Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz


Para cá e para lá
Transeuntes cruzam-se no jardim do Parque Memorial da Paz de Hiroxima.
A Dome
Catedral A-Dome vista à distância, através do Cenotáfio Memorial.
A Resistente A Dome
A Dome no fundo do Jardim do Memorial da Paz.
Ruína A Dome
Pormenor da Cúpula A-Dome (Genbaku Dome), um edifício cuja estrutura resistiu à explosão da Little Boy, com epicentro a algumas centenas de metros.
De Passagem
Moradores passam em frente à Cúpula Genbaku, ruínas do único edifício que não foi arrasado pela explosão da Little Boy.
Cartas da Paz
Amigos jogam às cartas num banco do Memorial da Paz de Hiroxima
Monumento da Paz das Crianças
Monumento da Paz das Crianças, erguido no Memorial da Paz de Hiroxima.
A Destruição
Visitante do Museu do Memorial da Paz confronta a imagem de devastação de Hiroxima após o rebentamento da bomba atómica Little Boy.
A Hora
Visitantes do museu do Memorial da Paz observam a imagem de um relógio que parou à hora da explosão atómica sobre Hiroxima.
A aniquilação
Visitantes do Museu do Memorial da Paz contemplam a devastação de Hiroxima após o rebentamento da bomba atómica Little Boy.
Maquete da destruição
Maquete de Hiroxima após o rebentamento da bomba atómica
Metamorfose da A Dome
Painel explica a história da cúpula A-Dome, ruína do velho Salão Prefectural da Promoção Industrial de Hiroxima.
hiroxima-cidade-rendida-paz-japao-militar
Militar deixa o cenotáfio que abriga os nomes de todas as vítimas directas e indirectas do ataque nuclear a Hiroxima.
hiroxima-cidade-rendida-paz-japao-museu
Fachada do Museu do Memorial da Paz
A Bomb
Japonês lê o painel explicativo da cúpula A-Dome.
Rio Ota
Cenário de Hiroxima percorrida pelo Ota, um de vários rios que a atravessam.
Sino evocativo
Pormenor da data da tragédia num Sino da Paz, um dos muitos monumentos do Parque Memorial de Hiroxima.
Recreio abrigado
Crianças brincam nos Sinos da Paz, mais um dos monumentos do Parque da Paz de Hiroxima
Visita de Estudo
Estudantes convivem sentados no exterior do Museu do Memorial da Paz.
Visita ao passado
Filha de sobrevivente de Hiroxima visita o cenotáfio do Memorial da cidade.
Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.

Não fosse pelo seu passado marcante e nunca seria prioritária a descoberta desta urbe populosa do oeste de Honshu, a maior ilha do Japão.

Como qualquer forasteiro, chegamos intrigados quanto às cicatrizes históricas que viríamos encontrar. Estávamos conscientes que mais de seis décadas tinham decorrido desde a sua destruição massiva.

A chegada de comboio-bala (shinkansen) a uma estação sofisticada local que abrigava vários comboios similares dizia-nos mais do lado futurista do Japão. O cenário urbano em redor pouco ajudava.

Viagem de Eléctrico à Bordo do Passado de Hiroxima

Pedimos indicações para chegamos à paragem de autocarro. Um velho eléctrico verde e amarelo aproxima-se com o número que devemos apanhar. Quando subimos, viajamos, por fim, a bordo do passado da cidade.

A Hiroden, a companhia que os explora e aos autocarros da cidade, estabeleceu-se em 1910. No início de 1945, operava já dezenas de eléctricos. Apenas quatro sobreviveram à 2ª Guerra Mundial mas a construção de um metropolitano revelou-se demasiado dispendiosa (Hiroxima está situada num delta).

Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão

Cenário de Hiroxima percorrida pelo Ota, um de vários rios que a atravessam.

De acordo, as autoridades optaram por reforçar os transportes à superfície. Compraram eléctricos antigos a cidades vizinhas. Hoje, combinam o seu serviço com o de outros mais modernos.

É fim de semana. Passamos por um estádio de basebol à pinha. Ao longe, vemos a réplica do castelo medieval da cidade. Mais cedo do que estimávamos, uma voz feminina de tom juvenil, à boa moda nipónica, anuncia-nos a paragem de saída.

Atravessamos a mesma avenida por que o eléctrico prosseguiu. Já do lado oposto, damos com o Parque do Memorial da Paz. E, numa absoluta solidão arquitectónica e temporal, com as ruínas da Cúpula de Genbaku, à beira do rio Aioi.

Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão

Moradores passam em frente à Cúpula Genbaku, ruínas do único edifício que não foi arrasado pela explosão da Little Boy.

