No que diz respeito à meteorologia, a maior parte da China é de extremos. Evite os meses de Verão (Maio a fim de Setembro) se não se dá bem com calor impiedoso e com as multidões de chineses a visitar os lugares turísticos do seu país durante as férias. Evite os meses de Inverno (Novembro a fim de Fevereiro) se não se dá bem com frio cortante – excepção feita para Hong Kong e Hainán – mas privilegie estes meses se não tem problema com o frio e prefere evitar multidões nos lugares que visitar. Dito isto, no geral, as melhores alturas para visitar o país são consideradas a Primavera (Março a Maio) e o Outono (Setembro ao início de Novembro).
A moeda da China é o Yuan (CNY) também chamado de renminbi. Em tempos, a China foi um país realmente barato até que a gradual valorização do Yuan encareceu o país. O Oeste da China e praticamente todo o interior permanecem acessíveis mas os destinos mais modernizados e populares como Pequim, Shangai, Guanzhou e, claro está, Hong Kong e Macau tornaram-se tão ou mais caros que muitos destinos europeus.
ALOJAMENTO
Duplos em guest houses para mochileiros custam a partir de 15€, por noite. Já em hotéis médios, a diária passa facilmente para os 25€ a 30€. Os hotéis de 5 estrelas cobram em redor de 250€ em quarto duplo nas maiores cidades.
ALIMENTAÇÃO
As refeições permanecem relativamente acessíveis um pouco por todo o país. É possível comer decentemente por 4€ a 6€ por dia, principalmente se apostar nas especialidades servidas na rua, incluindo as divinais espetadas chinesas (os chineses grelham e cozem praticamente tudo, de carne, a tofu e vegetais, espetado em pequenas varas ou separado de outra forma). Estes petiscos são cobrados à unidade são surpreendentemente saborosos. Uma refeição mais composta num restaurante médio deve custar por volta de 4€, 75€ a 80€ nos restaurantes mais sofisticados do país, estes preços substancialmente agravados nos bairros mais modernos de Xangai, Hong Kong e Macau.
INTERNET
Disseminou-se rapidamente por quase todo o país e é habitualmente fornecida de forma gratuita pelas guest houses e hotéis mas é filtrada pelo governo, o que significa que não terá sempre acesso a várias dos sites e aplicações a que está habituado. Se precisar de recorrer a um cibercafé, prepare-se para pagar em volta de 0,20€ a 0,50€ por hora.
VISTOS E OUTROS PROCEDIMENTOS
Visitantes portugueses devem requerer o visto na Secção Consular da Embaixada da República Popular da China, na Rua de São Caetano Nº2, Lapa em Lisboa. Visto de uma entrada custa 35€; visto de duas entradas custa 53€.
Mais informações em Embaixada da República Popular da China em Portugal
CUIDADOS DE SAÚDE E SEGURANÇA
A China não requer qualquer vacina para conceder a entrada turística no país excepto a da febre amarela se chegar vindo de um país com risco de transmissão da doença. Deve precaver-se contra malária especialmente se visitar as províncias de Yunnan, a ilha de Hainàn e, apesar de o risco ser substancialmente mais baixo, as de Anhui, Ghuizhou, Henen, Hubei e Jiangsu.
Tenha em atenção a habituação à altitude caso pretenda visitar as terras altas (acima de 3.500m) principalmente do Tibete, Sichuan e Yunnan.
Para mais informações sobre saúde em viagem, consulte o Portal da Saúde do Ministério da Saúde e Clínica de Medicina Tropical e do Viajante. Em FitForTravel encontra conselhos de saúde e prevenção de doenças específicas de cada país (em língua inglesa).
Verifique a situação político-social previamente se pretende viajar pela província de autónoma Xinjiang. Evite fazê-lo caso subsistam focos de instabilidade.
VIAGEM PARA A CHINA
A TAP (tel.: 707 205 700) voa para Pequim, com apenas uma escala em Munique ou Frankfurt – voos de Munique para Pequim e Pequim para Munique operados pela Air China – por cerca de 800€.
