Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta


Guadalupe-caribe-efeito-borboleta-chapeus-vegetais
Montra improvisada de chapéus de vime tropical.
Raquetada
Amigos jogam raquetes numa praia da costa oeste de Guadalupe
Ti Punch
Montra de Rum Planteur, o rum com fruta tradicional das Antilhas Francesas.
Fetos Tropicais
Vegetação tropical no interior elevado de Guadalupe.
La Cabane Creole
Nativo passa em frente a um bar junto à praia de Grande Anse, em Trois Rivieres.
Fruta de Guadalupe
Banca de fruta tropical no mercado de Basse Terre.
Cena de Rua
Moradora de Basse-Terre passa junto ao mercado principal da cidade.
Rio & Manguezal
Floresta de mangue atravessada por um rio de Guadalupe.
Passeio Balnear
Família percorre uma praia da costa oeste de Basse Terre.
Fredy Punch
Vendedor promove rum planteur (artesanal e com sabor de frutas) numa praia da costa oeste de Guadalupe.
Eddie Murphy de Guadalupe
Jordan Etienne, um vendedor de chapéus vegetais, numa banca instalada em Pointe du Chateaux
Entre manequins
Rapaz "metro" (originário da França continental) deixa uma loja de roupa de Le Moule.
Rio Carbet
Visitantes observam um rio a caminho das quedas d´água du Carbet.
Chutes du Carbet
Dois longos saltos das quedas d' água Du Carbet, no sopé do vulcão La Soufriere
Ciclismo e luta de galos
Um ciclista e participante de lutas de galos dedica-se em simultâneo a ambos os desportos.
Les Saintes
Arquipélago Les Saintes, ao largo da ponta sul de Guadalupe.
Céline e Amandine
Céline Felix e Amandine Tros, adolescentes orgulhosas de Basse Terre.
À Sombra
Homem espera abrigado do sol debaixo de um viaduto ilustrado, nos arredores de Pointe-a-Pitre.
Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.

Um despertar madrugador poupa-nos ao pior do trânsito causado pelo influxo de trabalhadores na capital Pointe-à-Pitre.

Permite-nos atravessar a a Riviere Salée mais depressa do que esperávamos e passar para a outra asa da ilha, que os colonos baptizaram de Basse Terre.

Estamos num dos territórios mais remotos da União Europeia.

A injecção massiva de Euros pela metrópole francesa dotou estes domínios das Pequenas Antilhas de estradas e outras infraestruturas com que a maior parte dos vizinhos caribenhos não ousam sequer sonhar.

Cena de rua, Guadalupe, Caribe, Efeito Borboleta, Antilhas Francesas

Moradora de Basse-Terre passa junto ao mercado principal desta cidade da ilha borboleta

De ambos os lados da via, bananais a perder de vista preenchem a paisagem do litoral até ao sopé das montanhas que se projectam do interior. Aquele mar de verde assegura a principal exportação de Guadalupe e a subsistência de muitas famílias.

Avançamos para sul. Damos também com a cultura rival da cana-de-açúcar, em tempos a única a merecer a atenção e dedicação dos colonos que com ela forravam os seus vastos domínios e abasteciam as destilarias de rum.

As vilas de Goyave e Sainte-Marie ficam para trás. Pouco depois, encontramos um templo hindu tão exuberante como desenquadrado destas paragens ocidentais e que só um capricho da história poderia justificar.

A Pequena Índia da Ilha Borboleta de Guadalupe

Guadalupe abriga uma das maiores populações indianas da América Latina.

Por volta de 1850, consequência da Revolução Francesa e da divulgação dos seus ideais, os colonos ora franceses ora britânicos da ilha não podiam contar já com a mão-de-obra escrava para cortar a cana-de-açúcar.

As duas potências resolveram unir-se na solução. Importaram cerca de 40.000 trabalhadores da região de Tamil Nadu, onde Pondicherry servia como testa-de-ponte para uma eventual expansão francófona no subcontinente.

Alguns anos depois, esse recrutamento terminou. Os indianos ficaram e integraram-se. Hoje, são cerca de 55.000. Deixaram de usar o dialecto e nomes tamis. Já só alguns idosos preservam laços com a Índia.