O Bombardeamento Avassalador que Ditou o Término da 2ª Guerra Mundial

À época da explosão da bomba Fat Boy, este edifício funcionava como o Salão de Promoção Industrial de Hiroxima. A sua resistência à explosão continua a surpreender os cientistas.

Devido à intensidade do vento, a tripulação do B-29 Enola Gay falhou o alvo definido, uma ponte próxima do rio Aioi. A detonação da Little Boy deu-se a 580 metros do solo, como predeterminado, mas cerca de 240 metros ao lado do ponto escolhido.

Horas da detonação, Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão

Visitantes do museu do Memorial da Paz observam a imagem de um relógio que parou à hora da explosão atómica sobre Hiroxima.

Mesmo assim, a cerca de 100 metros de distância, estima-se que a pressão provocada sobre o edifício tenha sido de 35 toneladas por m².

Num raio de 2 km, quase nenhuma estrutura ficou de pé. A destruição generalizada verificou-se até 12 km².

Neste espaço e fora dele, entre 70 a 80 mil habitantes, (cerca de 30% da população de então) morreu de imediato. Outros tantos habitantes ficaram feridos. E sabe-se que o urânio (U235) utilizado era ineficiente e que só 1.68% do material presente na bomba fissionou.

Monumento da Paz das Crianças, Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão

Monumento da Paz das Crianças, erguido no Memorial da Paz de Hiroxima.

Outras cidades japonesas, incluindo Quioto foram consideradas alvos possíveis. Hiroxima viu-se condenada por acolher um importante arsenal do exército e um porto no seio de uma vasta área industrial urbana.

Para mais, era cercada de colinas o que contribuiria para aumentar os efeitos da explosão e convencer o Japão a render-se incondicionalmente, de acordo com a Declaração de Potsdam.

O Parque da Paz de Hiroxima. Um Memorial Verdejante de um Japão em Ruína

Atravessamos o rio e o parque verdejante.

Caminhamos entre grupos de crianças japonesas que as escolas fazem questão de levar ao memorial para as elucidar sobre o período mais tenebroso da história nipónica.

Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão

Vista do Parque Memorial de Paz de Hiroxima com a Cúpula A-Bomb ao fundo.

Como é de esperar, a inocência das suas idades impede-as de assimilar o significado daquele lugar. Muitas, entregam-se a brincadeiras endiabradas em redor dos monumentos e perturbam os pensamentos e as orações de visitantes que continuam a sofrer com a perda de familiares ou tão só da honra japonesa.

Entramos no museu. Por três longas horas, ficamos entregues ao silêncio lúgubre das suas salas, aos mapas, aos vídeos, aos vestígios distorcidos e transformados de outras formas pela explosão e seus efeitos. E aos cenários reconstituídos do terror vivido pela cidade.

Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão

Maquete de Hiroxima após o rebentamento da bomba atómica

Nesse tempo, a abundância de informação simplificada permite-nos também saber e compreender vários aspectos surpreendentes da tragédia: o facto de os radares japoneses terem detectado os aviões uma hora antes do bombardeamento e terem optado por não enviar caças para os tentar interceptar por serem apenas três e a força aérea nipónica precisar de poupar combustível.

Inteiramo-nos também do destino incrível de Eizo Nomura que sobreviveu a apenas 170 metros do hipocentro (hoje marcado no chão como um monumento) por se encontrar na cave de um edifício anti-sísmico de betão reforçado.

Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão

Pormenor da Cúpula A-Dome (Genbaku Dome), um edifício cuja estrutura resistiu à explosão da Little Boy, com epicentro a algumas centenas de metros.

E o drama comovente de Sadako Sakai, a menina que tinha dois anos quando se deu a explosão e a quem foi, nove anos depois, diagnosticada leucemia.

Sabe-se que Chizuko Hamamoto, a sua melhor amiga, a visitou no hospital. E que, a fazer fé na crença popular japonesa de que um cisne concederá um desejo a quem dobrar 1000 cisnes de origami, ofereceu a Sadako o primeiro.

Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão

Crianças brincam nos Sinos da Paz, mais um dos monumentos do Parque da Paz de Hiroxima

À data, Sadako tinha apenas um ano de vida. Diz-se que dobrou 644 cisnes de origami antes de falecer e que os seus amigos completaram os restantes e os enterraram junto com a menina.

A Sobrevivência Castigadas dos hibakuskas, os Vitimados de Hiroxima

Regressamos ao exterior. Encontramos duas idosas nipónicas em meditação junto à estátua das crianças da bomba atómica. Questionamo-nos se não serão hibakushas – sobreviventes do ataque nuclear. A sua idade e a sua postura compenetrada e comovida levam-nos a crê-lo.

Em 2010, o governo japonês reconhecia 227.565 hibakushas, em grande parte a viver ainda no Japão e, muitas, em Hiroxima.

Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão

Militar deixa o cenotáfio que abriga os nomes de todas as vítimas directas e indirectas do ataque nuclear a Hiroxima.

Destes, 1% sofriam de doenças causadas pela radiação. Todos os sobreviventes recebem um apoio financeiro mas o apoio médico e financeiro prestado aos últimos é especial. Como é especial, de uma forma negativa, o seu estatuto social encoberto.

Durante décadas, o desconhecimento acerca dos efeitos da radiação levou a que os hibakusha fossem discriminados por receio de contágio e hereditariedade das doenças. Essa questão desvaneceu-se à medida que as vítimas, todas idosas, faleceram.

Horas da detonação, Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão

Pormenor da data da tragédia num Sino da Paz, um dos muitos monumentos do Parque Memorial de Hiroxima.

A Quimera da Paz Nuclear Propagada pela Hiroxima em Paz

É outra das heranças problemáticas que Hiroxima tenta ultrapassar. Em 1949, por iniciativa do seu mayor, o parlamento japonês declarou Hiroxima Cidade de Paz.

Desde então, tornou-se numa sede apetecível para conferências internacionais sobre a paz e outros assuntos sociais. De acordo, a Universidade local fundou, em 1998, um Instituto da Paz de Hiroxima.

Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão

Amigos jogam às cartas num banco do Memorial da Paz de Hiroxima

À data deste texto, o edil actual de Hiroxima era o Presidente dos Mayors for Peace, uma organização que tem como fim mobilizar as cidades e os seus cidadãos para a abolição e eliminação de todas as armas nucleares até 2020.

E à data da última revisão do artigo, Maio de 2020, esse objectivo continuava por cumprir.

Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Tawang, Índia

O Vale Místico da Profunda Discórdia

No limiar norte da província indiana de Arunachal Pradesh, Tawang abriga cenários dramáticos de montanha, aldeias de etnia Mompa e mosteiros budistas majestosos. Mesmo se desde 1962 os rivais chineses não o trespassam, Pequim olha para este domínio como parte do seu Tibete. De acordo, há muito que a religiosidade e o espiritualismo ali comungam com um forte militarismo.
DMZ, Dora - Coreia do Sul

A Linha Sem Retorno

Uma nação e milhares de famílias foram divididas pelo armistício na Guerra da Coreia. Hoje, enquanto turistas curiosos visitam a DMZ, várias das fugas dos oprimidos norte-coreanos terminam em tragédia
São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

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Hué, Vietname

A Herança Vermelha do Vietname Imperial

Sofreu as piores agruras da Guerra do Vietname e foi desprezada pelos vietcong devido ao passado feudal. As bandeiras nacional-comunistas esvoaçam sobre as suas muralhas mas Hué recupera o esplendor.
Taiwan

Formosa mas Não Segura

Os navegadores portugueses não podiam imaginar o imbróglio reservado a Formosa. Passados quase 500 anos, mesmo insegura do seu futuro, Taiwan prospera. Algures entre a independência e a integração na grande China.
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O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
Tóquio, Japão

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Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
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Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

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Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

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O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
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Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Quioto, Japão

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Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
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Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

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Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

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Praia
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Safari
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No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
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No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
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A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
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Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

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O Grande Lago Agridoce do Cáucaso

Fechado entre montanhas a 1900 metros de altitude, considerado um tesouro natural e histórico da Arménia, o Lago Sevan nunca foi tratado como tal. O nível e a qualidade da sua água deterioram-se décadas a fio e uma recente invasão de algas drena a vida que nele subsiste.
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Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
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Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
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Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
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O aquecimento é supostamente global mas não chega a todo o lado. Na Patagónia, alguns rios de gelo resistem.De tempos a tempos, o avanço do Perito Moreno provoca derrocadas que fazem parar a Argentina
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Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
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Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Banco improvisado
Património Mundial UNESCO
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Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
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Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Mini-snorkeling
Praias
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De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Camponesa, Majuli, Assam, India
Religião
Majuli, Índia

Uma Ilha em Contagem Decrescente

Majuli é a maior ilha fluvial da Índia e seria ainda uma das maiores à face da Terra não fosse a erosão do rio Bramaputra que há séculos a faz diminuir. Se, como se teme, ficar submersa dentro de vinte anos, mais que uma ilha, desaparecerá um reduto cultural e paisagístico realmente místico do Subcontinente.
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Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
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Sociedade
Papeete, Polinésia Francesa

O Terceiro Sexo do Taiti

Herdeiros da cultura ancestral da Polinésia, os mahu preservam um papel incomum na sociedade. Perdidos algures entre os dois géneros, estes homens-mulher continuam a lutar pelo sentido das suas vidas.
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Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
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Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
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Voos Panorâmicos
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Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.