Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus


Uma Contemplação Bíblica
Crentes reunidos em redor da capela da Santa Trindade.
Perigo !
Placa artesanal avisa os peregrinos para o risco de se aventurarem pelas encostas ventosas do Monte Sinai.
O Portal
Portal de pedra assinala o início de uma longa descida em direcção ao Mosteiro de Santa Catarina.
O Milagre do Novo Dia
Aurora exuberante sobre as montanhas desérticas em redor do Monte Sinai.
Banca Providencial
Vendedores e guias beduínos reunidos num dos muitos negócios a caminho do cume.
Derradeiros passos
Guia beduíno sobe por um trilho pedregoso para o cimo da capela da Santa Trindade, pouco depois do nascer do sol.
Visitantes admiram o nascer colorido do sol a partir do cimo da capela da Santa Trindade, num amanhecer gélido sobre o Monte Sinai.
O Desfiladeiro para o Mosteiro
Vislumbre do Mosteiro ortodoxo de Santa Catarina, construído no sopé do monte Sinai por ordem do imperador bizantino Justiniano.
Êxtase Religioso
Visitante russo assume uma pose bíblica.
O Regresso Pedregoso
Peregrinos descem para a base do Monte Sinai.
Aconchego
Vendedor nativo protegido do frio matinal na proximidade do Mosteiro de Santa Catarina.
De Olho na Peregrinação
Beduíno acompanha os movimentos de peregrinos no trilho mais abaixo.
Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.

Sharm el-Sheik surge na extremidade da península do Sinai de frente para um Mar Vermelho mais coralífero, azul e sedutor que em qualquer outra parte.

O lugar já acolheu tantas conferências de reconciliação que passou a ser conhecida como “A Cidade da Paz” mesmo sabendo-se que, em 2005, um atentado terrorista perpetrado com carros bomba causou a morte a 64 pessoas, na maioria, muçulmanos.

Este incidente fez com que o influxo de visitantes à zona  diminuísse para um quase nada mas, quando se trata de turismo, a memória é curta. Os grandes grupos hoteleiros e as agências de viagem não demoraram a reorganizar-se.

Combinaram voos charter e pacotes a preços surreais, a garantia de experiências subaquáticas inesquecíveis e um ambiente nocturno de mega-discoteca. Alguns anos depois, os resorts da estância voltavam a ficar lotados, principalmente de vizinhos italianos do outro lado do Mare Clausum mas também com muitos milhares de hóspedes russos.

É à porta de um destes albergues balneares que nos vêm buscar às onze da noite. A carrinha aparece a abarrotar e os passageiros demoram a libertar-nos espaço sentado.

A Inesperada Expedição Russificada ao Monte Sinai

São quase todos russos e à imagem de vários outros funcionários dos hotéis à beira mar plantados, dá-nos a sensação que Mohammed, o guia egípcio ao microfone, fala a sua língua eslava tão bem ou melhor que eles. Está previsto a viagem durar 3 horas. A meio, ainda nos detemos num paradeiro de beira de estrada.

“Último lugar com casa de banho” anuncia-nos, em inglês, o condutor. “Se não têm roupa para o frio, aproveitem também agora, oferta não vai faltar”. A previsão confirma-se de imediato.

Um bando frenético de vendedores de luvas, cachecóis e gorros precipita-se sobre os passageiros e pressiona-os a fazer negócio. Pouco depois, somos instados a retomar o trajecto, que continua a subir do nível do mar para as terras mais elevadas do Egipto.

O condutor volta ao posto e à sua rotina tresloucada. Por sorte, não temos a verdadeira noção da velocidade a que vamos. Com excepção para as carrinhas concorrentes que ultrapassa com orgulho, em redor, todas as referências se somem na escuridão total.

A Rússia, é, por coincidência, uma nação recordista no que diz respeito a acidentes de viação. Pouco impressionados com a exibição de virilidade do motorista ou incomodados pelo desconforto das suas posições improvisadas, alguns passageiros partilham um sono prodigioso que só termina quando chegamos, por fim, às imediações do Mosteiro de Santa Catarina.

Beduino, Monte Sinai, Egipto

Vendedor nativo protegido do frio matinal na proximidade do Mosteiro de Santa Catarina.

