Fira, Santorini, Grécia

Fira: Entre as Alturas e as Profundezas da Atlântida


Uma Thira crepuscular
O casario dependurado de Thira, ao cair da noite.
Descida a 2
Casal desce a escadaria que liga o cimo de Thira ao fundo da cidade.
Em caravana
Condutor de burros-taxi conduz uma caravana dos animais ao cimo de Thira.
Burro-Taxi
Burro-taxi de Thira estacionado numa equina da escadaria que leva ao cimo da capital.
Praça de Burros-Taxi
Burros-taxi estacionados na escadaria que liga o Porto Velho ao cimo de Thira.
Lares, hotéis e outros de Thira
O casario de estilo arquitectónico cicládico de Thira.
Os fundos de Thira
O porto velho de Thira, no fundo marinho da capital.
A cúpula religiosa de Thira
O cimo religioso do casario de Thira, a capital de Santorini.
Esplanada no cimo da caldeira
Visitantes desfrutam da paz de Thira numa esplanada com vista sobre a caldeira de Santorini.
Fundo de Thira
O porto velho de Thira, visto do cimo da capital de Santorini.
Vídeo Santorini
Visitante de Thira mostra o cenário de Santorini em redor a um familiar, durante uma videochamada.
Volkan Thira
Painel do Volkan cinema com a caldera da ilha-vulcão Thira em fundo.
Contemplação
Turistas admiram a vista do cimo da principal escadaria que serve Thira.
Thira, quase noite
Casario branco de Thira destacado no cimo da caldeira do vulcão-ilha homónimo.
Por volta de 1500 a.C. uma erupção devastadora fez afundar no Mar Egeu boa parte do vulcão-ilha Fira e levou ao colapso a civilização minóica, apontada vezes sem conta como a Atlântida. Seja qual for o passado, 3500 anos volvidos, Thira, a cidade homónima, tem tanto de real como de mítico.

Na segunda manhã que passamos ancorados em Santorini, recuperamos o périplo da ilha pelo cerne da questão. Uma embarcação de apoio do “Celestyal Crystal” leva-nos ao porto velho no sopé da vertente massiva em que se dependurava Fira.

Ali, subimos a bordo de um barco tradicional de madeira prestes a zarpar para Nea Kameni. Lá desembarcamos ávidos de uma exploração enriquecedora do âmago de lava do que foi, em tempos, a caldeira do grande vulcão Fira.

Alcançamos o cimo fumegante de Kameni, acompanhamos as explanações científicas e históricas do guia e apreciamos o cenário fascinante do estreito que separava Nea Kameni de Paleo Kameni.

Voltamos ao barco de madeira e contornamo-la até Athinios, o porto moderno e em permanente reboliço que acolhe os ferries procedentes de outras paragens do Egeu.

Dali, aos esses pelos penhascos acima, inauguramos um itinerário rodoviário aturado com paragens na Red Beach e na estação arqueológica de Akrotiri, que abordaremos com a devida atenção. Mais para o fim da tarde, o condutor deixa-nos, à entrada de Fira.

A Entrada Vespertina pelos Fundos de Fira

A superlotada vizinha Oia até podia continuar a chamar a si o protagonismo fotográfico e o estrelato de Santorini em geral. Ainda assim, não tínhamos como ignorar Fira. Afinal de contas, estávamos perante a capital e a maior urbe da ilha.

Uma ladeira leva-nos das imediações do terminal de autocarros, ruas acima, até ao caminho Nomikou M.. Quando chegamos a esta orla murada, mal podemos crer no panorama que temos por diante e em redor.

Turistas admiram o casario de Thira, Santorini, Grécia

Turistas admiram a vista do cimo da principal escadaria que serve Fira.

Uma catadupa de casas brancas, de terraços, torres, cúpulas, varandas e elementos arquitectónicos cicládicos condizentes espraia-se pelo cimo inclinado da vertente, até um limiar com o seu quê de tresloucado que a gravidade e a erosão continuam a tolerar, a 260m acima do nível do mar.

