Ilha Kéré, Bijagós, Guiné Bissau

A Pequena Bijagó que Acolheu um Grande Sonho


Enseada
Ocaso Calabaceiro
Garça-Azul
O Recanto dos Durris
“Estrela do Mar”
Paz entre Embondeiros
Sol cai sobre Caravela
Cabana entre Embondeiros
A Banda Sonora
Ilha Kéré
Rapaz Bijagó com a Pesca do Dia
Casa virada a Norte
Lições de Pesca
Carregadores Bijagós
Do Ar
Canto ao Sol
Luzes da Boa-Vida
Criado na Costa do Marfim, o francês Laurent encontrou, no arquipélago das Bijagós, o lugar que o arrebatou. A ilha que partilha com a esposa portuguesa Sónia, aceitou-os e ao afecto que sentiam pela Guiné Bissau. Há muito que Kéré e as Bijagós encantam quem os visita.

“Fotografem tudo, o mais bonito possível, mas não me fotografem a mim, por favor!” roga-nos F., um francês que não podemos identificar, por respeito ao seu pedido.

“É que nós combinámos entre nós, mas a minha mulher não sabe que eu vim para cá.”

Seguimos a bordo de uma lancha que nos leva de Quinhamel à ilha de Kéré. Nós, e um grupo de franceses loucos pela pesca. Em particular, pela pesca nas Bijagós.

Em redor, golfinhos exibem as suas acrobacias. De quando em quando, vemos o mar liso eclodir, pejado de cardumes acossados por barracudas famintas e afins.

A lancha progride a boa velocidade. Afasta-se do estuário do grande rio Geba, na direcção do oceano, por uma vastidão de água salgada que já nos parece o Atlântico, se bem que o arquipélago das Bijagós que se interpõe, se esconde para sudoeste.

Leigos no tema, perguntamos a um dos amigos de F., o que dota as Bijagós de uma pesca assim tão especial, se, por exemplo, os Açores não estão à altura. “Ah não, nem pensar. Nos Açores sopram os Alísios, não é como aqui.” Ficamos quase na mesma. F. intervém com a boa-disposição que, aos poucos, percebemos que o distingue.

“Vocês vejam lá. Não lhe perguntem nada que não tenha que ver com pesca. O cérebro dele só funciona para a pesca. Agora mesmo, está em modo sonar, a perscrutar em volta!”

Rimo-nos todos a bom rir. Logo, voltamos a contemplar o mar raso, atentos ao que mais nos revelaria.

Acompanhamos a costa ocidental da ilha de Maio. Decorrida quase uma hora de navegação, outras linhas de costa se definem à nossa frente.

Ilha Kéré à Vista

Duas, mais vastas.

Entre elas, delimita-se uma outra, por comparação, ínfima.

É Kéré.

Chegamos à ilha nosso destino com o ocaso a compor-se. Só quando a circundamos para oeste é que a vemos com luz de ver.

O areal alvo, os embondeiros ainda frondosos que dela despontam e, algo veladas pela vegetação, as cabanas do ecolodge residente.

Ancoramos.

Laurent, o anfitrião, aparece. Saúda e dá as boas-vindas aos visitantes.

Os pescadores franceses parecem-nos em êxtase por o reverem. F. não tem como resistir.

Prenda-nos com nova tirada que nos faz rir quase à lágrima. “Bom, cá estamos nós de novo! Ansiosos de nos entregarmos às vossas actividades, o pilates, ioga, até mesmo a olaria!”

Cumprimentamos Sónia meio à pressa.

O sol banha Kéré de um dourado precioso e Sónia está ocupada, além de que sabe ao que vamos.

Sem cerimónia, concede-nos soltura.

A maré baixa. Faz aumentar o areal inclinado.

Pela primeira vez, cirandamos por detrás da linha de vegetação.

Atentos às silhuetas graciosas geradas pelos embondeiros, pelas aves que os habitam e até pelas calabaceiras agridoces dependuradas das árvores da vida.

Anoitece.

Os clientes deliciam-se com refeições de peixe recém-pescado ao largo, barracuda, carpas, sereias.

Uma comunidade de morcegos frugívoros habitam árvores logo ao lado.

Despertados pelo escurecer, banqueteiam-se, com as bananas maduras de um grande cacho exposto no limiar do restaurante.

Conversa para cá, conversa para lá, rendemo-nos ao cansaço do dia.

Recolhemos à cabana que nos calhara, a uns poucos passos do mar das Bijagós, sob a abóbada híper-estrelada do Universo.

Um Novo dia, na Natureza Exuberante das Bijagós

Acordamos com a aurora, ao som de uma sinfonia natural como há muito não ouvíamos.

Ao chirriar estridente dos grilos, juntava-se o arrulhar sincronizado da comunidade prolífica de rolas da ilha.

Outros pássaros sortidos, acrescentavam os seus piares característicos.

