Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia


Palestra
Ian Channel, feiticeiro da Nova Zelândia, ora de cima de um escadote.
Estátua de Christchurch
Estátua de bronze confere algum mistério à cidade atormentada de Christchurch.
“These Are Parts of His Ways”
Moradores passam junto a uma das fachadas afectadas pelo tremor de terra de Fevereiro de 2011.
Palestra esotérica
Espectadores tentam acompanhar as premissas pouco mundanas do bruxo Ian Channel.
Xadrez de rua
Habitantes de Christchurch jogam xadrez num tabuleiro da Cathedral Square.
Torre catedral
Torre da catedral de Christchurch, danificada no tremor de terra de Fevereiro de 2011.
Oficial Contrariado
Um figurante histórico junto a um canal de Christchurch.
No Coração de Christchurch
Indicações apontam algumas das áreas de Christchurch em que o feiticeiro Ian Channel se costumava mover antes do sismo demolidor de 2011.
Clarividência Cosmológica
Ian Channel impinge uma das suas teorias e inclina-se na direcção da sua audiência.
Gôndola Kiwi
Punter conduz um passeio de "punting" no rio Avon, um dos passatempos mais famosos de Christchurch.
Bridge of Remembrance
A Ponte da Memória que homenageia os mortos neozelandeses nas duas guerras mundiais.
Manhã axadrezada
Jogadores disputam partidas de xadrez na Cathedral Square de Christchurch.
No Escadote
Ian Channel, feiticeiro da Nova Zelândia durante uma das suas dissertações de rua.
City Tour
Eléctrico típico percorre uma avenida de Christchurch, parte do city tour da principal cidade da província neozelandesa de Canterbury
Richard, a bordo
Condutor de um dos eléctricos que percorre Christchurch com partida da Cathedral Square
Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.

A província neozelandesa de Canterbury vivia a sua habitual paz bucólica quando encontramos o Wizard pela primeira vez.

A vida já longa de Ian Channell tinha-o feito passar por vários recantos do mundo anglófono, da velha Álbion aos confins do downunder.

Era na Cathedral Square de Christchurch que mais se sentia em casa. A manhã solarenga favorecia o impacto da sua pregação.

xadrez, tabuleiro, catedral square, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia

Habitantes de Christchurch jogam xadrez num tabuleiro da Cathedral Square.

Na praça, duas rulotes coloridas disputavam os primeiros clientes do dia. Uma promovia comida chinesa. A outra, os seus wraps de kebab.

No extremo oposto, espectadores casuais acompanhavam os movimentos decididos por xadrezistas de rua em confronto, todos reunidos em volta de um enorme tabuleiro pintado no chão.

Enquanto isso, vários eléctricos número 18 coloridos chegavam e partiam da estação terminal.

electrico, city tour, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia

Eléctrico típico percorre uma avenida de Christchurch, parte do city tour da principal cidade da província neozelandesa de Canterbury

A Presença Elevada de Ian Channell, Feiticeiro da Nova Zelândia

Ian já nem precisava de chegar aos últimos degraus do seu escadote para se destacar na praça. O feiticeiro vestia uma túnica branca em que assentavam uma barba e cabelo compridos e grisalhos.

Apoiava-se na derradeira tábua do palco improvisado e enunciava as suas mais recentes teorias para uma pequena multidão de curiosos: “And ladies and gents … this is the eternal truth …”.

Insiste em como o tempo se cruza com o espaço e ambos se projectam num Universo Intencional da Vontade que converge para a identidade suprema de cada Eu que, reflecte, em cada pessoa, o Cosmos.

ora de cima escadote, audiencia, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia

Ian Channel, feiticeiro da Nova Zelândia, ora de cima de um escadote.

À luz da sua existência esotérica, a conjectura parece fazer sentido.

O Vasto Currículo Internacional do Wizard

O feiticeiro nasceu em Londres, em 1932. Dez anos depois, graduou-se na Universidade de Leeds, em Psicologia e Sociologia. Mais tarde, aceitou integrar o Adult Education Board da Universidade de Western Australia onde geriu o programa de artes comunitárias.

Viria ainda a fazer parte da equipa de professores que dotou a recém-criada Escola de Sociologia da Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney.

Por essa altura, ganhou dimensão um movimento de protesto estudantil que, entre outros problemas, contestou o conservadorismo do ensino. Ian Channell sentiu as vibrações e interveio. Criou um movimento de acção directa a que chamou ALF (Action for Love and Freedom).

A sua implementação, por sua vez, passou pela que chamou “The Fun Revolution”.

E as duas reformas resultaram numa forte revitalização, de tal maneira que o conceituado jornal Sydney Morning Herald passou a chamar à instituição antes envelhecida “the university that swings”.

no escadote, dissertacao, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia

Ian Channel, feiticeiro da Nova Zelândia durante uma das suas dissertações de rua.

