Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores

O Éden Açoriano Traído pelo outro Lado do Mar


O Pote de Ouro
Canada Murada
Uma Manta de Retalhos
Decoração Rural
Uma Cafeteira-Vaso
A Aldeia
Poço do Bacalhau
Alagoínha x2
Mar Bravo
Cascatas da Alagoínha
Laje dos Confins da Europa
A Grande Vista
Miradouro do Portal
Quarto de Arco-Íris
A Cuada foi fundada, estima-se que em 1676, junto ao limiar oeste das Flores. Já em pleno século XX, os seus moradores juntaram-se à grande debandada açoriana para as Américas. Deixaram para trás uma aldeia tão deslumbrante como a ilha e os Açores.

Não é que fosse necessário, longe disso, mas, no preciso momento em que damos entrada no espaço retalhado por muros da aldeia da Cuada, nuvens carregadas surgem do cimo das encostas a leste.

Pairam sobre os fios de água do Poço da Alagoinha. Aos poucos, as nuvens estendem-se na direcção do Atlântico. Gotas tresmalhadas pelo vento irrigam os minifúndios por onde cirandamos. Deixam-nos de sobreaviso.

Afastamo-nos do castro de casas que nos obstruía a vista. Detectamos um arco-íris, completo e enorme.

Enquadrava o casario da aldeia, amornado pela iminência do ocaso.

Parecia confirmar o pote de ouro em que, contra o fluxo da história e das mais optimistas previsões, se transformou a Cuada.

Os chuviscos ora caem, ora dão tréguas, ao sabor da nortada.

Os poucos mais de cem habitantes que deixaram a aldeia até 1960, esses, como tantos outros da ilha da Flores e dos Açores, nunca voltaram.

O Abandono da Cuada para as Américas

Durante boa parte do século XX, a Cuada manteve-se ao abandono, as pedras e telhas das suas casas à mercê dos vendavais, das bátegas que fustigam estes confins atlânticos de Portugal.

Em 1970, aliás, já só duas das dezassete casas e palheiros preservavam telhados que merecessem tal nome.

A tempestade que parecia insinuar-se não chega a tanto. Confrontada com os ares do oceano, a franja de nuvens provinda do cimo da ilha intimida-se e dissipa-se.

O arco-íris segue-lhe o exemplo.

À medida que o sol se esparrama para trás do Atlântico, somem-se ainda a sombra abaixo do muro que nos suportava e o tom fulvo das fachadas.

Com a noite, os forasteiros à descoberta da ilha regressam aos seus abrigos de ocasião.

Ressuscitam os lares das gentes florenses que a excessiva insularidade e o subdesenvolvimento das Flores forçaram a partir, em perseguição de sonhos longínquos.

Os novos inquilinos chegam de todas as partes. Ficam um, dois, ou três dias. Recuperam um pouco das vidas lá interrompidas.

Cada casa está identificada com um nome de um dos emigrantes: Fátima, Fagundes, Esméria, Luís.

Nós, instalamo-nos na de Luciana.

Abençoada a dobrar pela proximidade da casa do Império do Divino Espírito Santo local, o único edifício rebocado e alvo do conjunto, diz-se que a casa de Império mais antiga de toda a ilha das Flores.

Cuada: e Como a Aldeia foi Recuperada mas Respeitada

Desconhecemos o que o destino ditou aos emigrantes após cruzarem para as Américas. Não sabemos sequer se o seu destino foi o Canadá, os Estados Unidos, o Brasil – os países acolhedores protagonistas da diáspora açoriana – ou um outro.

Constatamos  que, mesmo resgatado da ruína, das silvas e dotado de modernidade, o povoado humilde e pitoresco que Luciana e os vizinhos abandonaram pouco mudou.

Os caminhos e lajedos de pedra mantêm-se tão ásperos e irregulares como quando as gentes da terra os percorriam, amiúde, descalços. Em tempos terrenos cultivados, os prados ervados surgem divididos a critério, por muros de pedra semelhante à usada na estrutura das casas.

Até há algum tempo, frequentavam esses prados e pastos a vaca Mimosa, Florentina, uma burra. E Tina, a cabra da aldeia.

