Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio


Losangos Multimilionários
Casal prestes a deixar a loja hiper-chique da marca Prada, em Ayama.
Omotesando
Transeuntes passam em frente a uma montra do bairro sofisticado de Omotesando.
Outra moda
Adolescente com visual gótico e andrógeno em Harajuku.
Nissan
Funcionários promovem um novo modelo da marca Nissan.
Ginza-Shiseido
Casal passeia-se em frente às montras luxuosas de Ginza, o bairro mais valioso da capital japonesa.
T-shirts em lata
Adolescentes escolhem t-shirts embaladas numa loja espelhada de Harajuku.
Modelos de rua
Modelos promovem uma marca numa das principais ruas do bairro Ginza de Tóquio.
Moda Geek
Adolescente vestida à moda também conhecida internacionalmente por geek.
Moda Criminal-Policial
Transeuntes admiram a montra criativa de uma loja de Ginza.
Moda em casamento
Convidadas de um casamento tradicional xintoísta exibem malas e vestuário dispendioso e sofisticado.
Maquilhagem de rua
Mulher improvisa uma maquilhagem numa rua de Shibuya.
Prada by Herzog & De Meuron
Funcionária desce uma escadaria do edifício elegante da loja Prada do bairro de Ayama.
Lolita
Lolita exibe, em Harajuku, um visual muito apreciado por uma camada dos adeptos nipónicos do cosplay.
Para cinderelas
Montra de calçado requintada no bairro de Omotesando.
Tóquio sem fim
Panorâmica de um Tóquio aparentemente sem fim.
No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.

Uma pequena bandeira ondula sobre a torre do relógio dos armazéns Wako.

O mostrador marca 14.05 e cronometra mais uma tarde solarenga na radiosa avenida Chuo-dori.

Estamos no coração de Ginza, o bairro de Tóquio conhecido, entre outros prodígios, por ter o imobiliário mais dispendioso à face da Terra e que perde em prestígio apenas para a zona vizinha de Chiyoda, onde reside o Imperador.

De 1612 a 1800, este bairro albergou a casa da moeda produtora de parte do numerário de prata que circulava no Japão. A fábrica, além de revigorante para a economia nipónica, acabou por emprestar o nome à zona e, hoje, mais que nunca, esse nome assenta-lhe na perfeição.

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Casal passeia-se em frente às montras luxuosas de Ginza, o bairro mais valioso da capital japonesa.

A Tóquio Requintada e Sofisticada de Ginza

Um metro quadrado de terreno no centro de Ginza vale cerca de 100.000 euros (em redor de 10 milhões de ienes). Virtualmente todas as marcas líderes do mundo da moda e dos cosméticos marcam ali uma presença glamorosa.

Atraem famílias abastadas impulsionadas por esposas ansiosas e grupos de jovens obcecados pelas cores e formas dos logotipos mais famosos. As autoridades da cidade sabem quanto pode render esta febre consumista.

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Adolescentes escolhem t-shirts embaladas numa loja espelhada de Harajuku.

Aos fins de semana, fecham a avenida ao trânsito, do princípio da manhã até quase ao anoitecer. Entregam-na a uma multidão que a percorre e volta a percorrer de alto a baixo sob o olhar soberbo dos modelos ocidentais nos outdoors elevados.

Deixamos o Le Café Doutor, semi-recuperados do cansaço por uma bebida quente e fazemo-nos a nova aventura neste domínio incorrigível do capitalismo que um monge budista de capa amarela, chapéu cónico de bambu e botins brancos parece desafiar, pedindo esmola à almas atarefadas.

Do lado oposto da rua, um stand requintado da Nissan está sobrelotado. No interior, é exibido sobre uma plataforma cromada e giratória o seu novo modelo Z Fairlady e o espaço não chega para tantos interessados.

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Funcionários promovem um novo modelo da marca Nissan.

Curiosos e fotógrafos de ocasião disputam cada pedaço do veículo e várias cabeças perdidas acompanham as apresentações do bólide através da montra.

