Iucatão, México

Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão


A Sombra
Cimo do Frontão
Trio Buriti
Arcos e mais Arcos
Cenote Carlota
O Canal entre os Cenotes
Passagem pelo Canal
Os Carris do Sisal
Cenote Azul Maya
Cenote Azul Maya II
Peixinhos do Cenote Carlota
Cristo à Janela
Pórtico de Entrada
Cristo à Janela II
Maximiliano & Carlota
Ponte sobre o Canal
Ruínas Rosadas
O Sisal
Mais Arcos
A Capela da Hacienda Xcanchacaan

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

O destino primordial do dia até era o sítio arqueológico de Mayapan, uma cidade-estado Maia que, no seu apogeu, se rebelou do domínio de Chichen Itza e ascendeu a capital política da península, de 1220 a 1440.

Como acontece vezes sem conta, por estas paragens, o trajecto escolhido por Fausto, o guia, passou por uma primeira velha hacienda produtora de sisal, a de Lepan.

Consciente da admiração curiosa que aquele legado monumental em nós gerava, o guia acede a uma breve paragem.

Uma árvore com uma enorme copa quase oval, produz uma sombra em que, àquela hora, moradores e visitantes se refugiam. Surge no fundo de um relvado seco, mas desafogado que, assim o apuramos, faz de campo de basebol.

Uma Escala Obrigatória na Velha Hacienda Lepan

O extremo oposto, demarcam-no a mansão principal da hacienda, coroada por um frontão brasonado.

Ainda um muro baixo, complementado por uma sebe densa de que despontam três palmeiras, provavelmente buritis.

E uma outra fachada repleta de arcos, de que se parecem projectar duas chaminés.

Esta última era a bodega (armazém) em que a fibra seca dos agaves henequen era comprimida e embrulhada.

Seguia para exportação a bordo de uma composição que percorreria parte da rede ferroviária que chegou a ligar a maior parte das haciendas entre si e ao porto de Progreso.

O contexto que levou à construção da Hacienda Lepan e das centenas de rivais, começou a formar-se apenas dois séculos após o desembarque dos Conquistadores espanhóis da península do Iucatão e do México, do declínio de Mayapan e da decadência do, até então, resplandecente Mundo Maia.

A Proliferação de Fazendas que se Seguiu aos Primeiros Tempos da Colonização

Consolidado o sucesso da campanha do trio de Francisco de Montejos (o pioneiro, o Mozo e o sobrinho do primeiro), estes governantes consanguíneos fundaram as principais cidades da região: Salamanca, Mérida, Campeche, Valladolid, todas, com nomes transpostos de Espanha.

Lançaram, assim, as bases para a ocupação e exploração do território, de que estavam convictos de que poderiam obter riquezas comparáveis às que Hernán Cortés tinha encontrado no Vale do México.

Colonos recém-chegados expulsaram ou escravizaram os maias e retalharam o território. Tornaram-se proprietários de enormes fazendas que, em pouco tempo, fizeram produtoras sobretudo de gado e de milho.

Noutras partes, do agave-azul de que viriam a produzir a tequila e o mezcal.

Um outro agave que não o azul, conquistaria a sua própria importância.

A Revolução Industrial e a Súbita Valorização do Henequen

Até que, chegada a segunda metade do século XIX, com a Revolução Industrial a alastrar-se de Inglaterra ao Mundo, aumentou a procura de cordas, sacos, fios, tapetes, redes de dormir e, não tarda, de mera fibra para uma panóplia de outros fins.

Os já privilegiados grandes proprietários depararam-se com aquilo a que viriam de apodar de Oro Verde: o henequen, nome mexicano para um tipo de agave (agave fourcroydes) originário do oriente da península do Iucatão.

A espécie de cacto era fácil e pouco custosa de plantar e de manter. Os lucros gerados pela venda da sua fibra, esses, provaram-se mirabolantes.

À medida que se perceberam milionários, os proprietários sentiram-se estimulados para gastar.

Uma certa rivalidade exibicionista depressa se alastrou, na forma de mansões desafogadas e faustosas, com arquitecturas que combinavam elementos hispânicos e europeus com a exuberância cromática colonial-iucateca.

O Passado Clerical e Assombrado da Hacienda Lepan

Quanto à Hacienda Lepan, em particular, os registos e o conhecimento são limitados. Sabe-se que, no início do século XIX, pertenceu a José María Menezes, padre de Tecoh (uma cidade situada uns poucos quilómetros para norte) vigário e governador do Bispado.

