Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle


Mini-snorkeling
Rapazinho tailandês diverte-se equipado com equipamento de snorkeling nas águas pouco profundas ao largo de Phi-Phi Leh.
Maya Bay
Primeira lancha da manhã a chegar à baía de Maya, na ilha de Phi Phi Leh.
Nongsok
Visitante das ilhas Phi Phi segue na proa de um long-tail boat, durante um tour de snorkeling.
Rota de Evacuação
Sinal instalado após o tsunami de 2004 indica a rota de fuga em caso de novo maremoto.
Maya Bay II
Lanchas atracadas na Maya Bay, a grande atracção das ilhas Phi Phi após a fama gerada por "A Praia" e o tsunami de 2004 que destruiu os long-tailboats em que antes ali levavam visitantes.
Pelos Ares
Grupo de visitantes entretêm-se a soltar um pequeno balão de ar quente sobre o arquipélago das Phi Phi.
Benção budista
Tiras de tecido colorido abençoam um barco de pesca tailandês.
De um lado ao outro
Banhistas percorrem um trilho que atravessa a Maya Bay, sinalizado como rota de fuga em caso de tsunami.
Barco pós-tsunami
Barco atracado num recanto da enseada principal da ilha de Phi-Phi Don, a maior do arquipélago.
Convívio marinho
Grupo de asiáticos flutua nas águas tranquilas do interior de um grupo de penhascos projectados do mar de Andamão.
Ray Lay beach
Mochileira compra algo num bar-barco instalado nas águas rasas da Ray Lay beach, em Krabi.
Pintura de Krabi
Pescador regressa do mar com a maré vazia e durante um pôr-do-sol exuberante numa praia de Krabi.
Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.

Os nossos nomes são Marco e Sara.

Que mais precisam de saber? Coisas sobre a nossa família ou de onde somos? Nada disso interessa. Não após cruzarmos o oceano e nos termos libertado, à procura de algo mais belo, algo mais excitante e sim, admitimos, eventualmente mais perigoso.

A adaptação da apresentação irreverente do americano Richard (Leonardo di Caprio) assentava-nos na perfeição enquanto, tal como ele, percorríamos a rua mochileira mais famosa de Banguecoque – a Khao San –  meio à deriva e acossados por agentes dos mais diversos negócios, à procura de sítio para nos alojarmos.

Esfomeados e de rastos após a longa viagem do extremo ocidental da Europa para o sudeste asiático, faltava-nos a paciência para o doloroso processo de escolher quarto.

Ficámos no primeiro que espreitámos, numa guest-house com poucas ou nenhuma diferença face àquela em que Richard se instalou, onde logo conheceu o lunático e malfadado Daffy (Robert Carlisle) que lhe entregou o objecto fulcral do enredo, o mapa da ilha secreta.

Pintura de Krabi

Pescador regressa do mar com a maré vazia e durante um pôr-do-sol exuberante numa praia de Krabi.

O Ritual Tailandês e Mochileiro Incontornável da Khao San Road

Deixámos as mochilas e mais alguma tralha. Descemos a escadaria da pensão oriental para almoçar já muito fora de horas.

Com a tarde a terminar, regressamos à azáfama da Khao San Road, em que centenas de jovens viajantes regressavam de tours de dia, acabavam de chegar de partes distintas da Tailândia ou países vizinhos, bebiam as últimas cervejas Chang e Singh ou faziam as derradeiras compras de produtos contrafeitos antes de voltarem a casa.

chinatown, banguecoque, mil e uma noites, tailandia

Donos de uma banca na gigantesca Chinatown de Banguecoque.

Umas horas depois, a atmosfera tornar-se-ia bem mais intensa.

Os bares aumentaram o volume da música, o consumo do álcool intensificou-se e os farangs (assim chamam os tailandeses aos estrangeiros) de alma perdida cediam aos seus instintos mais básicos incluindo ao incontornável desejo que os fazia sondar o sexo oposto ocidental e tailandês mais apetecível e acessível.

