Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo


Em Espera
Passageiros aguardam nas carruagens durante uma das paragens panorâmicas do percurso Ushuaia - Estacão do Fim do Mundo
Pipo, o Prisioneiro
Pipo, um figurante que traz à memória os prisioneiros que foram os passageiros originais.
Aceno
Stuart Anderson, o canadiano director do Tren del Fim del Mundo acena para um outro funcionário da estação
Curva a vapor
Composição do Tren del Fin del Mundo surge do meio da floresta austral de faias.
À Pressão
Manometros e mostradores de uma das locomotivas que rebocam o Tren del Fin del Mundo.
Ao Comando
Maquinista galês aos comandos de uma das locomotivas que servem o Tren del Fin del Mundo.
Retrovisão
Maquinista examina a composição para trás da locomotiva que opera.
Grande Pântano
Pântano nas imediações da baia Lapataia
Vapor de arranque
Locomotiva solta vapor à saída de uma das estações em que se detém o Tren del Fin del Mundo.
Quase lá
Composição do Tren del Fin del Mundo vence mais uma curva e aproxima-se da estação terminal.
Paisagem de cepos
Paisagem repleta de cepos deixados pelas incursões ferroviárias dos prisioneiros de Ushuaia em busca de lenha para o presídio
Orquestra da Estação
Músicos tocam clássicos de tango e tarantella e dão as boas-vindas aos passageiros do Tren del Fin del Mundo
Melodias
Músico toca concertina integrado numa banda de acolhimento à Estacão do Fim do Mundo
Estação do Fim do Mundo
Placard anuncia a Estación del Fin del Mundo, situada no vale do rio Pipo, a 8 km do centro de Ushuaia.
Leitura de Estação
Funcionária na sala de espera da Estacão do Fim do Mundo
Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.

A recepção aos passageiros dificulta a formulação de um imaginário histórico credível. Estamos ainda 100 metros e já se ouvem os acordes de tango tocados pelos músicos à entrada.

E, chegados ao parque de estacionamento vislumbramos a pequena orquestra trajada de negro e melancólica, disposta contra uma parede de madeira.

Músico da Estação do comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina

Músicos tocam clássicos de tango e tarantella e dão as boas-vindas aos passageiros do Comboio do Fim do Mundo

Dois violinistas apuram as melodias e esforçam-se por seguir o ritmo marcado por um contrabaixista com ar de indígena sul-americano, como o fazem dois tocadores visivelmente infelizes de concertina.

Os Passageiros Dão Entrada na Estação do Fim do Mundo

Apesar de assim dadas, à fiel moda psico-depressiva argentina, as boas-vindas estimulam os visitantes de Ushuaia, que nem que seja por estarem na cidade mais a sul do Mundo, e se verem a uns meros 1000 km da Antárctida, já têm motivos para comemorar.

Como se não bastasse, aprestam-se a embarcar num dos mais emblemáticos comboios à face da Terra para atravessar um  cenário meridional inolvidável.

Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina

Composição do Comboio do Fim do Mundo vence mais uma curva e aproxima-se da estação terminal.

Stuart, o chefe de estação canadiano, emite avisos em espanhol e inglês pelos altifalantes estridentes da estação. Ao fim de alguns, a equipa de “hospedeiros” certifica-se de que ninguém falta e é dado o apito que sinaliza a partida.

Representante do Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina

Stuart Anderson, o canadiano director do Tren del Fim del Mundo acena para um outro funcionário da estação

A Locomoção Histórica da Camila

Aos comandos de um maquinista veterano sazonalmente emigrado do País de Gales, Camila, a locomotiva vedeta da frota do Ferrocarril Austral Fuegino solta uma nuvem escura de fumo para o tecto do edifício e outra, branca, de vapor que envolve a sua base.

Maquinista do Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina

Maquinista galês aos comandos de uma das locomotivas que servem o Tren del Fin del Mundo.

A esforço, a velha máquina conquista os metros inaugurais do percurso. Enquanto isso, nas carruagens VIP, são servidos os primeiros flutes de champanhe e realizados os brindes correspondentes. Como a orquestra, a euforia a bordo deslustra o passado.

Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina

Passageiros aguardam nas carruagens durante uma das paragens panorâmicas do percurso Ushuaia – Estacão do Fim do Mundo

Os Tempos do Desterro Presidiário no Fim do Mundo

A curta viagem desde o presídio até aos bosques de faias antárcticas que tinham que cortar até era um dos raros momentos de relativa liberdade e de comunhão dos prisioneiros com a natureza em seu redor.

Mas o Verão e bom tempo agora aproveitados pelos visitantes duram pouco mais que três meses em Ushuaia e na Terra do Fogo.

Muitas das suas incursões à floresta tinham lugar sob condições desagradáveis, por vezes extremas, que maldiziam com todo o vocabulário insultante que conheciam, de igual forma aos machados e aos intermináveis troncos que lhes massacravam as mãos e as costas.

Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, paisagem com cepos, Argentina

Paisagem repleta de cepos deixados pelas incursões ferroviárias dos prisioneiros de Ushuaia em busca de lenha para o presídio

Em conjunto, aquele comboio e o seu trajecto de ida e volta, mais a cela e o degredo nos fundos da América do Sul constituíam o seu castigo. E de nada valia escapar, porque estão condenadas ao insucesso as evasões para lado nenhum.

A Origem Precária do Presídio do Fim do Mundo de Ushuaia

No fim do século XIX, a Argentina instalou em Ushuaia uma colónia penal e os primeiros clientes chegaram por volta de 1884. Era necessária lenha para os aquecer e madeira para erguer os edifícios que albergariam os que estavam a caminho.

As autoridades enveredaram, assim, por uma curiosa aventura ferroviária em que bois puxavam pequenos vagões sobre carris de madeira. Sete anos depois, a infra-estrutura continuava a parecer demasiado rudimentar ao governador e este ordenou a sua substituição por carris Decauville com uma bitola de 500 mm.

Comboio do Fim do Mundo, vapor locomotiva, Terra do Fogo, Argentina

Locomotiva solta vapor à saída de uma das estações em que se detém o Tren del Fin del Mundo.

Em breve, uma locomotiva não animal viria a rebocar carruagens e centenas de convictos ao longo da costa, em frente das casas da Ushuaia que então se desenvolvia.

Em pouco tempo, os moradores passaram a tratar a estranha composição como El Tren de Los Presos. Na altura, embora poucos soubessem, o papel daqueles passageiros era duplo. À imagem das suas ofensas.

Desterros com o Fim de uma Colonização à Força

A Terra do Fogo mantinha-se inexplorada, à mercê das pretensões territoriais das novas nações rivais argentina e chilena. Consciente da urgência, o Presidente Júlio Argentino Roca decidiu matar dois coelhos com uma cajadada. Inspirou-se no exemplo de Port Arthur, na Tasmânia e desterrou, para ali, prisioneiros políticos ou de delito grave reincidentes.

Ao mesmo tempo que se viu livre do incómodo, manteve aquelas longínquas paragens habitadas, consolidando a legitimidade da posse argentina.

Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina

Composição do Tren del Fin del Mundo surge do meio da floresta austral de faias.

Os carris foram-se alongando em busca de nova floresta para cortar. Nesse tempo, mais e mais criminosos tiveram em Ushuaia a sua última paragem. Muitos ali morreram, outros, raros, cumpriram as penas e regressaram às procedências. Dois, mais únicos ainda, escaparam por algumas semanas até serem recapturados.

Em 1947, a prisão foi desactivada e substituída por uma base naval. Dois anos depois, o forte sismo da Terra do Fogo destruiu grande parte do caminho de ferro.

Da Realidade Cruel aos Figurantes que Entretêm os Turistas

Pipo usa o nome do rio que, a espaços, corre ao longo dos carris. Foi contratado para recuperar a personagem do prisioneiro e representa o seu papel num uniforme prisional listado em azul e amarelo. Mantém uma postura cabisbaixa de ligeira humilhação que não detém os turistas ansiosos de fazerem o seu trabalho.

Figurante de prisioneiro, Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina

Pipo, um figurante que traz à memória os prisioneiros que foram os passageiros originais.

No trajecto, foram fotografando a paisagem fuegina incluindo o Valle del Pico e a cascata de Macarena. Depois, registaram com entusiasmo redobrado o cenário preservado dos milhares de cepos cortados pelos condenados.

Faltam só os presos e, na sua ausência, Pipo tem que servir.

À saída da estação terminal de El Parque, enquadram-no, assim, dezenas de pequenas câmaras reluzentes. E o figurante conforma-se com a sua punição que, desde o famoso “cacerolazo” de 2001, que os pesos argentinos custam ainda mais a ganhar. “Sabem uma coisa amigos, há dias em que me sinto como os verdadeiros prisioneiros. Não tenho fuga possível.” Lamenta-se-nos, em tom humorístico, após dez minutos de conversa.

Do Caminho de Ferro à Vastidão da Terra do Fogo

Nada tem a ver com estacionamento automóvel, o pouso final do caminho de ferro. Para deslumbramento e conveniência dos passageiros, fica a pouca distância a entrada do Parque Nacional Tierra del Fuego e o último estertor da Cordilheira dos Andes, com as suas montanhas longínquas sempre nevadas.

Atravessam-no exploradores exigentes que, entre o relevo, descobrem lagos profundos, margens alagadas reclamadas por comunidades de castores e litorais recortados e dramáticos como o da Baía Lapataia. Para diante, o longo Canal Beagle.

Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, pântano na Baía Lapataia, Argentina

Pântano nas imediações da baia Lapataia

Muitos, coordenam a volta destas deambulações austrais com os horários do comboio. Regressam a Ushuaia dias depois, cansados mas recompensados, a bordo do Tren del Fin del Mundo.

Ainda dispostos a se aventurarem ao extremo oposto da região para visitarem a estância de Harberton, a fazenda pioneira e solitária da Terra do Fogo.

Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Ushuaia, Argentina

A Última das Cidades Austrais

A capital da Terra do Fogo marca o limiar austral da civilização. De Ushuaia partem inúmeras incursões ao continente gelado. Nenhuma destas aventuras de toca e foge se compara à da vida na cidade final.
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
El Calafate, Argentina

Os Novos Gaúchos da Patagónia

Em redor de El Calafate, em vez dos habituais pastores a cavalo, cruzamo-nos com gaúchos criadores equestres e com outros que exibem para gáudio dos visitantes, a vida tradicional das pampas douradas.
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Mendoza, Argentina

Viagem por Mendoza, a Grande Província Enóloga Argentina

Os missionários espanhóis perceberam, no século XVI, que a zona estava talhada para a produção do “sangue de Cristo”. Hoje, a província de Mendoza está no centro da maior região enóloga da América Latina.
San Ignácio Mini, Argentina

As Missões Jesuíticas Impossíveis de San Ignácio Mini

No séc. XVIII, os jesuítas expandiam um domínio religioso no coração da América do Sul em que convertiam os indígenas guarani em missões jesuíticas. Mas as Coroas Ibéricas arruinaram a utopia tropical da Companhia de Jesus.
Perito Moreno, Argentina

O Glaciar Que Resiste

O aquecimento é supostamente global mas não chega a todo o lado. Na Patagónia, alguns rios de gelo resistem.De tempos a tempos, o avanço do Perito Moreno provoca derrocadas que fazem parar a Argentina
Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
El Chalten, Argentina

O Apelo de Granito da Patagónia

Duas montanhas de pedra geraram uma disputa fronteiriça entre a Argentina e o Chile.Mas estes países não são os únicos pretendentes.Há muito que os cerros Fitz Roy e Torre atraem alpinistas obstinados
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Mendoza, Argentina

De Um Lado ao Outro dos Andes

Saída da Mendoza cidade, a ruta N7 perde-se em vinhedos, eleva-se ao sopé do Monte Aconcágua e cruza os Andes até ao Chile. Poucos trechos transfronteiriços revelam a imponência desta ascensão forçada
Terra do Fogo, Argentina

Uma Fazenda no Fim do Mundo

Em, 1886, Thomas Bridges, um órfão inglês levado pela família missionária adoptiva para os confins do hemisfério sul fundou a herdade anciã da Terra do Fogo. Bridges e os descendentes entregaram-se ao fim do mundo. Hoje, a sua Estancia Harberton é um deslumbrante monumento argentino à determinação e à resiliência humana.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Arquitectura & Design
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Cortejo Ortodoxo
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
Goiás Velho, Legado da Febre do ouro, Brasil
Cidades
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Indígena Coroado
Cultura
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Verão Escarlate
Em Viagem

Valência a Xàtiva, Espanha

Do outro Lado da Ibéria

Deixada de lado a modernidade de Valência, exploramos os cenários naturais e históricos que a "comunidad" partilha com o Mediterrâneo. Quanto mais viajamos mais nos seduz a sua vida garrida.

Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Étnico
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

ilha de Alcatraz, Califórnia, Estados Unidos
História
Alcatraz, São Francisco, E.U.A.

De Volta ao Rochedo

Quarenta anos passados sobre o fim da sua pena, a ex-prisão de Alcatraz recebe mais visitas que nunca. Alguns minutos da sua reclusão explicam porque o imaginário do The Rock arrepiava os piores criminosos.
Solovestsky Outonal
Ilhas
Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Na pista de Crime e Castigo, Sao Petersburgo, Russia, Vladimirskaya
Literatura
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal
Natureza
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal

A Ponta Leste, algo Extraterrestre da Madeira

Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil, cachoeira Véu de Noiva
Parques Naturais
Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil

No Coração Ardente da América do Sul

Foi só em 1909 que o centro geodésico sul-americano foi apurado por Cândido Rondon, um marechal brasileiro. Hoje, fica na cidade de Cuiabá. Tem nas imediações, os cenários deslumbrantes mas demasiado combustíveis da Chapada dos Guimarães.
Templo Kongobuji
Património Mundial UNESCO
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Tambores e tatoos
Praias
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo
Religião
Chiang Khong - Luang Prabang, Laos

Barco Lento, Rio Mekong Abaixo

A beleza do Laos e o custo mais baixo são boa razões para navegar entre Chiang Khong e Luang Prabang. Mas esta longa descida do rio Mekong pode ser tão desgastante quanto pitoresca.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Parada e Pompa
Sociedade
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Vista aérea das quedas de água de Malolotja.
Vida Selvagem
Reserva Natural de Malolotja, eSwatini

Malolotja: o Rio, as quedas d’água e a Reserva Natural Grandiosa

Meros 32km a nordeste da capital Mbabane, sobre a fronteira com a África do Sul, ascendemos a terras altas, rugosas e vistosas de eSwatini. Por lá flui o rio Malolotja e se despenham as cascatas homónimas, as mais altas do Reino. Manadas de zebras e de antílopes percorrem os pastos e florestas em redor, numa das reservas com maior biodiversidade do sul de África.  
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.