Uns poucos galos cantavam em jeito de solo. Toda aquela inesperada energia sonora, contagia-nos.

Inspira-nos a saltarmos das camas e a vivermos o esplendor africano que Kéré nos guardava.

Nos mesmos poucos passos, chegamos à orla sul da ilha.

Constatamos que o oceano ainda invadia o leito exposto, em volta. Seguiam-no sucessivos cardumes.

Tal como na tarde anterior, a espaços, os peixes sofrem ataques de predadores. Entram em pânico, projectam-se, contorcem-se.

Geram rajadas de estalidos que agitam a água veloz.

Um Éden Guineense que há muito Atrai Pescadores

Tal som e visão volta a inquietar os pescadores. A maior parte são veteranos. Uns poucos, estão a aprender.

Desembarcaram em Kéré acompanhados de guias de pesca. Sem excepção, todos anseiam por zarpar nas lanchas e lançarem os seus anzóis e íscos onde as Bijagós mais prometem.

O grupo de franceses não tarda a partir, na primeira de várias incursões. Laurent acompanha-os, numas poucas, imaginamos que com prazer renovado.

A pesca sempre alimentou a vida de Laurent. Vistas bem as coisas, foi a pesca que acabou por lhe conceder Kéré, numa história de vida que, bem contada, dava um filme.

A Incrível Vida Africana do Francês Laurent Durris

Laurent Durris cresceu, em Abidjan, na Costa do Marfim. Laurent não conseguia, na escola, o sucesso que os pais, professores, dele esperavam.

Viu-se prendado com um barco. Ainda em Abidjan, começou a pescar.

Aperfeiçoou os seus dotes de pescador, ao ponto de, mais tarde, ambicionar barcos melhores e mares mais pejados de peixe.

A isso, juntava-se uma paixão inexplicável, visível no seu quarto de infância, decorado com inúmeras imagens de ilhas do Mundo.

Confrontado com a obrigação de ganhar a vida, Laurent optou por ser militar. Manteve-se militar francês durante onze anos, num período em que, diversas condicionantes ditaram que vivesse em França.

Por essa altura, o irmão de Laurent estava pela Guiné Bissau, já então, um lugar de pesca idolatrado por boa parte dos pescadores franceses. Laurent juntou-se-lhe num retiro de pesca e de exploração das Bijagós. Tudo correu de feição.

Mas, quando Laurent voltou a França, padecia de um caso grave de paludismo cerebral. Esteve às portas da morte, de tal maneira que os médicos pediram autorização à família para desligarem as máquinas que sustinham o coma em que se mantinha.

A família recusou. Ao contrário do vaticinado, passados dezasseis dias, Laurent despertou. Padecia de graves danos motores, mas não estava o vegetal que os médicos tinham dito que se tornaria. Uma fisioterapia intensa permitiu-lhe recuperar na íntegra.

De Volta à Vida e aos Braços das Bijagós

Em vez de rejeitar África e a Guiné Bissau, abraçou-as e ao seu sonho. Deixou França.

Voltou à companhia do irmão. Juntos, orientaram a vida a partir da ilha de Bubaque, a trabalhar como marinheiros e guias de pesca para os lodges das Bijagós.

Numa ocasião, foram contratados por uma equipa de cientistas.

Ao percorrerem o arquipélago, deram com Kéré. Laurent não apreciava por aí além a vida mais confusa de Bubaque.

Sentiu que, aquela, era a ilha dos seus sonhos.

Só que Kéré era sagrada.

Para a poder habitar, Laurent teve que visitar e pedir autorização dos irãs (espíritos), numa primeira fase, por intermédio de um balobeiro, uma espécie de guia espiritual guineense.

De início, a sua vontade provou-se curta. Tornou-se suficiente quando ajudou uma mulher, com as águas rebentadas, a dar à luz. A mulher era filha de um régulo de uma tabanca de Caravela.

Esse régulo, reconheceu a ajuda de Laurent. Afeiçoou-se, de tal forma, ao francês que o perfilhou.

À laia de recompensa, ajudou-o ainda a conseguir de Djamba, o balobeiro competente, a permissão dos irãs para se assentar em Kéré.

Seguiu-se a também necessária legalização em Bissau.

Por fim, Laurent pôde fixar-se na ilha com que sonhava.

E investir em infraestruturas e equipamento, com vista num lodge dedicado à pesca nas Bijagós.

Laurent, Sónia e a Vida Partilhada da Ilha Kéré

Por sua vez, Sónia trabalhava numa ONG de apoio à Guiné Bissau, havia já três anos. Desembarcou em Kéré e na vida de Laurent como mera cliente.

Lá se apaixonaram.

Laurent e Sónia resolveram louvar a oportunidade que as Bijagós lhes concederam.

Por respeito ao povo que os acolheu, submeteram-se a cerimónias preparativas. Casaram de acordo com a tradição Bijagó.

