Osaka, Japão

O Japão Urbano-Jovial de Osaka


Pedra ante Pedra
Alunos brincam as escaladas na base do castelo de Osaka.
Ginasta Dançarino
Dançarino destoa dos visitantes do castelo medieval de Osaka.
Por um Túnel Galeria
Transeuntes percorrem um tunel do metro de Osaka.
Adoração do Ídolo Billy Ken
Crianças detêm-se aos pés da estátua dourada de BilliKen.
Osaka Jo
O Castelo de Osaka, destacado acima do centro da cidade.
Dotonbori
As margens iluminadas por neon do canal de Dotonbori.
Things as They Are
Duas amigas fazem-se fotografar aos pés da estátua de Billy Ken.
Beicinhos
Amigas e um bebé num Dog Café de Osaka,
Jintan
Modelo promove uma antiga equipa de beisebol de Osaka.
Amigas de Ferrys
Amigas na fase da Ferrys Wheel da Bay Area.
O Oceanário de Osaka
O aquário Kaiyukan iluminado na Bay Area de Osaka.
Dotonbori
Moradora de Osaka à sombra do neon garrido de Dotonbori.
Asahi Lager
Outdoor vistoso promove a cerveja japonesa Asahi.
Recordação à moda Nipónica
Visitantes fotografam-se com o castelo de Osaka em fundo.
Reflexos da Vida de Osaka
Edifício da Bay Area de Osaka gera um reflexo curiosos dos seus visitantes.
Osaka a (muitas) Cores
Decoração garrida de uma rua do centro de Osaka.
Salaryman
Salaryman passa num corredor de um edifício da Bay Area.
CBD de Osaka
O casario moderno de Osaka, a terceira cidade japonesa.
Ensaios de Rua
Jovens praticam dança na base iluminada de um centro comercial.
Terceira cidade mais populosa do Japão e uma das mais antigas, Osaka não perde demasiado tempo com formalidades e cerimónias. A capital da região do Kansai é famosa pelas suas gentes extrovertidas sempre prontas a celebrar a vida.

Menos de duas horas. É quanto nos demora a viagem de 330km entre Hiroxima e Osaka.

Chegamos à estação de Shin Osaka, por volta das 17h30. Instalamo-nos num café das imediações de Osaka Jo Kitazume até à hora em que a jovem moradora nossa anfitriã connosco se podia encontrar.

Mayu chega em cima das 22h. Caminhamos com ela até casa. Quando chegamos ao seu apartamento no 10º andar, percebemos que, não só estamos próximos do castelo de Osaka, em pleno centro de Chuo-Ku, como temos uma vista privilegiada sobre a fortaleza, o lago em redor e os prédios alinhados do Central Business District.

Mayu põe-nos à vontade. Oferece-nos cervejas geladas que partilhamos numa amena cavaqueira em inglês. Até à meia-noite. Por essa hora, desculpa-se mas tem que se ir deitar. Do nosso lado, depois da longa jornada de baixo a meio da ilha de Honshu, o plano dela parecia-nos bem.

Só despertamos às 10 da manhã. Mayu tinha saído para o ginásio e só voltaria ao final do dia. Ainda estávamos algo confusos quanto ao plano para a exploração de Osaka.

À Conquista do Velho Castelo de Osaka

Com o castelo da cidade ali à mão de semear, apostamos em simplificar. Afinal de contas, mais que destacado acima do âmago da cidade, como seria de esperar, o Osaka Jo é indissociável da história desta que é agora a terceira urbe nipónica.

Castelo de Osaka, Japão

O Castelo de Osaka, destacado acima do centro da cidade.

Ergueu-o, em 1583, um dáimio que resistia ao domínio crescente de Ieyasu Tokugawa, este, o unificador do Japão, primeiro xógum do xogunato Tokugawa.

Quase o consumiu um incêndio provocado por um raio, cinquenta anos após Ieyasu o ter conquistado. E não obstante os bombardeamentos dos Aliados na 2ª Guerra Mundial o terem danificado, o Osaka Jo resistiu à destruição atroz que se verificou, sobretudo, numa área para sudoeste do bairro de Chuo-Ku.

De acordo, concretizada uma reabilitação que durou de 1995 a 1997, o castelo recuperou o esplendor medieval e uma imponência oriental que desde o dia anterior nos seduzia. Instantes depois de passarmos para o domínio interior do antigo fosso, damos com um pequeno exército de jovens alunos.

Apesar da formalidade de fato e gravata dos seus uniformes, tinham cedido à tentação de conquistarem o monumento, favorecidos pela ausência de autoridades do complexo e pelo tamanho das frechas entre os blocos de granito da estrutura.

Pé ante pé, pedra após pedra, os rapazes avançavam nessa base, mais avanço que subida já que a subida implicava desafiarem a gravidade.

E a vida.

Castelo de Osaka, Japão

Alunos brincam as escaladas na base do castelo de Osaka.

