Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada


Flora Corajosa
A vegetação espinhosa e resiliente que desponta dos rochedos junto a Cueva de Los Pescadores.
Camião na Carretera 44
Camião sobrecarregado percorre os meandros da carretera 44, em Pedernales.
Manobras de Mar
Guias na beira-mar translúcida do PN Jaragua
Navegação Caribe
Lancha prestes a entrar no Mar das Caraíbas apelativo da Bahia de Las Águilas
Cargueiro “Fayal”, Cabo Rojo
A embarcação da empresa Cementos Andinos incendiada e encalhada em Cabo Rojo.
La Chucha
Barco "La Chucha" no areal do Cabo Rojo em frente ao cargueiro "Fayal".
Carloe e Guia
A Praia Bahia de Las Águilas
Vista da Bahia de Las Águilas a partir da torre de observação instalada sobre o areal.
Cenário PN Jaragua
Falésias do PN Jaragua que o recuo do Mar das Caraíbas deixou a seco.
Barcos no Povoado Cueva de Los Pescadores
Barcos dos pescadores e guias de Cueva de Los Pescadores, à entrada do PN Jaragua e da Bahia de Las Águilas.
Rochedos à Entrada dp PN Jaragua
As falésias calcárias e pejadas de cactos que separam Cueva de Los Pescadores da Bahia de Las Águilas.
A Praia Bahia de Las Águilas
A curva suave da Playa Bahia de Las Águilas, no cimo do PN Jaragua.
Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.

Despedimo-nos dos guias Hector e Saturnino e do Centro de Interpretação que serve de portal ao domínio Biosfera da UNESCO de Jaragua e que tínhamos explorado horas a fio. Voltamos a deter-nos no Colmado Alba.

Lá nos reabastecemos de bebidas para o trajecto ainda longo e árido na direcção da fronteira com o Haiti que íamos completar.

A estrada 44 leva-nos da margem norte da Laguna de Oviedo para o interior de Pedernales, pelo limite superior do Parque Nacional Jaragua, a maior área protegida da República Dominicana.

São quase 1400 km2 sobretudo de floresta árida, que se estende até ao extremo sul da ilha de Hispaniola, com prolongamento marinho em duas ilhas menores ao largo, a Beata e a ilha de Alto Velo.

Sucedem-se pequenas povoações perdidas na vastidão ressequida pelo sol tropical, casos de Tres Charcos e de Manuel Goya.

À medida que nos aproximamos da cidade fronteiriça de Pedernales, o relevo torna-se caprichoso. Serpenteamos entre cactos, arbustos espinhosos e, aqui e ali, entre grandes rochas de calcário pejadas de arestas cortantes.

Carlos, o guia e motorista explica-nos que, a hostilidade do clima, da flora e do terreno, a muralha divisória de 190km e as patrulhas regulares das autoridades dominicanas têm evitado a passagem de migrantes haitianos para a parte oriental de Hispaniola.

Nem de propósito, momentos depois, cruzamo-nos com um camião carregado com uma quase pirâmide multicolor, feita de grandes sacas sabe-se lá de quê.

Uma rede densa de cordas apertadas mantinha a carga empilhada e estável. O suficiente para, no seu topo, seguirem ainda três passageiros refastelados.

A Complexa Cisão Histórica e Territorial da Ilha de Hispaniola

Estão a vê-los, lá no cimo? São haitianos. Estes, passaram pela aduana de Pedernales. Estão em trabalho e devem voltar ao fim do dia. Mas, como eles, muitos outros entram a pé por trilhos estreitos que só eles conhecem.

Por muito mal que lhes corra a travessia, nunca será pior que a vida que os haitianos têm do lado de lá.”

Esta realidade actual e a evolução das nações vizinhas de Hispaniola após a cisão ditada pelo triunfo dominicano na Guerra de Independência da República Dominicana (1844-56) formavam um tema que nos intrigava.

Por altura da cisão de 1844, o território dominicano integrava o grande Haiti, aumentado, quando 22 anos antes, o Haiti francófono invadiu a República do Haiti Espanhol.

Até 1790, o Haiti foi a colónia francesa mais rica das Américas, muito graças aos lucros astronómicos gerados pela exportação de açúcar e de índigo produzidos por centenas de milhares de escravos raptados em África.

Os ventos sopravam de feição para os colonos sem escrúpulos quando os ideais da Revolução Francesa de 1789 chegaram às Américas.

Haiti: o Primeiro País do Mundo a Resultar duma Revolta de Escravos

Decorridos apenas quatro anos, deflagrou, no Haiti, uma primeira revolta dos escravos que conseguiu a abolição da escravatura. Nesse contexto, os colonos debandaram. Fugiram em grande número para o território da Luisiana norte-americana a norte.

Instigado pelo apoio (também financeiro) destes colonos frustrados, Napoleão Bonaparte ainda tentou dominar as forças revoltosas.

Os seus homens resistiram pouco tempo à febre amarela e às emboscadas das forças insurrectas de Jean-Jacques Salines, victoriosas ao ponto de, em 1804, terem proclamado o Haiti independente, o primeiro país do mundo, resultante de uma revolta de escravos.

