San Ignácio Mini, Argentina

As Missões Jesuíticas Impossíveis de San Ignácio Mini


Verdes missões
Vista para o jardim de San Ignácio Mini.
Trabalho na selva de Misiones
Capataz de uma quinta na selva em redor de El Soberbio.
Quedas sem fim
Sequência de quedas de água superiores do lado argentino das cataratas de Iguaçu, em que os missionários jesuitas também operaram.
Céu de tijolo
Janela revela o céu azulão sobre a província argentina de Misiones
Ilustração das velhas missões
Pintura recupera o que terá sido a vida na missão de San Ignácio Mini
Aula de história
Grupo aprende a história da missão de San Ignácio Mini à sombra de uma árvore.
Fuste e Capitel
Coluna de uma igreja em ruínas de San Ignácio Mini. Fuste e capitel
Hora do mate
Nativa de Misiones bebe chá mate.
Camponês & Cabra
Campones de Misiones conduz uma carroça.
Fachadas
Fachada danificada de um dos maiores edifícios de San Ignácio Mini.
San Ignácio Mini
A figura de San Ignácio, mentor da ordem jesuíta, à entrada das ruínas baptizadas em sua honra.
Frontão
O frontão de um dos edifícios de San Ignácio Mini. Barroco Jesuita
No séc. XVIII, os jesuítas expandiam um domínio religioso no coração da América do Sul em que convertiam os indígenas guarani em missões jesuíticas. Mas as Coroas Ibéricas arruinaram a utopia tropical da Companhia de Jesus.

Andamos pela região entre os rios Paraná e Uruguai a que, por afinidade à dupla fluvial do Crescente Fértil, os colonos baptizaram de Mesopotâmia Argentina.

Fartos de esperar pelo autocarro que nunca mais aparece. Desconfortáveis devido ao frio Invernal que invadia o Cone Sul da América do Sul, apanhamos um outro autocarro qualquer e avançamos até à estação de camionagem que se seguia. Ali, voltamos a comprar passagens para uma viagem que tinha tudo para demorar.

Escurece a olhos vistos. Refugiamo-nos no único café aberto. Pedimos chocolate quente ou algo que nos aconchegue. “Desculpem mas já estamos a fechar. Podem sentar-se mais um bocado mas não temos nada disso.” afiança o dono, entregue a limpezas.

Em desespero, perguntamos se nos serve chá mate, que andávamos para provar fazia algum tempo. “Já não tenho água a ferver.” Responde-nos sem pejo. “Querem tereré??” Esquecemos a necessidade de reaquecer. Em vez, cedemos ao repto de outra das bebidas incontornáveis daquelas paragens.

Chá Nate, Argentina

Nativa de Misiones bebe chá mate.

O Ritual Estimulante da Erva-Mate

Ao jeito de crianças que experimentam cerveja pela primeira vez, desiludem-nos o travo amargo, as folhas grandes a boiar e a temperatura frouxa da bebida.

Sabemos, no entanto, que estamos a saborear parte da história e da cultura da região. Estimulamo-nos a insistir. Por alguma razão haveriam tantos argentinos e uruguaios, entre outros, viajar com termos debaixo do braço e guampas (bombas) por esse mundo fora.

Isto, quando a infusão nem sequer foi criada pelos seus antepassados do Velho Mundo.

Crê-se que os indígenas guarani já consumiam erva mate muito antes da chegada dos primeiros conquistadores e missionários aos seus territórios. Os índios apresentaram o ka’a aos jesuítas. Estes, reconheceram de imediato o milagre da força e vigor concedidos pela cafeína presente nas folhas.

Foi apenas um dos muitos ensinamentos que os nativos lhes transmitiram. De acordo com o que era normal na época, os religiosos depressa assumiriam uma posição de supremacia no que viria a provar-se um longo e profícuo intercâmbio cultural.

Ilustracao, Missoes San Ignacio Mini, Argentina

Pintura recupera o que terá sido a vida na missão de San Ignácio Mini

A Conversão dos Guaranis nas Missões Jesuíticas

Por volta do século XVII, a Companhia de Jesus aperfeiçoou uma estratégia de controle das populações autóctones abençoada pelo rei Filipe III de Espanha. O método passava por reunir indígenas em missões para anular os seus hábitos de nomadismo e a sua estrutura política.