Nós, dormimos mais com o jet lag que um com o outro enquanto dezenas de jovens prostitutas e ladyboys proactivos assumiam a sua posição de ataque na rua e atmosfera do lugar se continuou a degradar.

Como para os restantes viajantes, a Khao San foi, para nós, um mero ponto de partida. Não era a primeira vez que de lá saíamos em direcção ao sul tailandês.

Convés de ferry dirigido às Ilhas Phi Phi, repleto de passageiros veraneantes.

Em ambas, gastámos menos que os 4.000 baths (menos de 100€) que Richard e o casal francês despenderam a chegar ao litoral de Ko Phangan, de onde os três nadaram o derradeiro quilómetro e pouco até à ilha que o mapa partilhado pelo americano os convencera a descobrir.

E tiveram que nadar porque nenhum barqueiro os queria levar a uma ilha parte do Parque Nacional Koh Phi Phi.

Da Ray Lay Beach ao Retiro Deslumbrante das Ilhas Phi Phi

Da primeira vez, sem o seu mapa ou outra forma de nos metermos em sarilhos, continuámos para o litoral privilegiado de Krabi.

Lá nos rendemos à beleza indolente da praia de Ray Lay, cercada de penhascos verticais de calcário e, como tal, acessível apenas de barco.

Ray Lay beach

Mochileira compra algo num bar-barco instalado nas águas rasas da Ray Lay beach, em Krabi.

De Krabi, mudámo-nos para as ilhas Phi Phi, na altura, as mais ansiadas paragens tailandesas.

À chegada, uma enorme frota de long-tail boats coloridos ocupava quase toda o areal de Phi Phi Don, a ilha-mãe do arquipélago.

Para diante do cais da aldeia muçulmana de Ban Ton Sai, uma floresta densa de coqueiros preenchia as suas terras planas e chegava a invadir as encostas dos extremos mais elevados de Don.

Esta floresta abrigava e dava sombra a um sem número de guest-houses, bares, restaurantes, casas de massagem e centros de mergulho entre outros incontáveis negócios.

Juntámo-nos a veraneantes de todas as partes e abrigámo-nos num albergue local abafado e humilde.

“A Praia”. O Clássico de Danny Boyle que Eternizou o Modo de Vida Mochileiro

Estávamos em 2000.

Nesse mesmo ano, estreou por quase todo o planeta “A Praia”, um filme realizado por Danny Boyle a partir do romance com o mesmo nome de Alex Garland, escritor, viajante compulsivo, introspectivo, sempre inconformado com o que viajar representava e devia representar, com o que estava bem e mal na maneira de viajar dos ocidentais:

“Os turistas iam de férias enquanto os viajantes faziam outra coisa. Viajavam.” era uma das suas perspectivas preferidas sobre o tema.

Não tardámos a constatar que as Phi Phi permaneciam ocupadas por um misto de ambos.

E que, passadas décadas desde que os ocidentais pioneiros as visitaram, predominavam os primeiros.

Nongsok

Visitante das ilhas Phi Phi segue na proa de um long-tail boat, durante um tour de snorkeling

Admirador de Garland, Boyle aproveitou o sucesso de “Trainspotting” (“Sem Limites”) e de “A Life Less Ordinary” (“Vidas Diferentes”).

Mudou-se para a Tailândia no início de 1999, após recrutar um Leonardo di Caprio adolescente e em plena ascensão consumado o protagonismo mais que melodramático, meloso, de “Titanic”. Boyle filmou o enredo pouco alterado do livro nalguns dos cenários tailandeses de sonho.

Um deles ficava a menos de dois quilómetros da guest house em que nos alojámos. Em 2000, era só uma das incontáveis praias escondidas pelos ainda mais abundantes cachos de rochedos verdejantes projectados do fundo do Mar de Andamão.

A Praia” correu mundo. Pode ter dividido os cinéfilos. Deixou um trilho cultural indelével para os novos mochileiros do milénio.

No ano seguinte, a ilha-filha de Phi Phi Leh e, em particular, a Maya Bay em que têm lugar as cenas mais invejáveis e abomináveis do filme começaram a conquistar popularidade.

