Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa


O Monte-Cratera da Ajuda
Cratera do Monte da Ajuda, nas imediações de Santa Cruz da Graciosa.
Estorninhos na Ponta da Barca
Bando de estorninhos voa em torno do farol da Ponta da Barca.
Franco Ceraolo
A principal expressão vulcânica da ilha da Graciosa, a sua grande Caldeira.
Baía de Praia ou São Mateus
O casario alvo da marginal da Praia, com a orla da Caldeira acima.
Pasto Iluminado
Manada de vacas pasta sobre um morro dentro da Caldeira da Graciosa.
Ocaso sobre o Monte da Ajuda
Ermidas do Monte da Ajuda douradas pelo ocaso iminente, a oeste da Graciosa.
Pastos Murados
Os minifúndios murados característicos dos Açores em geral e também da Graciosa.
Natação salgada
Nadadores numa piscina natural marinha do Carapacho.
O túnel da Caldeira II
Luz ao fundo do túnel que conduz ao interior da grande Caldeira da Graciosa.
Passeio sobre muro
Dois transeuntes cruzam-se sobre o muro que protege Praia das vagas do Atlântico.
A Grande Caldeira
A principal expressão vulcânica da ilha da Graciosa, a sua grande Caldeira.
Moinhos Tradicionais
Um dos muitos moinhos tradicionais que antes moíam os cereais da Graciosa.
Santa Cruz ao Longe
Vista de Santa Cruz da Graciosa a partir de uma das Ermidas do Monte da Ajuda.
Pasto Murado
Vacas entram num dos muitos pastos murados da ilha Graciosa.
Ponta do Derradeiro Sol
Um ocaso resplandecente a oeste da Ponta da Barca
Últimos Retoques
Pescadores repintam a popa do "Magda Benjamim".
Torre da Furna
A torre musgosa que abriga a escadaria que conduz ao fundo da Furna do Enxofre.
Uma Inesperada Praça de Touros
A Praça de Touros do Monte da Ajuda, no fundo da cratera homónima.
Burro Gracioso
Um dos setenta e poucos burros que subsistem na ilha da Graciosa.
Ermida Srª da Luz
Ermida da Srª da Luz, bem acima da Praia, ou São Mateus.
Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.

Eram quase oito da noite. Dávamos entrada numa das Casas da Quinta do Fragoso.

Quando nos aproximamos, os faróis revelam-nos três ou quatro vacas frisias. Deliciadas a devorar a relva tenra e húmida da frente ajardinada, bloqueavam-nos o acesso à porta.

Vimo-nos forçados a uma operação-expulsão especial que as deixou a mugir de mau-humor. Regressaram passados uns poucos minutos e aconchegaram-se ali mesmo para a noite. Demasiado cansados para as vencermos, resolvemos desfrutar da sua companhia ruminante.

Já vínhamos de quase duas semanas de Açores. As vacas tinham-se tornado parte dos nossos dias mas esta nova modalidade de as termos quase como companhia de sofá, surgiu como uma divertida novidade.

Vínhamos de uma sequência tempestuosa de que apanhámos a bonança apenas no derradeiro dia de São Jorge.

Na Graciosa, logo a partir da primeira manhã, vimo-nos prendados com um delicioso Outono-Estival açoriano.

Uma Vez Mais, as Omnipresentes Vacas Açorianas

Mal descemos da clareira da Quinta do Fragoso para a Estrada Nacional 1-2 que dá a volta a ilha, regressámos ao convívio com as vacas.

Uma grande manada percorria um trecho do asfalto, de saída para um caminho. Foi um trajecto suficiente para deixarmos o carro e nos entregarmos a algumas fotos e a uma tagarelice animada com os donos.

Graciosa, Açores, manada de vacas

Manada de vacas em fila indiana e a caminho de um pasto do interior da ilha.

