Badaling, China

A Invasão Chinesa da Muralha da China


Sorrriso Grátis
Um vendedor de artesanato nos confins da secção sul da muralha de Badaling.
Esforço Pioneiro
Primeiros visitantes do dia vencem uma das incontáveis rampas da muralha de Badaling.
Ao Corrimão
Grupo agarra-se a um corrimão num dos trechos mais inclinados de Badaling.
Num Alto
Grupo de visitantes chineses aprecia a paisagem do topo de uma elevação em curva da grande muralha da China.
Quase a sós
Chapéu de sol solitária numa secção sinuosa da muralha de Badaling.
Sino-cowboy
Homem chinês impõe-se ao relevo com a secção mais elevada da muralha como fundo.
Descanso forçoso
Uma visitante rende-se ao cansaço provocado pelas sucessivas subidas e descidas íngremes e por degraus demasiado altos.
Montanha-russa chinesa
Depois da subida, vem nova descida.
Multitude
Turistas maioritariamente chineses convivem entre bandeiras comunistas e da nação.
Sagrado Descanso
Monge budista recupera do esforço após vencer uma subida íngreme.
Vermelho China
Bandeira chinesa esvoaça com a silhueta da muralha da China, em Badaling.
Em Moldura
Parte da grande muralha da China como vista a partir de um portal em arcada junto a Beibalou.
Em Plena Foresta
Sector grandioso da muralha da China estendida pelo relevo florestado em redor de Badaling.
Repouso & Sombra
Visitantes protegem-se do sol de Verão sob chapéus de sol garridos.
À Conquista de Beibalou
Amigas sobem uma das escadarias íngremes que levam ao ponto mais alto de Beibalou.
Sino-selfie
Mulher fotografa-se entre bandeiras chinesas colocadas sobre uma plataforma baixa da muralha.
Uma Rampa concorrida
Centenas de chineses percorrem uma secção íngreme da muralha.
Com a chegada dos dias quentes, hordas de visitantes Han apoderam-se da Muralha da China, a maior estrutura criada pelo homem. Recuam à era das dinastias imperiais e celebram o protagonismo recém-conquistado pela nação.

Não encontramos sinal de vida quando chegamos junto às bilheteiras.

Aproximamo-nos dos torniquetes para espreitar para lá da barreira e somos detectados por um segurança ensonado que, mesmo contrariado, averigua aquela presença madrugadora.

“Faltam 35 minutos para abrir, informa-nos num inglês elementar e esforçado.” Perguntamos-lhe se há alguma possibilidade de nos deixar entrar de imediato e explicamos-lhe o porquê.

O guarda deixa-se sensibilizar. “Muito bem. Se querem ir já, não há problema. Entregam-me uma identificação e vêm depois comprar os bilhetes.”

Mal conseguimos acreditar em tanta bondade. Tínhamos acordado com as galinhas para nos anteciparmos à enchente de visitantes esperada naquele fim-de-semana de Verão. Não só o conseguimos, como somos os primeiros do dia a subir à muralha.

Muralha e torres, Muralha da China, Badaling, China

Sector grandioso da muralha da China estendida pelo relevo florestado em redor de Badaling.

Durante meia-hora, exploramos e apreciamos o colosso arquitectónico-militar de uma forma pura, sob uma luz suave de início do dia que respeita as suas linhas onduladas e a vegetação luxuriante envolvente.

Vencemo-lo degrau a degrau até chegarmos, ofegantes, à torre 8, o ponto mais elevado da secção norte, paragem final do teleférico e onde não tardariam a desembarcar as primeiras excursões de chineses, muitos ainda movidos pelo soar latente das palavras do  líder histórico Mao Zedong: “Aquele que nunca subiu à Grande Muralha não é um verdadeiro homem.”

Um vendedor clandestino de DVDs e livros temáticos surge de um pórtico mais abaixo e acaba-nos com a exclusividade. Examina a realidade em redor e move-se, meio desconfiado, na nossa direcção.

Percebemos que tinha entrado sem autorização ou bilhete e que aproveitava para se instalar a fazer algum negócio antes que os guardas iniciassem a sua patrulha.

Visitantes, Muralha da china, Badaling, China

Primeiros visitantes do dia vencem uma das incontáveis rampas da muralha de Badaling.

Foram estes e outros tipos de intrusões que os mentores da muralha quiseram evitar. Mas o propósito nunca seria cumprido na perfeição.

A Grande Defesa de Pedra do Império Chinês

A construção começou entre 221 e 207 a.C.. Durante a Dinastia Qin, o imperador Qin Shi Huang selou finalmente a unificação da China.