Mini-snorkeling

Rapazinho tailandês diverte-se equipado com equipamento de snorkeling nas águas pouco profundas ao largo de Phi-Phi Leh.

Para o que contribuiu o oportunismo das pequenas agências de Krabi, das ilhas Phi Phi e dos proprietários de embarcações que a começaram a destacar nos seus cartazes e folhetos de tours.

Em “A Praia” a Maya Bay foi o cenário da carnificina provocada pelo tubarão que vitimou os irmãos suecos encarregues da pesca.

Os forasteiros que continuavam a afluir a Phi Phi Don, esses, não esqueciam sobretudo o convívio quase imaculado da comunidade no seu éden oculto.

E, outros, a cena erótica nocturna entre Richard e Françoise nas águas a que a agitação do plâncton dera um misterioso brilho azul.

Sem surpresa, o paraíso começou a receber hordas diárias de visitantes. As filmagens já tinham deixado alterações na paisagem que irritaram parte da população nativa e os ambientalistas.

Apesar da polémica, as invasões quotidianas prosseguiram por três anos, período em que fizeram lucrar os donos dos pitorescos mas ensurdecedores long-tail boats.

Antiga frota de long-tail boats quatro anos antes do tsunami de Dezembro de 2004 a ter destruído.

O Maremoto Arrasador de 24 de Dezembro de 2004

Assim se passou até que, na manhã de 24 de Dezembro de 2004, um simples capricho geológico provou que os paraísos, tal como nos habituámos a apreciar, ficam onde a Terra quiser.

Um sismo com magnitude superior a 9.0 agitou o fundo do oceano Indico durante mais de oito minutos.

Gerou um tsunami que causou destruição disseminada em distintas regiões da Ásia e, em particular, arrasou o istmo de Phi Phi Don, uns meros metros acima do nível do mar e onde tinham acabado de despertar a maioria dos turistas, viajantes, trabalhadores e moradores.

As ondas e o fluxo marinho massivo que se seguiu provocaram milhares de vítimas. Devastaram quase por completo a floresta densa de coqueiros e grande parte dos edifícios.

Destruíram ainda a frota de long-tailboats que, além de ser imagem de marca da ilha, há muito transportava os farangs mais poupados nas suas pequenas excursões de snorkeling e outros passeios.

Cercada por penhascos excepto numa pequena entrada, a Maya Bay pouco ou nada sofreu. O guia Lonely Planet informou que as ondas mais fortes que entraram a limparam apenas da vegetação não nativa acrescentada em 1999 pela equipa de filmagem.

Ao invés, a Maya Bay beneficiou durante algum tempo da indisponibilidade turística daquelas paragens da Tailândia. Viu-se, de novo, quase secreta.

Maya Bay

Primeira lancha da manhã a chegar à baía de Maya, na ilha de Phi Phi Leh.

Na longa-metragem, a comunidade de “A Praia” termina quando outros mochileiros a quem Richard havia dado uma cópia do mapa chegam à ilha e despertam a ira do dono tailandês da plantação local de marijuana.

Este tinha já avisado o grupo original que só os admitiria a eles. Convenceu então a carismática líder Sal (Tilda Swinton) a abater o culpado.

Confrontada com a falta de escrúpulos de Sal e com a probabilidade de o mesmo lhes poder acontecer, a comunidade abandona a ilha secreta do ecrã.

O Regresso Pós-Maremoto às Ilhas Phi-Phi

Por volta de 2006, já se passava o inverso com a ilha real.

Malgrado os muitos anos volvidos, quando regressámos às ilhas Phi Phi, a desolação provocada pelo tsunami ainda era bem visível. Algum entulho e um ou outro estaleiro evidenciavam a reconstrução.

A floresta de coqueiros e a frota de long-tail boats já não existiam. No caso das embarcações, tinham sido substituídas por dezenas de lanchas modernas muito menos ruidosas mas sem o encanto tradicional das antecessoras.