Não obstante a atenção que o gado lhe exigia, o Sr. Humberto e a esposa conversaram connosco com toda a simpatia que a Graciosa nos podia conceder. “Olhem, ando aqui com 70 vacas. O ano passado, tive que matar vinte. A nós, desagrada-nos mas são lá as regras da União Europeia, aqui nos Açores produz-se muito leite. Onde é que anda o touro?”, pergunta o Sr. Humberto à esposa. Confrontado com o seu sumiço, desculpa-se e corre caminho acima.

Haveríamos de o ver, pouco depois, ao volante de um tractor clássico John Deere, uma das nossas marcas preferidas, logo a seguir à Massey Ferguson com quem partilhámos boa parte da infância na terra.

Do Alto do Sul por onde andávamos, percorremos o sul mais raso, abaixo do retalho de minifúndios de tons distintos em que o interior da ilha se desdobra.

Às tantas, esse padrão agrícola abre alas ao casario litoral, geminado e multicolor de Carapacho.

Graciosa, Açores, Carapacho

O casario geminado e multicolor do Carapacho. lugar de termas e de piscinas naturais.

Uma Passagem Rejuvenescedora Pela Vila Termal do Carapacho

A povoação é sobretudo famosa como estância balnear e termal. Estávamos, todavia, já bem fora do Estio e as termas permaneciam encerradas.

Espreitamos as piscinas naturais abaixo. Do nada, três expatriados aparecem, despem-se e deleitam-se com um, ao que parecia habitual, banho marinho matinal.

O exemplo provou-se tentador. Em três tempos, mandamos também os nossos mergulhos, damos umas braçadas, saboreamos o Atlântico tépido como e enquanto podíamos.

Graciosa, Açores, piscina

Nadadores numa piscina natural do Carapacho.

Quando regressamos ao carro, o sol que ainda subia no horizonte reaqueceu-nos e recarregou-nos as baterias.

Subimos ao Farol do Carapacho. O seu promontório revela-nos três vistas bem distintas: por diante, para sudeste, os ilhéus e rochedos e, no culminar, a Ponta da Restinga.

Para trás e abaixo, de onde tínhamos vindo, o casario de Carapacho, disposto entre um lajedo áspero de lava negra e uma longa vertente verdejante.

Graciosa, Açores, Carapacho

O casario de Carapacho no limiar de uma vertente abaixo da Caldeira da Graciosa.

Os Panoramas Rivais a Partir do Farol do Carapacho

Acima, no interior oposto à Ponta da Restinga, elevava-se o cone amplo da formação vulcânica mais exuberante da Graciosa, o Maciço da Caldeira (405m), grande o suficiente para ocupar todo o terço sudeste da ilha, disposto em redor de uma vasta Caldeira, com 1600m comprimento por 900m de largura.

Haveríamos de lá ascender e de descer às suas profundezas. Das imediações do farol, limitámo-nos a contemplar a sua encosta murada, e a orla do cume penteada por uma floresta de cedros. Parecia guardar a Caldeira um duo de bois pretos com tonelagem e visuais intimidadores de touros.

Graciosa, Açores, bois abaixo da Caldeira

Dois bois negros parecem barrar o acesso à orla da Caldeira, junto ao Farol do Carapacho.

Apontamos à povoação que se seguia. De nome oficial São Mateus, a freguesia é mais conhecida pelo seu nome histórico de Praia, que tem como principal localidade a Vila da Praia ou Porto da Praia. A realidade que lá encontrámos ainda faz absoluta justiça a ambos os baptismos.

São Mateus, ou Praia. Uma Povoação Elegante e a Praia a Sério da Ilha Graciosa

Uma longa marginal que acompanha a curva da baía surge delimitada por um casario alvo de que se destaca a igreja de São Mateus. Salpica o casario uma ou outra fachada de tom pastel em harmonia com o dourado do areal.

É consensual entre os gracienses que Porto da Praia tem a única praia de areia condigna da ilha. Quando caminhamos sobre o longo muro que protege as moradias do Atlântico, vêmo-la invadida por uma maré de algas finas que se amontoavam ao ponto de reter o desenrolar das vagas.

