Moscovo, Rússia

A Fortaleza Suprema da Rússia


Marechal Zhukov
Monumento a um dos generais considerados heróis da 2ª Guerra Mundial, da Rússia.
Vislumbre da Catedral de São Basílio
Transeuntes em silhueta em plena Praça Vermelha.
Lenine e Nicolau II
Figurantes de duas personagens incontornáveis da história da Rússia.
O Mausoléu de Lenine
Guarda protege a entrada em que jaz, embalsamado, Vladimir Lenin.
Paixão por Minsk
Casal abraçado junto ao monumento ao Soldado Desconhecido do Kremlin.
A Catedral
A grande Catedral Ortodoxa do Kremlin moscovita.
Catedral São Basílio vs Kremlin
Cores do anoitecer envolvem as torres do Kremlin e a Catedral de São Basílio.
A Catedral de São Basílio
O mais famoso templo ortodoxo de Moscovo, símbolo religioso da capital da Rússia.
Cúpulas Ortodoxas
"Coroas" ortodoxas de uma das catedrais do Kremlin.
De Guarda, na Praça Vermelha
Homem a postos na base das muralhas do Kremlin.
No Âmago do Kremlin
Ruela colorida da cidade fortificada de Moscovo.
À Beira do Lago do Jardim Alexandre
Transeuntes em redor de fonte do Jardim Alexandre, junto ao Kremlin.
Mais Torres de Encantar ainda
Torres do Kremlin e da Praça Vermelha.
O Jardim Alexandre
As cores garridas do Kremlin, acima do verde do Jardim Alexandre.
Pela Base da Fortaleza
Funcionários do Kremlin, ao longo de uma fachada repleta de arcos.
Kremlin acima do Rio Moscovo
Barco percorre o rio Moscovo, com o Kremlin iluminado em fundo.
Peregrinação na Praça Vermelha
Visitantes cruzam a Praça Vermelha, ao anoitecer.
Falso Louro
Jovens alouradas, de visita à Praça Vermelha.
Entre o Kremlin e o rio Moscovo
Torres do Kremlin, ao longo do Rio Moscovo.
O Museu Histórico do Estado
O grande edifício histórico à entrada da Praça Vermelha.
Foram muitos os kremlins erguidos, ao longos dos tempos, na vastidão do país dos czares. Nenhum se destaca, tão monumental como o da capital Moscovo, um centro histórico de despotismo e prepotência que, de Ivan o Terrível a Vladimir Putin, para melhor ou pior, ditou o destino da Rússia.

Era assim, até ao alastrar da pandemia à Rússia.

Quem regressava à superfície numa das estações de metro da Manege Square depressa se surpreendia com a animação e a excentricidade em redor. Pela primeira vez na vida, vimos casas de banho móveis decoradas com padrões floridos do folclore russo.

Passamos pela base da estátua equestre do marechal soviético, Georgy Zhukov, de quem o planeamento da defesa da União Soviética contra a Invasão Nazi fez um herói multi-condecorado.

Através dos arcos da Porta e Capela Ibérica, chegamos a vislumbrar, distantes, as cúpulas arabescas da Catedral de São Basílio.

Embrenhamo-nos na multidão que por ali flui. Sem que o esperássemos um grande urso pardo, de peluche, animado por um qualquer morador, tapa-nos o indício da iminente Praça Vermelha.

Instantes depois, um séquito de sacerdotes ortodoxos abre caminho e as portas do templo diminuto a uma comitiva de fiéis. A capela fica à pinha de crentes. De tal maneira que, enquanto, lá dentro, decorre a cerimónia que os reunia, dois padres enfiados em batinas negras, seguem-na do exterior.

Cruzamos os arcos para o domínio da praça. Do lado de lá, posicionados à porta da loja de arte e souvenirs Nasledie, dois guardas em uniformes históricos que nos parecem cossacos posam para a fotografia, de espadas cruzadas acima de uma família visitante, todos os membros com olhos amendoados típicos dos confins orientais da nação.

Nas imediações, os figurantes multiplicam-se.

Um faz de czar Nicolau II. Um outro de Lenine. Um terceiro de Estaline.

Num dos hiatos do seu negócio com os turistas, Nicolau II e Lenine entregam-se a uma cavaqueira que atraiçoa a história.