Por sua ordem, diversas muralhas antes edificadas por reinos independentes com o fim de se protegerem de tribos nómadas saqueadoras foram ligadas por centenas de milhares de operários, em grande parte prisioneiros.

A tarefa durou dez anos. Cerca de 180 milhões de metros cúbicos de terra formaram a base da estrutura original. Diz a lenda que os ossos dos trabalhadores falecidos terão sido outro dos materiais usados na fortificação.

Muralha Gigante, com Pés de Barro

Malgrado a envergadura da obra, Gengis Khan resumiu a sua fragilidade: “A força da muralha depende da coragem daqueles que a defendem”. Ao longo dos tempos, percebeu-se a facilidade com que as sentinelas eram subornadas, entre outras vulnerabilidades.

Vendedor, Muralha da china, Badaling-China

Um vendedor de artesanato nos confins da secção sul da muralha de Badaling.

E também que a fortificação tinha grande utilidade como uma espécie de estrada elevada que permitia o transporte de pessoas e bens ao longo do terreno montanhoso.

A secção de Badaling só foi erguida em 1505, durante a dinastia Ming. A partir de então, o sistema de sinalização com sinais de fumo produzidos de torre em torre permitiu uma transmissão ainda mais rápida de notícias sobre a movimentação de inimigos a Pequim,  capital do império de 1421 a 1911. Hoje, a capital continua a distar apenas 70 km.

Dela partem, de comboio, autocarros e outros veículos, as multidões veraneantes desejosas de aceder à Grande Muralha.

A Quase Omnivisão Concedida por Beibalou

É do ponto mais elevado de Beibalou (1015 m) que avistamos a invasão de visitantes concretizar-se, primeiro chegados a pé dos portais de entrada no vale, depois, da estação do teleférico nas nossas imediações.

Num ápice, a paz e solidão matinal dá lugar a uma peregrinação inexorável e esforçada que avança rampas e degraus acima e abaixo e toma conta dos adarves amplos.

Recordamo-nos, assim, de que estamos num país com 1.3 mil milhões de habitantes, a maior população do Mundo.

Subida, Muralha da China, Badaling, China

Centenas de chineses percorrem uma secção íngreme da muralha.

Da 8ª torre para o interior, a muralha mergulha em direcção às profundezas do vale. Torna-se de tal forma vertiginosa que é arriscado descê-la sem recurso aos corrimões adicionados às paredes.

Certos visitantes idosos enfrentam este trecho com óbvio receio e agarram-se aos apoios com todas as forças. Quando o percorremos, um monge budista faz uma pausa estratégica naquela romaria extrema.

A sua presença hesitante abençoa mas também perturba os restantes transeuntes, já atrapalhados com o transporte forçado de chapéus de sol, sacos e restante carga. Mas o declive acentua-se ainda mais.

Meandros, Muralha da China, Badaling, China

Grupo de visitantes chineses aprecia a paisagem do topo de uma elevação em curva da grande muralha da China.

Do quase sopé da encosta, apreciamos com nitidez crescente como a muralha curva e volta a curvar submissa aos caprichos do relevo.

A Visita Precoce do Jesuíta Bento de Góis

É algo que se verifica tanto em Badaling como ao longo dos seus mais de 21.196km, desde a área de Shanhaiguan que confluí com o oceano Pacífico e evitava os ataques do povo Manchu aos confins ocidentais e desérticos da província de Gansu em que Jiayuguan servia de pórtico para a secção chinesa da Rota da Seda.

Um dos primeiros ocidentais a entrar na China através desta última passagem foi o jesuíta português Bento de Góis. Chegou vindo do norte da Índia, em 1605, possivelmente informado dos relatos presentes em livros que os mercadores portugueses tinham trazido para Lisboa.

Por certo também pelas descrições prévias das “Décadas da Ásia” de João de Barros, pelas narrações do frade dominicano Gaspar da Cruz.

E até do embaixador falhado Tomé Pires que viu gorar-se o projecto de se tornar influente na corte do imperador Ming Zhengde mas, apesar de ter assistido ao início de uma perseguição chinesa aos comerciantes portugueses, terá vivido na China por mais alguns anos.

Monge budista, Muralha da China, Badaling, China

Monge budista recupera do esforço após vencer uma subida íngreme.

O Sol a Pique sobre a Muralha. Hora de Descanso e Sino-Almoçaradas

O tempo também flui no dia que dedicamos a Badaling e o sol depressa fica a pique. Por volta da uma da tarde, grande parte das famílias, grupos de amigos e restantes comitivas estão extasiados, esfomeados e determinados em ultrapassarem tamanhas provações.

