Lago Inle, Myanmar

A Deslumbrante Birmânia Lacustre


Sombras Azuis
Pescadores Intha em silhueta no Lago Inle
Aung One Man Show,
Aung One Man Show, Nyaungshwe, Myanmar
Equilíbrio Intha
Pescador Intha segura armação de pesca, Lago Inle
Moda chapéu de Palha
Mãe e Filha sobre ponte de Maing Thauk
Remador Solitário
Remador num canal quase à sombra do Lago Inle,
Estendal Providencial
Estendal numa palafita do Lago Inle
Vendedoras Pa-O
Vendedoras de etnia Pa-O num mercado de Maing Thauk, Lago Inle
Multifunções
Mãe tece com um bebé ao colo, em Maing Thauk
Shwe Inn Dein
Imensidão de Estupas de Shwe Inn Dein, Lago Inle
Pa-O Fumadora
Mulhera Pa-O Fumadora, Maing Thauk,
Palafitas a Dobrar
Casas Palafíticas do Lago Inle
Remadoras a Sério
Mulheres a remar no Lago Inle
Estupa de Ouro
Estupa de templo Kyaung Daw e Yadana Man Aung Su, Nyaungshwe
A Ponte de Maing Thauk
Ponte de Maing Thauk, no Lago Inle
A Caminho do Mosteiro
Criança protagonista de um Cortejo Shin Pyu, Nyaungshwe
Moradas Lacustres
Palafitas do Lago Inlé, Birmânia
Sorrisos Budistas
Jovens Monges, em Nyaungshwe
Canoa Sobrelotada
Mulheres a bordo de uma embarcação de madeira, Lago Inle
Pesos sobre os Ombros
Vendedores com cargas equilibradas, em Nyaungshwe
Crepúsculo Lacustre
Lago Inle sobre o anoitecer, Myanmar
Com uma área de 116km2, o Lago Inle é o segundo maior lago do Myanmar. É muito mais que isso. A diversidade étnica da sua população, a profusão de templos budistas e o exotismo da vida local, tornam-no um reduto incontornável do Sudeste Asiático.

Por essa altura, já o tínhamos bem presente.

A nova viagem em que nos metemos faz questão de o recordar. Partimos de Rangum sobre as três da tarde. A jornada para norte dura mais de 15 horas.

As primeiras seis, passadas num conforto aceitável. As restantes, a roçarem o infernal.

Às tantas, já bem depois de cruzarmos a capital birmanesa fantasma de Naypiydaw, o asfalto dá lugar a uma terra mal batida que enche o autocarro de poeira.

O desvio para as terras mais altas das Shan Hills submete-nos a um percurso sinuoso que o condutor enfrenta com fúria. À medida que a noite e a altitude se instalam, o primeiro frio que sentíamos no Myanmar alia-se à poeira. Arruinam-nos as gargantas em três tempos.

Por fim, em NyaungShwe, o Portal Urbano para o Lago Inle

Por volta das cinco da manhã, destroçados pela viagem de mais de quinze horas a partir de Rangum, damos entrada em NyaungShwe a povoação portal do vasto lago Inlé.

Procuramos por um tal de Remember Inn Hotel, pré-investigado no mais famoso guia para mochileiros. Apesar da hora madrugadora, a dona recordava-se de quando os autocarros chegavam do Sul, quase sempre com potenciais clientes a bordo. Pouco depois de nos instalarmos, serve-nos um pequeno-almoço providencial de panquecas com chá e café.

Dormimos até à uma da tarde. Recuperada parte das energias, saímos à descoberta de NyaungShwe.

Desprovida de um sério encanto arquitectónico, a povoação expandiu-se em função do grande lago, enquanto entreposto comercial que serve as aldeias e lugarejos em redor.

Com o advento do turismo, boa parte de NyaungShwe dedicou-se a acolher, a entreter e a apoiar os forasteiros no seu ensejo de explorarem Inle.

Ainda assim, com 190 mil habitantes em toda a área urbana, a vida local fervilha de eventos e acontecimentos que sustentam uma genuinidade recompensadora.

Shin Pyu, uma Cerimónia Budista de Iniciação

Ainda nos habituamos ao asfalto gasto das ruas quando nos surpreende um cortejo Shin Pyu, forma de iniciação dos jovens rapazes e raparigas à vida budista, celebração da sua entrada em mosteiros ou conventos, onde cabe aos monges e monjas raparem-lhe o cabelo.