Algumas casas têm eiras, agora usadas como pátios desafogados. Outras, foram adaptadas de palheiros, como o que pertencia a Pimentel.

O Capricho e a Teimosia Criativa dum Casal Açoriano

O prodígio de ressuscitar a Aldeia da Cuada deveu-se a Teotónia e Carlos Silva, um casal, hoje, com 72 anos que tinha por hábito passar o estio na Fajã Grande, a usufruir do retiro e da paz idílicos do faroeste da ilha das Flores.

Decorria a década de 80. Teotónia e Carlos, originário da ilha do Pico, sentiram o chamamento de recuperar a Cuada. Começaram por comprar uma primeira casa. Logo outra.

A determinada altura, o feitiço verdejante da Ilha das Flores atraía aos confins dos Açores mais e mais viajantes intrigados. Abrigarem-se e viverem o legado das casinhas da Cuada, sem electricidade, TV ou Internet, revelou-se um privilégio que entrou em modo de passa-a-palavra.

Por essa altura, Carlos tinha uma situação profissional estável nas Finanças. Teotónia, trabalhava na Sata, a companhia de aviação que serve os Açores. Apesar do traquejo que tinham no que dizia respeito a dinheiro e a viagens e turismo, ouviam com frequência que se estavam a meter numa loucura.

A própria Direcção de Turismo dos Açores louvou a sua determinação, mas recusou-se a participar, pela lógica de que, mesmo recuperada, a aldeia da Cuada, distante e isolada como estava, não chamaria hóspedes que justificassem o investimento.

Os anos sucederam-se. Chegamos a 1998. A aldeia abriu, de forma oficializada, as portas ao turismo.

Da Ruína, ao Turismo de Aldeia Pioneiro da Cuada

O mesmo destino e humildade que condenou os moradores da velha Cuada a emigrarem, levou à Cuada renovada um número crescente de forasteiros que, de início, tinham como iluminação velhos candeeiros a óleo, bem menos poluentes, em termos visuais, que os postes e cabos da instalação eléctrica que Carlos e Teotónia anseiam trocar por uma outra subterrânea.

Dois anos depois, a aldeia viu-se legalmente protegida pelas autoridades. O até então reticente Governo Regional dos Açores declarou-a “património cultural com interesse histórico, arquitectónico e paisagístico”.

A Cuada tornou-se um Turismo de Habitação (logo, Turismo de Aldeia) pioneiro em Portugal.

Ficou a salvo das atrocidades urbanísticas que abundam por todo o país. Tanto das que viessem do próprio governo como das de iniciativas privadas nas redondezas.

Quanto mais visitantes chegavam, mais sentido tinha para o casal Silva ignorarem os agoiros e prosseguirem com a sua missão.

A Beleza da Cuada e da Ilha das Flores em Redor

Afinal, de tanto ali passarem Verões, ambos conheciam como ninguém o valor dos cenários que envolvem a aldeia que, na opinião de muitos, fazem das Flores a ilha mais deslumbrante do arquipélago.

Conheciam a Fajã e a Fajãnzinha, as companhias mais próximas da Cuada, uma de cada lado.

O Poço da Alagoínha e a Cascata do Poço do Bacalhau, os dois a pouca distância, cada qual com o seu visual florentino de encantar.

Conheciam ainda, o conjunto de miradouros elevados que revelam panoramas verdejantes arrebatadores, salpicados de vacas, a começar pelo do Portal.

Também as piscinas naturais e a linha de costa vulcânica, rude e bela a condizer faziam já parte de si, como fazia a solidão emblemática do ilhéu do Monchique, o derradeiro pedaço de rocha do ocidente lusitano.

Teotónia e Carlos esforçaram-se por, dentro dos limites da simplicidade original, equipar e decorar cada uma das casas à altura dos cenários circundantes.

A Encantadora Simplicidade Histórica da Aldeia da Cuada

Os equipamentos e utensílios – espelhos, interruptores, torneiras, colchas, napperons e tantos outros – vêm do antigamente.

Ou, se não vêm, imitam o melhor possível, segundo o gosto e os caprichos de Teotónia.