Graciosa, Açores, Praia

O casario alvo da marginal da Praia, com a orla da Caldeira acima.

Caminhada fora, o muro converte-se num paredão mais elevado que, além da correnteza de casas, protege uma série de cafés e explanadas, com extensão para ruas e ruelas, às tantas, para a rua dos Moinhos de Vento, que abriga dois de dezenas de exemplares da ilha, estes, convertidos em peculiares alojamentos rurais.

Passamos sobre o pórtico que abre passagem para a praia. Desvendamos o domínio portuário da vila e, do cimo do molhe, o arredondado pronunciado da sua marginal e os recortes da orla da Caldeira, um plano acima dos telhados da povoação.

A Ascensão à Grande Caldeira da Ilha Graciosa

Estava na hora de subirmos à Caldeira. Pelo caminho, desviamos apenas para a Ermida da Nª Srª da Saúde, com o propósito infalível de nos deslumbrarmos com a perspectiva oposta de Praia: a da povoação distante, imposta à beira-mar, para lá de uma extensa manta de retalhos, murada, sulcada por canadas, ora de pasto, ora com outros cultivos e que o sol e as nuvens douravam ou sombreavam a seu bel-prazer.

Graciosa, Açores, Praia, São Mateus

Casario litoral de Praia, ou São Mateus.

Deixamos a capela erma, como a havíamos encontrado. Regressamos à estrada e ao campo bucólico da Graciosa. Galgamos a vertente até Fonte do Mato. De onde avançamos até Canada Longa, na iminência da Furna da Maria Encantada. Voltamos a caminhar.

Um trilho íngreme e em ziguezague conduz-nos a uma espécie de pórtico aberto por, nos tempos de juventude vulcânica da ilha, a lava ter transbordado sobre a orla da cratera.

Graciosa, Açores, Caldeira

A principal expressão vulcânica da ilha da Graciosa, a sua grande Caldeira.

No interior, apercebemo-nos que o crescimento das árvores bloqueara boa parte da vista em redor da caldeira. Em contrapartida, o chilrear dos pássaros soava e ressoava com uma intensidade arrepiante.

Escutamo-lo. Deixamo-nos encantar com a sua inesperada sinfonia.

Ilha Graciosa, Açores, Gruta Maria Encantada

Indicação para uma torre panorâmica na orla da Caldeira da Graciosa.

Logo, regressamos ao exterior. Contornamos mais da orla da caldeira, sempre a subir, até uma torre de observação que nos desvendou a vastidão sul da ilha.

Víamos a Ponta Branca, a Luz e o Alto do Sul, de onde tínhamos começado o dia. E, tal como acontecera a partir da Ermida da Nª Srª da Saúde, novos e graciosos minifúndios e casarios graciosenses.

A Entrada na Caldeira e a Descida às Profundezas Enigmáticas da Furna do Enxofre

Mas impunha-se uma verdadeira incursão à Caldeira. Regressamos ao carro. Atravessamos o túnel áspero e alaranjado que dá acesso ao seu âmago e completamos a estrada que contorna a lagoa interna do Styx.

Graciosa, Açores, Túnel da Caldeira

O túnel que conduz ao interior da grande Caldeira da Graciosa.

Detém-nos a entrada para o complexo da Furna do Enxofre. Tratava-se da mais mística das profundezas da Caldeira. Impunha-se, assim, nova caminhada, com passagem através do edifício do Centro de Visitantes, considerado o quartel-general da Reserva da Biosfera e do Parque Natural da Graciosa.

Este novo trilho deixa-nos no cimo de uma escadaria de caracol (com 183 degraus), fechada por uma torre musgosa, com uma janela em cada um dos patamares.

Cada uma das janelas aprofunda a vista para a grande caverna lávica em que nos embrenhávamos.

Graciosa, Açores, Furna do Enxofre

Visitante espreita a entrada para a gruta da Furna do Enxofre.

Por fim, no fundo, vislumbramos uma lagoa em que flutuava um barco a remos. Acontece que essa lagoa esconde uma fumarola que pode libertar dióxido de carbono em concentrações perigosas. Será a principal razão porque encontrarmos o acesso às margens da lagoa vedado.