Criança protagonista de um Cortejo Shin Pyu, Nyaungshwe

Um rapaz e uma rapariga seguem sobre cavalos decorados. Trajam vestes coloridas e sedosas.

Têm as faces e, em especial, as maçãs do rosto e os lábios, maquilhados e rosados.

Uns poucos elementos do cortejo seguram sombrinhas douradas que mantêm acima das cabeças coroadas dos protagonistas.

Precede este âmago do cortejo um grupo de ciclistas em tricicletas carregadas com sacas volumosas de arroz, de 50kg, ou mais.

No extremo oposto, em jeito de carro-vassoura, um tractor equipado de enormes colunas difunde música e a locução de uma animadora que, a espaços, exibe danças graciosas.

Cauda de um cortejo Shin Pyu, Nyaungshwe

O cortejo some-se.

Sem a música estridente, Niaungshwe recupera a tranquilidade vespertina. Aproveitamos o que a perseguição da cerimónia nos tinha feito percorrer.

Os Primeiros Templos e Pagodes Dourados, à Beira do Lago

Ainda no âmbito do Budismo, seguimos em busca do duo de templos Kyaung Daw e Yadana Man Aung Su, os mais importantes da cidade.

Templos Kyaung Daw e Yadana Man Aung Su, Nyaungshwe, Myanmar

Os Templos Kyaung Daw e Yadana Man Aung Su, em Nyaungshwe

Um enorme pagode dourado destacado acima do casario, ajuda-nos a encontrá-los.

No interior de um dos templos, três jovens noviços cruzam um pátio polido com marmitas cromadas a reluzirem contra os hábitos grenás.

Jovens monges seguram marmitas num templo de Nyaungshwe

Prostrado aos pés de uma estátua de Buda, um monge ancião dá por encerrada as suas preces.

Abre um chapéu de chuva e prepara-se para enfrentar o sol tropical. Sabíamos que, apesar de centrais, aqueles eram meros dois templos budistas de uma profusão em redor.

Abreviamos, assim, o tempo que lhes dedicamos em função de preparamos as incursões ao lago Inle. Mas não só.

As Marionetas Tradicionais do One Man Show Aung

Pelas sete da noite, entregamo-nos de corpo e alma, ao One Man Show Aung, conduzido por um marionetista de quarta geração, licenciado naquela arte, pelo estado birmanês, desde 1985.

Aung One Man Show, Nyaungshwe

Aung, um irmão e um tio, criam bonecos e cenários de aguarela inspirados nos circundantes.

Pautados por uma música folclórica estridente, os movimentos dos bonecos e os enredos geram uma animação dependurada que nos deslumbra. Haveríamos de assistir a outras pelo Myanmar fora. Nenhuma preservava a autenticidade do espectáculo de Aung.

Jantamos ali por perto. O cansaço da viagem de Rangum ressuscita.

Regressamos à pousada Remember Inn com planos de ainda fazermos isto e aquilo. Sem aviso, um apagão deixa NyaungShwe às escuras. Era o que precisávamos para nos rendermos de vez ao sono.

Lago Inle: a Incursão Inaugural

Tínhamos combinado zarpar para o lago pelas 6h30 da manhã. De acordo, a dona da pousada prenda-nos um pequeno-almoço empacotado.

No caminho para o embarcadouro, cruzamo-nos com uma fila indiana de monges recém-iniciados. Recolhiam, para as suas marmitas, o arroz da manhã que lhes ofereciam mulheres budistas.

Subimos a bordo de um barco de madeira, a motor. Um canal conduz-nos à imensidão do lago.

Pescadores Intha em silhueta no Lago Inle

Quando nele entramos, ainda paira uma névoa matinal densa.

O Exotismo Equilibrista dos Pescadores Intha

É contra essa névoa que detectamos as personagens de marca da região, os seus pescadores de etnia Intha.

Os Intha são habitantes de palafitas, famosos por pescarem sobre uma ponta dos seus barcos, de armações de bambu e rede presas entre uma mão e um pé.

A outra mão, a segurar uma vara para equilíbrio e, quando necessário, o pé sobrante usado para remar.

Pescador Intha segura armação de pesca, Lago Inle

Por mais fotogénico que pareça, o modo de pescar intha tem uma razão lógica e secular de ser.

O lago Inle está pejado de peixe, ainda mais de vegetação aquática.

Ora, há muito que os Intha aprenderam que só percebiam onde os peixes se abrigavam se se locomovessem de pé, em vez de remarem sentados.