Em termos gastronómicos, a Cuada prenda os seus hóspedes com o melhor que as Flores e os Açores têm para oferecer. Quando despertamos, esperava-nos um pequeno-almoço com pão fresco, queijo flamengo e da Ilha de São Jorge. Mel, doces, bolo de chia e fruta.

Ao jantar, também no restaurante ao lado da recepção, deliciamo-nos com peixes pescados ao largo, bem grelhados e acompanhados de vegetais colhidos nos terrenos da propriedade.

Por enquanto, cultivam-nos os trabalhadores da Cuada. Carlos e Teotónia partilham planos de que os hóspedes se possam entreter com tarefas rurais.

A Cuada conta, agora, com um acesso rodoviário a partir da estrada da Assumada que serve boa parte do fundo ocidental da ilha.

Tem também um parque de estacionamento inclinado que permite aos hóspedes chegarem com a sua bagagem até à entrada da vila, marcada pela recepção e museu.

Em horas ditas normais, da recepção até cada uma das casas, contam com a força de braços descomunal de Sílvio, encarregado e faz-tudo da Aldeia da Cuada.

As nossas, tratávamos ainda do check in, já Sílvio as tinha deixado à porta da Casa Luciana.

As Canadas Irregulares que Levam a uma Beira-Mar Dramática

Noutros tempos, as gentes chegavam à aldeia por uma canada secular.

Sulcava a floresta entre dois dos templos cristãos emblemáticos daquelas paragens, das imediações da capela de Santo António de Lisboa à casa do Império da Cuada, a tal igreja branca situada acima da Casa Luciana.

Como já vimos, a teimosia de Teotónia e Carlos em, apesar do desajeito dos hóspedes, preservarem os caminhos internos da aldeia, concedeu-nos o privilégio de nela caminharmos por vias fascinantes de história e de genuinidade.

Numas poucas dezenas de metros, a canada principal, sinuosa e vegetada da aldeia conduz-nos do ambiente bucólico e rural da Cuada para o marinho, bem mais selvagem que se sucede a ocidente.

Por ali, os coelhos são donos e senhores de um mato labiríntico pejado de tocas e ninhos. Sobrevoam-nos as abundantes cagarras. Com sorte podem revelar-se pintainhos, estapagados e garajaus.

À medida que desce, a canada transforma-se num trilho pouco claro, nada que pudéssemos comparar com o bem demarcado e concorrido que liga a Fajã Grande ao Farol de Albernaz, virado para a ilha vizinha do Corvo.

Quando um dos seus meandros nos desvenda um inesperado precipício rochoso e o Atlântico agitado, damos meia volta, rumo à Cuada.

Não seria, essa, a última vez que nos abrigávamos na aldeia.

Sempre que o fizemos, sentimos o aconchego humano e o afago da Natureza que os seus moradores se viram obrigados a sacrificar.

ALDEIA DA CUADA

Tel.: +351 292 552 127

https://aldeiadacuada.com

Morada: Lajes das Flores 9960-070

Ilha das Flores, Açores

Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
Ponta Delgada, São Miguel, Açores

A Cidade da Grande Ilha dos Açores

Durante os séculos XIX e XX, Ponta Delgada tornou-se a cidade mais populosa e a capital económico-administrativa dos Açores. Lá encontramos a história e o modernismo do arquipélago de mãos-dadas.
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores

Heroína do Mar, de Nobre Povo, Cidade Valente e Imortal

Angra do Heroísmo é bem mais que a capital histórica dos Açores, da ilha Terceira e, em duas ocasiões, de Portugal. A 1500km do continente, conquistou um protagonismo na nacionalidade e independência portuguesa de que poucas outras cidades se podem vangloriar.
Ilha do Pico, Açores

A Ilha a Leste da Montanha do Pico

Por norma, quem chega ao Pico desembarca no seu lado ocidental, com o vulcão (2351m) a barrar a visão sobre o lado oposto. Para trás do Pico montanha, há todo um longo e deslumbrante “oriente” da ilha que leva o seu tempo a desvendar.
Vale das Furnas, São Miguel

