Lombok, Indonésia

Lombok: Hinduísmo Balinês Numa Ilha do Islão


De saída
Fiel desce de um santuário do templo Batu Bolong.
Fé em família
Famíia Mindra sobrevoada por centenas de libelinhas no santuário Batu Bolong, nos arredores de Senggigi.
Irmãs Pagodas
Pagodas hinduistas-balinesas no templo Pura Meru de Mataram, capital de Lombok.
Escrituras do templo
Sacerdote consulta um livro sob o olhar de uma estátua do templo Pura Meru
Oferendas à cabeça
Mulher carrega sobre a cabeça um tabuleiro com oferendas para uma cerimónia hinduista balinesa da sua família
Batu Bolong vs Gunung Agung
Silhuetas do templo Batu Bolong e à distância, a do vulcão Gunung Agung, no leste de Bali.
O Guardião II
Um religioso, sacerdote do templo Pura Meru de Mataram.
O Guardião
Sacerdote à porta de um santuário do templo hindu Pura Meru, de Mataram.
Oração familiar
Mindras oram aos Deuses hindus-balineses, no templo Batu Bolong.
Os Mindra
Família Mindra reunida no templo Batu Bolong
Família no Templo Batu Bolong
Família Mindra sobe a uma plataforma rochosa do templo Batu Bolong.
A pré-cerimónia
Senhora Mindra prepara a cerimónia que a família está prestes a protagonizar
Mais oferendas
Senhor Mindra segura um cesto com oferendas.
Cestinho oferenda
Cesto tradicional de oferenda do hinduísmo balinês
Sorriso hinduista fácil
Crente hinduista balinês.
A fundação da Indonésia assentou na crença num Deus único. Este princípio ambíguo sempre gerou polémica entre nacionalistas e islamistas mas, em Lombok, os balineses levam a liberdade de culto a peito

Bali soava a destino merecedor mas demasiado explorado. Lombok chamava por nós. Em viagem pelo sudeste asiático havia já algum tempo, precisávamos de uma calma revigorante que a ilha vizinha da província de Nusa Tenggara augurava.

Bastou um voo curto com aterragem em Mataram, capital da sua ilha mais ocidental para nos mudarmos. Umas poucas horas de descanso depois, já estávamos entregues à descoberta de Lombok.

“Onde é que vão? “Quais são os vossos planos?” Posso ajudar-vos?”. Em cada saída do hotel quase vazio, somos abordados por “agentes” turísticos e pretensos guias que, em nítido desespero financeiro, tudo fazem para nos vender os seus serviços.

A Exploração Motorizada de Lombok

Precisamos apenas de uma motoreta e dois capacetes que nos entregam em três tempos a preços que, apesar de se contarem em milhares de rupias, eram tão baixos que não justificam que regateássemos.

Aproveitamos de imediato a liberdade concedida pela scooter. Escapamo-nos para o litoral tropical e recortado da ilha. Curva atrás de curva, seguimos a meia-encosta e cruzamo-nos com camponeses de chapéus cónicos que conduzem cabras e vacas através dos campos verdejantes na beira do asfalto.

Ao nível do mar, vemos pescadores a bordo de pequenos perahus (barcos artesanais) junto às suas aldeias estendidas sobre os areais.

Constatamos que abundam praias perfeitas, em Lombok. Com recurso a um mapa básico, apuramos os seus nomes.

Na costa noroeste, entre Senggigi e Pemenang destacavam-se a Malimbu e a Mangsit. Mais para norte, a de Sira e, ao lado, a Medana. Encontramo-las desertas. Intrigam-nos os reais motivos de tanto desperdício.

Em conversa com outros forasteiros, concluímos que em termos turísticos, Lombok era então, a Bali de há vinte anos atrás.

Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, sacerdote no templo Pura Meru

Sacerdote à porta de um santuário do templo hindu Pura Meru, de Mataram.

À medida que exploramos mais da ilha, apercebemo-nos de como se preservou genuína, protegida por uma população, ao contrário da de Bali na sua maioria muçulmana e tradicionalista que inibe alguns comportamentos ocidentais “pagãos” , caso das vestes diminutas próprias da inactividade balnear.

A Maioria Muçulmana Sasak e a Minoria Balinesa Hindu

Actualmente, a etnia islâmica Sasak perfaz 90% da população. Os balineses hindus preenchem os restantes 10%. Estes, destacam-se da multidão e são por ela respeitados.

Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, família no templo Batu Bolong

Família Mindra reunida no templo Batu Bolong

À imagem das restantes cidades e povoações menores da ilha, Senggigi – a mais turística – desperta ao chamamento do “Allah hu Akbar” madrugador cantado pelos muezins. Rege-se pelos quatro apelos seguintes.

Isso não impede que, ao mesmo tempo, no Pura (templo) Batu Bolong, a família Mindra, trajada a preceito de sash (lenço) e sarong coloridos leve a cabo os rituais elegantes do hinduísmo balinês.

Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, templo Batu Bolong

Família Mindra sobe a uma plataforma rochosa do templo Batu Bolong.

O Fascinante Ritual Hindu da Família Mindra

Passam pelo candi bentar (pórtico da divisão) carregados com um cesto com fruta, flores e doces que colocam sobre o altar de pedra. Rezam no primeiro santuário e avançam em direcção ao mar. Logo, atravessam novo candi bentar para aceder ao segundo santuário.

Crente hinduísmo Balinesa com tabuleiro de oferendas Lombok, Indonésia

Mulher carrega sobre a cabeça um tabuleiro com oferendas para uma cerimónia hinduista balinesa da sua família

Ali, antes de passarem à sua purificação com água, deixam outra oferenda ao lado de duas pequenas torres vermelhas, protegidas por nagas e três estátuas de kalas.

Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, família Mindra no templo Batu Bolong

Famíia Mindra sobrevoada por centenas de libelinhas no santuário Batu Bolong, nos arredores de Senggigi.

Os kalas são os demónios feios e barrigudos do tempo, devoradores insaciáveis de tudo e de todos que os balineses tentam apaziguar, ainda mais com a chegada da lua cheia ou da lua nova que acreditam influenciar a mente humana e ser geradora de agressividade.

Este ritual processa-se depois do pôr-do-sol, durante o instalar do lusco-fusco. Os balineses acreditam que é nessa altura que os demónios kala andam à procura de comida.

Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, família no templo Batu Bolong

Mindras oram aos Deuses hindus-balineses, no templo Batu Bolong.

O hinduísmo balinês dista mais do indiano que Lombok da Índia. Como os hindus do sub-continente, os balineses crêem na trindade Brahma, Shiva e Vishnu.

Mas acreditam também num deus supremo, Acintya ou Sanghyang Widi Wasa que não pode ser pensado, concebido ou imaginado e que, de acordo, só muito raramente é venerado.

Crente do Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia

Fiel desce de um santuário do templo Batu Bolong.

Ao contrário do que acontece na Índia, em que proliferam imagens quase livres e invariavelmente garridas destes deuses, em Lombok, como em Bali, a trindade nunca é vista.

Os Refúgios do Hinduísmo Indonésio de Bali e Lombok

A génese da cultura e religião balinesas está na era Majapahit, um reino de influência indiana que, de 1293 a 1500, dominou várias ilhas indonésias e a península malaia.

Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, família Mindra no templo Batu Bolong

Pagodas hinduistas-balinesas no templo Pura Meru de Mataram, capital de Lombok.,jj

Este reino acabou por ter que se refugiar da invasão dos Sultanatos de Malaca e Demak. Encontrou abrigo em Bali, ao largo da grande ilha de Java.

Uma das crenças pré-Majapahit que os balineses preservaram foi o kaja, a orientação dos templos de frente para montanhas, o mar ou o nascer do sol, em deferência aos seus espíritos animistas.

É por respeito a esta crença que o ritual da família Mindra se faz sob a supervisão longínqua e sagrada do Gunung Agung, o maior vulcão de Bali.

Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, templo Batu Bolong, vulcão Agung em fundo

Silhuetas do templo Batu Bolong e à distância, a do vulcão Gunung Agung, no leste de Bali.

A sua fé tem, neles, efeitos óbvios que caracterizam os crentes balineses. A tranquilidade de espírito que partilham é incomum e sente-se, como a disponibilidade e a simpatia.

Partilham um discurso em inglês quase fluente que é altivo mas, ao mesmo tempo, humilde. E combinam as falas elegantes com sorrisos naturais contagiantes.

Crente do Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia

Senhor Mindra segura um cesto com oferendas características do Hinduísmo Balinês

Bastam algumas palavras para nos autorizarem a fotografar um momento que é íntimo. Malgrado não resistirmos a abusar em nome da fotografia, nem por uma vez perdem a compostura ou sequer a paciência.

Ao invés, ignoram-nos o mais que podem. Sem pressas ou sinais de ansiedade, completam as suas preces e oferendas.

Crente do Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia

Senhora Mindra prepara a cerimónia que a família está prestes a protagonizar

As Forças do Bem e do Mal do Hinduísmo Balinês

Nem sempre a expressão do hinduísmo balinês resulta em auto-controlo. Entre os seu cerimoniais contam-se exibições de dramas dançados em noites de lua cheia como a eterna batalha entre o bem e o mal.

São respectivamente representados pelo leão ou dragão Barong e pela viúva bruxa Rangda. Os seus actores entram em transe. Por acção de Rangda, tentam ferir-se com punhais. Protege-os Barong.

Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, sacerdote no templo Pura Meru

Sacerdote consulta um livro sob o olhar de uma estátua do templo Pura Meru

Em Bali, as exibições do hinduísmo balinês são sempre sagradas. Ainda assim, são levadas a cabo versões comerciais que ajudam a promover o turismo.