Rumo às Luxuriantes Chutes du Carbet

Em Capesterre-Belle-Eau, surge por fim o desvio para aquela que tínhamos definido como a primeira escala da manhã, as Chutes du Carbet. Eram nem mais nem menos que as quedas d’ água mais impressionantes de Guadalupe, divididas por três saltos distintos nas encostas da grande montanha da ilha borboleta, La Soufrière.

À medida que nos afastamos da beira-mar, a estrada secundária torna-se íngreme. Embrenha-se numa floresta húmida e densa que o nevoeiro matinal afaga e irriga.

Durante algum tempo, somos os únicos viajantes a percorrer a via sinuosa. Até que um pequeno Peugeot conduzido por uma senhora que espreita sobre volante surge do nada e nos pressiona a acelerar montanha acima.

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Vegetação tropical no interior elevado de Guadalupe.

Temos o pressentimento de que uma funcionária do parque dormira demais. Batemos o caminho estreito e íngreme à perseguidora, ao jeito de escolta forçada.

Uma rotunda relvada anuncia o fim da corrida. A nativa corre para picar o ponto. Em seguida, regressa aliviada e sorridente para nos informar que tínhamos chegado antes da hora de abertura. E que, como prémio, nos dispensava do pagamento das entradas.

Aceitamos de bom grado. Nas sempre dispendiosas Antilhas Francesas, qualquer poupança é bem-vinda.

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Visitantes observam um rio a caminho das quedas d´água du Carbet, nas alturas da ilha borboleta

Em menos de 15 minutos, chegamos a um varandim conquistado à vegetação e ao rio Carbet. Inclinamo-nos sobre a barreira mas quase só vemos uma árvore tropical com folhagem densa.

Talvez rendidos às legítimas preocupações ambientais, as autoridades tinham-se esquecido de destapar as atracções do parque. Determinados em alcançarmos uma perspectiva desimpedida vêmo-nos obrigados a invadir o leito rochoso do rio.

E é sobre um dos seus maiores calhaus que conseguimos desvendar a queda de água majestosa.

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Dois longos saltos das quedas d’ água Du Carbet, no sopé do vulcão La Soufriere

Ciclismo, Lutas de Galos: Passatempos da ilha borboleta de Guadalupe

Voltamos ao litoral pelo mesmo percurso. A essa hora, já se confirmou o despertar de grande parte dos aldeãos em redor. Um deles prepara-se para montar numa bicicleta colorida. Vemo-lo à entrada da sua casa térrea plantada à beira da estrada.

Entusiasmamo-nos com a estranha fotogenia desportiva, que só sai reforçada quando o ciclista pega e afaga um galo de combate branco.

Ciclismo e luta de galos, Guadalupe, Caribe, Efeito Borboleta, Antilhas Francesas

Um ciclista e participante de lutas de galos dedica-se em simultâneo a ambos os desportos.

“Por cá, o ciclismo é o desporto favorito”, informa-nos Daril. “Ia agora ter com alguns amigos. Fazemos 150 km por dia para nos prepararmos para as provas mais importantes de Guadalupe e da Martinica. Mas também apostamos nas lutas de galos.

Se quiserem ver, logo vou estar em Petit Bourg com este e outros. Apareçam por lá!”

Interrompemos o périplo na ponta sul da ilha em forma de borboleta, para examinarmos algumas praias de areia negra e a silhueta difusa do arquipélago de Les Saintes.

O Frenesim Mercantil e Político do Delicioso Mercado de Basse-Terre

Voltamos a parar em Basse Terre, a principal povoação da sub-ilha homónima. Ali, deambulamos pelo mercado local, entre as bancas de fruta tropical e de artesanato.

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Banca de fruta tropical no mercado de Basse Terre.

Alguns dos vendedores desenvoltos tentam impingir-nos as suas mercadorias. Outros, preferem refugiar-se da ameaça psicológica das nossas câmaras. De início, é esse o caso de Marie-Louie Jelda e Legois Polycarpe. Com a devida insistência e conversa, lá conquistamos a confiança das senhoras. Acabam por se deixar fotografar.

Ismael Patrick chama-nos à banca vizinha e manifesta a sua discórdia: “Se a vossa ideia era levarem imagens de gente de Guadalupe, deviam ter escolhido outras pessoas. Elas são imigrantes haitianas.”

Reclama ainda o facto de parte significativa dos comerciantes do mercado venderem produtos chineses. Depois de justificar o seu visual distinto com a raiz étnica de Tamil Nadu, confessa que, à falta de bons negócios com bens locais, tinha optado por especiarias e essências indianas.