O Calor Açoriano do Vale das Furnas

Surpreendemo-nos, na maior ilha dos Açores, com uma caldeira retalhada por minifúndios agrícolas, massiva e profunda ao ponto de abrigar dois vulcões, uma enorme lagoa e quase dois mil micaelenses. Poucos lugares do arquipélago são, ao mesmo tempo, tão grandiosos e acolhedores como o verdejante e fumegante Vale das Furnas.
São Jorge, Açores

De Fajã em Fajã

Abundam, nos Açores, faixas de terra habitável no sopé de grandes falésias. Nenhuma outra ilha tem tantas fajãs como as mais de 70 da esguia e elevada São Jorge. Foi nelas que os jorgenses se instalaram. Nelas assentam as suas atarefadas vidas atlânticas.
Corvo, Açores

O Abrigo Atlântico Inverosímil da Ilha do Corvo

17 km2 de vulcão afundado numa caldeira verdejante. Uma povoação solitária assente numa fajã. Quatrocentas e trinta almas aconchegadas pela pequenez da sua terra e pelo vislumbre da vizinha Flores. Bem-vindo à mais destemida das ilhas açorianas.
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Vulcão dos Capelinhos, Faial, Açores

Na Pista do Mistério dos Capelinhos

De uma costa da ilha à opostoa, pelas névoas, retalhos de pasto e florestas típicos dos Açores, desvendamos o Faial e o Mistério do seu mais imprevisível vulcão.
Horta, Açores

A Cidade que Dá o Norte ao Atlântico

A comunidade mundial de velejadores conhece bem o alívio e a felicidade de vislumbrar a montanha do Pico e, logo, o Faial e o acolhimento da baía da Horta e do Peter Café Sport. O regozijo não se fica por aí. Na cidade e em redor, há um casario alvo e uma efusão verdejante e vulcânica que deslumbra quem chegou tão longe.
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
Santa Maria, Açores

Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

Foi a primeira do arquipélago a emergir do fundo dos mares, a primeira a ser descoberta, a primeira e única a receber Cristovão Colombo e um Concorde. Estes são alguns dos atributos que fazem de Santa Maria especial. Quando a visitamos, encontramos muitos mais.
São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza

Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.
Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Sombra vs Luz
Arquitectura & Design
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, templo Batu Bolong, vulcão Agung em fundo
Cerimónias e Festividades
Lombok, Indonésia

Lombok: Hinduísmo Balinês Numa Ilha do Islão

A fundação da Indonésia assentou na crença num Deus único. Este princípio ambíguo sempre gerou polémica entre nacionalistas e islamistas mas, em Lombok, os balineses levam a liberdade de culto a peito
Verão Escarlate
Cidades

Valência a Xàtiva, Espanha

Do outro Lado da Ibéria

Deixada de lado a modernidade de Valência, exploramos os cenários naturais e históricos que a "comunidad" partilha com o Mediterrâneo. Quanto mais viajamos mais nos seduz a sua vida garrida.

Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Garranos galopam pelo planalto acima de Castro Laboreiro, PN Peneda-Gerês, Portugal
Cultura
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda – Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Tsitsikamma Parque Nacional
Em Viagem
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
Tambores e tatoos
Étnico
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Barco no rio Amarelo, Gansu, China
História
Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
festa no barco, ilha margarita, PN mochima, venezuela
Ilhas
Ilha Margarita ao PN Mochima, Venezuela

Ilha Margarita ao Parque Nacional Mochima: um Caribe bem Caribenho

A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Natureza
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Espectáculo Impressions Lijiang, Yangshuo, China, Entusiasmo Vermelho
Parques Naturais
Lijiang e Yangshuo, China

Uma China Impressionante

Um dos mais conceituados realizadores asiáticos, Zhang Yimou dedicou-se às grandes produções ao ar livre e foi o co-autor das cerimónias mediáticas dos J.O. de Pequim. Mas Yimou também é responsável por “Impressions”, uma série de encenações não menos polémicas com palco em lugares emblemáticos.
Teleférico de Sanahin, Arménia
Património Mundial UNESCO
Alaverdi, Arménia

Um Teleférico Chamado Ensejo

O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Pescador manobra barco junto à Praia de Bonete, Ilhabela, Brasil
Praias
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Templo Kongobuji
Religião
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Sociedade
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Vida Selvagem
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.