Logo abaixo, estão as ravinas recortadas e irregulares da velha caldeira. Desenrolam-se numa palete de castanhos, verdes e ocre que suavizam a transição para o azul petróleo do Egeu abaixo, em que permanecia ancorado o “Celestyal Crystal”.

Como é suposto numa ilha e cidade cristã, as igrejas coroam o casario. Dele se destacam a Catedral Metropolitana Ortodoxa, sede da diocese de Fira, Amorgos e das Ilhas, por certo um dos santuários com melhores vistas à face da Terra.

E, acima de onde a contemplávamos, a Catedral amarela de São João Baptista, a principal igreja católica de Santorini, não menos prendada no que a panoramas concerne.

Cimo religioso de Thira, Santorini, Grécia

O cimo religioso do casario de Fira, a capital de Santorini.

Num único ápice contemplativo, vimo-nos abençoados com o privilégio de explorarmos e vivermos uma urbe numa ilha como aquela, sem disputa, a mais excêntrica do vasto território helénico, assim ditaram os eventos geológicos que a esventraram.

Nomikou M. e Ipapantis. Dois dos Caminhos com Melhores Vistas do Mediterrâneo

Repetimos o cima-abaixo da Nomikou M. e da Ipapantis que lhe dava seguimento para sul, uma peregrinação que nos fatigava mas que, quanto mais prolongávamos mais se confirmava divinal.

Dessas veias limítrofes da cidade, admiramos centenas de outras almas num deleite semelhante. Casais apaixonados sentados em esplanadas flutuantes.

Grupos de amigos em férias que suspiravam perante a sumptuosidade das paisagens, instalados noutros assentos tão ou mais surreais: o do Volkan Cinema do Nomikos Cultural Center, enfeitado por cartazes que anunciavam um programa cinéfilo em redor da temática helénica: “Viram-se Gregos para Casar” uma comédia romântica de 2002 que conta com Tom Hanks.

E, malgrado ter sido filmado em grande parte em Vis, na Croácia, o musical “Mamma Mia”.

Volkan Cinema, Thira, Santorini, Grécia

Painel do Volkan cinema com a caldera da ilha-vulcão Fira em fundo.

Acontece com frequência a quem visita Fira nos sempre apressados cruzeiros ficar-se pelos níveis superiores da ilha e das povoações. Em pleno mês de Junho, quando os dias são os mais longos, vimo-nos com tempo para incursões às camadas inferiores da capital.

Os Acessos Díspares às Alturas de Fira

Coexistem em Fira três formas de subir do Porto Velho da cidade para as suas alturas: a mais fácil, o teleférico que assegura um trajecto linear de 3 minutos de meia-hora em meia-hora ou a cada 20 minutos, conforme a estação do ano.

Uma escadaria de cimento cumpre a mesma ligação numa versão ziguezagueante feita de 587 degraus exigentes. Quem quer poupar o custo do teleférico sobe a pé.

A terceira alternativa, a dos burros-taxi da cidade tem um custo bastante mais elevado que o teleférico.

Burros-taxi em Thira, Santorini, Grécia

Condutor de burros-taxi conduz uma caravana dos animais ao cimo de Fira.

Pois, com ou sem intenção, acontece a quem percorre a longa escadaria cruzar-se com as caravanas de burros. Conscientes das origens tradicionais do meio-de-transporte, começámos por nos posicionar em locais estratégicos para os fotografarmos em movimento.

Como quase sempre acontece, quisemos mais. Metemos conversa com os seus donos e condutores, pedimos para os fotografarmos com mais cuidado. Sem percebermos nem como nem porquê, suscitamos uma discussão entre os proprietários que se arrastou por quase uma hora.

