Scarborough a Pigeon Point, Tobago

À Descoberta da Tobago Capital


Artilharia Emoldurada
Estacionamento do Casamento
Inspecção de Artilharia
Artilharia
Arsenal
Pausa à Sombra
No Rumo de Port of Spain
O Farol
O Glass Bottom Boat
De Volta
Pontão do Sol
Forte King George abaixo
Balnear a Dobrar
Puro Caribe
Areal Providencial
Frenesim Pelicano
A Swallows Beach
Manobras Crepusculares
Das alturas amuralhadas do Forte King George, ao limiar de Pigeon Point, o sudoeste de Tobago em redor da capital Scarborough, revela-nos uns trópicos controversos sem igual.

Não seria a primeira vez, nem a última.

Nessa manhã, um dos muitos cruzeiros que sulcam o Mar das Caraíbas surgia atracado ao largo de Scarborough. Alguns passageiros tinham desembarcado para umas curtas voltas guiadas pela cidade e distintas partes de Tobago.

Outros, nem isso. Aglomeravam-se num pequeno centro comercial em frente ao porto. Disputavam um sinal de Wifi que para pouco ou nada servia.

Quando por ali passamos e os vemos naquela inércia e desinteresse por Tobago, sentimo-nos privilegiados a dobrar.

Por não seguirmos a bordo do cruzeiro. Por termos bem mais que meia tarde para dedicar à ilha. E por a podermos deixar quando nos der na gana.

Scarborough: À Conquista do Forte King George

Apanhamos um táxi. O destino é o forte King George, o grande monumento da cidade.

Situado no cimo da colina de Scarborough, bem acima da Baía Rockly a que, mais tarde, se apegaria a cidade, o transporte poupava-nos, nem que fosse só isso, a uma caminhada extenuante.

A ladeira da Fort Street termina já em pleno complexo histórico.

O mesmo sítio em que se esgota a sorte do taxista, enfurecido ao se aperceber que uma pick-up acabava de lhe amolgar o carro.

Deixamo-lo a discutir com o responsável pelo incidente.

Uns meros passos e damos com o topo, ainda armado por canhões negros, encaixados em ranhuras deixadas abertas num muro de metro, agora sobre um relvado imaculado.

Os canhões apontam à vastidão azul-marinha e celeste do Mar das Caraíbas. A mesma imensidão aquática em que o farol local sinaliza a ilha à navegação.

Nos nossos tempos, as fronteiras de Trinidade e Tobago estão consolidadas e a salvo de rivais.

Piratas ainda infestam as águas ao largo. Atacam, sobretudo, pequenas embarcações desprevenidas.

Tobago e a Complexa História Colonial das Índias Ocidentais

Na longa era de colonização das índias Ocidentais, como tantas outras, estas partes das Caraíbas foram híper-disputadas.

Até mesmo por nações menos assíduas na corrida ao Novo Mundo, casos da Suécia e da Comunidade Polaca-Lituana.

Os diversos pretendentes europeus confrontaram-se com a resistência aguerrida dos indígenas Kalina que, não obstante, os espanhóis baseados em Hispaniola, conseguiam raptar e usar como mão-de-obra escrava.

Até 1628, os muitos indígenas que contornaram esse destino, evitaram todas as tentativas de ocupação de Tobago. Conseguiram-na, por fim, os holandeses.

Daí em diante, assim registou a História, a ilha mudou de nação mais de trinta vezes.

Os canhões que encontramos disseminados pelo agora complexo-museu, num ambiente tropical-luxuriante salpicado de palmeiras imperiais, serão já menos.

A par com o paiol que os municiava de pólvora e com a vizinha grande cisterna, testemunham o comprometimento dos britânicos, entre 1777 e 1779 em erguerem a fortaleza e se preservarem donos e senhores de Tobago.

Mesmo assim, decorridos apenas dois anos, os franceses reconquistaram a ilha e apoderaram-se do forte.

O já longo ping-pong de Tobago, entre franceses e britânicos prosseguiu.

Os Britânicos tomaram a ilha, de vez, em 1803. Ficaram até à declaração de independência de 1962.

Do zénite panorâmico do forte, apreciamos o ferry que assegura a ligação de Tobago à irmã Trinidade, deixar um rasto curvo no mar.

Vemos o cruzeiro hiperbólico ainda atracado e a fumegar sobre Scarborough.

Só não vemos sinal dos seus passageiros, em grande parte, norte-americanos, no Forte King George Heritage Park que continuámos a explorar.

De Volta a Scarborough

Meia-hora depois, com a lição de história do dia apreendida, regressamos ao quase nível do mar do extremo oeste de Tobago. Apontados a uma provável recompensa balnear.

Desta feita, descemos a Fort Street a pé. Cirandamos um pouco pelo centro de Scarborough. A cidade prova-se incaracterística, pouco ou nada fotogénica. Depressa vemos esgotar-se o interesse que lhe poderíamos encontrar.