Simplificava-se, dessa maneira, por vezes sob auspício dos próprios caciques, a sua evangelização, administração e taxação.

O método começou por ser implementado na zona do actual Paraguai. Foi alargado a áreas da Bolívia, Brasil e ao mesmo extremo nordeste da Argentina que agora explorávamos.

Amanhece quando deixamos o transporte alternativo às portas de San Ignacio Miní, uma das 16 congregações que, a partir de 1607, os jesuítas fundaram em redor do Alto Paraná argentino.

A Chegada Madrugadora a San Ignácio Mini

Um edifício moderno adapta a estrutura de nave de igreja, abençoado pela figura de San Ignacio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, que parece supervisionar as intenções dos visitantes a partir de um nicho elevado sobre o centro do frontal.

Imagem de San Ignacio Mini, Argentina

A figura de San Ignácio, mentor da ordem jesuíta, à entrada das ruínas baptizadas em sua honra.

No interior, encontramos expostas pinturas que recuperam o que terão sido episódios da vida da congregação, com indígenas junto de quase catedrais. E jesuítas na companhia de militares.

Lá fora, damos com um relvado amplo resgatado à selva. Nele se dispõem as ruínas ocres que subsistiram ao passar do tempo, em redor dos resquícios de uma enorme igreja.

Missões San Ignácio Mini, Argentina

Fachada danificada de um dos maiores edifícios de San Ignácio Mini.

O Vasto Complexo das Ruínas Guaranis

Não resiste qualquer tecto dos edifícios erguidos em barroco guarani. Muitos dos aposentos foram reconstruídos e têm expostos fachadas e frontões trabalhados com um visual excêntrico de olaria eclesiástica.

Num deles, percebe-se o trigrama cristológico de Ihejus divulgado no século XIV pelo pregador São Bernardino de Sena, o símbolo IHS que Inácio de Loyola admirava e recuperou para a ordem.

Frontão Missões San Ignacio Mini, Argentina

O frontão de um dos edifícios de San Ignácio Mini. Barroco Jesuita

Do lado poente da igreja, surge ainda uma sequência de colunas. Uma delas foi engolida por uma figueira-da-Índia. Apuramos que lhe chamam a árvore com o coração de pedra.

É mais ou menos aquilo que os missionários jesuítas pensavam dos arqui-rivais bandeirantes que os atacavam vindos de Leste, das terras costeiras do Império Português.

Roland Joffe, realizador franco-britânico foi um de vários interessados por este fascinante contexto histórico. Nos anos 80, criou um épico premiado com a Palma de Ouro, galardoado com um Óscar de melhor cinematografia e com lugar proeminente na memória cinéfila.

Mais tarde, já em Posadas, somos questionados por dois irmãos bem-dispostos e curiosos com as nossas origens. “Ah, são portugueses?? Vocês eram os maus, lembram-se?” A abordagem intriga-nos.

“A Missão”: O Épico da Sétima Arte que Narra a Epopeia das Missões

“Não se lembram de “A Missão” ?, do Rodrigo Mendoza?” (n.d.a: personagem representada por Robert de Niro). Vocês é que vinham cá para raptar os pobres indígenas.

Como se não bastasse, ainda destruíram as reduções!” continuam a satirizar com um à vontade que envergonha a mãe a seu lado mas nos diverte.

Quedas de agua de Iguacu, Argentina

Sequência de quedas de água superiores do lado argentino das cataratas de Iguaçu, em que os missionários jesuitas também operaram.

De acordo com o enredo filmado em redor das Cataratas do Iguaçu, os jesuítas tinham já convertido os nativos e continuavam a formá-los numa série de virtuosidades do Velho Mundo como a mestria musical e os dotes vocais, em grandes coros religiosos.

Com base em São Paulo, os bandeirantes desdenhavam estes progressos. Continuavam obcecados pelos lucros que os escravos lhes garantiam e aproveitavam o facto de algumas das missões ocuparem territórios portugueses ou dúbios para prosseguir com os seus ataques.