Foi a bordo de uma delas que voltámos à Maya Bay. Encontrámo-la repleta destas lanchas, a transbordar de visitantes dos quatro cantos do mundo e de sinais que indicavam as rotas de evacuação em caso de tsunami.

Rota de Evacuação

Sinal instalado após o tsunami de 2004 indica a rota de fuga em caso de novo maremoto

Em “A Praia” já de volta a Banguecoque, Richard assume “E eu? Ainda acredito no paraíso. Mas agora, pelo menos, sei que não é um lugar que se possa procurar porque não é onde se vá.

É como nos sentimos num determinado momento da nossa vida quando fazemos parte de alguma coisa.

E quando encontramos esse momento… dura para sempre.”

Também nós regressámos à capital tailandesa e à Khao San. E lá nos vimos numa comunidade, já com demasiados daqueles que Alex Garland e o alter ego Richard definiam como “os cancros, os parasitas que comiam o mundo todo”.

Os viajantes sem interesse pelas outras gentes e lugares do planeta que apenas desejavam reproduzir, noutros lugares, os mesmos comportamentos redutores e decadentes que tinham à porta de casa.

Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Chiang Mai, Tailândia

300 Wats de Energia Espiritual e Cultural

Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.
Bago, Myanmar

Viagem a Bago. E ao Reino Português de Pegu

Determinados e oportunistas, dois aventureiros portugueses tornaram-se reis do reino de Pegu. A sua dinastia só durou de 1600 a 1613. Ficou para a história.
Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.
Monte Kyaiktiyo, Myanmar

A Rocha Dourada e em Equilíbrio de Buda

Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
Yangon, Myanmar

A Grande Capital da Birmânia (Delírios da Junta Militar à Parte)

Em 2005, o governo ditatorial do Myanmar inaugurou uma nova capital bizarra e quase deserta. A vida exótica e cosmopolita mantém-se intacta, em Yangon, a maior e mais fascinante cidade birmanesa.
Lago Inlé, Myanmar

Uma Agradável Paragem Forçada

No segundo dos furos que temos durante um passeio em redor do lago Inlé, esperamos que nos tragam a bicicleta com o pneu remendado. Na loja de estrada que nos acolhe e ajuda, o dia-a-dia não pára.
Banguecoque, Tailândia

Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cerimónias e Festividades
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Totem, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia
Cidades
Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Pitões das Júnias, Montalegre, Portugal
Cultura
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Assuão, Egipto, rio Nilo encontra a África negra, ilha Elefantina
Em Viagem
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
Telhados cinza, Lijiang, Yunnan, China
Étnico
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

História
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Tempo de surf
Ilhas
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Enriquillo, Grande lago das Antilhas, República Dominicana, vista da Cueva das Caritas de Taínos
Natureza
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Parques Naturais
Estradas Imperdíveis

Grandes Percursos, Grandes Viagens

Com nomes pomposos ou meros códigos rodoviários, certas estradas percorrem cenários realmente sublimes. Da Road 66 à Great Ocean Road, são, todas elas, aventuras imperdíveis ao volante.
Património Mundial UNESCO
Glaciares

Planeta Azul-Gelado

Formam-se nas grandes latitudes e/ou altitudes. No Alasca ou na Nova Zelândia, na Argentina ou no Chile, os rios de gelo são sempre visões impressionantes de uma Terra tão frígida quanto inóspita.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Apanhador de cocos, em Unawatuna, Sri Lanka
Praias
Unawatuna a Tongalle, Sri Lanka

Pelo Fundo Tropical do Velho Ceilão

Deixamos a fortaleza de Galle para trás. De Unawatuna a Tangale, o sul do Sri Lanka faz-se de praias com areia dourada e de coqueirais atraídos pela frescura do Índico. Em tempos, palco de conflito entre potências locais e coloniais, este litoral é há muito partilhado por mochileiros dos quatro cantos do Mundo.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Religião
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
religiosos militares, muro das lamentacoes, juramento bandeira IDF, Jerusalem, Israel
Sociedade
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Curieuse Island, Seychelles, tartarugas de Aldabra
Vida Selvagem
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.