Atchafalaya Basin, Luisiana, E.U.A.  

O Grande Pântano do Sul Americano Profundo


Auto-Estrada Elevada
Auto-estrada elevada, acima do Lake Fausse, Atchafalaya, Luisiana
Captain Caviar
John Burke, mais conhecido como Captain Caviar, exibe jacintos no pântano do Atchafalaya
O dique de Berwick
Dique de Berwick, rio Atchafalaya e pântano, Luisiana
Edifício Lacustre
Casa flutuante, bacia do Atchafalaya, Luisiana
Canal Reflectivo
Ciprestes acima de um bayou, Pântano do Atchafalaya, Luisiana
Jacaré em Patrulha
Jacaré, Lake Fausse, Atchafalaya, Luisiana
Barbas de Velho
Barbas de velho num pântano do Atchafalaya
Raízes e Rebentos do Bayou
Raízes de ciprestes, rio Atchafalaya, e pântano, Luisiana
Ilha de Ciprestes
Ilha de ciprestes, Flat Lake, rio Atchafalaya e pântano, Luisiana
Íbis-Negro
Íbis-negro sobre rebento de cipreste, rio Atchafalaya, pântano, Luisiana
Linhas do Progresso
Rede abastecimento eléctrico, Lake Fausse, Luisiana
A Floresta Alagada
Árvores alagadas pela bacia do rio Atchafalaya, e pântano
Poema Fantasmagórico
Placa com poema, rio e pântano Atchafalaya, na zona de Berwick
Brilhos do Pântano
Rio Atchafalaya e pântano sol atrás de ciprestes
Duo Íbis
Ibis sobre cipreste, rio Atchafalaya e pântano, Luisiana.
Cipreste em Fogo
Ocaso no Flat Lake, Luisiana
Sombras do Atchafalaya
Floresta de ciprestes, com o pôr-do-sol a ocidente, Atchafalaya
Por alguma razão os indígenas o tratavam por “rio longo”. A determinado ponto, o Atchafalaya espraia-se num pântano feito de lagoas ligadas por canais, salpicadas de ciprestes, carvalhos e tupelos. Exploramo-lo, entre Lafayette e Morgan, Luisiana, no caminho para a sua foz do Golfo do México.

Por fim, após muitos mais dias do que tínhamos previsto, mudamo-nos de New Orleans para a Cajun Coast a sudoeste.

A viagem até às imediações de Morgan City demora 1h30.

Cumprimo-la por auto-estradas peculiares, erguidas acima de zonas alagadas que, ora seguem paralelas, ora cruzam rios, canais, bayous (braços de rio, rios secundários e pantanosos), lagos, reservatórios e outros.

Uma montra da miríade de corpos de água que mantêm o sul do Luisiana num óbvio estado anfíbio.

Auto-estrada elevada, acima do Lake Fausse

Um pouco antes das cinco da tarde, chegamos a uma propriedade sobre a margem de um bayou conhecido por Teche.

O Anfitrião do Atchafalaya Captain Caviar

Vanessa, a anfitriã da região de Morgan apresenta-nos a John Burke, o fundador, timoneiro e guia da Captain Caviar Swamp Tours, uma empresa que, mesmo “one man show”, tinha conquistado uma notoriedade invejável.

Como o seu cognome deixa perceber, John criou-a na sequência de outro negócio inusitado, a comercialização de caviar obtido da amia, um peixe nativo cujas ovas são comparáveis às do caviar consumido na Rússia e restante Europa.

Era suposto John conduzir-nos, de barco, pelo pantanal da bacia do rio Atchafalaya, a partir do embarcadouro do seu lar e base de operações. Findas as saudações, propõe-nos actividades com que não contávamos. “Sabem outra coisa? A minha mãe vive numa casa grande e antiga, próxima da minha. Apareceu-lhe um fantasma, na cozinha.

Além disso, um sacerdote vudu detectou três espíritos pendurados de uma árvore logo em frente.” A sugestão vinha na senda de várias abordagens e incursões ao mundo paranormal, estreadas em New Orleans, entre as quais, um périplo nocturno pelos cemitérios da Big Easy. Haveria de se repetir em quase todos os lugares que cobrimos no Luisiana.

Ali, onde nos encontrávamos, interessava-nos, sobretudo, a Natureza invulgar e intimidante que nos envolvia. Só que o paranormal tornou-se uma fonte de popularidade e de lucro quase obrigatória para quem trabalha em turismo no Pelican State.

Parecia custar, a John, o desprezo que mostrávamos pelas atracções fantasmagóricas que sugeria. John Burke opta, assim, por nos confrontar com alguns dos títulos da TV americana que lhes tinham dedicado programas, episódios e afins.

O próprio Captain Caviar marca presença no episódio “Blue Shirt of Idlewild”, de “Ghosts of Morgan City”, uma série do género fantástico que se apresenta com a seguinte sinopse: “depois de um pico de chamadas de emergência pouco usuais em Morgan City, o edil da cidade e o chefe da polícia local recrutam uma equipa de peritos no paranormal para investigarem a bizarra actividade sobrenatural”.

