Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês


Na Mesma Rota
O Palácio Real
Passeio de Fé
Cândia e o seu Lago
A Câmara do Dente
Negócios a Preto & Branco
Buda nas Alturas
Aroma de Budismo
Colegas do Lago
Trio Improvável
Monges a Caminho
Buda de Lankathilakaya
De Silva x 2
Fé e Fogo
À mão
O Templo Lankathilakaya
Conversa à Janela
Budismo Axadrezado
À Espera
Bagos contra a Má Influência
Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.

Pouco passa das nove da manhã.

O Templo do Dente volta a render-se à cerimónia Pooja, na sua versão de ritual diário, denominado Theva, em qualquer dos casos, um frenesim de fé que há muito o anima.

Fluem crentes metidos nos seus trajes, mas descalços. As mulheres em saias, camisas e sáris garridos e lustrosos. Os homens, quase todos em calças e camisas da alvura da pureza.

Solene, a cerimónia desenrola-se numa esquadria de corredores e câmaras definidos, do chão ao tecto, por grelhas de madeira trabalhadas e envernizadas.

Orações em Família, Flores, Fruta e Fé

Numa espécie de antecâmara, as famílias reúnem-se, sentam-se no chão, numa prece comunal em que até as crianças se mantêm compenetradas.

Em frente, ao longo de uma mesa estendida de uma ponta à outra de um corredor, os fiéis depositam as oferendas com que louvam Lord Buddha.

Dois funcionários ajudam-nos a organizá-las numa manta de retalhos condigna. Nenúfares recém-colhidos e distintas flores do mesmo tipo e cores, juntas, e em secções em que combinam com outras.

Há ainda arroz e alguns frutos de que se destacam exuberantes bagos de romã, dispostos e destacados sobre travessas de papel como um dos três frutos que os budistas consideram sagrados.

O estatuto não é para todos os presentes. Ou, se é, desvaneceu-o a rotina quase diária do ritual.

Um funcionário do templo instalado a um canto da mesa, examina em redor.

Quando pensa estar a salvo de olhares alheios, furta e delicia-se com uma mão-cheia de romã, de uma textura e sabor etéreos que os budistas creem apaziguadores do mal e dos pecados.

Uma lenda budista conta que uma demónia de nome Hariti se havia habituado a devorar crianças. E que Buda a curou desse hábito dando-lhe uma romã a comer.

Em volta da mesa, mesmo se os seus narizes mal a passam, as crianças maravilham-se com a exuberância mutável do tabuleiro.

Os jovens frutos budistas, admiram ainda a compenetração e a elegância com que os seus progenitores, de mãos juntas em frente às faces, voltam a exaltar o Iluminado.

Num pátio ali próximo, entre grandes potes de barro e munidos de jambés, um trio de monges de cabeças rapadas, em hábitos tom de mostarda, leva a cabo a sua própria oração, austera como o chão de laje que os sustenta.

Chegados por um túnel forrado com motivos intrincados – brancos, amarelos, dourados – mais e mais crentes prolongam a theva do dia. Atrai-os a presença suprema de Buda.

Cândia e o Templo do Dente que Abriga um Canino de Buda

Em Cândia, ali, naquele mesmo templo, a manifestação inusitada de um dos seus dentes, um canino esquerdo, para sermos mais rigorosos.

Os crentes acedem a câmara que o preserva por uma porta para a sabedoria eterna, por si só, uma espécie de acto religioso pejado de simbolismo.

Acima da porta, entre dois sóis estampados num céu ondulante, é um dragão de boca escancarada quem parece conceder a passagem.

De ambos os lados da cortina que faz de véu, dois guardiães amarelos têm a companhia de um porteiro identificado por um sarong e colete brancos. O interior revela um altar, coroado por um Buda de ouro reluzente e ladeado por dois alvos.

O canino sagrado é mantido no interior de uma campânula, também ela uma obra prodigiosa de joalharia.

A falta de uma real exposição da relíquia, tanto a sala como o seu entorno, surgem decoradas de outros dentes.

Grandes marfins expostos em curva na direção das estátuas, num jeito pouco ou nada subtil de lhes apontarem a sacralidade.

Cândia, Dente de Buda, Ceilão, Templo do Dente

Sacerdotes budistas surgem do nada.

Posicionam-se numa outra face daquela mesma câmara fulcral, entre outro conjunto de marfins e uma cortina vermelha-dourada mantida fechada.

Inauguram cânticos, a que se segue um mantra encurtado.

Findo o recital, o séquito que os acompanha prostra-se em reverência. Dos monges conceituados e da santidade do Buda a que os monges e qualquer budista aspiram.