A Moda Nipónica do Consumismo

Continuamos a descer a Chuo-dori e, passadas inúmeras lojas de multinacionais idolatradas, damos com uma fila ordeira com mais de 100 metros que preenche parte do passeio da avenida e serve de pretexto para um polícia da cidade passar o tempo, a mandar avançar e recuar quem está desalinhado, mesmo que só 10 ou 20 centímetros.

A loja em que começa a fila oferece um curto período de descontos e mantêm-se à pinha desde que abriu as portas obrigando os últimos clientes a chegar a esperas intermináveis.

Outras estratégias servem a mesma atracção. Viramos as costas e deparamo-nos com uma formação de modelos nipónicas que desfilam pela via a passos longos e adaptados àquela passerelle de asfalto.

Em mini-saias sugestivas e sobre sandálias de gladiador de salto alto, as adolescentes destacam-se dos transeuntes baixos e promovem o design irreverente de uma tal de nova colecção Esperanza.

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Modelos promovem uma marca numa das principais ruas do bairro Ginza de Tóquio.

A predominante dedicação feminina à aparência motiva cada vez mais o sexo oposto a cuidar de si. Ao ponto de, em Tóquio, e um pouco por todo o Japão, muitos homens passearem agora com malas, carteiras e pochettes tão genuínas quanto caras, maquilhados, de sobrancelhas arranjadas.

Noutras ocasiões, investigamos o fenómeno em zonas comerciais concorrentes da metrópole e a verdade é que, salvo uma ou outra variável, a tendência consumista generalizada mantém-se.

Omotesando, Aoyama, Shibuya – Todo um Frenesim Urbano Pelo Lucro

Nas zonas requintadas de Omotesando e Aoyama, alguns dos gurus da moda mundial – Prada, Louis Vuitton, Channel, Empório Armani, Dior etc. – contrataram gurus da arquitectura e ergueram filiais esplendorosas que acrescentam valor aos seus produtos e à metrópole.

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Funcionária desce uma escadaria do edifício elegante da loja Prada do bairro de Ayama.

Shibuya tornou-se ainda mais famosa desde que “Lost in Translation” voltou a revelar o seu cruzamento mais atravessado do mundo.

Não precisava do estímulo adicional mas, na competitiva Tóquio, todas as acções de divulgação – planeadas ou espontâneas – são bem vindas e, sabe-se que muitos milhares de estrangeiros visitam, todos os anos, a zona apenas para admirarem o estranho fluxo e refluxo urbano das pessoas.

Os que o fazem, desvendam a frescura criativa da juventude nipónica e as modas e incontáveis sub-modas de rua: a lolita, a gyaru (mulheres hiper-maquilhadas e produzidas em geral), a kogal (que recorre a uniformes escolares), entre tantas outras.

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Adolescente com visual gótico e andrógeno em Harajuku.

Descobrem ainda manifestações paralelas da cultura japonesa como o culto da purikura (lojas incríveis de fotografia e pós-processamento digital), o design dos salões barulhentos de pashinko (jogo de sorte baseado num movimento de esferas, a que muitos nativos se deixaram viciar) e a visão exótica dos rappers negros  que chamam clientes aos bares e às discotecas “americanizadas” para que trabalham.

O Reduto Criativo e Fora da Caixa de Harajuku

Na proximidade, o bairro de Harajuku estica o conceito de criatividade ao máximo tolerado pela sociedade nipónica e, ultrapassa os limites sem grandes cerimónias.

As lojas sem preconceitos da rua Takeshita fazem a delícia dos adolescentes que ali encontram as vestes e adereços que lhes permitem construir os seus estilos exclusivos, reciclados ou destituídos ao fim de apenas alguns dias.

De tal maneira, que as marcas as usam como termómetros e centros de testes para os seus produtos mais arrojados.

Centenas de comboios por dia param na estação de caminho de ferro de Harajuku e passam por debaixo da ponte ampla que conduz do bairro ao parque florestal Yoyogi e ao seu Templo Meiji, uma dupla que continua a salvaguardar a honra do xintoísmo japonês da cidade.