Já em Lombok, continuam a realizar-se quase só por motivos religiosos. Têm a sua maior expressão na parada Ogoh Ogoh, com lugar na capital Mataram, no dia anterior ao feriado Nyepi – pôr do sol de 15 de Março a pôr do sol de 16 de Março.

É este o dia do silêncio e do retiro que marca o início do novo ano hindu. E do hinduismo balinês.

O de Bali e o da vizinha Lombok.

Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
PN Bromo Tengger Semeru, Indonésia

O Mar Vulcânico de Java

A gigantesca caldeira de Tengger eleva-se a 2000m no âmago de uma vastidão arenosa do leste de Java. Dela se projectam o monte supremo desta ilha indonésia, o Semeru, e vários outros vulcões. Da fertilidade e clemência deste cenário tão sublime quanto dantesco prospera uma das poucas comunidades hindus que resistiram ao predomínio muçulmano em redor.
Ilha Moyo, Indonésia

Moyo: Uma Ilha Indonésia Só Para Alguns

Poucas pessoas conhecem ou tiveram o privilégio de explorar a reserva natural de Moyo. Uma delas foi a princesa Diana que, em 1993, nela se refugiou da opressão mediática que a viria a vitimar.
Lombok, Indonésia

Lombok. O Mar de Bali Merece uma Sonda Assim

Há muito encobertos pela fama da ilha vizinha, os cenários exóticos de Lombok continuam por revelar, sob a protecção sagrada do guardião Gunung Rinjani, o segundo maior vulcão da Indonésia.
Ilhas Gili, Indonésia

Gili: as Ilhas da Indonésia que o Mundo Trata por "Ilhas"

São tão humildes que ficaram conhecidas pelo termo bahasa que significa apenas ilhas. Apesar de discretas, as Gili tornaram-se o refúgio predilecto dos viajantes que passam por Lombok ou Bali.
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Uma Cidade Perdida e Achada
Arquitectura & Design
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Danca dragao, Moon Festival, Chinatown-Sao Francisco-Estados Unidos da America
Cerimónias e Festividades
São Francisco, E.U.A.

Com a Cabeça na Lua

Chega a Setembro e os chineses de todo o mundo celebram as colheitas, a abundância e a união. A enorme sino-comunidade de São Francisco entrega-se de corpo e alma ao maior Festival da Lua californiano.
Selfie, Hida do Japão Antigo e Medieval
Cidades
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Maiko durante espectaculo cultural em Nara, Geisha, Nara, Japao
Cultura
Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Em Viagem
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Moa numa praia de Rapa Nui/Ilha da Páscoa
Étnico
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Pescadores em canoas, rio Volta, Gana
História
Volta, Gana

Uma Volta pelo Volta

Em tempos coloniais, a grande região africana do Volta foi alemã, britânica e francesa. Hoje, a área a leste deste rio majestoso da África Ocidental e do lago em que se espraia forma uma província homónima. E um recanto montanhoso, luxuriante e deslumbrante do Gana.
Fajãzinha, Ilha das Flores
Ilhas
Ilha das Flores, Açores

Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil, cachoeira Véu de Noiva
Natureza
Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil

No Coração Ardente da América do Sul

Foi só em 1909 que o centro geodésico sul-americano foi apurado por Cândido Rondon, um marechal brasileiro. Hoje, fica na cidade de Cuiabá. Tem nas imediações, os cenários deslumbrantes mas demasiado combustíveis da Chapada dos Guimarães.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Vila Velha Paraná, Rota do Tropeirismo do Paraná
Parques Naturais
Parque Vila Velha a Castro, Paraná

Na Rota do Tropeirismo do Paraná

Entre Ponta Grossa e Castro, viajamos nos Campos Gerais do Paraná e ao longo da sua história. Pelo passado dos colonos e tropeiros que colocaram a região no mapa. Até ao dos imigrantes neerlandeses que, em tempos mais recentes e, entre tantos outros, enriqueceram o sortido étnico deste estado brasileiro.
Sigiriya capital fortaleza: de regresso a casa
Património Mundial UNESCO
Sigiriya, Sri Lanka

A Capital Fortaleza de um Rei Parricida

Kashyapa I chegou ao poder após emparedar o monarca seu pai. Receoso de um provável ataque do irmão herdeiro do trono, mudou a principal cidade do reino para o cimo de um pico de granito. Hoje, o seu excêntrico refúgio está mais acessível que nunca e permitiu-nos explorar o enredo maquiavélico deste drama cingalês.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Tobago, Pigeon Point, Scarborough, pontão
Praias
Scarborough a Pigeon Point, Tobago

À Descoberta da Tobago Capital

Das alturas amuralhadas do Forte King George, ao limiar de Pigeon Point, o sudoeste de Tobago em redor da capital Scarborough, revela-nos uns trópicos controversos sem igual.
igreja, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico
Religião
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval
Sociedade
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Curieuse Island, Seychelles, tartarugas de Aldabra
Vida Selvagem
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.