Parte, então, para um quase monólogo contestatório que promove o colectivo político LKP (Liyannaj Kont Pwofitasyon) e as suas reivindicações contra as injustiças do governo da metrópole e dos beckés, os colonos todos poderosos que continuam a controlar Guadalupe.

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Homem espera abrigado do sol debaixo de um viaduto ilustrado, nos arredores de Pointe-a-Pitre.

Ainda antes de deixarmos o mercado, divertimo-nos a observar uma mãe idosa que desanca o filho, em público, enquanto este a escuta com uma saca pesadíssima às costas, de tronco nu, paciente e gozão.

As Praias da Ilha e o Ti Punch que lhe Dá Mais Sabor

Prosseguimos à descoberta da ilha-borboleta agora num percurso sul-norte repleto de curvas que nos cansa. Acabamos por usar esse cansaço como desculpa para algumas paragens para banhos nas praias viradas ao lado caribenho.

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Família percorre uma praia da costa oeste de Basse Terre.

Numa delas, um casal de metros (franceses europeus) faz o que pode para atenuar a monotonia da relação. Ele, exibe à parceira e aos restantes banhistas a sua mestria numa qualquer arte marcial. Ela, ignora-o o mais que pode. Esforça-se para não perder o fio à meada do romance que lê.

Noutra praia, Grande Anse, perdidos entre centenas de garrafas folclóricas do licor, Fredy Punch e a esposa Martine recrutam-nos para uma prova de ti punch. Bebericamos amostras de rum a saber a frutas tropicais enquanto falamos com o anfitrião nativo.

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Vendedor promove rum planteur (artesanal e com sabor de frutas) numa praia da costa oeste de Guadalupe.

Entretanto, um grupo recém-chegado de interessados franceses aborda Fredy. Aliciado pelo seu número bem superior, Fredy dedica-se a aliciar os novos clientes.

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Montra de Rum Planteur, o rum com fruta tradicional das Antilhas Francesas.

Atalhamos caminho na vertente norte do molde de borboleta da ilha, modernizada, revolvida por construções e com menos interesse visual.

Jordan, o Eddie Murphy da Pointe des Chateaux

Regressamos em três tempos à Grande Terre, a outra “asa” plana de Guadalupe. Espreitarmos a Pointe des Chateaux, o extremo de uma língua caprichosa de terra que aponta para leste.

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Arquipélago Les Saintes, ao largo da ponta sul de Guadalupe.

Ali, a confluência do mar do norte com o do sul, exposta ao elementos pelo isolamento geográfico do lugar provoca uma instabilidade que agita as águas, a vegetação litoral rasteira e as bancas dos vendedores de artesanato.

Jordan Etienne deixa o abrigo da barraca para nos impingir os seus chapéus feitos de folhas de palmeira entrançada.

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Jordan Etienne, um vendedor de chapéus vegetais, numa banca instalada em Pointe du Chateaux

Parece-nos um clone de Eddie Murphy. Conversa puxa conversa, piada atrás de piada, confirmamos que Hollywood não era a sua onda. Jordan tinha estudado artesanato em Algés.

Adorava Lisboa onde tinha aprendido algum português e deixara amigos.

Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço

Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Grande Terre, Nova Caledónia

O Grande Calhau do Pacífico do Sul

James Cook baptizou assim a longínqua Nova Caledónia porque o fez lembrar a Escócia do seu pai, já os colonos franceses foram menos românticos. Prendados com uma das maiores reservas de níquel do mundo, chamaram Le Caillou à ilha-mãe do arquipélago. Nem a sua mineração obsta a que seja um dos mais deslumbrantes retalhos de Terra da Oceânia.
Papeete, Polinésia Francesa

O Terceiro Sexo do Taiti

Herdeiros da cultura ancestral da Polinésia, os mahu preservam um papel incomum na sociedade. Perdidos algures entre os dois géneros, estes homens-mulher continuam a lutar pelo sentido das suas vidas.
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas

Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
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Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
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A Última Morada

Dos sepulcros grandiosos de Novodevichy, em Moscovo, às ossadas maias encaixotadas de Pomuch, na província mexicana de Campeche, cada povo ostenta a sua forma de vida. Até na morte.
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