Japão

O Império das Máquinas de Bebidas


Clientes Estudantis
Alunos posam para a fotografia em frente a uma máquina de Naha
Ramen
Casal partilha uma sopa instantânea em frente a uma máquina de bebidas de Takayama, na região de Hida
Em tom laranja
Máquina de bebidas respeita os padrões artísticos da parede em que foi instalada.
Em Ishigaki
Máquinas de bebidas lado a lado com obras de arte de rua na ilha de Ishigaki, a sul de Okinawa
Lolita Style
Moradora de Asakusa, Tóquio vestida em estilo Lolita, posa em frente a uma máquina do bairro.
Pausa em lata
Empregados de um Maid Café de Asakusa, tiram um tempo para saborear bebidas nas traseiras do seu local de trabalho.
Mayu, Osaka
Mayu, uma habitante de Osaka habituada a comprar latas de café nas máquinas da sua cidade.
Chá normal e milk tea
Chás frios da marca Kirin. As bebidas quentes tem a barra por debaixo vermelha, em vez de azul.
Chás frios
Chás frios da marca Kirin. As bebidas quentes tem a barra por debaixo vermelha, em vez de azul.
Quentes & Frias
Máquina com bebidas quentes e frias numa rua de Tóquio.
Tunel de fumo
Sequência de máquinas por baixo de uma ponte ferroviária de Tóquio repleta de pequenos restaurantes de rua.
Em Nara
Veado passa em frente a máquina de bebidas colocadas em pleno parque de Nara.
Modelo Coca & Cola
Máquina com design clássico, uma raridade entre os milhões de espécimes sofisticados.
São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.

Graças à proximidade da vasta e gélida Sibéria, o Inverno japonês instala-se, com frequência, mais cedo do que se espera. Por vezes, invade os meses próprios de uma Primavera solarenga.

Vivia-se o último desses caprichos meteorológicos. Explorávamos os domínios do Monte Fuji, a partir da base da sua vertente sul, encaixada entre a baía de Saruga e a encosta do vulcão.

Os dias amanheciam húmidos e frígidos. Só de tempo em tempo vislumbrávamos o cume nevado e distante da montanha, entre as nuvens que se haviam instalado.

Por forma a aproveitarmos ao máximo esses períodos efémeros de visibilidade, sacrificávamo-nos a despertares madrugadores. As alvoradas faziam-nos chegar à estação de comboio de Kofu antes dos primeiros “autómatos” laborais japoneses.

E até da abertura das lojas de conveniência da zona, menos presentes que o habitual por estarmos a quase 100km de Tóquio.

Máquinas Bebidas, Japão

Máquina de bebidas respeita os padrões artísticos da parede em que foi instalada.

O Pequeno-Almoço Madrugador de Bolicaos Nipónicos e Milk-Tea

A caminhada de vinte minutos enregelava-nos e despertava um apetite voraz. Assim que chegávamos à plataforma, tirávamos das mochilas um qualquer snack industrial comprado na véspera e voávamos para as máquinas de vending ali instaladas.

Cento e trinta e ienes (pouco mais que 1 euro), garantiam-nos o primeiro momento rec

Máquinas Bebidas, Japão

Empregados de um Maid Café de Asakusa, tiram um tempo para saborear bebidas nas traseiras do seu local de trabalho.

ompensador do dia. A compra não podia ser mais fácil e rápida. Já sabíamos de cor e salteado a posição da bebida preferida.

As moedas de 100 ienes e de cêntimos que inseríamos caíam quase sem som. Bastava-nos não falhar o botão correcto para uma garrafa de Milk Tea Kirin bem quente se precipitar para o depósito, como uma espécie de jackpot alimentar.

Em redor, a geada pintava de branco a paisagem suburbana e cobria secções da estação.

Os pequenos bolicaos nipónicos mais pareciam esferovite mas os primeiros golos do chá com leite tinham o sabor da salvação. Durante vários meses de exploração do Japão, aquelas máquinas salvaram-nos vezes sem conta.