Passamos em frente à catedral de Nª Srª de Kazan, de que admiramos os sucessivos arcos de mísula, coroados por uma cúpula dourada solitária de que desponta uma cruz ortodoxa.

Monumental e elegante como a vemos, atordoa-nos descobrir que, se trata de uma reconstrução.

Mais inacreditável ainda, que a original foi mandada destruir, em 1936, por ordem expressa do secretário geral do Partido Comunista Soviético, Josef Stalin, georgiano de berço, não russo, devemos sublinhá-lo.

Cruzamos a rua Nikolskaya.

A Monumental Praça Vermelha de Moscovo

Do lado de lá, entramos, por fim, no espaço sagrado da Praça Vermelha, a vastidão de empedrado listado entre a base dos muros do Kremlin de Moscovo e o grande edifício e centro comercial GUM.

Confirmada a derrocada da URSS, passados os anos de caos e agrura económica e social da Mãe-Rússia, o atropelo do Comunismo pelo capitalismo inexorável ditou que a praça deixasse de servir apenas para paradas, comícios e comemorações político-militares afins.

Quando a percorremos, uma boa parte da sua área está ocupada por uma exposição de horticultura, com plantas e flores mantidas em pequenos vasos, dispostas por cores e formas.

Mal a montra termina, os organizadores oferecem-nas aos visitantes. Deparamo-nos, assim, com um frenesim de amantes da jardinagem a disputarem rebentos de bromélias, buganvíleas, orquídeas e outras.

Esta pilhagem autorizada auxilia a desmontagem do viveiro para o espectáculo nocturno que se segue, um concerto pop-rock seguido de fogo de artifício.

A orla oposta, a contígua ao Kremlin, permanece imune a tais confusões e comoções populares.

O Mausoléu de Lenine, Sepulcro dos Primórdios da URSS

É lá que jaz, desde 1930, embalsamado a pedido do povo, vizinho do Túmulo do Soldado Desconhecido, o fundador da URSS Vladimir Lenin.

Erguido em mármore negro e vermelho, tons do luto e do sangue, o mausoléu mantém um guarda armado quase imóvel e de olho em tudo.

Em especial, na fila de visitantes que aguardam para entrar, dependendo da afiliação ou simpatia, prestar a sua homenagem ou apenas observar o corpo conservado por truques da ciência, o sarcófago refrigerado e o interior lúgubre do edifício.

A importância histórica e política de Lenine justifica que a frente do mausoléu acolha, com frequência, palanques em que os líderes russos se dirigem ao povo. Nas suas mais de duas décadas de liderança, Vladimir Putin já lá discursou várias vezes.

Mas se Lenine, Putin e os sucessivos dirigentes soviéticos e russos pelo meio, marcam presença no mausoléu e na Praça Vermelha, o verdadeiro covil, o assento do seu poder, esconde-se atrás dos muros ameados que a delimitam.

As imagens que nos habituámos a ver do presidente Putin sentado com outros líderes mundiais, frente a frente, numa mesa inflacionada contribuíram para um imaginário difuso da outra Casa Branca, a do Leste.

O Grande Kremlin da Rússia, Assento do Poder da Nação

Pois, o salão em que Putin acolhe, com distância comparável à da sua Rússia face ao mundo, é apenas um – o fulcral – de dezenas dos cinco palácios e quatro catedrais ortodoxas que integram o centro político e religioso imenso (275.000 m2) de Moscovo.

O termo russo kremlin define uma fortaleza dentro de uma cidade. São centenas os kremlins disseminados na vastidão da Rússia, como o pudemos comprovar, sendo o de Rostov, um dos mais sumptuosos.

O de Moscovo, como agora o vemos, começou a ser delimitado na sua forma triangulada, por maçons italianos, entre 1485 e 1495. No mais de meio milénio com que conta, nem sempre se provou inexpugnável.

No início do século XVII, tomaram-no senhores de guerra polacos e lituanos.

Em 1812, em plena Campanha da Rússia, e em jeito de afirmação do poderio bélico francês, Napoleão Bonaparte arrasou seis das várias torres da fortaleza.

Expulso o Imperador Louco, em apenas sete anos, os russos restabeleceram a integridade do kremlin e, à margem do mero lar dos czares, a sua função de impressionar, de controlar e de oprimir, num primeiro nível, a Rússia e os russos, noutro, o mais possível do mundo.