Instalam-se, assim, numa zona da muralha recolhida abaixo de Beibalou e equipada com mesas e cadeiras hiper-disputadas.

Inauguram, então, incontáveis piqueniques, resolvidos à base de noodles instantâneos, outros mais caprichados mas ainda assim feitos de iguarias conservadas em embalagens de plástico: ovos cozidos, dumplings, carnes e vegetais secos, alimentos quase sempre com aspecto industrial e prazos de validade escandalosos.

Deixamos para trás a 12ª torre. Esbarramos com a estação de Qinlongqiao e a sua entrada. No exterior, há uma concentração comercial que atrai milhares de visitantes.

Abandonamos temporariamente o domínio da muralha para nos juntarmos à feira.

Pequena multidão, Muralha da China, Badaling, China

Visitantes protegem-se do sol de Verão sob chapéus de sol garridos.

Qinlongqiao: a entrada para a Feira da Muralha da China

Depressa percebemos que era ali que os vendedores se vingavam de não poderem trabalhar sobre a muralha.

Passados os torniquetes, confrontamo-nos com um batalhão de pequenos empresários que impingem recordações da muralha ou da China, em movimento ou em pequenas bancas.

Encontramos igualmente um pequeno zoo improvisado com camelos que as pessoas montam para se fotografarem em poses altivas, recintos repletos de ursos-malaios acrobáticos, outros com macacos e espécies distintas que, apesar das condições lastimáveis a que são votados, vão cumprindo a sua função de entreter a multidão.

Para diante, repetem-se ainda barraquinhas com frutos frescos e secos, mini-cozinhas ao ar livre que servem todo o tipo de petiscos chineses em jeito de refeição, que aquecem e engorduram o ar escaldante e seco do Verão daquelas paragens.

Estilo cowboy, Muralha da china, Badaling, China

Homem chinês impõe-se ao relevo com a secção mais elevada da muralha como fundo.

Uma Persistência Recompensada com Reclusão e Paz

Findo o repasto e o merecido descanso, alguns visitantes regressam à zona da entrada. Dali, em vez de saírem, os mais jovens e persistentes partem para a conquista da secção sul da muralha, tão ou mais demorada e extenuante que a norte.

Forçamo-nos e às pernas a fazê-lo e somos recompensados com um percurso tranquilo, dotado de torres de vigia mais grandiosas que as do ponto cardeal oposto e embelezado pela luz cada vez mais suave do Sol, não tarda poente.

Já de regresso ao pórtico porque tínhamos entrado de manhã, passa por nós o funcionário encarregue de se assegurar que não são fechadas as portas com visitantes sobre os adarves.

Somos, de novo, quase os únicos na muralha e percebemos que,  junto ao vale, os merlões haviam sido enfeitados alternadamente com bandeiras nacionais ou do Partido Comunista Chinês (PCC).

Bandeiras Chinesas, Muralha da china, Badaling, China

Turistas maioritariamente chineses convivem entre bandeiras comunistas e da nação.

Durante a tarde, um qualquer representante diplomático tinha frequentado a fortificação e os anfitriões aproveitaram para exibir o vigor político da nação, em complemento à sua sumptuosidade histórica.

Algumas dezenas de chineses que ali persistem aproveitam a decoração e a deixa. Fazem-se fotografar entre as bandeiras, com o cenário verdejante como fundo e orgulhosos da grandiosidade da sua pátria vermelha.

Selfie, Muralha da china, Badaling, China

Mulher fotografa-se entre bandeiras chinesas colocadas sobre uma plataforma baixa da muralha.

Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Dunhuang, China

Um Oásis na China das Areias

A milhares de quilómetros para oeste de Pequim, a Grande Muralha tem o seu extremo ocidental e a China é outra. Um inesperado salpicado de verde vegetal quebra a vastidão árida em redor. Anuncia Dunhuang, antigo entreposto crucial da Rota da Seda, hoje, uma cidade intrigante na base das maiores dunas da Ásia.
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Guilin, China

O Portal Para o Reino Chinês de Pedra

A imensidão de colinas de calcário afiadas em redor é de tal forma majestosa que as autoridades de Pequim a imprimem no verso das notas de 20 yuans. Quem a explora, passa quase sempre por Guilin. E mesmo se esta cidade da província de Guangxi destoa da natureza exuberante em redor, também lhe achámos os seus encantos.
Lijiang e Yangshuo, China

Uma China Impressionante

Um dos mais conceituados realizadores asiáticos, Zhang Yimou dedicou-se às grandes produções ao ar livre e foi o co-autor das cerimónias mediáticas dos J.O. de Pequim. Mas Yimou também é responsável por “Impressions”, uma série de encenações não menos polémicas com palco em lugares emblemáticos.
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.