Pescador Intha protegido do sol com uma máscara Tanaka, Lago Inle

Num jeito simbiótico, outros moradores encontraram utilidade na recolha das algas que, com a generalização do uso dos fertilizantes com fosfato e à agricultura de jardins flutuantes, se tornaram excessivas.

Em Busca do Mercado do dia de Inle

Prosseguimos rumo à povoação do lago que acolhia o mercado do dia, um dos cinco realizados de 2ª a 6ª feira.

Remador num canal quase à sombra do Lago Inle

Sendo Sexta, o privilégio pertencia a Maing Thauk.

Pelo caminho, o barqueiro navega por canais que separam verdadeiros bairros de palafitas geminadas e elaboradas, algumas, com dois pisos e, como as víamos na ausência de vento, desafogadas a dobrar.

A superfície escura do lago reflectia-as na perfeição.

Casas Palafíticas do Lago Inle

Chegamos a Maing Thauk.

Deambulamos entre os vegetais e frutas expostas sobre bancas e no chão.

Vendedoras no mercado de Maing Thauk

Boa parte das vendedoras são de etnia Pa-O, uma das que partilham o lago com os predominantes Intha mas também com os Shan, os Taungyo, os Danu, os Kayah, os Danaw e os Bamar.

Identificamos as mulheres Pa-O com facilidade.

Quase todas se vestem de negro, com excepção para os lenços garridos em que envolvem os cabelos e que combinam com as máscaras solares faciais tanaka.

Vendedoras de etnia Pa-O num mercado de Maing Thauk

No mercado de Maing Thauk deixamo-nos também levar pelos sucessivos convites de comerciantes de prataria, de tecelagem e outros para apreciarmos o seu artesanato.

Cirandamos entre oficinas e teares.

Mãe tece com um bebé ao colo, em Maing Thauk

Distrai-nos desse entretém a azáfama de uma venda de noz de areca, um vício mascável há muito disseminado por estas partes do Mundo.

De Maing Thauk, rumo ao Sul do Lago Inle

Do mercado, caminhamos para o interior, por uma ponte-passadiço de madeira, comparável à mundialmente famosa ponte de U-Bein, mas não muito.

Ponte de Maing Thauk, no Lago Inle

Procuramos o mosteiro homónimo da aldeia, situado numa colina e com vista panorâmica sobre o norte do lago, Maing Thauk na sua margem e, na oposta, o mosteiro de Lin Kin.

Após o regresso à margem, navegamos rumo ao fundo sul do lago. Fazemos escala no pagode dourado e monumental de Phaung Daw O.

Continuamos para Nga Phe Chaung. Erguido em madeira, há mais de duzentos anos, Nga Phe Chaung é considerado o mosteiro mais antigo e o mais amplo em redor do lago.

É famoso, sobretudo, por abrigar uma estranha convivência de gatos com os monges residentes.

Monges acabados de desembarcar, Lago Inle

Por esta altura, tínhamos coberto uma parte considerável do lago.

Sabíamos, todavia, que outra, tão ou mais ampla, se mantinha inexplorada. Decidimos multiplicar a fórmula. Na manhã seguinte, passeamo-nos numa bicicleta predestinada a furar.

Uma Agradável Paragem Forçada

 

Até chegarmos a Maine Tauk, são dois que nos atormentam.

A meio do dia, fartamo-nos de tão pouco pedalar. Metemo-nos num barco destinado a Khaun Daing, na margem oposta.

Remadores Intha num canal do Lago Inlé

Shwe Inn Dein e a sua Floresta Budista de Estupas

Daqui, completamos o percurso, por terra, até ao complexo budista de Shwe Inn Dein, um dos mais distantes de NyungShwe, merecedor do esforço de lá chegar.

Dois templos erguidos sobre promontórios destacam-se de uma planície arbustada.

Ascendemos a um deles. Do seu cimo, à distância, vislumbramos as estupas douradas do outro.

Entre ambos, numa inesperada amálgama budista despontavam centenas de estupas menores, erguidas ao longo do tempo pelos fiéis.

Imensidão de Estupas de Shwe Inn Dein, Lago Inle

Umas, mais antigas e desgastadas, exibiam o tom ocre dos tijolos e barro de que eram feitas.

Outras, a pintura branca gasta pelo sol que os cobria.