A Polémica em Volta dos Burros-Taxi de Fira

Tudo começou quando aquele a que pedimos a foto, vestido com trajes mais típicos, recusou de imediato o nosso repto. Um outro que, ao contrário desse, falava um inglês muito atabalhoado, tentou justificar o colega. De início, pareceu-nos que queria transmitir que, se o queríamos fotografar, tínhamos que contratar os seus serviços.

Dedicámos um momento sentado ao que se passava e nos dizia. Não tardámos a apurar que o fulcro do problema era outro: “vocês vêm cá fotografar e levam as imagens para publicar, certo? explanou-nos.

“E, depois, fazem sair mais não sei quantos artigos a impingirem às pessoas que os animais são escravizados, vítimas de maus-tratos e coisas assim.”

Burro em Thira, Santorini, Grécia

Burro-taxi de Fira estacionado numa equina da escadaria que leva ao cimo da capital.

Verdade seja dita que não os tínhamos abordado com tal intenção. Fosse como fosse, numa era de sensacionalismo e redes sociais em que tudo descamba em escândalo e exagero, defensores e pseudo-defensores dos direitos dos animais tinham denunciado a exploração sistemática dos burros para um transporte desnecessário tendo em conta a existência da escadaria e do bem mais barato teleférico.

Alertavam o mundo, em particular, para a violência de os animais carregarem turistas obesos num trajecto, apesar do ziguezagueado, bastante íngreme, apenas para viverem uma experiência dita pitoresca.

Ora, a polémica agitou a harmonia tradicional e o profissionalismo em que antes operavam os donos dos burros que têm inclusive um site online com toda a informação, os itinerários, preços e até a possibilidade de fazer reservas e deixar depósitos.

Terá também diminuído sobremaneira o número dos passageiros que sustentavam as suas vidas.

Os Nomes Prolíficos e a Longas Histórias de Santorini e de Fira

O casario de Fira estende-se para norte até aos seus próprios arredores insulares de Firofistani e Imerovigli. Já a uma boa meia-hora a pé do centro de Fira, Imerovigli marca o lugar mais elevado da orla da caldeira mas também o extremo porque se fica a aglomeração de casas.

Daí para cima, o caminho passa entre hotéis, resorts e restaurantes aterraçados.

Logo, entrega-se a um domínio ora rochoso ora rural e serpenteia até à ponta oeste de Oia, a única povoação de dimensão comparável, a única que ofusca o brilho urbano de Fira e a que, um destes dias, dedicaremos o seu próprio artigo.

Edifícios de Thira, Santorini, Grécia

O casario de estilo arquitectónico cicládico de Fira.

De acordo com os escritos de Heródoto, a ilha-vulcão chegou a ser chamada de Strogyle devido à forma redonda que possuía. Fira (Thira, Thera) foi o nome mais tarde adaptado pelos Dóricos de Esparta, em homenagem ao seu rei Theras.

O ainda hoje bem mais popular Santorini terá sido disseminado durante o Imperio Latino (1204 – 1261) vigente em plenas Cruzadas, como contração de Santa Irine, a santa que tinha uma capela em sua honra na zona da actual Perissa e por que os colonos venezianos do Egeu se habituaram a tratar a ilha.

Destes nomes, num determinado momento geológico a partir de 1500 a.C., Strogyle deixou de fazer sentido.

A Erupção Destruidora e Disruptiva da ilha-vulcão Fira

A ilha-vulcão entrou num processo eruptivo relativamente longo que terá permitido aos habitantes refugiarem-se noutras ilhas. Nesse processo, a grande explosão acabou por se dar com uma potência brutal, crê-se que muitas vezes superior à famosa explosão do vulcão indonésio de Krakatoa.

Enquanto esta desfez uma cratera com 20km2, a do vulcão de Fira fez colapsar uma cratera com mais de 80km2.

Algumas teorias defendem que a configuração actual de Santorini foi resultado de uma sequência de eventos geológicos precipitados pela erupção: primeiro o abatimento do núcleo.

