-se com à vontade e atribuí-nos um nome de código “o vosso grupo vai chamar-se Susi. Quando ouvirem alguém gritar por Susi, já sabem que é convosco. Por favor, não se esqueçam. Hoje vai haver mais gente que nunca.”

Susi? Estranhamos a nova identidade meio-contranatura mas acabamos por a entranhar. Até porque, entretanto, a caminhada tem início e mesmo com frontais colocados sobre as testas, depressa nos sentimos perdidos no tráfico humano e camelídeo intenso que percorre o Caminho de Moisés.

Nos Passos Bíblicos de Moisés

De acordo com a narrativa bíblica, este patriarca libertou o seu povo agrilhoado do jugo dos faraós e conduziu-o até às paragens prometidas mas fugidias de Canaã.

No topo da montanha por onde andávamos, num de 40 dias e noites de permanência, Deus revelou-se-lhe e entregou-lhe duas Tábuas com os Dez Mandamentos que deveria ensinar aos seus, fundando assim uma nova fé monoteísta.

Quando Moisés regressou, encontrou o seu povo adorar um bezerro de ouro. Em fúria, destruiu a figura e instruiu homens da tribo a que pertencia para que percorressem o campo e matassem toda a gente, incluindo as crianças.

Terminada a carnificina, o patriarca desnorteado voltou à montanha por outros 40 dias e 40 noites.

Silhuetas de montanhas, Península Sinai, Egipto

Aurora exuberante sobre as montanhas desérticas em redor do Monte Sinai.

Deus apareceu-lhe uma vez mais e entregou-lhe novas Tábuas da Lei. Retornado aos sobreviventes, passou-lhes os Mandamentos em definitivo. Mas nada pôde fazer para evitar que a crença fundada e reconquistada se ramificasse ao longo da história.

A Peregrinação Cristã, Judaica e Muçulmana ao Monte Sinai

O Monte Sinai é agora considerado sagrado para as três religiões abraâmicas e visitado por fiéis cristãos, judaicos e muçulmanos.

Temos pela frente alguns cristãos ortodoxos, idosos ou demasiado volumosos, alguns pertencentes ao recém-estabelecido grupo Susi por que Jamil grita de quando em quando. O trilho mantém-se apertado e não conseguimos ver quase nada para as bermas rochosas e irregulares.

Por respeito à autoridade do guia, preservamo-nos neste pelotão lento. Mas, a determinada altura, pressionam-nos de trás dezenas de outros peregrinos que, como nós, têm dificuldade em seguir tão devagar.

E a Ascensão Nocturna, Dolorosa e Atribulada

Em simultâneo, dos lados, apertam-nos e babam-nos os camelos e dromedários bafejantes e mal cheirosos que os beduínos impingem aos caminhantes em dificuldade, numa disputa crescente por lucros que lhes parecem inevitáveis.

Jamil aparece, tal qual anjo salvador de jilaba. Já se tinha apercebido da inquietação em que andávamos e da vontade que tínhamos de nos autonomizarmos. “Querem ir à frente, certo? OK, sem problema.

Sigam quase até ao topo mas quando encontrarem a maior concentração de barracas, entrem na 3ª e esperem por mim. O dono é meu amigo. Também se chama Jamil. Bebam qualquer coisa e descansem.”

Assim fazemos. Apesar de algo carregados, ultrapassamos grandes grupos, vários, nigerianos formados por fiéis em êxtase que cantam ou bradam num estilo Gospel de coro móvel a sua emoção, à medida que se sentem mais próximos de Deus: “I’m going to meet the Lord. Praise the Lord. I’m going to meet him! Hallelujah!

Deixamos os seus rastos de luz e de fé para trás. Avançamos ao nosso ritmo e ganhamos tempo extra para recuperar os músculos ferventes das coxas e contemplar aquela peregrinação excêntrica a partir de alguns dos pequenos negócios instalados ao longo do caminho.

Banca, Monte Sinai, Egipto

Vendedores e guias beduínos reunidos num dos muitos negócios a caminho do cume.

Também no tal último, de Jamil, forrado de grandes tapetes garridos de tecelagem árabe ou beduína. Como combinado, aguardamos, ali, pelo guia homónimo.

O Cimo Místico mas Enregelante do Monte Sinai

Estamos na iminência dos 2285 m do Jabal Musa, uma das maiores elevações do Egipto. O ar é então, bastante mais rarefeito que no sopé da montanha e, às 4 da manhã, surpreendente gélido para um lugar às portas da sempre abafada Península Arábica.

Aproveitamos para beber chocolate quente e recuperarmos a temperatura, o fôlego e as pernas que já latejam de tanto degrau. Jamil e alguns dos russos aparecem quase 20 minutos depois.

Um ou outro arrastam-se trilho acima, auxiliados no limiar das suas possibilidades físicas, quando os camelos já não os podem socorrer e ainda faltam centenas de degraus para o fim da penitência.

Parte da derradeira escadaria para o cume afunila ainda mais a procissão. Recorremos a desvios de cabras para a podermos contornar e chegarmos ao cume a tempo do nascer do sol, o que acabamos por conseguir.

Peregrinos no cimo, Monte Sinai, Egipto

Visitantes admiram o nascer colorido do sol a partir do cimo da capela da Santa Trindade, num amanhecer gélido sobre o Monte Sinai.

Lá em cima, a luminosidade aumenta a olhos vistos e desenrola-se o milagre diário do amanhecer. O céu assume tons rosados e escarlates e o grande astro ainda parcial amarela o padrão granítico da capela de Santa Trindade, cercada de crentes fora de si.