A auto-determinação e a liberdade que se seguiram não geraram prosperidade à altura. Longe disso. Daí em diante, sem a linha condutora económica esclarecida mas opressora dos colonos, o Haiti só se degradou.

Povos que tinham tudo para ser um mesmo, separaram-se para sempre.

Se, em 1790, era considerada a colónia francesa mais abastada das Américas, por altura do nosso périplo pela República Dominicana, permanecia, só e abandonado, na posição de país mais pobre do Hemisfério Ocidental.

Sem o esperarmos, também nos vimos vítimas da vulnerabilidade e instabilidade em que há muito vivia.

Incursão ao Haiti Falhada, Mais Tempo no Sudoeste da República Dominicana

Ao passarmos por uma pequena feira turística a ter lugar em Puerto Plata, visitamos os stands de duas empresas haitianas que organizavam tours a lugares imperdíveis da Pérola das Antilhas.

Pré-acordamos que, daí a uns dias, nos iriam guiar num dos seus itinerários. Mantemo-nos em contacto.

Quantos mais dias passavam, mais se agravava uma vaga de manifestações, de motins e de violência provocada, primeiro, pelo aumento dos preços dos combustíveis.

Logo, pela sua dramática indisponibilidade que levou a que o povo haitiano, conduzido pela oposição, exigisse a resignação do presidente Jovenel Moise, de maneira a terminar com a corrupção generalizada e a dar lugar a políticos que viabilizassem a instauração de programas com genuínas preocupações sociais.

Até deixarmos a República Dominicana para uma longa viagem rumo ao fundo da alpondra das Pequenas Antilhas, nada se havia resolvido. Os anfitriões reconheceram que correríamos demasiados riscos.

Com o projecto Haiti adiado para uma próxima oportunidade, dedicamos algum tempo adicional ao sudoeste alternativo das regiões de Barahona e Pedernales. Por onde Carlos, dominicano de gema, nos continuava a conduzir.

Cabo Rojo: Recanto Semi-Perdido e Braseiro da República Dominicana

Centenas de meandros se seguiram, ainda e sempre, pelo meio da paisagem verdejante mas espinhosa e áspera de Jaragua. Deixamos para trás Monte Llano e os Pozos Ecológicos Las Abejas e de Romeo Francés, nascentes cristalinas que brotam das profundezas calcárias da zona.

Uns poucos quilómetros depois, a carretera 44 funde-se com a perpendicular de Cabo Rojo. No mapa, só esse promontório arredado e ocre nos separava do destino final.

Já por um domínio rodoviário de terra mais arenosa que batida, roçamos o extremo oeste do aeroporto doméstico local, uma obra faraónica, se tivermos em conta o fluxo aéreo quase nulo que sustenta.

Na continuação, ainda num cenário de surreal e desolado remanso caribenho, deparamo-nos com o tão ou mais inactivo Porto de Cabo Rojo.

O sol andava pelo seu zénite. Quando deixamos a carrinha, o calor seco oprime-nos bem mais do que estávamos a contar. Além de iminente, o ondular do Mar das Caraíbas soava-nos a urgente.

A Tragédia Encalhada do Cargueiro “Fayal”

Sonhávamos já com um delicioso mergulho quando Carlos nos indica a razão porque ali tínhamos parado. “Estão a ver aquele monstro? Tão cedo ninguém o vai tirar dali.”

Referia-se ao “Fayal” um cargueiro da Cementos Andinos Dominicano que, à data da tragédia que o encalhou, se encontrava fundeado havia mais de um ano por determinação judicial.

Pois, em Agosto de 2017, sem que então acolhesse tripulantes, deflagrou a bordo um incêndio furioso que o Ministério do Meio Ambiente e a Armada da República Dominicana se viram aflitos para controlar.

Nessa altura, o porto de Cabo Rojo encontrava-se inoperacional devido a danos provocados por alguns dos ciclones que, de quando em quando, assolam Hispaniola.

Contemplamos o cargueiro preso pelo fundo do mar pouco profundo e esverdeado, o seu cadáver envelhecido e enferrujado a contrastar com a alvura coralífera do areal e com a pintura festiva de um barquinho em doca seca, o “La Chucha”.

Prosseguimos pela carretera Cueva Los Pescadores, até à longa Praia La Cueva.

Praia La Cueva de Los Pescadores, um Curto Preâmbulo do Destino Final

Carlos estaciona num povoado que agrupava alguns restaurantes, pousadas e sedes operacionais de empresas que proporcionavam, aos visitantes, incursões ao litoral cimeiro do Parque Nacional Jaragua.

O condutor deixa-nos nas mãos de Wilson, guia local e timoneiro da lancha em que nos apressamos a embarcar.

“É bonito demais, vamos depressa que estão umas nuvens pesadas a vir do horizonte para cá.” justifica-nos com a razão da sua experiência.

Zarpamos. Deixamos para trás o Poblado de la Cueva de los Pescadores, assim chamado porque, em tempos anteriores ao turismo, uma comunidade piscatória habitava grutas ali escavadas pela erosão.

Num ápice, o areal some-se.

