Ilha do Mel, Paraná, Brasil

O Paraná Adocicado da Ilha do Mel


A Caminho II
A Caminho
Surfista Bem-Disposto
Longer Board
Nadadores-Salvadores
Praia do Farol
Portal do Surf
Limpa-Garrafas II
Linhas de Maré-vazia
“Ti Amo Vanessa”
Conversa de Orelhão
Passeio na Fortaleza
Pesca Crepuscular
Pesca Crepuscular II
Limpa-Garrafas
Fortaleza Nª Srª dos Prazeres
O Morro do Farol
Espreitadela
Bici-Surf Anfíbio
Frota de Ensenadas
Situada à entrada da vasta Baía de Paranaguá, a ilha do Mel é louvada pela sua reserva natural e pelas melhores praias do estado brasileiro do Paraná. Numa delas, uma fortaleza mandada erguer por D. José I resiste ao tempo e às marés.

O Paraná é o Paraná, austral, no Brasil, sem ser o derradeiro estado.

Subtropical e exposto às frequentes ascensões e invasões das frentes frias do Atlântico Sul. Estas frentes frias e as suas chuvadas já nos tinham feito esperar em Foz de Iguaçu.

Nos últimos dias de Verão do hemisfério sul, quando decidimos passar pela Ilha do Mel, que não tem sequer uma época seca digna desse nome, a meteorologia paranaense volta a castigar-nos.

Ao embarcarmos, em Pontal do Sul, sobre as seis e meia da tarde, já chovia. Durante toda a navegação, a bátega só se intensificou.

Não existem ruas nem estradas na Ilha do Mel, apenas floresta, areal e trilhos estreitos.

Ilha do Mel e a sua Abundante Chuva

O crescendo da pluviosidade dificultou a vida ao rapaz do carrinho-de-mão que, Clemente, desde há alguns dias nosso guia, incumbiu de transportar a bagagem, areal acima, para a pousada que nos iria acolher, a Zorro.

Instalamo-nos em três tempos. Clemente confessa-nos a sua satisfação por regressar a um dos seus lugares preferidos do Paraná, um das evasões favoritas das gentes da capital Curitiba. Como se fosse necessário comprová-lo, desafia-nos para um mergulho. Já anoitecia, mas não tínhamos como recusar.

Num ápice, voltamos à chuva. Corremos por trilhos que Clemente conhecia de trás para a frente e que mais pareciam riachos.

Pouco depois, chegamos ao lado Atlântico da Ilha do Mel e à Praia da Gruta.

Sem conseguirmos perceber bem se o mar estava de confiança, limitamo-nos a atirar-nos sobre os derradeiros momentos das ondas e a nelas chapinharmos.

Uma e outra vez, várias mais, num estranho ritual balnear que teve tanto de salgado como de revigorante.

Ilha do Mel, Paraná, Brasil, caranguejoRegressamos à pousada. Jantamos.

Adormecemos na expectativa de que o amanhecer nos trouxesse o sol de volta.

Nem o amanhecer. Nem a tarde, nem a noite. Choveu quase todo o dia.

Às seis da tarde, parou de chover. O céu continuou cinzento chumbo. Passamos para o novo dia sob nova intempérie.

E para outro, quase todo, uma vez mais, chuvoso.

Depois da Tempestade, a Bonança

O terceiro-dia, um Domingo, amanheceu com o céu a abrir aos poucos.

Por fim, a Ilha do Mel concedeu-nos uma aberta que durou boa parte da tarde.

Assim que a percebemos, saímos equipados e disparados.

Com o sol retornado, a ilha resplandecia de vida.

Na Praia das Encantadas em que estávamos alojados, no sopé de uma encosta coberta de floresta, a frota local de barcos de pesca e de transporte exibia as várias cores

As do “Valentin”, as do “Lua Cheia”, as do “Cristalina”, entre outros.

Asas-deltas e parapentes sulcavam o céu já azulão.´

Surf, Bodyboard, Asa-delta e Natureza sem Fim

As praias viradas a leste, expostas ao Atlântico, voltam a atrair os banhistas e desportistas habituais, quase todos em forma e determinados a mantê-la.

Bodyboarders rolavam dentro de esboços de tubos.

Surfistas disputavam com eles as ondas, a essa hora sofríveis.