Casal em Thira, Santorini, Grécia

Casal desce a escadaria que liga o cimo de Fira ao fundo da cidade.

Depois, o alastrar desse abatimento até à abertura de um canal noroeste que permitiu a invasão do mar. Logo, a erosão intensa provocada por esta invasão que acabou por fazer desaparecer quase toda a secção ocidental da caldeira mas viu surgir a ilha central do vulcão de Kameni.

Akrotiri e o Legado Arruinado da Erupção

A pouco mais de onze quilómetros a sul da capital Fira, no fundo do “grande croissant” em que assenta hoje Santorini, encontramos Akrotiri.

Lá nos deslumbramos com o complexo de ruínas que, a partir de 1967, os arqueólogos têm desenterrado debaixo de uma grande camada de cinza vulcânica e revelado ao mundo.

O colapso da então minóica Akrotiri deu-se sem o dramatismo humano de Pompeia, onde os habitantes se viram surpreendidos por um fluxo piroclástico inexorável, durante o seu sono.

Em Akrotiri, não foram achados joias, valores, muito menos esqueletos, ossadas humanas ou corpos fossilizados. As cinzas preservaram frescos, potes e muitos outros artefactos e utensílios.

Esta realidade do pós-erupção permitiu concluir que os habitantes de Akrotiri e de outros lugares de Santorini terão tido tempo de se refugiarem em ilhas vizinhas, provavelmente em Creta, a ilha-mãe da civilização minóica.

Em 360 a.C., na sua obra “Diálogos”, Platão faz Critias abordar e revelar a Timateus pormenores de uma cidade perdida situada num determinado raio de Atenas e que Atenas veio a derrotar.

Vários estudiosos têm concordado na possibilidade de a Atlântida ter sido a  civilização minóica que controlava Thera, Creta e outras ilhas circundantes.

Thira, Santorini, Grécia

Casario branco de Fira destacado no cimo da caldeira do vulcão-ilha homónimo.

Esta civilização proliferou e evoluiu precisamente até à erupção cataclísmica do vulcão e ao maremoto avassalador que se lhe seguiu.

Certos cientistas estimam que as ondas geradas mediram até 60 metros. Com tal dimensão, quer fosse tratada por Minóica ou por Atlântida, não espantará que a tenham afundado e arruinado para sempre.

 

COMO VISITAR:

OS CELESTYAL CRUISES OPERAM CRUZEIROS NO MAR EGEU E MAR MEDITERRÂNEO DE MARÇO A NOVEMBRO, POR A PARTIR DE 539€.  RESERVAS EM www.celestyalcruises.com e pelo telf.: +30 2164009600.

Iraklio, CretaGrécia

De Minos a Menos

Chegamos a Iraklio e, no que diz respeito a grandes cidades, a Grécia fica-se por ali. Já quanto à história e à mitologia, a capital de Creta ramifica sem fim. Minos, filho de Europa, lá teve tanto o seu palácio como o labirinto em que encerrou o minotauro. Passaram por Iraklio os árabes, os bizantinos, os venezianos e os otomanos. Os gregos que a habitam falham em lhe dar o devido valor.
Míconos, Grécia

A Ilha Grega em Que o Mundo Celebra o Verão

Durante o século XX, Míconos chegou a ser apenas uma ilha pobre mas, por volta de 1960, ventos cicládicos de mudança transformaram-na. Primeiro, no principal abrigo gay do Mediterrâneo. Logo, na feira de vaidades apinhada, cosmopolita e boémia que encontramos quando a visitamos.
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Valletta, Malta

As Capitais Não se Medem aos Palmos

Por altura da sua fundação, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários apodou-a de "a mais humilde". Com o passar dos séculos, o título deixou de lhe servir. Em 2018, Valletta foi a Capital Europeia da Cultura mais exígua de sempre e uma das mais recheadas de história e deslumbrantes de que há memória.