Meros mortais que somos, confrontados com tal solenidade, assalta-nos a curiosidade de como o canino de Buda, ali teria acabado.

A Viagem do Dente de Buda, da Índia até Cândia

De volta ao plano da lenda, após a entrada de Gautama Buddha no estado de Nirvana final, o dente terá sido guardado algures na região de Kalinga (costa nordeste da Índia).

De lá, por instrução de um rei local denominado Guhasiva, a sua filha princesa Hemamali escondeu o dente no cabelo.

Com a protecção do marido príncipe Dantha, conseguiu viajar até à ilha do actual Sri Lanka.

Nessa era do ano 300 d.C., governava a ilha Sirimeghavanna, rei de Anuradhapura antes de Kashyapa I, o sucessor que conquistou o trono após emparedar o pai.

E que, mais tarde, se refugiou no cimo da famosa fortaleza-rochedo de Sigirya.

Sirimeghavanna assumiu a responsabilidade superior de guardar o dente. Daí em diante, essa custódia tornou-se parte da história do Sri Lanka.

Por altura dos séculos XIII e XIV, Cândia tornou-se um centro espiritual das duas maiores seitas do Budismo, a Mahayana e a Theravada.

A Guarda do Dente que Valida o Controlo do Ceilão

Há muito que o direito e o dever de custódia da relíquia dental correspondiam à legitimidade de governar a ilha.

De acordo, os sucessivos reis construíam o seus próprios “templos do dente” junto às suas residências reais.

No decorrer da intrincada história do Ceilão, o dente acabou no cerne montanhoso da ilha, em Cândia, desde o final do século XV, um reino em expansão.

Deixamos o Templo do Dente. Vagueamos na vastidão que o envolve e ao grande lago artificial a sul.

Como seria de esperar naquela que é considerada a capital budista do Sri Lanka, cruzamo-nos com outros templos e santuários.

Assistimos a novas oferendas, entre bandeirolas coloridas, fumos e incensos.

Nesta divagação, acabamos por divergir para a esfera secular e para um plano administrativo da cidade.

Cândia e o seu Deslumbrante Centro Notarial e de Advocacia

Em fuga do rugido ensurdecedor de velhos autocarros e riquexós, damos conosco numa rua delimitada por edifícios coloniais de dois andares.

Vemos um sector dessas fachadas pejado de placas negras com letras brancas.

Quando as examinamos, constatamos que exibem palavras cingalesas e, aqui e ali, nomes ocidentais.

Alguns, soam-nos familiares. Estamos num domínio de notários e advogados.

Entre tantos outros cingaleses, encontramos uma tal de firma “De Silva e De Silva”.

O visual colonial, algo decadente do lugar seduz-nos. Deixamo-nos perder nas suas salas, à conversa com funcionárias que, à mão, elaboram plantas de edifícios e outros documentos oficiais.

“Aposto que há muito tempo não viam um trabalho destes!” atira-nos uma delas, consciente da preciosidade clássica do que fazia.

Em inglês, tagaleramos ainda com outras que tiram fotocópias ou espanam o pó de secretárias e estiradores seculares.

Percebemos que, à parte do seu espaço de trabalho, partilham do espanto por ali termos visto interesse.

Tal como acontece um pouco por todo o Sri Lanka, boa parte dos funcionários possuem nomes portugueses.

Ou, pelo menos, familiares que os têm.

E, no entanto, estamos numa das poucas cidades do Ceilão que sempre resistiram.

Aos portugueses, e às outras potências coloniais com que os portugueses o disputaram.

A Chegada Precoce dos Portugueses ao Ceilão

Portugal deparou-se com esta ilha a que os romanos já conheciam como Taprobana, durante a primeira viagem de Vasco da Gama à Índia. Nessa expedição, o navegador inteirou-se que se tratava da única produtora de canela no Mundo.

Ora, a especiaria era deveras apreciada e procurada na Europa.

Na sequência, D. Manuel I instruiu o vice-Rei D. Francisco de Almeida de que, se possível, o Ceilão deveria ser controlado.

Em 1505, diz-se que arrastado por uma tempestade, acabou por lá dar à costa o navegador filho do vice-Rei, Lourenço de Almeida, obrigado a ancorar junto ao actual porto de Colombo.

Nos cento e cinquenta anos que se seguiram (até 1658), estimulados pela importância da ilha, os portugueses estabeleceram fortes e feitorias.

O Gradual Domínio do Litoral do Ceilão

A própria Colombo, Galle, Jafanapatão, Negumbo, Baticalo e Tricomalee.