Um jovem pai, de cabeleira encaracolada farta, diverte uma criança enquanto tenta vestir o que falta de um fato de neoprene.

No lado esquerdo do torso, logo abaixo do coração, exibe um “Vanessa Te Amo” tatuado.

Aos poucos, inteiramo-nos do quanto a Ilha do Mel e os seus moradores vivem em função do mar e dos desportos marinhos, com óbvio destaque para o surf.

São várias as pousadas e hostels dedicadas a surfistas. Portais coroados por velhas pranchas identificam as praias com as melhores ondas.

A Praia do Farol e todas as Outras em Volta da Ilha do Mel

Com a maré a vazar, o areal vasto da Praia do Farol, recebe sucessivas vagas em processo de alisamento.

Às tantas, já só são meras linhas que a luz lateral distorce e duplica.

Assim as vemos do cimo do morro oposto ao do Farol das Conchas, no meio de uma colónia de limpa-garrafas exuberantes.

Por mais baixas que se revelem, são vagas do Atlântico do Sul.

Ali, como nos outros litorais virados a leste, a imprevisibilidade do mar obriga à presença de nadadores-salvadores, integrantes do Corpo de Bombeiros, dotados de grandes pranchas amarelas e laranjas, a mesma cor dos uniformes.

Da Praia do Farol, regressamos ao interior florestado do parque estadual, em busca de Clemente e de outras paragens. Malgrado o sol abrasador, boa parte dos trilhos que o sulcam continuam por drenar.

Forçam-nos a novas e deliciosas caminhadas anfíbias.

Recuperamos Clemente na pousada. Consciente da nossa origem “patrícia”, o guia propõe-nos um programa irrecusável. “Tem uma fortaleza colonial cá na ilha, ainda do tempo que vocês eram donos e senhores. Devíamos lá ir.”

Claro que devíamos. Nuns poucos minutos, já para lá nos dirigíamos. Clemente alertou-nos que, com o sol que estava, fazermos o trajecto todo a pé, ia ser duro.

Sujeitamo-nos ao seu julgamento.

A Caminho da Fortaleza Nª Srª dos Prazeres, de Volta ao Século XVIII

Metemo-nos num barco em Encantadas que nos leva até ao molhe de Brasília, ao istmo que une as duas secções principais da Ilha do Mel e à entrada da longa Praia da Fortaleza.

Do istmo, percorremos quatro quilómetros quase rectos para norte.

A fortaleza surge, por fim, ajustada a um ziguezague do litoral e ao nível do mar.

De tal maneira térrea que, com a maré a subir, o oceano a cerca de todos os lados, excepto o interior, integrado no sopé florestado.

Inusitada, de tão baixa e exposta que está, a Fortaleza de Nª Srª dos Prazeres foi mandada erguer, em 1767, por D. José I.

Por essa altura, a Baía de Paranaguá tinha-se já tornado importante para Portugal, livre do jugo de Castela, desde 1640, mas não da obsessão da Coroa Espanhola em se apoderar dos domínios lusos que foram politicamente seus durante o período da União Ibérica.

Paranaguá, em específico a ilha de Cotinga, é considerado o lugar inaugural da povoação portuguesa do estado do Paraná.

Em 1550, lá desembarcaram os primeiros colonos, convencidos de que, em redor, encontrariam ouro, e que o conseguiriam extrair apesar da prevalência na zona dos indígenas Carijós.

Os Carijós colaboraram.

A boa relação com os portugueses permitiu que os povoamentos colonos se alastrassem, movidos pelo achamento do metal precioso em diversos rios.

Alguns, foram baptizados com os apelidos das famílias que primeiro chegavam, o dos Almeidas, o dos Correias a par de outros que preservaram os baptismos indígenas, por exemplo, o Guaraguaçu.

A cidade de Paranaguá foi fundada um século depois, em 1649, financiada pelos proveitos crescentes do ouro, movido pelo movimento intenso do Tropeirismo, no Paraná.

Sulcavam o Atlântico do Sul ao largo, navios espanhóis, piratas e, entretanto, até mesmo franceses, holandeses e britânicos.

A Rivalidade colonial no Sul do Brasil e a Fortificação da Ilha do Mel e de Paranaguá

Alertado da vulnerabilidade de Paranaguá, D. José ordenou que a Ilha do Mel fosse guarnecida de forte e respectivos canhões, os dos baluartes e os colocados acima, sobre o Morro da Baleia.