Máquinas Bebidas, Japão

Chás frios da marca Kirin. As bebidas quentes tem a barra por debaixo vermelha, em vez de azul.

A Profusão Japonesa das Máquinas de Bebidas Nipónicas

Há uma máquina de bebidas para cada vinte e dois habitantes nipónicos (cerca de 5 milhões, no total). Surgem em menor número nos recantos rurais ou montanhosos mais insólitos do país. Ou como parte de verdadeiros exércitos electrificados que tomaram as cidades e os seus arredores.

Pertencem a grandes companhias tecnológicas. Estas alugam-nas às principais empresas japonesas e multinacionais que vendem bebidas.

Máquinas Bebidas, Japão

Moradora de Asakusa, Tóquio vestida em estilo Lolita, posa em frente a uma máquina do bairro.

Nas zonas de maior circulação de pessoas – como em Shinjuku, Tóquio, onde se situa a estação de comboios e metro mais movimentada do mundo – podem aparecer em sequências infindáveis que levam ao desespero os clientes mais indecisos.

A oferta não é para menos. Além de uma panóplia de águas minerais, vitaminadas e com sabores e dos refrigerantes internacionais do costume – Coca Cola, Pepsi, Fanta, etc – as máquinas oferecem inúmeros refrigerantes e sumos nipónicos (os japoneses chamam a todos jusuu) vários tipos de chás, chás com leite, incontáveis tipos de cafés (normais, Premium e hiper-fortes), de cafés com leite e até achocolatados.

Máquinas Bebidas, Japão

Máquina com bebidas quentes e frias numa rua de Tóquio.

A Disposição e a Sugestão das Bebidas Com Eficiência Japonesa

Por norma, as bebidas surgem organizadas por categoria. Uma barra azul ou vermelha abaixo da linha dos preços determina se são produtos quentes ou refrigerados.

Os primeiros diminuem à medida que o Inverno fica para trás. Okinawa e restantes ilhas subtropicais de Ryukyu, têm sempre algumas latas e garrafas geladas a representá-los.

Máquinas Bebidas, Japão

Máquinas de bebidas lado a lado com obras de arte de rua na ilha de Ishigaki, a sul de Okinawa

Passada esta pré-escolha da temperatura, a selecção da bebida pode envolver distintos factores. O hábito será um dos principais, como a necessidade física e o estado de espírito do cliente.

Não se pode menosprezar a aptidão manipuladora das empresas. Nenhum país desenvolveu a arte do design como o Japão. Os rótulos e as embalagens das pequenas latas e garrafas conquistam muitos cérebros.

Assim acreditamos até porque parece pouco credível que, numa nação com o poder de compra do Japão, a ténue diferença entre os 100 e os 150 ienes (preços mínimos e máximos das bebidas) exerça demasiada influência.

Bebidas Para Todos os Gostos. E Gostos Nipónicos a Condizer

No nosso caso particular, conseguimos chegar às bebidas da nossa preferência em pouco tempo: Milk Tea da Kirin ou  de duas ou três outras marcas (o sabor pouco muda) foi a eleita para pequeno-almoço, para aquecer ou refrescar já que existe em quente e refrigerado.

Optamos por uma excepcional bebida isotónica quando o calor e a sede apertavam e por um café ou café com leite nas raras alturas em que é precisávamos de um estímulo extra para vencer o sono ou o cansaço e continuar à descoberta.

Milhões de japoneses e de gaijins (estrangeiros) continuam indecisos. Com o propósito de os influenciar, foram lançadas recentemente algumas máquinas equipadas com sistemas de reconhecimento facial que recomendam bebidas com base na idade e no género do cliente.

Máquinas Bebidas, Japão

Sequência de máquinas por baixo de uma ponte ferroviária de Tóquio repleta de pequenos restaurantes de rua.