Nessa mesma tarde, contornamos a Praça Vermelha e damos entrada no seu domínio. Ao contrário do que se possa pensar, em tempos de pré-pandemia e de normalidade político-militar russa, o kremlin mantinha-se, em boa parte, visitável e turístico.

Os forasteiros percorriam-no.

Oravam nas naves das suas igrejas.

A Presença Dominadora da Igreja Ortodoxa Russa

Incluindo as das grandiosas Catedrais da Anunciação e da Dormição com que a igreja ortodoxa procurou eternizar a sua aliança com o poder e a presença na fortaleza. São ambas encimadas por cúpulas douradas, espécies de mísseis de pretensa fé apontados ao céu.

Durante todo o período bolchevique e soviético (1918-1991), o Comunismo ateu sem escrúpulos instaurado pelos bolcheviques, sequestrou a Igreja Ortodoxa. Manteve-a à parte.

Sobretudo de 1991 em diante, com a anuência dos líderes pós-soviéticos, os sacerdotes depressa recuperaram a influência que tinham junto dos czares.

Vemos os visitantes admirarem o sino Kolokol III, quebrado durante o grande incêndio de 1737 e outros elementos e recantos arquitectónicos e históricos do Kremlin.

A vasta fatia não visitável da fortaleza traduz o reduto em que se engendra a política externa russa, em que Putin e os seus súbditos do governo da nação, Serviço Federal de Segurança incluído, congeminam as medidas necessárias, amiúde, maquiavélicas, a eternizar o poder do líder pseudo-eleito.

Prepotência e Paranóia, Moradores de Há Muito do Kremlin de Moscovo

Na Fortaleza Vermelha, a paranóia, aliada de sempre do despotismo, faz, há muito, companhia aos líderes russos e soviéticos.

Um dos seus primeiros moradores, o czar Ivan Valievich, Ivan IV, via em quem lhe aparecesse à frente um conspirador do seu fim.

Entre membros do governo, família e “amigos”, mandou eliminar centenas de russos. Levou à morte até o próprio filho, herdeiro do trono, que espancou com uma bengala de ferro. Sem surpresa, Ivan IV conquistou o cognome de “o Terrível”.

Em épocas de anteriores pandemias, incluindo a da não menos terrível Gripe Espanhola, Lenine refugiou-se na estanquidade do kremlin em que dotou os seus aposentos de uma câmara de desinfecção privada.

Estaline, o seu sucessor, refugiou-se no kremlin de incontáveis tentativas de assassínio, a maior parte delas imaginárias. Começou por proibir os seus camaradas comunistas de acederem à fortaleza.

A partir do kremlin, terminou a exilar centenas deles e milhares de cidadãos soviéticos nas prisões e campos de concentração do crescente “Arquipélago GULAG”, como lhe chamou Alexander Soljenítsin.

A Continuação da História Soviética-Russa, às Mãos de Vladimir Putin

Herdeiro todo-poderoso do kremlin, Putin também herdou os métodos e procedimentos despóticos dos czares e ditadores soviéticos.

Ditou, sem cerimónias, inúmeros aprisionamentos (por exemplo de Alexei Navalny), as condenações de opositores à morte, tenham sido por disparos ou através dos famosos chás envenenados químicos.

E a recente invasão sanguinária da Ucrânia, de que são de esperar desenvolvimentos ainda mais catastróficos.

Deste legado e presente soviético e russo despótico e desprezível continuam a despontar, elegantes e imponentes, as estruturas seculares da grande fortaleza moscovita e da Praça Vermelha.

No extremo oposto à Porta e Capela Ibérica por onde nos habituámos a entrar, a catedral de São Basílio mais parece pairar.

Trata-se, sem discussão, de um dos edifícios religiosos mais deslumbrantes do mundo, com as suas cúpulas em espirais de distintas cores, desenhadas como chamas de uma fogueira de fé, em crescendo.

Já sobre o anoitecer, cruzamos para a margem afastada do Moscovo.

A distância revela-nos um kremlin panorâmico, com o seu grande palácio e catedrais dourados pela luz artificial, reflectidos nas águas lisas do rio que um ferry repleto de estrangeiros maravilhados sulca.