Assegurou, assim, a protecção da entrada mais a norte para a baía, a mais distante das ilhas de Cotinga e, como tal, mais vulnerável.

Há muito desprovida dos seus propósitos bélicos, hoje, as autoridades que gerem o património colonial da ilha têm que lidar com a ameaça dupla do oceano e da mata atlântica, ambos sempre na iminência de invadirem a estrutura.

Damos a volta às muralhas.

Entramos, percorremos os adarves e espreitamos os edifícios complementares, em tempos paiol, casamatas e afins, todos alvos, cobertos de telhas de barro cozidas, bem portuguesas.

Clemente queixa-se de que a longa marcha pela praia o tinha deixado de rastos.

De acordo, recorremos ao serviço de um barqueiro, bem antes do molhe de Nova Brasília. De novo embarcados, retornamos à Praia de Encantadas sem sequer nos determos no istmo.

Clemente entrega-se a uma sesta terapêutica. Nós, detectamos uma placa multicolor e artística que anuncia “Temos Açaí”.

Apreciadores incorrigíveis do fruto e petiscos derivados, além disso esfomeados, mandamos vir duas tigelas bem frias e cremosas.

Primeiro, essas duas. Logo, sem termos como resistir, duas mais, uma gula em que, sempre que envolve açaí, nos metemos sem remorsos.

Em ambas as taças, os montes grenás do açaí gelado vinham cobertos de granola e, claro está, de mel. Enquanto os devoramos, assalta-nos a mente qual seria a explicação para a ilha se chamar do Mel.

Ilha do Mel e a sua Toponímia Misteriosa

Ao fim do dia, Clemente confessa-nos que “não faz nem ideia!”. Quando investigamos, apuramos um sortido de possíveis explicações.

Há a extração do mel silvestre e do açúcar da cana endémica, levada a cabo pelos índios Carijós e pelos colonos pelo menos até 1950, quando o açúcar industrializado não chegava à ilha.

Coexiste a teoria de uma família alemã (a de um tal de Almirante Mehl; em alemão, “mehl” significa farinha) detentora de um engenho de farinha de mandioca, que se dedicou, em simultâneo, à apicultura e inspirou vários marinheiros aposentados a lá fazerem o mesmo.

Outra possibilidade, reside no facto de água doce da ilha conter mercúrio que, ao misturar-se com a salgada, disseminava no mar, uma coloração amarelada.

A toponímia da Ilha do Mel prima pela inexactidão. De acordo com a meteorologia que a mantém luxuriante.

Mesmo nesses dias preciosos de bonança, só não sabíamos ao certo quanto faltava para a chuva tornar.

Curitiba, Brasil

A Vida Elevada de Curitiba

Não é só a altitude de quase 1000 metros a que a cidade se situa. Cosmopolita e multicultural, a capital paranaense tem uma qualidade de vida e rating de desenvolvimento humano que a tornam um caso à parte no Brasil.
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
Hidroeléctrica Binacional de Itaipu, Brasil

HidroElétrica Binacional do Itaipu: a Febre do Watt

Em 1974, milhares de brasileiros e paraguaios confluíram para a zona de construção da então maior barragem do Mundo. 30 anos após a conclusão, Itaipu gera 90% da energia paraguaia e 20% da do Brasil.

Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Ilha do Marajó, Brasil

A Ilha dos Búfalos

Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
Serra Dourada, Goiás, Brasil

Onde o Cerrado Ondula Dourado

Um dos tipos de savana da América do Sul, o Cerrado estende-se por mais de um quinto do território brasileiro que abastece de boa parte da água doce. Situado no âmago do Planalto Central e do estado de Goiás, o do Parque Estadual Serra Dourada resplandece a dobrar.
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

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Ilhabela, Brasil

Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Chapada Diamantina, Brasil

Bahia de Gema

Até ao final do séc. XIX, a Chapada Diamantina foi uma terra de prospecção e ambições desmedidas.Agora que os diamantes rareiam os forasteiros anseiam descobrir as suas mesetas e galerias subterrâneas
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Fiel em frente à gompa A gompa Kag Chode Thupten Samphel Ling.
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Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
hacienda mucuyche, Iucatão, México, canal
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Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

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Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
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