Num plano mais mundano, Captain Caviar acolheu ainda Troy Landry, vedeta protagonista da série “Swamp People” recorrente, pelo menos, no canal História e em português. Era outro tipo de programa que estava longe de nos seduzir.

À Descoberta da Bacia e Pântano do Atchafalaya

Com o sol a descer no horizonte e um território extenso por explorar, o Captain Caviar anui. Embarcamos e zarpamos em três tempos.

John Burke, mais conhecido como Captain Caviar, exibe jacintos

Primeiro, para o bayou Teche. Logo, para o prolongamento do Baixo Atchafalaya, o curso original do rio, desviado para segurança das povoações que cresceram nas suas margens.

Neste percurso, a margem direita contrasta com a oposta.

A do quartel-general do Captain Caviar, revela-se desenvolvida, pejada de mansões ribeirinhas com grandes quintais, ou fazendas diminutas servidas por pontões e embarcadouros.

Casa flutuante, bacia do Atchafalaya, Luisiana

Assim se sucedem Bayou Vista, Glenwild e Berwick, uma cidade separada de Morgan City pelo Atchafalaya, todas povoações que se orgulham do seu passado e história.

O Passado Indígena e Colonial da Região

Berwick, em particular, honra Thomas Berwick, o primeiro colono branco a desbravar estas paragens, no final do século XVIII, numa altura em que as dominavam os nativos Chitimacha (traduzível como povo das muitas águas), hoje, concentrados numa reserva índia situada nos seus domínios originais de Bayou Chene, para montante do rio e pântano Atchafalaya.

A exclusividade dos Chitimacha e, a sul, da tribo Atakapa terminou por volta de 1755. Então, os Britânicos triunfaram sobre os franceses no cimo das Américas. Expulsaram os seus colonos da imensa Acádia, hoje, integrante do Canadá.

No término de uma deambulação que ficou conhecida como “Le Grand Derangement”, alguns sobreviventes acadianos chegaram a este sul profundo dos Estados Unidos, entretanto dominado pelos franceses. Malgrado a inospitalidade pantanosa da região, lograram formas de subsistência.

Árvores alagadas pela bacia do rio e pântano Atchafalaya

Abriram caminho a muitos mais recém-chegados, os ancestrais da vasta comunidade cajun  dos Estados Unidos.

Os Canais, os Bayous e o Pântano Atchafalaya sem Fim

Atingimos o dique que separa o Baixo Atchafalaya do caudal principal do rio.

É um de centenas que as autoridades do Luisiana ergueram para controlarem o nível do caudal, o fluxo da água e de espécies, na bacia do Atchafalaya, considerada o maior pantanal dos Estados Unidos.

John Burke recebe autorização para cruzarmos o dique. Sulcamos um tapete de jacintos aquáticos, invasivos, como o são em tantas outras áreas alagadas à face da Terra.

Do lado de lá, vislumbramos a ponte que liga Morgan City a Berwick.

Dique de Berwick, rio Atchafalaya

Flectimos para norte, para um meandro em que o rio flui entre ilhas encharcadas, a Morgan, a Little, outras.

Temos uma vista mais abrangente da flora e da fauna peculiares da bacia e pântano do Atchafalaya.

Íbis-negro sobre rebento de cipreste.

É, todavia, quando o Captain Caviar nos mete por canais e bayous derivados e nos aponta ao Duck Lake, que os cenários se aproximam, definem e nos impressionam sem apelo.

Até então, certas zonas desvelavam a mácula de milhares de cepos de cedros e carvalhos.

Rede abastecimento eléctrico, Lake Fausse

Os Cepos Seculares, Máculas do Pântano Atchafalaya

Integram um legado mais complexo da exploração madeireira que sustentou a expansão dos colonos no Sul Profundo dos E.U.A., devido à sua inacessibilidade aquática e selvagem, tardia na região, onde só se intensificou no final do século XX.

Por volta de 1920, os colonos tinham já arrasado as florestas mais próximas e rentáveis.

A diminuição da procura e os primeiros esforços de protecção ambiental ditaram o fim abrupto do corte de árvores.

Ciprestes acima de um bayou

Subsistem, assim, bolsas consideráveis de floresta húmida anciã, misteriosa e opressiva na sua densidade e antiguidade.

Uma placa com que nos cruzamos traduz, em rima, o misticismo daquele pantanal.

Parece justificar os programas de TV dedicados ao seu alegado sobrenatural:

Ghosts are around and maybe a Vampire. Especially with fog on the Lower Atchafalaya”.

Placa com poema, rio e pântano Atchafalaya, na zona de Berwick

Navegamos sob cortinas de barbas-de-velho, ondulantes e reluzentes.

Na iminência de rebentos de ciprestes que despontam junto aos troncos sulcados dos espécimes adultos.