Os gritos, choros e cânticos religiosos formam um gemido transcendental que soa a convocação. E, como revelam os olhares enlevados e os sorrisos de paixão dos seguidores, Deus pode não se ter revelado como a Moisés naquele pedaço inóspito de Terra mas tocou fundo nos seus corações.

A Descida Diurna para o Mosteiro de Santa Catarina

Um crente eslavo, em particular, faz questão de louvar o privilégio em retiro. Afasta-se da gente, ajoelha-se sobre o solo, dá as costas aos rochedos e estende os braços em direcção ao firmamento em mutação.

A confirmação do dealbar revela o cenário pedregoso a perder de vista em que Moisés se perdeu. Aos poucos, os peregrinos voltam a si e ao sopé de onde tinham partido.

Peregrinos, Monte Sinai, Egipto

Crentes reunidos em redor da capela da Santa Trindade.

Espera-os, ali, o Mosteiro de Santa Catarina mandado erguer pelo imperador bizantino Justiniano I.

E, no interior, a sarça-ardente que as autoridades cristãs ortodoxas residentes assinalaram como aquela em que Deus se materializou e revelou ao patriarca. A Terra Prometida a que quase terá chegado ainda está longe. Essa é outra romagem.

Mosteiro Santa Catarina, Monte Sinai, Egipto

Vislumbre do Mosteiro ortodoxo de Santa Catarina, construído no sopé do monte Sinai por ordem do imperador bizantino Justiniano.

Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Arménia

O Berço do Cristianismo Oficial

Apenas 268 anos após a morte de Jesus, uma nação ter-se-á tornado a primeira a acolher a fé cristã por decreto real. Essa nação preserva, ainda hoje, a sua própria Igreja Apostólica e alguns dos templos cristãos mais antigos do Mundo. Em viagem pelo Cáucaso, visitamo-los nos passos de Gregório o Iluminador, o patriarca que inspira a vida espiritual da Arménia.
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
Mar Morto, Israel

À Tona d'água, nas Profundezas da Terra

É o lugar mais baixo à superfície do planeta e palco de várias narrativas bíblicas. Mas o Mar Morto também é especial pela concentração de sal que inviabiliza a vida mas sustém quem nele se banha.
Edfu a Kom Ombo, Egipto

Nilo Acima, pelo Alto Egipto Ptolomaico

Cumprida a embaixada incontornável a Luxor, à velha Tebas e ao Vale dos Reis, prosseguimos contra a corrente do Nilo. Em Edfu e Kom Ombo, rendemo-nos à magnificência histórica legada pelos sucessivos monarcas Ptolomeu.

Istambul, Turquia

Onde o Oriente encontra o Ocidente, a Turquia Procura um Rumo

Metrópole emblemática e grandiosa, Istambul vive numa encruzilhada. Como a Turquia em geral, dividida entre a laicidade e o islamismo, a tradição e a modernidade, continua sem saber que caminho seguir

Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
Chefchouen a Merzouga, Marrocos

Marrocos de Cima a Baixo

Das ruelas anis de Chefchaouen às primeiras dunas do Saara revelam-se, em Marrocos, os contrastes bem marcados das primeiras terras africanas, como sempre encarou a Ibéria este vasto reino magrebino.
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Arquitectura & Design
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Cerimónias e Festividades
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
A Crucificação em Helsínquia
Cidades
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Kigurumi Satoko, Templo Hachiman, Ogimashi, Japão
Cultura
Ogimashi, Japão

Um Japão Histórico-Virtual

Higurashi no Naku Koro ni” foi uma série de animação nipónica e jogo de computador com enorme sucesso. Em Ogimashi, aldeia de Shirakawa-Go, convivemos com um grupo de kigurumis das suas personagens.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Manatee Creek, Florida, Estados Unidos da América
Em Viagem
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Conversa entre fotocópias, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia
Étnico
Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

tarsio, bohol, filipinas, do outro mundo
História
Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Albreda, Gâmbia, Fila
Ilhas
Barra a Kunta Kinteh, Gâmbia

Viagem às Origens do Tráfico Transatlântico de Escravos

Uma das principais artérias comerciais da África Ocidental, a meio do século XV, o rio Gâmbia era já navegado pelos exploradores portugueses. Até ao XIX, fluiu pelas suas águas e margens, boa parte da escravatura perpetrada pelas potências coloniais do Velho Mundo.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Nuvem lenticular, Mount Cook, Nova Zelândia
Natureza
Mount Cook, Nova Zelândia

O Monte Fura Nuvens

O Aoraki/Monte Cook até pode ficar muito aquém do tecto do Mundo mas é a montanha mais imponente e elevada da Nova Zelândia.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Banhista, The Baths, Devil's Bay (The Baths) National Park, Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas
Parques Naturais
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão
Património Mundial UNESCO
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Tombolo e Punta Catedral, Parque Nacional Manuel António, Costa Rica
Praias
PN Manuel António, Costa Rica

O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
imperador akihito acena, imperador sem imperio, toquio, japao
Sociedade
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Gandoca Manzanillo Refúgio, Baía
Vida Selvagem
Gandoca-Manzanillo (Refúgio de Vida Selvagem), Costa Rica

O Refúgio Caribenho de Gandoca-Manzanillo

No fundo do seu litoral sudeste, na iminência do Panamá, a nação “tica” protege um retalho de selva, de pântano e de Mar das Caraíbas. Além de um refúgio de vida selvagem providencial, Gandoca-Manzanillo revela-se um deslumbrante éden tropical.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.