Istambul, Turquia

Onde o Oriente encontra o Ocidente, a Turquia Procura um Rumo

Metrópole emblemática e grandiosa, Istambul vive numa encruzilhada. Como a Turquia em geral, dividida entre a laicidade e o islamismo, a tradição e a modernidade, continua sem saber que caminho seguir

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Nea Kameni, Santorini, Grécia

O Cerne Vulcânico de Santorini

Tinham decorrido cerca de três milénios desde a erupção minóica que desintegrou a maior ilha-vulcão do Egeu. Os habitantes do cimo das falésias observaram terra emergir no centro da caldeira inundada. Nascia Nea Kameni, o coração fumegante de Santorini.
Chania a Elafonisi, Creta, Grécia

Ida à Praia à Moda de Creta

À descoberta do ocidente cretense, deixamos Chania, percorremos a garganta de Topolia e desfiladeiros menos marcados. Alguns quilómetros depois, chegamos a um recanto mediterrânico de aguarela e de sonho, o da ilha de Elafonisi e sua lagoa.
Chania, Creta, Grécia

Chania: pelo Poente da História de Creta

Chania foi minóica, romana, bizantina, árabe, veneziana e otomana. Chegou à actual nação helénica como a cidade mais sedutora de Creta.
Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

Atenas, Grécia

A Cidade que Perpetua a Metrópolis

Decorridos três milénios e meio, Atenas resiste e prospera. De cidade-estado belicista, tornou-se a capital da vasta nação helénica. Modernizada e sofisticada, preserva, num âmago rochoso, o legado da sua gloriosa Era Clássica.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Cerimónias e Festividades
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Assuão, Egipto, rio Nilo encontra a África negra, ilha Elefantina
Cidades
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Tabatô, Guiné Bissau, Balafons
Cultura
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Manatee Creek, Florida, Estados Unidos da América
Em Viagem
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
Étnico
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Terraços de Sistelo, Serra do Soajo, Arcos de Valdevez, Minho, Portugal
História
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do “Pequeno Tibete Português” às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Banco improvisado
Ilhas
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Praia de El Cofete do cimo de El Islote, Fuerteventura, ilhas Canárias, Espanha
Natureza
Fuerteventura, Ilhas Canárias, Espanha

A (a) Ventura Atlântica de Fuerteventura

Os romanos conheciam as Canárias como as ilhas afortunadas. Fuerteventura, preserva vários dos atributos de então. As suas praias perfeitas para o windsurf e o kite-surf ou só para banhos justificam sucessivas “invasões” dos povos do norte ávidos de sol. No interior vulcânico e rugoso resiste o bastião das culturas indígenas e coloniais da ilha. Começamos a desvendá-la pelo seu longilíneo sul.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Parques Naturais
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
praca registao, rota da seda, samarcanda, uzbequistao
Património Mundial UNESCO
Samarcanda, Uzbequistão

Um Legado Monumental da Rota da Seda

Em Samarcanda, o algodão é agora o bem mais transaccionado e os Ladas e Chevrolets substituíram os camelos. Hoje, em vez de caravanas, Marco Polo iria encontrar os piores condutores do Uzbequistão.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Lifou, Ilhas Lealdade, Nova Caledónia, Mme Moline popinée
Praias
Lifou, Ilhas Lealdade

A Maior das Lealdades

Lifou é a ilha do meio das três que formam o arquipélago semi-francófono ao largo da Nova Caledónia. Dentro de algum tempo, os nativos kanak decidirão se querem o seu paraíso independente da longínqua metrópole.
Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, Um matrimónio espacial
Religião
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Graffiti deusa creepy, Haight Ashbury, Sao Francisco, EUA, Estados Unidos America
Sociedade
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Tombolo e Punta Catedral, Parque Nacional Manuel António, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Manuel António, Costa Rica

O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.