Chebika, Tamerza, Mides, Tunísia

Onde o Saara Germina da Cordilheira do Atlas


Buvette do Oásis
O Conforto de Hadi
Canyon de Mides
Mãos de Ouro
Cabra-Montesa
Pequeno Oásis
Rio de Palmeiras
Cascata-Oásis de Chebika
O Trilho do Oásis
Travessia do Deserto
Venda de Chebika
Venda de Chebika II
A Nova Chebika
Panos de Tamerza
A Velha Tamerza
O Grande Desfiladeiro
Chegados ao limiar noroeste de Chott el Jérid, o grande lago de sal revela-nos o término nordeste da cordilheira do Atlas. As suas encostas e desfiladeiros ocultam quedas d’água, torrentes sinuosas de palmeiras, aldeias abandonadas e outras inesperadas miragens.

Vem-nos à mente, acompanhada de um sorriso sarcástico, a preocupação de antes do Verão, de se, no final de Setembro, início de Outubro, o calor tórrido do Saara já teria desvanecido o suficiente.

Em Tozeur, às portas do maior dos desertos de areia, o dia amanhece sob um céu plúmbeo. Irriga-o uma carga d’água.

Mantemos os planos.

Metemo-nos no trânsito urbano, perturbado por inúmeras recém-formadas poças e pela lentidão de veículos e de pedestres impreparados para a intempérie.

Por fim, deixamos a cidade, para a recta sem aparente fim que conduz à orla oriental do lago Chott el-Gharsa e ao sopé da secção tunisina do Atlas.

À medida que nos acercamos da cordilheira, o manto de nuvens dá de si. Concede passagem a uns poucos laivos solares que douram as montanhas e fazem resplandecer o palmeiral denso na sua base.

Estamos prestes a atravessá-lo. Um longo rebanho de cabras cruza a amostra de asfalto. Deixa-nos a contemplá-lo e ao cenário imponente que dali se destaca.

Passa a última cabra. Saúda-nos o pastor.

Com a via desimpedida, enfiamo-nos no palmeiral e prosseguimos pela ladeira recurvada que subia para Chebika, a primeira escala do dia.

Chebika, um Desfiladeiro-Palmeiral na Base da Cordilheira do Atlas

Um desvio ténue da estrada deixa-nos junto ao mercado de artesanato e de souvenirs da povoação, disposto logo ao lado do miradouro que ali atrai centenas de visitantes por dia.

Dois ou três guias disputam a nossa atenção. Nem essa esperada distração atenua o espanto que nos assola.

O mesmo palmeiral que tínhamos atravessado surge magnificado.

Ocupa uma faixa generosa da terra salgada de El Gharsa.

Víamo-lo preencher o desfiladeiro inclinado que tínhamos a leste, com ensejos de se alastrar ao outro lado da serrania.

O caminho progride pela beira elevada da povoação, entre vendedores de pedras e minerais e outros de artesanato.

Onde o casario termina, o trilho prossegue encosta acima.

Até um ponto ainda mais panorâmico, coroado pela estátua de uma cabra montesa.

Da Ad Speculum Romana à Coexistência Arabe-Beduína

Na longa Era Romana, este lugar acolheu uma civitas denominada Ad Speculum.

Situava-se sobre uma das limes (linhas de defesa) em que os Romanos se defendiam dos ataques dos povos a que chamavam bárbaros.

Avancemos até ao século VII d.C..

Os árabes liderados pelo califado Omíada varreram o Império Bizantino de África, já abalado pelos sucessivos ataques Vândalos.

Novas vagas de árabes impuseram-se para ficar, inclusive, aos nativos berberes que, malgrado as sucessivas imposições de povos forasteiros, sempre habitaram estas terras.

Daquele ponto, conseguíamos apreciar melhor o casario arruinado que ficara para trás, o povoado Chebika original.

O Legado da Enxurrada Diluviana de 1969

Tal como sucedeu a tantos outros, na iminência do Saara e até mais para sul, destruiu-o uma aberração meteorológica de 1969 que nos faz reavaliar a estranheza da intempérie matinal.