Navegamos junto ao sopé dessas falésias recortadas de que despontam mais cactos e arbustos espinhosos. Contornamos um derradeiro rochedo coroado por uma pequena árvore equilibrista.

Bahia de Las Águilas: 8km de Praia Caribenha e Natureza Pura

Do outro lado, damos entrada no Parque Nacional Jaragua e num reduto balnear a perder de vista, sem sinal de civilização.

Wilson faz-nos desembarcar a meio da enseada, conhecida como Bahia de Las Águilas.

Não porque lá abundem essas aves, mais pela forma que aquele litoral abençoado ostenta, quando visto do ar.

“Divirtam-se amigos! Quando quiserem que vos venha buscar, liguem para o Carlos.”, despede-se Wilson e assim nos deixa como usufrutuários únicos daquela beira-mar irrepreensível.

Detectamos uma torre de madeira dissimulada no fundo do areal. Subimos ao seu piso superior.

Dali, contemplamos o contraste extremo do Caribe. A imensidão verde-espinhosa de Jaragua, delimitada pela linha recuadas das falésias.

E a rival, a do Mar das Caraíbas esmeralda-turquesa que há muito as desterrou. Estávamos conscientes do quanto, desde a década de 70, o maremoto do turismo tinha adulterado os cenários naturais e tropicais da República Dominicana.

Até ao ocaso nos obrigar a regressar, desfrutámos daquela paisagem como se fosse a única na velha Hispaniola.

Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os "Caribanhos" Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas

Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço

Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
Ilha Saona, República Dominicana

Uma Savona nas Antilhas

Durante a sua segunda viagem às Américas, Colombo desembarcou numa ilha exótica encantadora. Baptizou-a de Savona, em honra de Michele da Cuneo, marinheiro savonês que a percebeu destacada da grande Hispaniola. Hoje tratada por Saona, essa ilha é um dos édenes tropicais idolatrados da República Dominicana.

Montãna Redonda e Rancho Salto Yanigua, República Dominicana

Da Montaña Redonda ao Rancho Salto Yanigua

À descoberta do noroeste dominicano, ascendemos à Montaña Redonda de Miches, recém-transformada num insólito apogeu de evasão. Desse cimo, apontamos à Bahia de Samaná e a Los Haitises, com passagem pelo pitoresco rancho Salto Yanigua.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Safari
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O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
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Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Sombra vs Luz
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O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
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A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
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A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Cândia, Dente de Buda, Ceilão, lago
Cidades
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Cultura
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Étnico
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Competição do Alaskan Lumberjack Show, Ketchikan, Alasca, EUA
História
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Névoa e sol lateral faz resplandecer a aldeia de Gásadalur
Ilhas
Vágar, Ilhas Faroé

Sorvagur a Gásadalur: Rumo ao Ocaso das Ilhas Faroé

À descoberta dos confins oeste de Vagar, a mais ocidental das grandes ilhas faroesas, percorremos o fiorde SØrvag. Onde a estrada se rende, deslumbramo-nos com a queda d’água de Múlafossur e, acima, com a povoação intrépida, por pouco desabitada, de Gásadalur.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Na pista de Crime e Castigo, Sao Petersburgo, Russia, Vladimirskaya
Literatura
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Natureza
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Praia de El Cofete do cimo de El Islote, Fuerteventura, ilhas Canárias, Espanha
Parques Naturais
Fuerteventura, Ilhas Canárias, Espanha

A (a) Ventura Atlântica de Fuerteventura

Os romanos conheciam as Canárias como as ilhas afortunadas. Fuerteventura, preserva vários dos atributos de então. As suas praias perfeitas para o windsurf e o kite-surf ou só para banhos justificam sucessivas “invasões” dos povos do norte ávidos de sol. No interior vulcânico e rugoso resiste o bastião das culturas indígenas e coloniais da ilha. Começamos a desvendá-la pelo seu longilíneo sul.
Património Mundial UNESCO
Glaciares

Planeta Azul-Gelado

Formam-se nas grandes latitudes e/ou altitudes. No Alasca ou na Nova Zelândia, na Argentina ou no Chile, os rios de gelo são sempre visões impressionantes de uma Terra tão frígida quanto inóspita.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Personagens
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Dunas da ilha de Bazaruto, Moçambique
Praias
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Camponesa, Majuli, Assam, India
Religião
Majuli, Índia

Uma Ilha em Contagem Decrescente

Majuli é a maior ilha fluvial da Índia e seria ainda uma das maiores à face da Terra não fosse a erosão do rio Bramaputra que há séculos a faz diminuir. Se, como se teme, ficar submersa dentro de vinte anos, mais que uma ilha, desaparecerá um reduto cultural e paisagístico realmente místico do Subcontinente.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Ponte u bein, Amarapura, Myanmar
Sociedade
Ponte u-BeinMyanmar

O Crepúsculo da Ponte da Vida

Com 1.2 km, a ponte de madeira mais antiga e mais longa do mundo permite aos birmaneses de Amarapura viver o lago Taungthaman. Mas 160 anos após a sua construção, U Bein está no seu crepúsculo.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Vida Selvagem
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.