Por essa altura, a propriedade chamava-se Hacienda San Buenaventura, Lepan. Mais tarde, adquiriu-a um tal de Marcos Duarte, já dono de uma outra grande hacienda, a San António Xukú, mas determinado em aumentar os seus proveitos do henequen.

Diz-se ainda que os maias moradores da zona lá detectaram um uay-kekén e um uay-pek, criaturas sobrenaturais que, só de pensar neles, deixam qualquer indígena arrepiado.

O primeiro, é definível como um porco embruxado. O segundo, enquanto bruxo-cão, ambos, retratados, amiúde, com visual de lobisomem.

Aquela hora, com o sol a meio-caminho do seu zénite e o calor a apertar, era a menos indicada para nos atormentarem.

Tínhamos a chegada a Mayapan em óbvio atraso. Sem mais demoras, retomamos a estrada 184 que, passado o pueblo de Telchaquillo, lá conduz.

Dedicamos umas boas duas horas ao conjunto arqueológico. Após o que apontamos a leste.

Estava previsto almoçarmos numa tal de Hacienda Mucuyché que, para variar, visitaríamos de forma planeada e aturada. E, no entanto, em pleno trajecto para lá, a visão inesperada de uma outra, com portais e fachadas majestosos motiva-nos a nova escala.

A Hacienda Xcanchakan: Outra Escala, Novo Assombro

A responsável é a Hacienda Xcanchakan, ao invés da Lepan, objeto de uma profusão de escritos e descrições.

Terá sido estabelecida, em 1840, pelo mesmo padre Menezes da Lepan. Aqui e ali, com pedras subtraídas às ruínas de Mayapan. Lá se mantém o que resta de uma fábrica que fornecia gelo à cidade de Mérida.

Sem surpresa, de 1850 em diante, o cultivo e processamento do henequen tornou-se prioritário. Deu azo a riqueza que permitiu ampliar e embelezar a mansão de três pisos e a capela.

A Hacienda Xcanchakan teve vários outros donos. Manteve-se “senhorial” até 1937. Nesse ano, as suas terras foram divididas entre os camponeses destas partes.

Na actualidade, habitam-na e exploram uma considerável plantação de henequen mais de mil moradores, maias e mestiços, se bem que a distinção nem sempre é simples.

Enquanto por lá nos deslumbramos com o seu arco amarelo-torrado de arquitectura mourisca e com a capela cor-de-sangue em frente, observam-nos miúdos ciclistas, motociclistas adolescentes e anciãs às compras.

Intriga-os a azáfama exploratória e fotográfica em que andamos.

Com a propriedade congénere e o almoço à espera, Fausto volta a interrompê-la.

A Hacienda e os Cenotes Deslumbrantes da Hacienda Mucuyché

Meros 11km depois, damos entrada em Mucuyché, por um pórtico arqueado de pedra, ladeado de muros e de grandes árvores.

Do lado de lá, percebemos que hacienda à parte, estávamos num domínio sofisticado e comercial bem distinto dos anteriores.

A Hacienda Mucuyché foi criada durante o século XVII.

A determinada altura, abrangia 5 mil hectares, cultivados, quase na íntegra, com o agave henequen.

Perante a recente falta de proprietários-investidores e o abandono, o estado do Iucatão tomou posse e assumiu a sua gestão.

Detemo-nos numa bilheteira. Uma guia local desbloqueia-nos o acesso e inaugura um périplo explicativo. Passo após passo, confirmamos que a fazenda se encontrava em recuperação.

O Cenote “Carlota” e “Azul Maya” que Passaram Séculos Escondidos

Funcionais por completo, estavam os seus cenotes, as lagoas subterrâneas locais e o canal que as ligava.

Os cenotes são grandes porosidades geológicas abertas na vastidão de calcário gerada, há 66 milhões de anos pelo impacto do meteorito Chicxulub que extinguiu os dinossauros e 75% das espécies da face da Terra.

Os Maias consideravam-nos entradas para o Xibalba, um submundo mitológico, lugar do pavor. 

Hoje, mexicanos e forasteiros de todas as partes frequentam-nos pelo retiro aquático relaxante que proporcionam. Haveríamos de ter o nosso.

Enquanto isso, a guia conduz-nos a uma escadaria.