Nesse ano, uma chuva intensa de vinte e dois dias gerou enxurradas que erodiram e arrastaram os edifícios erguidos num adobo arenoso vulnerável. Quando a intempérie deu de si, além de toda a destruição, tinha feito mais de quatrocentas vítimas.

E, no entanto, o sol continuou a brilhar em, pelo menos, 350 dos 365 dias do ano. A Chebika que sobrou do temporal mantem o seu cognome de Qasr el-Shams ou “Palácio do Sol”.

A nova povoação pouco ou nada tem que ver com a predecessora.

Foi construída de urgência, na falda de uma derradeira crista do Atlas oriental, já na planura do deserto, em materiais modernos mais resistentes às chuvadas que, de tempos a tempos, inundam as montanhas e o Saara.

Cenários Resplandecentes de “O Paciente Inglês” e de “A Guerra das Estrelas”

Passam por nós duas visitantes espanholas, conduzidas por um guia local.

“Reparem bem no palmeiral lá em baixo”, roga-lhes.

“Este mesmo cenário que daqui descobrimos, entrou num filme que estou certo que conhecem.

Aliás, entrou o cenário e entrei eu!” acrescenta, com orgulho.”

O filme é o nove vezes galardoado com Óscares da Academia, “O Paciente Inglês” realizado por Anthony Minghella.

Na longa-metragem de 1996, Ralph Fiennes interpreta o Conde László de Almásy, um cartógrafo húngaro que, nos derradeiros anos 30, liderava uma expedição da Royal Geographic Society com o propósito de cartografar a Líbia e o Egipto.

O alastrar da 2ª Guerra Mundial a África envolve László na trama intrincada do conflito entre Aliados e forças do Eixo. Um avião pilotado pelo conde húngaro é abatido. László sofre queimaduras graves.

É salvo pelos Beduínos. Após um hiato no tempo e no mapa, vemos Hana, uma enfermeira representada por Juliette Binoche a tratá-lo, já em Itália.

Além de “O Paciente Inglês”, os cenários de Chebika surgem no episódio IV – “Uma Nova Esperança” da “Guerra das Estrelas”. Aliás, vários episódios da saga foram filmados em diversos lugares da Tunísia , incluindo na ilha de Djerba

À medida que avançamos, vemos definirem-se esses e outros cenários.

Novos meandros do estreito, salpicado de palmeiras, refrescados por uma queda d’água que a chuva da noite revigorara.

Do Cimo às Profundezas Irrigadas de Chebika

Descemos para as funduras do desfiladeiro.

Percorremo-lo até ao beco sem saída marcado pela cascata, entre uma colónia de palmeiras de distintas alturas e formas.

Algumas, aparentam brotar da rocha. As mais idosas, estão carregadas das tâmaras que há muito alimentam os beduínos e os árabes magrebinos.

Regressamos ao miradouro inicial.

Dali, ascendemos pelas elevações de Djebel el Negueb, rumo a Tamerza (antiga Ad Turres romana), com passagem pela sua Cascade de la Palmeraie.

Encontramo-la com um volume comedido. Ainda assim, entretém, sobretudo com selfies, algumas famílias tunisinas.

As Ruínas da Velha Tamerza, à Beira de Outro Oásis

A mesma via no cimo da ravina, cruza a Tamerza moderna. Deixa-nos de frente para Tamerza El Gdima, do lado de lá de um leito fluvial seco, encaixada aquém das falésias de outro canyon, o Dourado.

À imagem de Chebika, a velha Tamerza el Gdima perdura em ruínas, destruída pelas mesmas chuvas diluvianas de 1969.

Também surge em cenas de “O Paciente Inglês”, em panoramas vistos do avião pilotado pelo Conde Almásy.

Anos antes, George Lucas inspirou-se e, mais tarde, instalou-se com a sua equipa no hotel Tamerza Palace. Dessa base logística, filmou outros trechos da sua saga “Guerra das Estrelas”, nestas paragens que continuamos a desvendar.

A Caminho de Mides, com a Argélia logo ao Lado

Estamos a uns poucos quilómetros da vizinha Argélia. Entre o Tamerza Palace e Ain El Karma, cortamos para nordeste, na direcção de Mides, do seu oásis e desfiladeiro.