Experiente no desenvolvimento de projectos das ONGs, Sónia formou o duo perfeito com Laurent.

Kéré não tinha sequer água doce.

Ainda assim, aos poucos, enquanto criavam Gabriela, a filha de ambos, dotaram Kéré do ecolodge acolhedor que, nos períodos mais movimentados, emprega mais de quarenta guineenses, a maior parte, de etnia bijagó.

E que nos continuou a deslumbrar.

A Chegada da Grande Canoa Abastecedora

A meio da tarde, com a maré de novo a vazar, a “Estrela do Mar” uma piroga enorme e colorida, das muitas que sulcam as Bijagós, ancora diante de Kéré, a jeito de entregar à ilha alguns dos mantimentos de que carece.

Dois ou três jovens bijagós, com corpos de guerreiros espartanos, descarregam e fazem rolar, areal acima, bidãos e jerricans.

Deixam ainda uns poucos peixes pescados pelo caminho.

A “Estrela do Mar” afasta-se na direcção de Caravela.

Pouco depois, detém-se num ponto estratégico do canal, à espera que a maré enchente viabilizasse o que faltava do trajecto.

Seguimos na mesma direcção.

O Recanto da Ilha “de Laurent e de Sónia”, mas de Todos

Para o norte da ilha em que, entre embondeiros, Laurent e Sónia têm o seu lar.

Garças e corvos-de-barriga-branca denunciam-nos.

Águias-pesqueiras descolam dos ninhos em missão de reconhecimento de Kéré.

Chica passeia-se, descalça, sobre a laterite com visual de pedra-lava, que o mar se apressava a cobrir.

“Olá, tudo bom? Perdeste alguma coisa” perguntamos-lhe quando a vemos perscrutar as rochas e poças. “

Não, estou à procura de uns petiscos que se escondem por aqui”.

Kéré pouco mais mede que dois campos de futebol.

Ainda nos custa a acreditar que, à partida, sagrada e desconhecida, abriga, agora, toda aquela vida.

COMO IR: 

Voe com a Euroatlantic , Lisboa-Bissau e Bissau-Lisboa, às sextas-feiras.

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http://bijagos-kere.fr ou pelo telm. e Whats App:+245 966993827

Cruzeiro Africa Princess, 2º Orangozinho, Bijagós, Guiné Bissau

Orangozinho e os Confins do PN Orango

Após uma primeira incursão à ilha Roxa, zarpamos de Canhambaque para um fim de dia à descoberta do litoral no fundo vasto e inabitado de Orangozinho. Na manhã seguinte, navegamos rio Canecapane acima, em busca da grande tabanca da ilha, Uite.
Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós

São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.
Cruzeiro Africa Princess, 1º Bijagós, Guiné Bissau

Rumo a Canhambaque, pela História da Guiné Bissau

O Africa Princess zarpa do porto de Bissau, estuário do rio Geba abaixo. Cumprimos uma primeira escala na ilha de Bolama. Da antiga capital, prosseguimos para o âmago do arquipélago das Bijagós.
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau

O Portal das Bijagós

No plano político, Bolama subsiste capital. No âmago do arquipélago e no dia-a-dia, Bubaque ocupa esse lugar. Esta cidade da ilha homónima acolhe a maior parte dos forasteiros. Em Bubaque se encantam. A partir de Bubaque, muitos se aventuram rumo a outras Bijagós.
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Santo Antão, Cabo Verde

Pela Estrada da Corda Toda

Santo Antão é a mais ocidental das ilhas de Cabo Verde. Lá se situa um limiar Atlântico e rugoso de África, um domínio insular majestoso que começamos por desvendar de uma ponta à outra da sua deslumbrante Estrada da Corda.
São Nicolau, Cabo Verde

São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

Partidas forçadas como as que inspiraram a famosa morna “Sodade” deixaram bem vincada a dor de ter que deixar as ilhas de Cabo Verde. À descoberta de Saninclau, entre o encanto e o deslumbre, perseguimos a génese da canção e da melancolia.
Varela, Guiné Bissau

Praia, derradeiro Litoral, até à Fronteira com o Senegal

Algo remota, de acesso desafiante, a aldeia pacata e piscatória de Varela compensa quem a alcança com a afabilidade da sua gente e com um dos litorais deslumbrantes, mas em risco, da Guiné Bissau.
Elalab, Guiné Bissau

Uma Tabanca na Guiné dos Meandros sem Fim

São incontáveis os afluentes e canais que, a norte do grande rio Cacheu, serpenteiam entre manguezais e encharcam terras firmes. Contra todas as dificuldades, gentes felupes lá se instalaram e mantêm povoações prolíficas que envolveram de arrozais. Elalab, uma delas, tornou-se uma das tabancas mais naturais e exuberantes da Guiné Bissau.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
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O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
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Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

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Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
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