Os jesuítas reagiram. Mudaram algumas congregações para terras hispânicas. Com a permissão da Coroa Espanhola e o contributo dos índios guaranis, criaram milícias de defesa que derrotavam os bandeirantes.

Estabilizada a segurança, as missões desenvolveram uma organização social, laboral e militar impressionante que garantiu a auto-subsistência e produções de gado e de erva-mate que os jesuítas transformaram em proveitos.

Os seus exércitos tornaram-se poderosos. Ao ponto de anularem as pretensões expansionistas das forças portuguesas e os ataques de povos indígenas beligerantes. Também apoiaram a Coroa Hispânica contra as primeiras intenções independentistas da região.

Missoes, San Ignacio Mini, argentina

Grupo aprende a história da missão de San Ignácio Mini à sombra de uma árvore.

O Longo Toma Lá Dá Cá das Coroas Portuguesa e Espanhola

Malgrado a utilidade estratégica das Missões, Fernando VI, considerou prioritária a pacificação do conflito com os rivais ibéricos. Aceitou trocar a praça de Colónia del Sacramento (que tinha mudado várias vezes de lado desde a sua fundação e que os guaranis o tinham ajudado antes a conquistar) por cerca de 500.000 km² detidos pela Companhia de Jesus na bacia do Alto Uruguai.

Em 1750, o Tratado de Madrid oficializou esta permuta. Obrigou sete missões, estâncias pertencentes a outras cinco e quase 30.000 guaranis a aceitar a soberania dos  portugueses ou a mudar-se para Ocidente do rio.

Coluna das Missoes de San Ignacio Mini, Argentina

Coluna de uma igreja em ruínas de San Ignácio Mini. Fuste e capitel

Deu ainda origem à Guerra Guaranítica (1754-56) que opôs as forças jesuítas e indígenas às portuguesas e espanholas.

Nós, como, por certo, os irmãos de Posadas, ainda nos recordávamos das cenas épicas de “A Missão” que mostravam o Padre Mendoza arrependido, convertido a líder da resistência indígena.

Atado a uma cruz e, em queda numa das cataratas de Iguaçu, no desfecho de uma batalha que acelerou a mais que provável vitória das potências coloniais.

Também recuperamos com facilidade a banda sonora grandiosa que Ennio Morricone criou para musicar aquelas imagens.

E o Fim Trágico das Missões Jesuíticas

Em 1759, o Marquês de Pombal decidiu afastar os obstáculos ao seu absolutismo e expulsou a Companhia de Jesus de Portugal.

Oito anos depois, o rei Carlos III promulgou a Pragmática Sanción que decretou a sua expulsão dos territórios espanhóis e ditou o fim do projecto missionário na América do Sul.

Missoes San Ignacio Mini, Argentina

Janela revela o céu azulão sobre a província argentina de Misiones

Por essa altura, o governador hispânico de Montevideu terá entrado na Missão de San Miguel – uma das congregações que não conhecia – e exclamado com fúria: “E é este um dos povos que nos mandam entregar aos portugueses? Deve estar louca esta gente de Madrid!”.

Colónia de Sacramento nunca foi cedida aos espanhóis. Em 1761, durante a guerra dos Sete Anos que se seguiu, o Tratado de Madrid foi anulado pelo Tratado de El Pardo.

Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Colónia do Sacramento, Uruguai

Colónia do Sacramento: o Legado Uruguaio de um Vaivém Histórico

A fundação de Colónia do Sacramento pelos portugueses gerou conflitos recorrentes com os rivais hispânicos. Até 1828, esta praça fortificada, hoje sedativa, mudou de lado vezes sem conta.
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

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Em, 1886, Thomas Bridges, um órfão inglês levado pela família missionária adoptiva para os confins do hemisfério sul fundou a herdade anciã da Terra do Fogo. Bridges e os descendentes entregaram-se ao fim do mundo. Hoje, a sua Estancia Harberton é um deslumbrante monumento argentino à determinação e à resiliência humana.
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tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
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