Tanto o movimento como o seu mentor enfrentaram reacções negativas e apoios inesperados.

O director do departamento a que pertencia Channell, convencido de que era louco, despediu-o sob o pretexto de não ver progressos na sua tese no campo da Sociologia da Arte.

Mas o Vice-Chanceler tinha-se tornado simpatizante e apoiou a continuação das suas experimentações sociais. O professor aproveitou. Convenceu-o a nomeá-lo Feiticeiro da Universidade e a atribuir-lhe uma pequena remuneração.

Assim teve início a sua longa carreira.

E a construção de uma personagem ficcional a que se entregou de corpo e alma e a que fez questão de sacrificar a carta de condução, identificação de segurança social, passaporte e restantes documentos.

Por fim, Feiticeiro a Tempo Inteiro

Assumindo-se como Wizard a tempo inteiro, Ian Channell promoveu-se e aos seus ideais como nunca e conseguiu novos cargos: cosmólogo, Obra de Arte Viva e Shaman da Universidade de Melbourne e ainda Professor de Cosmologia Sintética.

Channell usou ainda a fama conquistada em lutas ideológicas, políticas e até económicas. Algo desgastado pelo permanente confronto do conservadorismo académico aussie e a precisar de novos desafios, a meio da década de 70, mudou-se para a cidade kiwi de Christchurch.

Lá deu início a uma sequência duradoura de palestras sobre escadote, a que tivemos a fortuna de assistir.

O Palco Popular Privilegiado da Cathedral Square

De volta à Cathedral Square, as gaivotas invadem o espaço aéreo e até mesmo o solo. Como forças do mal asadas, debatem-se e soltam guinchos estridentes.

Perturbam a cadência de pensamentos do orador e a clareza das suas palavras que o vento nor’wester vinha a propagar pela praça, convocando mais e mais curiosos.

Nem sempre a presença da plateia foi um dado adquirido.

indicacoes, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia

Indicações apontam algumas das áreas de Christchurch em que o feiticeiro Ian Channel se costumava mover antes do sismo demolidor de 2011.

Nos primeiros tempos da sua experiência kiwi, as autoridades tentaram prendê-lo. Mas o feiticeiro conseguiu evitá-las. Regressou a horas diferentes trajando um fato de falso profeta da Igreja de Inglaterra e um chapéu pontiagudo.

Conquistou o apoio do público que se habituou a assistir às suas dissertações.

Depressa se tornou numa atracção da cidade, mencionado nos guias turísticos e com direito a opinar e actuar sobre os temas relevantes primeiro de Christchurch.

Depois, da província de Canterbury, de todo o país e até do downunder. 

A Promoção de Feiticeiro a Feiticeiro da Nova Zelândia

Em 1990, Mike Moore, um velho amigo, então primeiro-ministro, nomeou-o Feiticeiro Oficial da Nova Zelândia, com direito a honorários então ainda módicos.

Cinco anos depois, com o apoio do Mayor, Christchurch acolheu um Conclave de Feiticeiros a que compareceram vários colegas que ajudaram a construir um ninho de feiticeiros no topo da torre da biblioteca da universidade.

estatua, bronze, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia

Estátua de bronze confere algum mistério à cidade atormentada de Christchurch.

Ian Channell viria a sair de um ovo gigante posto numa galeria de arte local.

Cantou ainda um feitiço dedicado a uma das principais partidas de râguebi da época, enquanto fazia queda livre e, acompanhado por 42 assistentes, desceu o rio da cidade de gôndola, viagem excêntrica que aproveitou para exibir o URL do seu novo site em diversas tabuletas.

Apesar de todas as acções promocionais, o Wizard prestava a maior parte dos serviços de forma gratuita e os seus rendimentos eram parcos.

Os honorários atribuídos pela Câmara Municipal nunca foram suficientes mas o apoio financeiro prestado pelo amor da sua vida, Alice Flett, permitia-lhe prosseguir com o seu estilo de vida, conceptualmente arrojado e destemido.

Por fim, as autoridades de Christchurch contrataram-no com a missão de promover a cidade, alegadamente por meio de bruxaria e serviço afins. Com direito a um salário já mais a sério, de cerca de 13.500 euros anuais.

Malgrado este forte estímulo financeiro na sua vida, novos feitiços maléficos viriam a enfraquecer o bruxo da Nova Zelândia.

Quando o Feiticeiro da Nova Zelândia se Viu Amaldiçoado

Em 2003, a casa de madeira em que habitava foi arrasada por um incêndio que a polícia de Christchurch considerou fogo posto.