A título de curiosidade, a empresa responsável pela sua criação e comercialização é a JR East Water Business Co, nem mais nem menos que uma subsidiária da empresa ferroviária JR East Co. E este facto contribui para demonstrar a versatilidade e dinâmicas de negócio a que se entregam empresas de transportes nipónicas.

De volta ao reconhecimento facial, se for identificado um homem na casa dos 50, a recomendação cairia provavelmente sobre um chá verde. Se esse homem for mais novo, passará a ser um café.

A uma mulher nos seus vinte e poucos anos será sugerido um milk tea ou algo mais doce. Os criadores previram também outras situações.

Mayu, uma habitante de Osaka habituada a comprar latas de café nas máquinas da sua cidade.

A recomendação da bebida pode depender da temperatura e da altura do dia.

Em qualquer caso, o produto aconselhado é identificado com uma etiqueta electrónica especial que se activa de imediato.

E Outros Extras Tecnológicos Melhorados de Ano para Ano

E, segundo um acordo entre municipalidades japonesas e as empresas de vending, máquinas posicionadas em lugares estratégicos – como estações de metro e de comboio – foram equipadas com sistema de suporte energético especial e programadas para oferecer bebidas em caso de desastres naturais.

Em tempos de normalidade, o pagamento das bebidas pode ser feito com recurso a moedas ou notas, ou ainda a sistemas de cartões inteligentes como o popular Suica que tomou conta do Japão e é usado para inúmeros fins. As leis do mercado ditaram que nem sempre é necessário pagamento.

Máquinas Bebidas, Japão

Casal partilha uma sopa instantânea em frente a uma máquina de bebidas de Takayama, na região de Hida

Alguns operadores de vending de bebidas menos dispendiosas (70 a 120 ienes e servidas em copos de papel com logos e até mini-anúncios neles impressas) lembraram-se de oferecer descontos ou até mesmo as bebidas às pessoas que, em troca, assistissem a filmes publicitários com cerca de 30 segundos.

A tarefa pareceu simples e até divertida a milhões de nipónicos.

Hoje, estas máquinas superam já as 50.000 unidades. Juntaram-se às mais de cinco milhões que tinham já conquistado a nação dos imperadores.

Máquinas Bebidas, Japão

Veado passa em frente a máquina de bebidas colocadas em pleno parque de Nara.

Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
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Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
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Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Gravuras, Templo Karnak, Luxor, Egipto
Arquitectura & Design
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
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Aventura
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Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
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Cerimónias e Festividades
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
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O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
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Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Danças
Cultura
Okinawa, Japão

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arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
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Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka
Em Viagem
PN Yala-Ella-Candia, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
Indígena Coroado
Étnico
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Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

New Orleans luisiana, First Line
História
New Orleans, Luisiana, E.U.A.

A Musa do Grande Sul Americano

New Orleans destoa dos fundos conservadores dos E.U.A. como a defensora de todos os direitos, talentos e irreverências. Em tempos francesa, para sempre afrancesada, a cidade do jazz inspira, a novos ritmos contagiantes, a fusão de etnias, culturas, estilos e sabores.
Montserrat ilha, Plymouth, vulcão Soufriere, casario soterrado
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Erguida no sopé do monte Soufrière Hills, sobre depósitos magmáticos, a cidade solitária da ilha caribenha de Montserrat cresceu condenada. Como temido, em 1995, o também vulcão entrou num longo período eruptivo. Plymouth, é a única capital de um território político que permanece soterrada e abandonada.
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Oulu: uma Ode ao Inverno

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Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
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Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
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Do “Pequeno Tibete Português” às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
city hall, capital, oslo, noruega
Património Mundial UNESCO
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Uma Capital (sobre) Capitalizada

Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
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Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Banhista, The Baths, Devil's Bay (The Baths) National Park, Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas
Praias
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Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Religião
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Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval
Sociedade
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

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Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Cabo da Cruz, colónia focas, cape cross focas, Namíbia
Vida Selvagem
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.