Toda a Fé em Susi, o guia Beduíno do Sinai

Espera-nos, ali, um jovem beduíno. Jamil apresenta-se com à vontade e atribuí-nos um nome de código “o vosso grupo vai chamar-se Susi. Quando ouvirem alguém gritar por Susi, já sabem que é convosco. Por favor, não se esqueçam. Hoje vai haver mais gente que nunca.”

Susi? Estranhamos a nova identidade meio-contranatura mas acabamos por a entranhar. Até porque, entretanto, a caminhada tem início e mesmo com frontais colocados sobre as testas, depressa nos sentimos perdidos no tráfico humano e camelídeo intenso que percorre o Caminho de Moisés.

Nos Passos Bíblicos de Moisés

De acordo com a narrativa bíblica, este patriarca libertou o seu povo agrilhoado do jugo dos faraós e conduziu-o até às paragens prometidas mas fugidias de Canaã.

No topo da montanha por onde andávamos, num de 40 dias e noites de permanência, Deus revelou-se-lhe e entregou-lhe duas Tábuas com os Dez Mandamentos que deveria ensinar aos seus, fundando assim uma nova fé monoteísta.

Quando Moisés regressou, encontrou o seu povo adorar um bezerro de ouro. Em fúria, destruiu a figura e instruiu homens da tribo a que pertencia para que percorressem o campo e matassem toda a gente, incluindo as crianças.

Terminada a carnificina, o patriarca desnorteado voltou à montanha por outros 40 dias e 40 noites.

Silhuetas de montanhas, Península Sinai, Egipto

Aurora exuberante sobre as montanhas desérticas em redor do Monte Sinai.

Deus apareceu-lhe uma vez mais e entregou-lhe novas Tábuas da Lei. Retornado aos sobreviventes, passou-lhes os Mandamentos em definitivo. Mas nada pôde fazer para evitar que a crença fundada e reconquistada se ramificasse ao longo da história.

A Peregrinação Cristã, Judaica e Muçulmana ao Monte Sinai

O Monte Sinai é agora considerado sagrado para as três religiões abraâmicas e visitado por fiéis cristãos, judaicos e muçulmanos.

Temos pela frente alguns cristãos ortodoxos, idosos ou demasiado volumosos, alguns pertencentes ao recém-estabelecido grupo Susi por que Jamil grita de quando em quando. O trilho mantém-se apertado e não conseguimos ver quase nada para as bermas rochosas e irregulares.

Por respeito à autoridade do guia, preservamo-nos neste pelotão lento. Mas, a determinada altura, pressionam-nos de trás dezenas de outros peregrinos que, como nós, têm dificuldade em seguir tão devagar.

E a Ascensão Nocturna, Dolorosa e Atribulada

Em simultâneo, dos lados, apertam-nos e babam-nos os camelos e dromedários bafejantes e mal cheirosos que os beduínos impingem aos caminhantes em dificuldade, numa disputa crescente por lucros que lhes parecem inevitáveis.

Jamil aparece, tal qual anjo salvador de jilaba. Já se tinha apercebido da inquietação em que andávamos e da vontade que tínhamos de nos autonomizarmos. “Querem ir à frente, certo? OK, sem problema.

Sigam quase até ao topo mas quando encontrarem a maior concentração de barracas, entrem na 3ª e esperem por mim. O dono é meu amigo. Também se chama Jamil. Bebam qualquer coisa e descansem.”

Assim fazemos. Apesar de algo carregados, ultrapassamos grandes grupos, vários, nigerianos formados por fiéis em êxtase que cantam ou bradam num estilo Gospel de coro móvel a sua emoção, à medida que se sentem mais próximos de Deus: “I’m going to meet the Lord. Praise the Lord. I’m going to meet him! Hallelujah!

Deixamos os seus rastos de luz e de fé para trás. Avançamos ao nosso ritmo e ganhamos tempo extra para recuperar os músculos ferventes das coxas e contemplar aquela peregrinação excêntrica a partir de alguns dos pequenos negócios instalados ao longo do caminho.

Banca, Monte Sinai, Egipto

Vendedores e guias beduínos reunidos num dos muitos negócios a caminho do cume.

Também no tal último, de Jamil, forrado de grandes tapetes garridos de tecelagem árabe ou beduína. Como combinado, aguardamos, ali, pelo guia homónimo.