O Wizard, a sua companheira e dois inquilinos conseguiram escapar incólumes mas Ian Channell perdeu a sua colecção de vídeos e de livros.

Também o WizardMobile – construído com duas frentes de Volkswagens Carochas – foi vandalizado. Forças muito superiores entrariam ainda em acção.

Os Danos dos Sucessivos Sismos que Abalaram a Nova Zelândia

A Nova Zelândia está situada sobre o Anel de Fogo e a actividade tectónica nas imediações do país e da província de Canterbury é enérgica.

No ano seguinte a termos encontrado o Wizard, Christchurch recebia ameaças constantes das profundezas da Terra.

torre catedral, danificada tremor terra Fevereiro 2011, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia

Torre da catedral de Christchurch, danificada no tremor de terra de Fevereiro de 2011.

Vários sismos com altas intensidades – incluindo um de 7.1 – abalaram a região. Não causaram baixas mas os estragos foram consideráveis. Continuámos a viajar pelo Pacífico. Vários meses depois, regressámos a Portugal.

Em Fevereiro do ano seguinte, estávamos de novo a caminho da Nova Zelândia quando um abalo muito mais próximo da cidade que os anteriores a devastou.

Causou 185 mortes e uma das maiores catástrofes de que tinha sido vítima a nação kiwi. Acompanhámos os acontecimentos dramáticos e, desde então, que nos inteiramos das suas consequências na vida do Wizard com interesse redobrado.

O tremor de terra e as suas frequentes réplicas deixaram a catedral de Christchurch e vários outros edifícios em redor em ruínas.

Como se Não Bastasse, a Ordem de Demolição da Velha Cathedral Square

A Canterbury Earthquake Recovery Authority ordenou a sua demolição e suscitou a oposição de várias entidades incluindo da UNESCO World Heritage Center, de grupos de arquitectos e, como era de esperar, do Wizard.

espectadores, palestra, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia

Espectadores tentam acompanhar as premissas pouco mundanas do feitiçeiro da Nova Zelândia Ian Channel.

Em declarações à TV, no meio dos destroços, o feiticeiro manifestou preocupação por ser duvidoso que a população de Christchurch possa continuar a viver segura na cidade reconstruída.

Ian Channell também revelou a sua angustia particular: “Se a Cathedral Square for destruída, perco o meu espaço emblemático, o meu lar espiritual, o meu espaço de exibição, a minha instalação.

As pessoas que me seguem até podem ficar mas sem a minha praça não acho que faça muito sentido.”

Aconselhou ainda os habitantes de Canterbury a não se tornarem chorosos ou românticos como os italianos ou os gregos que dão abraços e beijos por tudo e por nada e apelou para o reforço do famoso stiff upper lip britânico, da sua solidariedade e bravura.

fachadas afectadas tremor terra fevereiro 2011, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia

Moradores passam junto a uma das fachadas afectadas pelo tremor de terra de Fevereiro de 2011.

Mais recentemente, o feiticeiro decidiu retirar-se e abandonar Christchurch de vez. Mudou-se para sul, para Oamaru, para casa da mãe.

Mais tarde regressou à capital de Canterbury para protestar de novo contra a demolição da sua catedral.

A Recuperação de Christchurch e o Regresso à Actividade

Algum tempo mais tarde, o bruxo voltou à carga. Nos últimos anos, as suas intervenções tornaram-se demasiado provocadoras e polémicas.

Numa altura de relevo crescente do feminismo e de movimentos como o Metoo e semelhantes, Ian Channell despertou a ira de um largo sector do seu público.

Durante uma sua participação do programa New Zealand Today, declarou que “gostava de irritar as mulheres dizendo-lhes que eram mal-intencionadas e que usam a astúcia para atrair homens estúpidos”.

Outra sua tirada provou-se ainda mais danosa: ” Eu amo as mulheres e perdoou-as a toda a hora. Nunca bati em nenhuma… Nunca bata numa mulher porque elas ficam com marcas no corpo facilmente, vão contar aos vizinhos e amigos e criar-vos problemas”, atreveu-se a acrescentar no mesmo programa.

O Despedimento Já Previsto 

Contados vinte e três anos de relação contratual, oitenta e oito de vida de Ian Channell e 350.000€ auferidos, o estado neozelandês fartou-se das tiradas machistas ou tão só idiotas do feiticeiro.

Despediu-o.

A imprensa perguntou-lhe se iria amaldiçoar as autoridades que o dispensavam. O bruxo respondeu que não, que preferia abençoá-las.

Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Nelson a Wharariki, PN Abel Tasman, Nova Zelândia

O Litoral Maori em que os Europeus Deram à Costa

Abel Janszoon Tasman explorava mais da recém-mapeada e mítica "Terra Australis" quando um equívoco azedou o contacto com nativos de uma ilha desconhecida. O episódio inaugurou a história colonial da Nova Zelândia. Hoje, tanto a costa divinal em que o episódio se sucedeu como os mares em redor evocam o navegador holandês.
PN Tayrona, Colômbia

Quem Protege os Guardiães do Mundo?

Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
Wanaka, Nova Zelândia

Que Bem que Se Está no Campo dos Antípodas

Se a Nova Zelândia é conhecida pela sua tranquilidade e intimidade com a Natureza, Wanaka excede qualquer imaginário. Situada num cenário idílico entre o lago homónimo e o místico Mount Aspiring, ascendeu a lugar de culto. Muitos kiwis aspiram a para lá mudar as suas vidas.
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
Península de Banks, Nova Zelândia

O Estilhaço de Terra Divinal da Península de Banks

Vista do ar, a mais óbvia protuberância da costa leste da Ilha do Sul parece ter implodido vezes sem conta. Vulcânica mas verdejante e bucólica, a Península de Banks confina na sua geomorfologia de quase roda-dentada a essência da sempre invejável vida neozelandesa.
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 - Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Mount Cook, Nova Zelândia

O Monte Fura Nuvens

O Aoraki/Monte Cook até pode ficar muito aquém do tecto do Mundo mas é a montanha mais imponente e elevada da Nova Zelândia.
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Nova Zelândia  

Quando Contar Ovelhas Tira o Sono

Há 20 anos, a Nova Zelândia tinha 18 ovinos por cada habitante. Por questões políticas e económicas, a média baixou para metade. Nos antípodas, muitos criadores estão preocupados com o seu futuro.
Bay of Islands, Nova Zelândia

O Âmago Civilizacional da Nova Zelândia

Waitangi é o lugar chave da Independência e da já longa coexistência dos nativos maori com os colonos britânicos. Na Bay of Islands em redor, celebra-se a beleza idílico-marinha dos antípodas neozelandeses mas também a complexa e fascinante nação kiwi.
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
A pequena-grande Senglea II
Arquitectura & Design
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Cerimónias e Festividades
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Vegetais, Little India, Singapura de Sari, Singapura
Cidades
Little India, Singapura

Little Índia. A Singapura de Sari

São uns milhares de habitantes em vez dos 1.3 mil milhões da pátria-mãe mas não falta alma à Little India, um bairro da ínfima Singapura. Nem alma, nem cheiro a caril e música de Bollywood.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Tabatô, Guiné Bissau, Balafons
Cultura
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Étnico
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Mexcaltitán, Nayarit, México, do ar
História
Mexcaltitán, Nayarit, México

Uma Ilha entre o Mito e a Génese Mexicana

Mexcaltitán é uma ilha lacustre, arredondada, repleta de casario e que, durante a época das chuvas, só é transitável de barco. Crê-se ainda que possa ser Aztlán. A povoação que os Aztecas deixaram numa deambulação que terminou com a fundação de Tenochtitlan, a capital do império que os espanhóis viriam a conquistar.
Savai'i, Samoa, ilha Polinésia. Pacífico do Sul, igreja de Safotu
Ilhas
Savai'i, Samoa

A Grande Samoa

Upolu acolhe a capital e boa parte das atenções turísticas. Do outro lado do estreito de Apolima, a também vulcânica Savai’i é a maior e mais elevada ilha do arquipélago de Samoa e a sexta da imensa Polinésia. Os samoanos louvam de tal maneira a sua genuinidade que a consideram a alma da nação.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Na pista de Crime e Castigo, Sao Petersburgo, Russia, Vladimirskaya
Literatura
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Iguana em Tulum, Quintana Roo, México
Natureza
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Solovetsky, Ilhas, Arquipélago, Russia, Outono, UAZ, estrada de Outono
Património Mundial UNESCO
Bolshoi Solovetsky, Rússia

Uma Celebração do Outono Russo da Vida

Na iminência do oceano Ártico, a meio de Setembro, a folhagem boreal resplandece de dourado. Acolhidos por cicerones generosos, louvamos os novos tempos humanos da grande ilha de Solovetsky, famosa por ter recebido o primeiro dos campos prisionais soviéticos Gulag.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Cruzeiro Princess Yasawa, Maldivas
Praias
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Religião
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Salão de Pachinko, video vício, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo – Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Devils Marbles, Alice Springs a Darwin, Stuart hwy, Caminho do Top End
Vida Selvagem
Alice Springs a Darwin, Austrália

Estrada Stuart, a Caminho do Top End da Austrália

Do Red Centre ao Top End tropical, a estrada Stuart Highway percorre mais de 1.500km solitários através da Austrália. Nesse trajecto, o Território do Norte muda radicalmente de visual mas mantém-se fiel à sua alma rude.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.