Além da canela, a ilha estava repleta de pedras preciosas, pérolas e outras riquezas que os seus reis e nobres exibiam.

De tal maneira, que várias personalidades influentes na expansão do Império defenderam que a sua capital devia ser transferida de Goa para o Ceilão.

Cândia, o Reino Resistente das Montanhas

Três grandes reinos disputavam a ilha: Kotte, o predominante; Jafanapatão, ao norte e, dono e senhor das montanhas no âmago da ilha, Cândia.

Como se tinham habituado a fazer em redor do Mundo, os portugueses exploraram as rivalidades entre estes reinos, com os missionários de distintas ordens a procurarem converter os reis e nobres locais ao Cristianismo e a moldarem-nos à esfera colonial lusa.

Os portugueses asseguraram a Cristianização conveniente de mais do que um rei de Cândia. E, entre 1589 e 1594, o controle deste reino. Nesses cinco anos, a Coroa viu-se em apuros para designar um novo rei português.

Subsistia essa novela da nomeação do rei quando, iradas pela execução de um general cingalês, as forças aliadas da ilha, debandaram.

E o Debacle Português no Ceilão, às Mãos do Rebelde de Cândia e dos Holandeses

Konnapu Bandara, o Rebelde de Kandy, um temido rival cingalês cristianizado enquanto Dom João de Áustria e que chegou a Rei de Vimaladharmasuriya, aproveitou a vulnerabilidade dos portugueses, entretanto cercados.

Em Outubro de 1594, servido por um enorme exército, encurralou-os e chacinou-os.

Raptou ainda Cusumasana Devi, a nativa que os lusos baptizaram de Dª Catarina e que, durante o ano de 1591, conseguiram manter rainha de Cândia.

Não tarda, os holandeses entraram em cena. Precipitaram o colapso colonial dos portugueses no Ceilão.

Cândia continuou a resistir. Preserva o seu lugar sobranceiro na história do Sri Lanka.

E o canino de Buda que o legitima.

PN Yala-Ella-Candia, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
Sigiriya, Sri Lanka

A Capital Fortaleza de um Rei Parricida

Kashyapa I chegou ao poder após emparedar o monarca seu pai. Receoso de um provável ataque do irmão herdeiro do trono, mudou a principal cidade do reino para o cimo de um pico de granito. Hoje, o seu excêntrico refúgio está mais acessível que nunca e permitiu-nos explorar o enredo maquiavélico deste drama cingalês.
Lhasa, Tibete

Quando o Budismo se Cansa da Meditação

Nem só com silêncio e retiro espiritual se procura o Nirvana. No Mosteiro de Sera, os jovens monges aperfeiçoam o seu saber budista com acesos confrontos dialécticos e bateres de palmas crepitantes.
Galle, Sri Lanka

Nem Além, Nem Aquém da Lendária Taprobana

Camões eternizou o Ceilão como um marco indelével das Descobertas onde Galle foi das primeiras fortalezas que os portugueses controlaram e cederam. Passaram-se cinco séculos e o Ceilão deu lugar ao Sri Lanka. Galle resiste e continua a seduzir exploradores dos quatro cantos da Terra.
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Nara, Japão

Budismo vs Modernismo: a Face Dupla de Nara

No século VIII d.C. Nara foi a capital nipónica. Durante 74 anos desse período, os imperadores ergueram templos e santuários em honra do Budismo, a religião recém-chegada do outro lado do Mar do Japão. Hoje, só esses mesmos monumentos, a espiritualidade secular e os parques repletos de veados protegem a cidade do inexorável cerco da urbanidade.
Monte Kyaiktiyo, Myanmar

A Rocha Dourada e em Equilíbrio de Buda

Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
Rio e Lagoa Madu, Sri Lanka

No Curso do Budismo Cingalês

Por ter escondido e protegido um dente de Buda, uma ilha diminuta da lagoa da lagoa Madu recebeu um templo evocativo e é considerada sagrada. O Maduganga imenso em redor, por sua vez, tornou-se uma das zonas alagadas mais louvadas do Sri Lanka.
Unawatuna a Tongalle, Sri Lanka

Pelo Fundo Tropical do Velho Ceilão

Deixamos a fortaleza de Galle para trás. De Unawatuna a Tangale, o sul do Sri Lanka faz-se de praias com areia dourada e de coqueirais atraídos pela frescura do Índico. Em tempos, palco de conflito entre potências locais e coloniais, este litoral é há muito partilhado por mochileiros dos quatro cantos do Mundo.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Fiel em frente à gompa A gompa Kag Chode Thupten Samphel Ling.
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