Raízes de ciprestes, rio Atchafalaya,

Os nativos de ascendência cajun chamam-lhes knees (joelhos).

Na ausência de vento, esses rebentos, contribuem para um reflexo aquático que duplica a excentricidade e beleza da paisagem.

Bandos de íbis-pretos, águias-pesqueiras e jacarés de olhos lampejantes são as provas mais óbvias de uma vida animal furtiva, mas prolífica.

Jacaré, Lake Fausse, Atchafalaya

Por essa altura, já tínhamos percebido o quão raras eram as gentes do sul do Luisiana conformadas com a mera realidade natural.

John Burke faz questão de o recordar. “Isto, à medida que escurece, fica mais assustador.

O Fenómeno do Rougarou e as Filmagens Inaugurais do Tarzan

Nunca se sabe quando aparece um rougarou”. John Burke confirma que nos intrigamos. E rejubila.

Na génese colonial e acadiana do 18º estado dos E.U.A., a criatura selvagem e mítica é descrita como tendo cabeça de lobo ou de cão e corpo humano, algo em jeito de lobisomem. John Burke introduz-nos, todavia, a uma inesperada variante.

“Vocês sabem que, em 1917, vieram para cá filmar o primeiro “Tarzan dos Macacos” ? (n. do A. – baseado na obra de Edgar Rice Burroughs).

Imaginem a aventura que não foi, aqui no meio dos jacarés, com malária por todos os lados… Pois, diz-se que deixaram fugir chimpanzés, que eles se adaptaram a esta selva e se transformaram em monstros.”

Barbas de velho num pântano do Atchafalaya

Imaginamos, então, rougarous amacacados, em vez de lobisomens, a surgirem detrás da floresta sombria e dos véus de barbas-de-velho.

Com o sol a sumir-se para oeste da floresta alagada, sob o pretexto da dificuldade de navegação e sem intenção de arriscar encontros com rougarous, John tira-nos dali para fora.

Ao longo de uma tal de Dog Island Pass, para o cenário de novo amplo e aberto do Flat Lake que nos permitiria apreciar o ocaso, detrás de “ilhas” de ciprestes providenciais.

Pedimos ao Captain Caviar alguma paciência extra.

Que avançasse e recuasse, em função da nossa busca de determinados enquadramentos.

Aperfeiçoamo-los até os considerarmos meritórios daquele lugar inolvidável.

Floresta de ciprestes, com o pôr-do-sol a ocidente, Atchafalaya

O escurecer dita uma retirada tardia mas estimulante.

Esperavam-nos, afinal, Baton Rouge, a capital do Luisiana. Morgan City e todo um intrigante domínio cajun-acadiano.

 

COMO IR

Reserve o voo Lisboa – Miami (Flórida), Estados Unidos, com a TAP: flytap.com por a partir de 820€. De Miami, poderá cumprir a ligação para Lafayette (2h) por, a partir de 150€, ida-e-volta.

Reserve as suas actividades na Bacia e pântano do Atchafalaya com a Captain Caviar Swamp Tours: captaincaviar.com;

Whats App: +1 98 599 25 383[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
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Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
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Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Cabana de Bay Watch, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,
Arquitectura & Design
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

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Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Saida Ksar Ouled Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia
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Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
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Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Tequila, cidade de Jalisco, México, jima
Cultura
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Homer, Alasca, baía Kachemak
Em Viagem
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Étnico
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
A inevitável pesca
História

Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Tempo de surf
Ilhas
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Graciosa, Açores, Monte da Ajuda
Natureza
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Mangal entre Ibo e ilha Quirimba-Moçambique
Parques Naturais
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
khinalik, Azerbaijão aldeia Cáucaso, Khinalig
Património Mundial UNESCO
Khinalig, Azerbaijão

A Aldeia no Cimo do Azerbaijão

Instalado aos 2300 metros rugosos e gélidos do Grande Cáucaso, o povo Khinalig é apenas uma de várias minorias da região. Manteve-se isolado durante milénios. Até que, em 2006, uma estrada o tornou acessível aos velhos Ladas soviéticos.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Insólito Balnear
Praias

Sul do Belize

A Estranha Vida ao Sol do Caribe Negro

A caminho da Guatemala, constatamos como a existência proscrita do povo garifuna, descendente de escravos africanos e de índios arawaks, contrasta com a de vários redutos balneares bem mais airosos.

Religião
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
city hall, capital, oslo, noruega
Sociedade
Oslo, Noruega

Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Pesca, Caño Negro, Costa Rica
Vida Selvagem
Caño Negro, Costa Rica

Uma Vida à Pesca entre a Vida Selvagem

Uma das zonas húmidas mais importantes da Costa Rica e do Mundo, Caño Negro deslumbra pelo seu ecossistema exuberante. Não só. Remota, isolada por rios, pântanos e estradas sofríveis, os seus habitantes encontraram na pesca um meio embarcado de fortalecerem os laços da sua comunidade.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.