O Cosplay, os Tokyobillies e um Sem Número de Outras Modas

Quando a atravessamos, a ponte está entregue aos clãs urbanos mais exóticos de Tóquio. Lolitas tímidas conversam nas imediações mas são as personagens cosplay andróginas Visual key que mais se destacam: as que usam maquilhagens, cabelos e vestes impactantes, de uma forma negra.

Além delas, as Dolly Key, inspiradas na visão nipónica da Idade Média e nas fábulas e as Fairy Key, uma variante dos anos 80 das Lolitas que usa tons e padrões diferentes.

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Lolita exibe, em Harajuku, um visual muito apreciado por uma camada dos adeptos nipónicos do cosplay.

São apenas uma ínfima parte das correntes da prolífica street fashion de Tóquio.

Dos rockabillies e motoqueiros orgulhosos aos salarymen de fatos negros e aos geeks edokos (de Tóquio), as expressões nipónicas cruzam-se na vasta metrópole e compõem um espectro que não pára de se renovar.

Os homens de negócio oportunistas da capital sabem como explorar esta riqueza. Marcas como A Bathing Ape, Comme des Garçons, Evisu, Head Porter, Original Fake, Uniqlo, Visvim, W, TAPs e XLarge empregam os melhores criadores e geram lucros astronómicos.

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Montra de calçado requintada no bairro de Omotesando.

Nem todos são consensuais. Issey Miyake, Yohji Yamamoto e Rei Kawakubo tornaram-se os expoentes da moda japonesa e as suas peças são exibidas nos eventos de moda mais conceituados.

E, no entanto, em diversos países, com demasiada frequência, as suas criações são consideradas impossíveis de vestir.

Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
Arquitectura & Design
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Cidades
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Garranos galopam pelo planalto acima de Castro Laboreiro, PN Peneda-Gerês, Portugal
Cultura
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda – Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
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Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Africa Princess, Canhambaque, Bijagós, Guiné Bissau,
Em Viagem
Cruzeiro Africa Princess, 1º Bijagós, Guiné Bissau

Rumo a Canhambaque, pela História da Guiné Bissau

O Africa Princess zarpa do porto de Bissau, estuário do rio Geba abaixo. Cumprimos uma primeira escala na ilha de Bolama. Da antiga capital, prosseguimos para o âmago do arquipélago das Bijagós.
Moradora de Dali, Yunnan, China
Étnico
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Saint George, Granada, Antilhas, casario
História
Saint George, Granada

Uma Detonação de História Caribenha

A peculiar Saint George dispersa-se pela encosta de um vulcão inactivo e em redor de uma enseada em U. O seu casario abundante e ondulante comprova a riqueza gerada ao longo dos séculos na ilha de Granada de que é capital.
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Ilha da Boa Vista, Cabo Verde

Ilha da Boa Vista: Vagas do Atlântico, Dunas do Sara

Boa Vista não é apenas a ilha cabo-verdiana mais próxima do litoral africano e do seu grande deserto. Após umas horas de descoberta, convence-nos de que é um retalho do Sara à deriva no Atlântico do Norte.
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Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
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A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
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O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
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Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Hell's Bend do Fish River Canyon, Namíbia
Parques Naturais
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
Património Mundial UNESCO
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Personagens
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Vista aérea de Moorea
Praias
Moorea, Polinésia Francesa

A Irmã Polinésia que Qualquer Ilha Gostaria de Ter

A meros 17km de Taiti, Moorea não conta com uma única cidade e abriga um décimo dos habitantes. Há muito que os taitianos veem o sol pôr-se e transformar a ilha ao lado numa silhueta enevoada para, horas depois, lhe devolver as cores e formas exuberantes. Para quem visita estas paragens longínquas do Pacífico, conhecer também Moorea é um privilégio a dobrar.
Templo Kongobuji
Religião
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Sociedade
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Salvamento de banhista em Boucan Canot, ilha da Reunião
Vida Selvagem
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.