Admiramos o panorama julioverniano em redor, com um fascínio sobretudo visual. Não tanto o científico que levou naturalistas franceses e investigadores em que se contou o Príncipe Alberto do Mónaco a explorarem a furna logo no dealbar do século XIX.

Do Porto Afonso ao Convívio com Franco Ceraolo e sua Associação de Burros da Graciosa

Da caverna da Furna do Enxofre e da grande Caldeira da Graciosa, passamos às diminutas do Porto Afonso, aprofundadas na falésia avermelhada da enseada pelos pescadores que há muito ali abrigam os seus pequenos barcos de pesca das tempestades e das vagas destrutivas.

Graciosa, Açores, Porto Afonso

Um dos barcos de pesca artesanal guardados numa das grutas de Porto Afonso.

Na ressaca da que havia varrido o grupo central, o mar permanecia agitado. Um único visitante solitário examinava o estado do mar a partir do pontão de embarque do porto.

Graciosa, Açores, Porto Afonso

Morador da Graciosa aprecia o mar na enseada de Porto Afonso.

De maneira que, nas imediações, decidimos ir até Esperança Velha e espreitar a quinta de Franco Ceraolo. Franco é um italiano de Roma, capital em que trabalhou como cenógrafo com realizadores com a notoriedade e a obra de Frederico Fellini, Bernardo Bertolucci e Martin Scorsese.

Quando se reformou, Franco decidiu que queria viver numa ilha. As do Mediterrâneo italiano já eram demasiado turísticas. Acabou por ler sobre os Açores e, mais tarde, por visitar todas as ilhas do arquipélago. Decidiu comprar uma quinta e instalar-se na Graciosa. A mesma quinta em que nos acolhia.

Franco chegou à Graciosa em 2007. Constatou que o número de burros e a sua utilidade na ilha diminuíam a olhos vistos, até porque tinham quase todos donos com idade avançada.

Como nos conta Franco no seu português quase perfeito, enquanto prenda alguns dos seus burros com cenouras “eu cheguei aqui interessado em criar animais, afinal estávamos nos Açores e na Graciosa. Mas que animais? Vacas? Vacas havia demais.

Graciosa, Açores, Franco Ceraolo

Franco Ceraolo na companhia de dois dos burros de que cuida na sua quinta.

Os burros, ao contrário das vacas, estavam numa rota de extinção. Em 1926, a ilha tinha 6000 habitantes e 1600 burros, ao ponto de a Graciosa ser conhecida como a Ilha dos Burros. Decidiu impulsionar a preservação e certificação do burro anão da ilha Graciosa. Propósito superior para que formou uma associação de criadores com um grupo de amigos.

Agora, os habitantes da Graciosa são pouco mais de 4000 pessoas e os seus burros-anões apenas uns 70. Só os que veem aqui na quinta são 17.”

Entretanto, Franco e a associação conseguiram o reconhecimento da raça autóctone da Graciosa em Portugal. Recuperar o número de burros passa também por proteger os que se encontram disseminados noutras ilhas dos Açores, caso da vizinha São Jorge. E por registar num livro genealógico os espécimes com as características que deles fazem burros-anões da Graciosa.

E há que ver que os pequenos burros da Graciosa – chegam a medir menos de um metro de altura -, originários do Norte de África, podem recuperar a grande utilidade que já tiveram. No campo, a apoiarem o trabalho agrícola. E até como agentes de turismo. São muito mansos, fáceis de controlar e ideais para passeios curtos, desde que quem os monte não tenha demasiado peso.

“Aqui na Graciosa, organizados umas burricadas (passeios em grupo) muito engraçadas com eles. As crianças adoram-nas.”

Sentamo-nos para um café com Franco e com a esposa lisboeta Sandra. Conversamos um pouco mais, sobre a produção vinícola da ilha. E sobre o valor da preservação do património arquitectónico histórico-tradicional da Graciosa e de onde quer que seja, que o casal estimava tanto como nós.