Nantou, Taiwan

No Âmago da Outra China

Nantou é a única província de Taiwan isolada do oceano Pacífico. Quem hoje descobre o coração montanhoso desta região tende a concordar com os navegadores portugueses que baptizaram Taiwan de Formosa.

Huang Shan, China

Huang Shan: as Montanhas Amarelas dos Picos Flutuantes

Os picos graníticos das montanhas amarelas e flutuantes de Huang Shan, de que brotam pinheiros acrobatas, surgem em ilustrações artísticas da China sem conta. O cenário real, além de remoto, permanece mais de 200 dias escondido acima das nuvens.
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Pequim, China

O Coração do Grande Dragão

É o centro histórico incoerente da ideologia maoista-comunista e quase todos os chineses aspiram a visitá-la mas a Praça Tianamen será sempre recordada como um epitáfio macabro das aspirações da nação
Lhasa a Gyantse, Tibete

Gyantse, pelas Alturas do Tibete

O objectivo final é o Everest Base Camp tibetano. Neste primeiro trajecto, a partir de Lhasa, passamos pelo lago sagrado de Yamdrok (4.441m) e pelo glaciar do desfiladeiro de Karo (5.020 m). Em Gyantse, rendemo-nos ao esplendor budista-tibetano da velha cidadela.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Fiel em frente à gompa A gompa Kag Chode Thupten Samphel Ling.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Arquitectura & Design
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
bebe entre reis, cavalhadas de pirenopolis, cruzadas, brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
Basseterre, São Cristóvão e Neves, St. Kitts, Berkeley Memorial
Cidades
Basseterre, São Cristóvão e Neves

Uma Capital ao Nível do Mar das Caraíbas

Instalada entre o sopé da montanha Olivees e o oceano, a diminuta Basseterre é a maior cidade de São Cristóvão e Neves. Com origem colonial francesa, há muito anglófona, mantém-se pitoresca. Desvirtuam-na, apenas, os gigantescos cruzeiros que a inundam de visitantes de toca-e-foge.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cultura
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Tsitsikamma Parque Nacional
Em Viagem
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
Horseshoe Bend
Étnico
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Casa Menezes Bragança, Chandor, Goa, India
História
Chandor, Goa, Índia

Uma Casa Goesa-Portuguesa, Com Certeza

Um palacete com influência arquitectónica lusa, a Casa Menezes Bragança, destaca-se do casario de Chandor, em Goa. Forma um legado de uma das famílias mais poderosas da antiga província. Tanto da sua ascensão em aliança estratégica com a administração portuguesa como do posterior nacionalismo goês.
Mexcaltitán, Nayarit, México, do ar
Ilhas
Mexcaltitán, Nayarit, México

Uma Ilha entre o Mito e a Génese Mexicana

Mexcaltitán é uma ilha lacustre, arredondada, repleta de casario e que, durante a época das chuvas, só é transitável de barco. Crê-se ainda que possa ser Aztlán. A povoação que os Aztecas deixaram numa deambulação que terminou com a fundação de Tenochtitlan, a capital do império que os espanhóis viriam a conquistar.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Natureza
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Em espera, Mauna Kea vulcão no espaço, Big Island, Havai
Parques Naturais
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Canal de Lazer
Património Mundial UNESCO
Amesterdão, Holanda

De Canal em Canal, numa Holanda Surreal

Liberal no que a drogas e sexo diz respeito, Amesterdão acolhe uma multidão de forasteiros. Entre canais, bicicletas, coffee shops e montras de bordéis, procuramos, em vão, pelo seu lado mais pacato.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina
Praias
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Arménia Berço Cristianismo, Monte Aratat
Religião
Arménia

O Berço do Cristianismo Oficial

Apenas 268 anos após a morte de Jesus, uma nação ter-se-á tornado a primeira a acolher a fé cristã por decreto real. Essa nação preserva, ainda hoje, a sua própria Igreja Apostólica e alguns dos templos cristãos mais antigos do Mundo. Em viagem pelo Cáucaso, visitamo-los nos passos de Gregório o Iluminador, o patriarca que inspira a vida espiritual da Arménia.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Sociedade
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Vida Selvagem
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.