Nos dias que correm, a Rússia de Putin perdeu o encanto que, apesar de tudo, ainda conservava.

São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
Novgorod, Rússia

A Avó Viking da Mãe Rússia

Durante quase todo o século que passou, as autoridades da U.R.S.S. omitiram parte das origens do povo russo. Mas a história não deixa lugar para dúvidas. Muito antes da ascensão e supremacia dos czares e dos sovietes, os primeiros colonos escandinavos fundaram, em Novgorod, a sua poderosa nação.
Fortalezas

O Mundo à Defesa - Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de "Crime e Castigo"

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Bolshoi Zayatsky, Rússia

Misteriosas Babilónias Russas

Um conjunto de labirintos pré-históricos espirais feitos de pedras decoram a ilha Bolshoi Zayatsky, parte do arquipélago Solovetsky. Desprovidos de explicações sobre quando foram erguidos ou do seu significado, os habitantes destes confins setentrionais da Europa, tratam-nos por vavilons.
Bolshoi Solovetsky, Rússia

Uma Celebração do Outono Russo da Vida

Na iminência do oceano Ártico, a meio de Setembro, a folhagem boreal resplandece de dourado. Acolhidos por cicerones generosos, louvamos os novos tempos humanos da grande ilha de Solovetsky, famosa por ter recebido o primeiro dos campos prisionais soviéticos Gulag.
Kronstadt, Rússia

O Outono da Ilha-Cidade Russa de Todas as Encruzilhadas

Fundada por Pedro o Grande, tornou-se o porto e base naval que protegem São Petersburgo e o norte da grande Rússia. Em Março de 1921, rebelou-se contra os Bolcheviques que apoiara na Revolução de Outubro. Neste Outubro que atravessamos, Kronstadt volta a cobrir-se do mesmo amarelo exuberante da incerteza.
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Sombra de sucesso
Cerimónias e Festividades
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
Victoria, capital, ilhas Seychelles, Mahé, Vida da Capital
Cidades
Victoria, Mahé, Seychelles

De “Estabelecimento” Francófono à Capital Crioula das Seychelles

Os franceses povoaram o seu “L’Établissement” com colonos europeus, africanos e indianos. Dois séculos depois, os rivais britânicos tomaram-lhes o arquipélago e rebaptizaram a cidade em honra da sua rainha Victoria. Quando a visitamos, a capital das Seychelles mantém-se tão multiétnica como diminuta.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Cultura
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Ponte de Ross, Tasmânia, Austrália
Em Viagem
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Étnico
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Champagne Beach, Espiritu Santo, Vanuatu
História
Espiritu Santo, Vanuatu

Divina Melanésia

Pedro Fernandes de Queirós pensava ter descoberto a Terra Australis. A colónia que propôs nunca se chegou a concretizar. Hoje, Espiritu Santo, a maior ilha de Vanuatu, é uma espécie de Éden.
Mirador de La Peña, El Hierro, Canárias, Espanha
Ilhas
El Hierro, Canárias

A Orla Vulcânica das Canárias e do Velho Mundo

Até Colombo ter chegado às Américas, El Hierro era vista como o limiar do mundo conhecido e, durante algum tempo, o Meridiano que o delimitava. Meio milénio depois, a derradeira ilha ocidental das Canárias fervilha de um vulcanismo exuberante.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Inverno Branco
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Mahé Ilhas das Seychelles, amigos da praia
Natureza
Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles

Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Vista do John Ford Point, Monument Valley, Nacao Navajo, Estados Unidos
Parques Naturais
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Robben Island Ilha, Apartheid, África do Sul, Pórtico
Património Mundial UNESCO
Robben Island, África do Sul

A Ilha ao Largo do Apartheid

Bartolomeu Dias foi o primeiro europeu a vislumbrar a Robben Island, aquando da sua travessia do Cabo das Tormentas. Com os séculos, os colonos transformaram-na em asilo e prisão. Nelson Mandela deixou-a em 1982, após dezoito anos de pena. Decorridos outros doze, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Praias
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Peregrinos no cimo, Monte Sinai, Egipto
Religião
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Graffiti deusa creepy, Haight Ashbury, Sao Francisco, EUA, Estados Unidos America
Sociedade
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Maria Jacarés, Pantanal Brasil
Vida Selvagem
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.