O Cimo Místico mas Enregelante do Monte Sinai

Estamos na iminência dos 2285 m do Jabal Musa, uma das maiores elevações do Egipto. O ar é então, bastante mais rarefeito que no sopé da montanha e, às 4 da manhã, surpreendente gélido para um lugar às portas da sempre abafada Península Arábica.

Aproveitamos para beber chocolate quente e recuperarmos a temperatura, o fôlego e as pernas que já latejam de tanto degrau. Jamil e alguns dos russos aparecem quase 20 minutos depois.

Um ou outro arrastam-se trilho acima, auxiliados no limiar das suas possibilidades físicas, quando os camelos já não os podem socorrer e ainda faltam centenas de degraus para o fim da penitência.

Parte da derradeira escadaria para o cume afunila ainda mais a procissão. Recorremos a desvios de cabras para a podermos contornar e chegarmos ao cume a tempo do nascer do sol, o que acabamos por conseguir.

Peregrinos no cimo, Monte Sinai, Egipto

Visitantes admiram o nascer colorido do sol a partir do cimo da capela da Santa Trindade, num amanhecer gélido sobre o Monte Sinai.

Lá em cima, a luminosidade aumenta a olhos vistos e desenrola-se o milagre diário do amanhecer. O céu assume tons rosados e escarlates e o grande astro ainda parcial amarela o padrão granítico da capela de Santa Trindade, cercada de crentes fora de si.

Os gritos, choros e cânticos religiosos formam um gemido transcendental que soa a convocação. E, como revelam os olhares enlevados e os sorrisos de paixão dos seguidores, Deus pode não se ter revelado como a Moisés naquele pedaço inóspito de Terra mas tocou fundo nos seus corações.

A Descida Diurna para o Mosteiro de Santa Catarina

Um crente eslavo, em particular, faz questão de louvar o privilégio em retiro. Afasta-se da gente, ajoelha-se sobre o solo, dá as costas aos rochedos e estende os braços em direcção ao firmamento em mutação.

A confirmação do dealbar revela o cenário pedregoso a perder de vista em que Moisés se perdeu. Aos poucos, os peregrinos voltam a si e ao sopé de onde tinham partido.

Peregrinos, Monte Sinai, Egipto

Crentes reunidos em redor da capela da Santa Trindade.

Espera-os, ali, o Mosteiro de Santa Catarina mandado erguer pelo imperador bizantino Justiniano I.

E, no interior, a sarça-ardente que as autoridades cristãs ortodoxas residentes assinalaram como aquela em que Deus se materializou e revelou ao patriarca. A Terra Prometida a que quase terá chegado ainda está longe. Essa é outra romagem.

Mosteiro Santa Catarina, Monte Sinai, Egipto

Vislumbre do Mosteiro ortodoxo de Santa Catarina, construído no sopé do monte Sinai por ordem do imperador bizantino Justiniano.

Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
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Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

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Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
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A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Vulcao dos Capelinhos, Misterios, Faial, Açores
Natureza
Vulcão dos Capelinhos, Faial, Açores

Na Pista do Mistério dos Capelinhos

De uma costa da ilha à opostoa, pelas névoas, retalhos de pasto e florestas típicos dos Açores, desvendamos o Faial e o Mistério do seu mais imprevisível vulcão.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
PN Timanfaya, Montanhas de Fogo, Lanzarote, Caldera del Corazoncillo
Parques Naturais
PN Timanfaya, Lanzarote, Canárias

PN Timanfaya e as Montanhas de Fogo de Lanzarote

Entre 1730 e 1736, do nada, dezenas de vulcões de Lanzarote entraram em sucessivas erupções. A quantidade massiva de lava que libertaram soterrou várias povoações e forçou quase metade dos habitantes a emigrar. O legado deste cataclismo é o cenário marciano actual do exuberante PN Timanfaya.
Teleférico de Sanahin, Arménia
Património Mundial UNESCO
Alaverdi, Arménia

Um Teleférico Chamado Ensejo

O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Pescador manobra barco junto à Praia de Bonete, Ilhabela, Brasil
Praias
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
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Sobre Carris
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Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

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HidroElétrica Binacional do Itaipu: a Febre do Watt

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Queensland Tropical: uma Austrália Demasiado Selvagem

Os ciclones e as inundações são só a expressão meteorológica da rudeza tropical de Queensland. Quando não é o tempo, é a fauna mortal da região que mantém os seus habitantes sob alerta.
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Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

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