No cimo, um painel de azulejos exibe a Imperatriz Carlota na companhia do marido, Maximiliano de Habsburgo-Lorena, rei Maximiliano I do México.

O painel louva uma suposta visita da Imperatriz do México à hacienda, estima-se que decorria o ano de 1865.

Do pouco que tínhamos aprendido da história mexicana, sabíamos que o período em que Napoleão se tentou apoderar do México e em que fez de Maximiliano e de Carlota seus governantes-fantoche é um dos mais desprezados pelos mexicanos.

Ao invés, orgulham-se da reacção dos seus líderes e do povo que, em menos de seis anos, forçaram os franceses a retirar, executaram Maximiliano e assim fizeram agravar a loucura súbita de Carlota, falecida, em 1927, na Bélgica.

Não obstante, a gerência da hacienda Mucuyché louvava a presença da imperatriz.

Do Cenote “Carlota” ao “Azul Maya” por um Canal Verdejante

A lagoa cristalina, repleta de pequenos peixes e delimitada por uma galeria com tecto musgoso, no fundo da escadaria, fora chamada de “Carlota”.

Finda a explanação da guia, é lá que nos enfiamos e refrescamos.

Da primeira lagoa, numa flutuação descontraída, cruzamos um pequeno túnel natural para um canal escavado na rocha, forrado de trepadeiras com raízes pendentes e de outras plantas com folhas raiadas que, em busca de luz, quase o atravessavam.

No fim desse canal, baptiza-nos uma queda d’água gotejante, um derradeiro ritual de acesso ao cenote maior do conjunto, por razões, não tarda, óbvias, denominado de “Azul Maia”.

Esta gruta e a sua lagoa provaram-se amplas, pejadas de estalactites, estalagmites e outras formações labirínticas que uma iluminação artificial azulava e fazia resplandecer.

Nos nossos dias, e há muito finda a era do agave e do sizal, os cenotes do Iucatão são, eles próprios um filão inesgotável.

A entrada de “Adulto Geral” dos Cenotes Hacienda Mucuyché custava uns módicos 30€.

E, no entanto, segundo nos afiança a guia, passaram-se quase quatro séculos sem que proprietários e trabalhadores os descobrissem.

A vegetação tropical densa em redor dos edifícios da fazenda escondia-os.

Não fosse uma recente escavação de um poço e os maravilhosos cenotes Mucuyché continuariam exclusivos do submundo.

Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Chichen Itza, Iucatão, México

À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia

Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Aquismón, San Luís Potosi, México

A Água que os Deuses Despejam de Jarros

Nenhuma queda d’água da Huasteca Potosina se compara com a de Tamul, a terceira mais alta do México, com 105 metros de altura e, na época das chuvas, quase 300 metros de largo. De visita à região, saímos na demanda do salto de rio que os indígenas viam como divino.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cerimónias e Festividades
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão
Cidades
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Cabine lotada
Cultura
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Espantoso
Étnico

Ambergris Caye, Belize

O Recreio do Belize

Madonna cantou-a como La Isla Bonita e reforçou o mote. Hoje, nem os furacões nem as disputas políticas desencorajam os veraneantes VIPs e endinheirados de se divertirem neste refúgio tropical.

Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, arte urbana
História
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores

Heroína do Mar, de Nobre Povo, Cidade Valente e Imortal

Angra do Heroísmo é bem mais que a capital histórica dos Açores, da ilha Terceira e, em duas ocasiões, de Portugal. A 1500km do continente, conquistou um protagonismo na nacionalidade e independência portuguesa de que poucas outras cidades se podem vangloriar.
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau, atracagem
Ilhas
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau

O Portal das Bijagós

No plano político, Bolama subsiste capital. No âmago do arquipélago e no dia-a-dia, Bubaque ocupa esse lugar. Esta cidade da ilha homónima acolhe a maior parte dos forasteiros. Em Bubaque se encantam. A partir de Bubaque, muitos se aventuram rumo a outras Bijagós.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Maria Jacarés, Pantanal Brasil
Natureza
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Hipopótamo na Lagoa de Anôr, Ilha de Orango, Bijagós, Guiné Bissau
Parques Naturais
Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós

São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.
Glamour vs Fé
Património Mundial UNESCO
Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Mini-snorkeling
Praias
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Gatis de Tóquio, Japão, clientes e gato sphynx
Sociedade
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Bwabwata Parque Nacional, Namíbia, girafas
Vida Selvagem
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.