Estupas brancas de Shwe Inn Dein, Lago Inle

Outras ainda, preservavam uma cobertura de folha de ouro que atestava a prosperidade dos crentes que as haviam encomendado.

Agrupadas e destacadas do verde predominante, formavam um cenário distinto de tudo o que até então tínhamos testemunhado no Myanmar.

Viríamos a encontrar algo comparável na planície de Bagan, às margens do rio Irrawadi.

Vastidão ervada e ensopada do Lago Inle

Começa a anoitecer.

O guia conduz-nos a uma outra estupa, isolada num ponto elevado que nos afiançava ter das melhores vistas da região.

O ocaso desenrolava-se nas nossas costas.

Virados para oriente, apreciamos como o sumiço do Sol arroxeava o casario entre o sopé da vertente e a margem imediata. Como a cordilheira que se elevava a partir da oposta resistia azulada.

Como o lago Inle voltava a irradiar um misto de grandeza e beleza com o seu quê de sagrado.

Lago Inle sobre o anoitecer

Yangon, Myanmar

A Grande Capital da Birmânia (Delírios da Junta Militar à Parte)

Em 2005, o governo ditatorial do Myanmar inaugurou uma nova capital bizarra e quase deserta. A vida exótica e cosmopolita mantém-se intacta, em Yangon, a maior e mais fascinante cidade birmanesa.
Lago Inlé, Myanmar

Uma Agradável Paragem Forçada

No segundo dos furos que temos durante um passeio em redor do lago Inlé, esperamos que nos tragam a bicicleta com o pneu remendado. Na loja de estrada que nos acolhe e ajuda, o dia-a-dia não pára.
Ponte u-BeinMyanmar

O Crepúsculo da Ponte da Vida

Com 1.2 km, a ponte de madeira mais antiga e mais longa do mundo permite aos birmaneses de Amarapura viver o lago Taungthaman. Mas 160 anos após a sua construção, U Bein está no seu crepúsculo.
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Monte Kyaiktiyo, Myanmar

A Rocha Dourada e em Equilíbrio de Buda

Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
Bago, Myanmar

Viagem a Bago. E ao Reino Português de Pegu

Determinados e oportunistas, dois aventureiros portugueses tornaram-se reis do reino de Pegu. A sua dinastia só durou de 1600 a 1613. Ficou para a história.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

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Praia
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
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Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
Arquitectura & Design
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Cortejo Ortodoxo
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
A Casa Oswald Hoffman, património arquitectónico de Inhambane.
Cidades
Inhambane, Moçambique

A Capital Vigente de uma Terra de Boa Gente

Ficou para a história que um acolhimento generoso assim fez Vasco da Gama elogiar a região. De 1731 em diante, os portugueses desenvolveram Inhambane, até 1975, ano em que a legaram aos moçambicanos. A cidade mantém-se o cerne urbano e histórico de uma das províncias mais reverenciadas de Moçambique.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Djerbahood, Erriadh, Djerba, Espelho
Cultura
Erriadh, Djerba, Tunísia

Uma Aldeia Feita Galeria de Arte Fugaz

Em 2014, uma povoação djerbiana milenar acolheu 250 pinturas murais realizadas por 150 artistas de 34 países. As paredes de cal, o sol intenso e os ventos carregados de areia do Saara erodem as obras de arte. A metamorfose de Erriadh em Djerbahood renova-se e continua a deslumbrar.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
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Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Vanuatu, Cruzeiro em Wala
Étnico
Wala, Vanuatu

Cruzeiro à Vista, a Feira Assenta Arraiais

Em grande parte de Vanuatu, os dias de “bons selvagens” da população ficaram para trás. Em tempos incompreendido e negligenciado, o dinheiro ganhou valor. E quando os grandes navios com turistas chegam ao largo de Malekuka, os nativos concentram-se em Wala e em facturar.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Peregrinos no cimo, Monte Sinai, Egipto
História
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
Torshavn, Ilhas Faroe, remo
Ilhas
Tórshavn, Ilhas Faroé

O Porto Faroês de Thor

É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
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Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
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O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
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Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do “Pequeno Tibete Português” às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
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Outono no Cáucaso

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Camiguin, Filipinas

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Hipopótamo exibe as presas, entre outros
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O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Verificação da correspondência
Personagens
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Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
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Passaram 18 anos desde que nos deslumbrámos com este que é um dos litorais abençoados da Costa Rica. Há apenas dois meses, reencontrámo-lo. Tão aconchegante como o  tínhamos conhecido.
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