Metemo-nos num autocarro. Atravessamos os bairros de Canaan e de Bon Accord, ambos acima do aeroporto principal da ilha e de uma zona dotada de pequenos resorts que uma beira-mar pouco apelativa nada fazia por merecer.

Naquele vadiar, prosseguimos por uma tal de Pigeon Point Road. Percorremos o litoral de Tobago virado a ocidente. Em termos de cenários tropicais, o caso depressa mudou de figura.

A Atarefada Swallows Beach de Tobago

A via torna-se íntima com uma sebe de coqueiros que, a espaços, nos desvenda o Mar das Caraíbas típico de dias solarengos. Tom de esmeralda, para lá de uma barreira de recife providencial, a tornar-se turquesa.

O areal aumenta.

Uma tal de Swallow Beach fervilha sob o sol inclemente e de um inesperado frenesim balnear. Nessa tarde, dezenas de famílias das redondezas por banham-se por ali.

Convivem entre barcos de pesca que servem de pouso a uma outra comunidade local, a dos pelicanos.

Nem todos os tobagenses repousam e se divertem.

Numa propriedade abarracada, uns poucos pescadores amanham e cortam peixes recém-pescados.

Dezenas de pelicanos conflituosos acompanham os seus movimentos, à espera das sobras com que os homens os prendam.

Progredimos para norte. Sem aviso, a península passa de aberta e popular a um domínio pago com cancelas à entrada.

E o Domínio Esplendoroso e Protegido do Pigeon Point

O litoral da Swallow Beach dava lugar ao famoso Pigeon Point de Tobago, à imagem do Fort King George, também ele convertido em Heritage Park.

Os coqueiros despontam, agora, de um relvado aparado. Duas placas afixadas no tronco de um deles indicam o espaço de estacionamento reservado a um casamento.

Passo a passo, percebemos porque se diz que o Pigeon Point acolhe as praias mais deslumbrantes de Tobago.

A razão do seu estatuto protegido e da tarifa de entrada.

A Pigeon Point Rd estende-se por entre os coqueiros. Volta a aproximar-se da beira-mar.

Em simultâneo, daquele que se tornou o lugar turístico imagem de marca de Tobago, o seu pontão dotado de telhado de colmo.

Detemo-nos na base. Apreciamos e a fotografamos as Caraíbas imaculadas em redor.

Dois rapazes saem da sombra do coqueiral. Propõem-nos que nos juntemos ao passeio seguinte de um barco glass bottom ali sediado.

Agradecemos, mas recusamos. Em vez, caminhamos praia acima. Até ao lugar exacto do Pigeon Point e para o lado de lá da península.

Um conjunto multinacional de banhistas, em boa parte forasteiros norte-americanos, britânicos e de outras partes da Europa, banham-se, dormitam, bronzeiam-se em distintos tons do Caribe.

Vão ao bar-restaurante “Renmars”.

Voltam com cervejas “Carib”, rum punches, mojitos e bebidas tropicais afins. Um núcleo particular de veraneantes emborca-as no bar, de olhos postos em partidas de futebol exibidas em TVs.

Tudo parece normal e pacífico. Como acontece, amiúde, nestes confins das velhas Índias Ocidentais, a realidade foi imposta por uns poucos poderosos, para privilégio de outros tantos.

Pigeon Point: a Génese Ornitológica

Crê-se que o nome Pigeon Point teve origem no início do século XIX. Por essa altura, cobria a península um mato tropical denso. Essa vegetação sobreviveu a sucessivos furações e tempestades.

Em, 1887, não resistiu aos planos coloniais de transformação numa plantação de coqueiros.

Assistiu o processo, um capataz, James Kirk de seu nome. Ora, Kirk também era um ávido ornitólogo, autor do guia “List of Birds of Tobago”. Num período prévio à desflorestação, constatou que grandes bandos de pombos selvagens por ali habitavam e nidificavam.

Com o tempo, o seu entusiasmo e testemunho deram origem ao baptismo.

À medida que as autoridades de Trinidad e Tobago viram a importância turística de Tobago intensificar-se, procuraram nacionalizar e gerir os lugares com maior potencial da ilha.

E a Polémica que Perdura

O Pigeon Point pertencia, desde 2005, a um conglomerado poderoso.

O governo viu-se obrigado a despender uma pequena fortuna (em redor de 15 milhões de euros) para o adquirir.

Por esse valor, a promessa foi cumprida e, como era devido, o Pigeon Point transformado em Heritage Park.

A controvérsia adveio e subsiste entre os habitantes, de, terminado esse processo, as autoridades terem imposto um preço à entrada na península, barrando o seu uso pela camada mais humilde da população de Scarborough que se passou a ver limitada à longa, mas quase sempre repleta de barcos de pesca, Swallow Beach.

Com o crepúsculo a insinuar-se, inauguramos um arrastado regresso à casa de Scarborough.