Com o tempo então e sempre contado, agradecemos-lhes a gentileza e despedimo-nos, para aparente desgosto dos burros que se alinham a ver-nos partir, intrigados pela brevidade de tal embaixada.

O Cimo Panorâmico e Abençoado do Monte da Ajuda

Com a tarde a caminhar para o fim, atravessamos a capital da ilha, Santa Cruz. De uma das suas ruas, ascendemos ao Monte sobranceiro e panorâmico da Ajuda (130m).

Foi no sopé deste cone vulcânico que se instalaram, a partir de 1450, os povoadores pioneiros da Graciosa. Desses tempos remotos em diante, a povoação expandiu-se até ao casario vasto e harmonioso da actual Santa Cruz.

Graciosa, Açores, Cidade de Santa Cruza

O casario elegante de Santa Cruz da Graciosa, capital desta ilha do Grupo Central dos Açores.

E, quando atingimos o cume, constatamos que, mesmo já Santa, a cidade era abençoada a triplicar pelo trio de ermidas de São João, São Salvador e Nª Srª da Ajuda.

Abaixo, a ocupar o centro da cratera e a destoar da sacralidade do lugar, sobressaia o vermelho e branco da Praça de Touros local, ainda usada, sobretudo em Agosto, por altura da feira taurina de Santa Cruz.

Ilha Graciosa, Açores, Monte da Ajuda

Vista aérea do Monte da Ajuda, acima da capital Santa Cruz da Graciosa.

Uma Deambulação Embalada pelo Atlântico por Santa Cruz da Graciosa

Descemos e dedicamo-nos à capital. Caminhamos em redor da praça e da sua lagoa peculiar, de onde as torres da Paróquia e da Igreja da Misericórdia se projectam bem acima dos telhados dos fiéis.

Ilha Graciosa, Açores

Sol quase poente doura a igreja Paróquia de Santa Cruz da Graciosa.

Mesmo sem o vermos, intimidava-nos uma vez mais o oceano Atlântico furibundo.

O bruar das suas vagas acabou por nos atrair à marginal murada e à beira-mar de lava que encerravam o centro da cidade. Ali, à medida que nos aproximávamos da Ermida do Corpo Santo, o embate das vagas nos pontões e paredões produzia explosões exuberantes de mar que nos alienavam dos restantes cenários.

Santa Cruz da Graciosa, Açores

Vagas rebentam com estrondo contra um dos molhes da marginal da Santa Cruz da Graciosa.

Outras vagas, determinadas à sua maneira, galgavam as rampas das docas e quase se apoderavam do asfalto por que caminhávamos.

Em pleno percurso, intriga-nos a mega-instalação de arte em que se tornou a colecção de bóias e outros apetrechos náuticos na proa de uma casa de esquina entre a rampa de embarque mais próxima e a Rua do Corpo Santo.

Graciosa, Açores, Santa Cruz da Graciosa

Vagas fortes fazem o Atlântico chegar quase à Rua do do Corpo Santo.

Fim do Dia Gracioso mas também Dramático na Ponta da Barca

Coerentes com a temática marinha, com o sol prestes a afundar-se no Atlântico, rumamos à Ponta da Barca e ao farol homónimo.

Ali, enquanto um morador-faroleiro alimentava as suas galinhas, procurámos um ponto cimeiro com vista simultânea para o farol, a enseada abaixo e o Ilhéu da Baleia ao largo.

Graciosa, Açores, Ponta da Barca

Um ocaso resplandecente a oeste da Ponta da Barca

Achamo-lo já em modo de correria. E terminamos o longo dia de descoberta da ilha mais que rendidos à Graciosa. Os Açores são sempre os Açores.

Não esperávamos outra coisa.

Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

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São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza

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Santa Maria, Açores

Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

Foi a primeira do arquipélago a emergir do fundo dos mares, a primeira a ser descoberta, a primeira e única a receber Cristovão Colombo e um Concorde. Estes são alguns dos atributos que fazem de Santa Maria especial. Quando a visitamos, encontramos muitos mais.
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
Ilha das Flores, Açores

Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
Horta, Açores

A Cidade que Dá o Norte ao Atlântico

A comunidade mundial de velejadores conhece bem o alívio e a felicidade de vislumbrar a montanha do Pico e, logo, o Faial e o acolhimento da baía da Horta e do Peter Café Sport. O regozijo não se fica por aí. Na cidade e em redor, há um casario alvo e uma efusão verdejante e vulcânica que deslumbra quem chegou tão longe.
Vulcão dos Capelinhos, Faial, Açores

Na Pista do Mistério dos Capelinhos

De uma costa da ilha à opostoa, pelas névoas, retalhos de pasto e florestas típicos dos Açores, desvendamos o Faial e o Mistério do seu mais imprevisível vulcão.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

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Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

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Louvada Seja a Ilha do Porto Santo

Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

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Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do "Pequeno Tibete Português" às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Campos de Gerês -Terras de Bouro, Portugal

Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

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Cruzeiro Africa Princess, 1º Bijagós, Guiné Bissau

Rumo a Canhambaque, pela História da Guiné Bissau

O Africa Princess zarpa do porto de Bissau, estuário do rio Geba abaixo. Cumprimos uma primeira escala na ilha de Bolama. Da antiga capital, prosseguimos para o âmago do arquipélago das Bijagós.
Navala, Viti Levu, Fiji
Étnico
Navala, Fiji

O Urbanismo Tribal de Fiji

Fiji adaptou-se à invasão dos viajantes com hotéis e resorts ocidentalizados. Mas, nas terras altas de Viti Levu, Navala conserva as suas palhotas criteriosamente alinhadas.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Alasca, de Homer em Busca de Whittier
História
Homer a Whittier, Alasca

Em Busca da Furtiva Whittier

Deixamos Homer, à procura de Whittier, um refúgio erguido na 2ª Guerra Mundial e que abriga duzentas e poucas pessoas, quase todas num único edifício.
Willemstad, Curaçao, Punda, Handelskade
Ilhas
Willemstad, Curaçao

O Coração Multicultural de Curaçao

Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Walvis Bay, Namíbia, baía, dunas
Natureza
Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay

Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Ribeiro Frio, Madeira, Vereda dos Balcões,
Parques Naturais
Parque Florestal Ribeiro Frio, Madeira

Ribeiro Frio Acima, na Senda dos Balcões

Há muito que esta região do interior elevado da Madeira tem a cargo a repopulação das trutas arco-íris da ilha. Entre os vários trilhos e levadas que confluem nos seus viveiros, o Parque Florestal Ribeiro Frio oculta panoramas grandiosos sobre o Pico Arieiro, o Pico Ruivo e o vale da Ribeira da Metade que se estende à costa norte.
Embaixada, Nikko, Spring Festival Shunki-Reitaisai, Cortejo Toshogu Tokugawa, Japão
Património Mundial UNESCO
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Espantoso
Praias

Ambergris Caye, Belize

O Recreio do Belize

Madonna cantou-a como La Isla Bonita e reforçou o mote. Hoje, nem os furacões nem as disputas políticas desencorajam os veraneantes VIPs e endinheirados de se divertirem neste refúgio tropical.

Kremlin de Rostov Veliky, Rússia
Religião
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Sociedade
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Vista aérea das quedas de água de Malolotja.
Vida Selvagem
Reserva Natural de Malolotja, eSwatini

Malolotja: o Rio, as quedas d’água e a Reserva Natural Grandiosa

Meros 32km a nordeste da capital Mbabane, sobre a fronteira com a África do Sul, ascendemos a terras altas, rugosas e vistosas de eSwatini. Por lá flui o rio Malolotja e se despenham as cascatas homónimas, as mais altas do Reino. Manadas de zebras e de antílopes percorrem os pastos e florestas em redor, numa das reservas com maior biodiversidade do sul de África.  
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.