VOOS INTERNOS
A China é um país de grandes distâncias. Se não tiver bastante tempo disponível para o explorar, ou se mantém por uma zona em particular ou vai precisar de voar.
O aparecimento recente de novas companhias aéreas – nacionais e regionais – fez descer relativamente os preços dos voos principalmente nas rotas mais procuradas como Xangai – Hong Kong e Pequim-Xangai. Mesmo assim, o voo Pequim-Xangai ainda custa em redor de 250€, e o Shangai – Hong Kong pode custar 150€.
As principais companhias de aviação são: Air China; China Eastern Lines; China Southern Airlines; Chunqiu Airlines
Algumas destas companhias aéreas têm subsidiárias que aumentam a oferta nacional e regional de voos.
COMBOIO
A rede ferroviária chinesa é vasta e densa. Cobre praticamente todo o país, com excepção para Hainán. Uma vez que a população do país se aproxima dos 2 mil milhões, não surpreende que os comboios chineses estejam frequentemente sobrelotados, sobretudo por altura do Novo Ano Chinês e de outras férias e feriados.
Estima-se que, num determinado momento, cerca de 10 milhões de chineses viajam de comboio no seu país. Devido a esta afluência de passageiros mas não só, se não planear a compra de passagens com bastante antecedência, poderá ver-se frustrado, às 5 ou 6 da madrugada (hora a que abrem as bilheteiras das estações), como o 356º comprador numa fila que simplesmente não diminui porque dezenas de outros compradores (muitos deles especuladores) acedem aos guichets de forma lateral, com a inexplicável complacência dos compatriotas desrespeitados.
Os preços dos bilhetes dependem da distância do percurso e da classe em que fizer a viagem. A classe mais baixa é a Hard Seater (yìng zuó) a mais procurada pela população e, como tal, muito dificil de obter no próprio dia, em certas rotas. Está, por norma, à pinha e pode revelar-se traumatizante para qualquer passageiro do Primeiro Mundo, no que diz respeito à higiene.
Em hard sleeper vai viajar num compartimento aberto com 3 camas empilhadas de cada lado, já equipadas com lençóis, cobertor e almofada. A cama de baixo é mais cara que as que estão acima. Os bilhetes hard sleeper são igualmente muito difíceis de comprar.
A classe mais exclusiva, confortável e dispendiosa é a Soft Sleeper (ruan wò), na prática, uma cama com colchão, em beliche, num compartimento com portas para 4 pessoas).
Caso existam lugares vagos, se entrar num comboio com um bilhete sem reserva para um lugar sentado, pode pedir ao revisor a mudança (bupiào) para uma classe superior.
Compra de Bilhetes
Além das bilheteiras das estações de comboios, pode tentar comprar bilhetes ao balcão do hotel em que estiver hospedado ou em agências de viagem como a CITS que, como é óbvio, acrescenta uma comissão ao preço do bilhete.
Outra hipótese que pode ou não funcionar dependendo das imposições das autoridades chinesas em determinada altura, é comprar online em sites como o Travel China Guide
AUTOCARRO
Com o tempo, os autocarros de longa distância tornaram-se uma boa solução para viajar pela China, principalmente se os trajectos em questão não forem demasiado longos. Os bilhetes de autocarro são, por norma, mais fáceis de comprar que os de comboio e, frequentemente, mais baratos. Os autocarros também param em povoações mais pequenas em que os comboios não param.
Por outro lado, alguns itinerários – especialmente no interior rural – ainda são feitos por estradas em péssimo estado percorridas por condutores que não conhecem qualquer regra de trânsito.
ALUGUER DE VIATURA
Para ir directo à questão, não é simplesmente permitido pelo governo chinês, excepto em Hong Kong e Macau. À parte destes territórios com regimes administrativos especiais, se quiser explorar a China de automóvel ou motorizada, terá que contratar condutor o que pode ser feito pela recepção dos hotéis e guest houses ou por agências de viagem como a CITS
De qualquer maneira, o trânsito na China é absolutamente anarca e impõe riscos de acidentes graves a cada cruzamento ou esquina, pelo que, qualquer plano que envolva condução própria deve ser considerado incauto.