A determinada altura deste faroeste tunisino, a fronteira fica tão próxima que rasamos grandes vedações coroadas por arame-farpado e torres de vigia.

A estrada gasta e poeirenta rende-se a novo precipício.

Fica-se pela entrada do oásis de Mides e pela beira do seu longo canyon, famoso não tanto pela profusão de palmeiras no fundo (só alberga umas poucas), mas pelas suas falésias arredondadas, cravadas de camadas geológicas.

Passamos por um dos muitos vendedores de minerais da região. A sua banca exibe dezenas de rosas de sal do deserto.

Não obstante, o comerciante tenta impressionar-nos com uns poucos dentes fossilizados de tubarão, para nossa surpresa, abundantes nas terras ressequidas em volta.

Chegamo-nos ao limiar do precipício.

As Linhas Retorcidas do Canyon de Mides

Admiramos-lhe as formas caprichosas. Percebemos o porquê de os romanos ali se terem aquartelado, protegidos de investidas inimigas pelos fossos naturais a toda a volta.

Ao longo dos séculos, a povoação beduína local defendeu-se de maneira idêntica. Não resistiu à pluviosidade aberrante, de 1969, que arrasou as Chebika e Tamerza originais.

Caminhamos pela orla quando Hedi, um outro vendedor, nos convida a examinar as pedras e minerais expostos no seu bar-esplanada, a uns poucos passos de uma queda para as entranhas do desfiladeiro. Compramos-lhe duas pequenas geodes de interior brilhante.

Examinamo-las quando reparamos numa relíquia de sofá de costas de asa-de-borboleta, muito altas, num recanto do estabelecimento. Parece-nos ainda mais exuberante que os geodes.

O Sofá Casamenteiro de Hedi

Hedi nota a súbita admiração. Pergunta-nos se o queremos experimentar. “Antes, os noivos, vinham cá ao canyon.

Fotografam-se em longas sessões casamenteiras. Entretanto, meteu-se pandemia e, com os confinamentos, perdemo-los. Estão a voltar, mas muito pouco. Olhem, aproveitem vocês!”

Temos outros planos. Pedimos a Hedi para nele se instalar, o mais confortável possível.

Fotografamo-lo e à sua elegância beduína, com a barba grisalha a condizer com o turbante branco e a napa pejada de tachas decorativas afundadas.

Tínhamos chegado aos 386 metros.

Aqueles confins orientais da cordilheira ainda subiriam até aos 1544 m do monte Jebel ech Chambi, o zénite da nação.

Três povoações, oásis e desfiladeiros do Atlas tunisino depois, com o sol a afundar-se para oeste do Saara, revertemos caminho apontados ao ponto de partida de Tozeur.

RESERVE O SEU ITINERÁRIO PELA TUNÍSIA COM A AGÊNCIA ALYSSA:

www.voyage-tunisie.com

[email protected]

Whats App: +216 50 510 760

Tel.:  +216 75 674 493

Erriadh, Djerba, Tunísia

Uma Aldeia Feita Galeria de Arte Fugaz

Em 2014, uma povoação djerbiana milenar acolheu 250 pinturas murais realizadas por 150 artistas de 34 países. As paredes de cal, o sol intenso e os ventos carregados de areia do Saara erodem as obras de arte. A metamorfose de Erriadh em Djerbahood renova-se e continua a deslumbrar.
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Djerba, Tunísia

A Ilha Tunisina da Convivência

Há muito que a maior ilha do Norte de África acolhe gentes que não lhe resistiram. Ao longo dos tempos, Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Árabes chamaram-lhe casa. Hoje, comunidades muçulmanas, cristãs e judaicas prolongam uma partilha incomum de Djerba com os seus nativos Berberes.
Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
Chefchouen a Merzouga, Marrocos

Marrocos de Cima a Baixo

Das ruelas anis de Chefchaouen às primeiras dunas do Saara revelam-se, em Marrocos, os contrastes bem marcados das primeiras terras africanas, como sempre encarou a Ibéria este vasto reino magrebino.
Dunhuang, China