No pontão do Pigeon Point, já contra o fundo alaranjado do horizonte, o barco glass bottom voltava da sua derradeira navegação contemplativa.

Desembarcava passageiros encantados.

À Swallow Beach, por sua vez, retornavam barcos de pesca, carregados com o peixe que alimenta a cidade.

No meio das embarcações, banhistas persistentes prolongavam o repouso balnear.

A Swallow Beach mantinha uma água morna que, por enquanto, nem eles nem os incontáveis pelicanos, tinham que pagar.

Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço

Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Saba, Holanda

A Misteriosa Rainha Holandesa de Saba

Com meros 13km2, Saba passa despercebida até aos mais viajados. Aos poucos, acima e abaixo das suas incontáveis encostas, desvendamos esta Pequena Antilha luxuriante, confim tropical, tecto montanhoso e vulcânico da mais rasa nação europeia.
English Harbour, Antigua

Docas de Nelson: a Antiga Base Naval e Morada do Almirante

No século XVII, já os ingleses disputavam o controle das Caraíbas e do comércio do açúcar com os seus rivais coloniais, apoderaram-se da ilha de Antígua. Lá se depararam com uma enseada recortada a que chamaram English Harbour. Tornaram-na um porto estratégico que também abrigou o idolatrado oficial da marinha.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Willemstad, Curaçao

O Coração Multicultural de Curaçao

Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.
Aruba

Aruba: a Ilha no Lugar Certo

Crê-se que os nativos caquetío lhe chamavam oruba, ou “ilha bem situada”. Frustrados pela falta de ouro, os descobridores espanhóis trataram-na por “ilha inútil”. Ao percorrermos o seu cimo caribenho, percebemos o quanto o primeiro baptismo de Aruba sempre fez mais sentido.
Soufriére e Scotts Head, Dominica

A Vida que Pende da Ilha Caribenha da Natureza

Tem a fama da ilha mais selvagem das Caraíbas e, chegados ao seu fundo, continuamos a confirmá-lo. De Soufriére ao limiar habitado sul de Scotts Head, a Dominica mantém-se extrema e difícil de domar.
Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas

Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.
Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Rincon, Bonaire

O Recanto Pioneiro das Antilhas Holandesas

Pouco depois da chegada de Colombo às Américas, os castelhanos descobriram uma ilha caribenha a que chamaram Brasil. Receosos da ameaça pirata, esconderam a primeira povoação num vale. Decorrido um século, os holandeses apoderaram-se dessa ilha e rebaptizaram-na de Bonaire. Não apagaram o nome despretensioso da colónia precursora: Rincon.
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Arquitectura & Design
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Cerimónias e Festividades
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Victoria, capital, ilhas Seychelles, Mahé, Vida da Capital
Cidades
Victoria, Mahé, Seychelles

De “Estabelecimento” Francófono à Capital Crioula das Seychelles

Os franceses povoaram o seu “L’Établissement” com colonos europeus, africanos e indianos. Dois séculos depois, os rivais britânicos tomaram-lhes o arquipélago e rebaptizaram a cidade em honra da sua rainha Victoria. Quando a visitamos, a capital das Seychelles mantém-se tão multiétnica como diminuta.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Tabatô, Guiné Bissau, Balafons
Cultura
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Caiaquer no lago Sinclair, Cradle Mountain - Lake Sinclair National Park, Tasmania, Austrália
Em Viagem
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Étnico
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
História
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Ilha do Pico, Montanha Vulcão Açores, aos Pés do Atlântico
Ilhas
Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Playa Nogales, La Palma, Canárias
Natureza
La Palma, Canárias

A Isla Bonita das Canárias

Em 1986, Madonna Louise Ciccone lançou um êxito que popularizou a atracção exercida por uma isla imaginária. Ambergris Caye, no Belize, colheu proveitos. Do lado de cá do Atlântico, há muito que os palmeros assim veem a sua real e deslumbrante Canária.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Parques Naturais
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, arte urbana
Património Mundial UNESCO
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores

Heroína do Mar, de Nobre Povo, Cidade Valente e Imortal

Angra do Heroísmo é bem mais que a capital histórica dos Açores, da ilha Terceira e, em duas ocasiões, de Portugal. A 1500km do continente, conquistou um protagonismo na nacionalidade e independência portuguesa de que poucas outras cidades se podem vangloriar.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Varela Guiné Bissau, praia de Nhiquim
Praias
Varela, Guiné Bissau

Praia, derradeiro Litoral, até à Fronteira com o Senegal

Algo remota, de acesso desafiante, a aldeia pacata e piscatória de Varela compensa quem a alcança com a afabilidade da sua gente e com um dos litorais deslumbrantes, mas em risco, da Guiné Bissau.
Peregrinos no cimo, Monte Sinai, Egipto
Religião
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
religiosos militares, muro das lamentacoes, juramento bandeira IDF, Jerusalem, Israel
Sociedade
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Curieuse Island, Seychelles, tartarugas de Aldabra
Vida Selvagem
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.