Um Oásis na China das Areias

A milhares de quilómetros para oeste de Pequim, a Grande Muralha tem o seu extremo ocidental e a China é outra. Um inesperado salpicado de verde vegetal quebra a vastidão árida em redor. Anuncia Dunhuang, antigo entreposto crucial da Rota da Seda, hoje, uma cidade intrigante na base das maiores dunas da Ásia.
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Ras R’mal, Djerba, Tunísia

A Ilha dos Flamingos de que os Piratas se Apoderaram

Até há algum tempo, Ras R’mal era um grande banco de areia, habitat de uma miríade de aves. A popularidade internacional de Djerba transformou-a no covil de uma operação turística inusitada.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Gravuras, Templo Karnak, Luxor, Egipto
Arquitectura & Design
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Indígena Coroado
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Cidade de Mindelo, São Vicente, Cabo Verde
Cidades
Mindelo, São Vicente, Cabo Verde

O Milagre de São Vicente

São Vicente sempre foi árida e inóspita a condizer. A colonização desafiante da ilha submeteu os colonos a sucessivas agruras. Até que, por fim, a sua providencial baía de águas profundas viabilizou o Mindelo, a urbe mais cosmopolita e a capital cultural de Cabo Verde.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Noiva entra para carro, casamento tradicional, templo Meiji, Tóquio, Japão
Cultura
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Retorno na mesma moeda
Étnico
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Frederikstad-Saint-Croix-ilhas-virgens-americanas-freedom
História
Frederiksted, Saint Croix, Ilhas Virgens Americanas

A Cidade da Emancipação das Índias Ocidentais Dinamarquesas

Se Christiansted se afirmou como a capital e principal polo comercial da ilha de Saint Croix, a “irmã” do sotavento, Frederiksted teve o seu apogeu civilizacional quando lá se deu a revolta e posterior libertação dos escravos que garantiam a prosperidade da colónia.
Willemstad, Curaçao, Punda, Handelskade
Ilhas
Willemstad, Curaçao

O Coração Multicultural de Curaçao

Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Estátuas de elefantes à beira do rio Li, Elephant Trunk Hill, Guilin, China
Natureza
Guilin, China

O Portal Para o Reino Chinês de Pedra

A imensidão de colinas de calcário afiadas em redor é de tal forma majestosa que as autoridades de Pequim a imprimem no verso das notas de 20 yuans. Quem a explora, passa quase sempre por Guilin. E mesmo se esta cidade da província de Guangxi destoa da natureza exuberante em redor, também lhe achámos os seus encantos.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
ilha de Praslin, cocos do mar, Seychelles, Enseada do Éden
Parques Naturais

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Banco improvisado
Património Mundial UNESCO
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Conversa ao pôr-do-sol
Praias
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, templo Batu Bolong, vulcão Agung em fundo
Religião
Lombok, Indonésia

Lombok: Hinduísmo Balinês Numa Ilha do Islão

A fundação da Indonésia assentou na crença num Deus único. Este princípio ambíguo sempre gerou polémica entre nacionalistas e islamistas mas, em Lombok, os balineses levam a liberdade de culto a peito
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Substituição de lâmpadas, Hidroelétrica de Itaipu watt, Brasil, Paraguai
Sociedade
Hidroeléctrica Binacional de Itaipu, Brasil

HidroElétrica Binacional do Itaipu: a Febre do Watt

Em 1974, milhares de brasileiros e paraguaios confluíram para a zona de construção da então maior barragem do Mundo. 30 anos após a conclusão, Itaipu gera 90% da energia paraguaia e 20% da do Brasil.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Pesca, Caño Negro, Costa Rica
Vida Selvagem
Caño Negro, Costa Rica

Uma Vida à Pesca entre a Vida Selvagem

Uma das zonas húmidas mais importantes da Costa Rica e do Mundo, Caño Negro deslumbra pelo seu ecossistema exuberante. Não só. Remota, isolada por rios, pântanos e estradas sofríveis, os seus habitantes encontraram na pesca um meio embarcado de fortalecerem os laços da sua comunidade.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.