Por mais inconscientes e imaturas se revelassem as suas, os jovens sabiam que o castelo já tinha assistido a suficientes tragédias. Como tal, viraram-se para nós, concordantes com uma ou duas fotos cool. Após o que trataram de regressar ao solo sem espalho ou espalhafato.

Quando o conseguem, pedem-nos para espreitar as imagens. “Sugoi!” exclamam em jeito de aprovação do registo. Despedimo-nos do pequeno gang. Saímos em busca de outros japoneses e motivos fotografáveis.

A Evasão e Diversão Nipónica em redor do Osaka Jo

Uma guia turística de bandeirinha amarela em riste apela ao seu grupo de visitantes que a ela se reúnam. Logo ao lado, num estilo que contrastava com o uniformizado da senhora, um outro súbdito do imperador destacava-se pela sua exuberância.

Trajava botas de neve, calças púrpura, t-shirt verde e gorro rosa.

Dançarino, Osaka, Japão

Dançarino destoa dos visitantes do castelo medieval de Osaka.

De fones nos ouvidos e uma mini-máquina fotográfica pendurada ao pescoço para o que desse e viesse, este turista-dançante entregava-se a movimentos e coreografias ditadas pela música. Indiferente à audiência em redor e, sobretudo, ao que dele podiam achar, fazia do pátio de acesso ao Osaka Jo a sua pista particular.

Outros visitantes, enfiavam as cabeças em modelos de personagens medievais nipónicas, e fotografavam-se com o castelo em fundo.

Para cá, para lá, acima e abaixo dos sete pisos que abrigam o museu dedicado ao próprio castelo e a Toyotomi Hideyoshi, o senhor da guerra japonês que ordenou a sua construção, chegamos ao fim da tarde.

Recordação, castelo de Osaka, Japão

Visitantes fotografam-se com o castelo de Osaka em fundo.

Afastamo-nos para aquém do fosso e do lago e apreciamos a duplicidade de atmosferas nocturnas do bairro de Chuo-Ku. A do castelo amarelado que quase parecia pairar acima da mancha escura da floresta.

E a dos prédios altos e modernos do CBD, verdadeiras caixas de luz espetadas à beira do lago, cada qual, com a sua razão corporativa de ser. Ou melhor, com centenas delas.

OSaka, Japão

O casario moderno de Osaka, a terceira cidade japonesa.

O CBD de Osaka e relevância da cidade no Panorama Financeiro Nipónico

Osaka tornou-se um dos principais centros financeiros do Japão. Entre as multinacionais famosas à escala mundial que lá têm as suas sedes, contam-se a Panasonic e a Sharp.

Salaryman, Osaka, Japão

Salaryman passa num corredor de um edifício da Bay Area.

Malgrado a relevância empresarial, a cidade é conhecida pela sua cultura menos cerimoniosa, mais informal, espontânea e festiva, em comparação, por exemplo, com a capital Tóquio, com Yokohama e com a tradicionalista Quioto.

Até o próprio à vontade da nossa anfitriã Mayu parecia contribuir para o confirmar.

Situada na zona subtropical do Japão, Osaka tem um clima mais ameno mas também mais chuvoso ao longo do ano que estas vizinhas.

Para os dois dias seguintes, estava previsto céu cinzento e aguaceiros.

Dotonbori, o Coração e a Alma Cosmopolita de Osaka

Conformados com a sina meteorológica, informados da sua abundância de ruas arcadas, dedicamo-nos a explorar a zona de Dotonbori, a que se estendia entre duas das pontes que atravessam o canal do rio homónimo, um dos vários que sulcam a cidade, na iminência da grande Baía de Osaka.

Reflexos de Osaka, Japão

Edifício da Bay Area de Osaka gera um reflexo curiosos dos seus visitantes.

De facto, Dotonbori confirmou-se o coração e a alma da vida cosmopolita da cidade, a rede de ruas e ruelas que traduzem a sua riqueza cultural e comercial.

Passamos por incontáveis restaurantes, uns tradicionais, outros nem tanto. Espreitamos salões de pachinko (jogo de sorte electrónico japonês) e outros de purikura, versões hipermodernas da vulgar máquina de fotografias.

Tanto as ruas abertas como as arcadas estão pejadas de faixas publicitárias verticais, algumas em forma dos néones que carregam a noite de luz e de cor, várias acompanhadas de símbolos figurados sobre as suas portas.

Rua de Osaka, Japão

Decoração garrida de uma rua do centro de Osaka.

Num dos cruzamentos, surpreende-nos a estátua dourada de um grande bebé de sorriso trocista, sentado num trono em jeito de Buda pueril. Uma inscrição que o identificava como “Billiken – Things as They Ought to Be”, pouco ou nada nos esclarecia.

O Estranho Fenómeno Urbano do Bebé Grande Biliken

E, no entanto, adultos, adolescentes e crianças que por ali passavam homenageavam-no e repetiam, com o boneco, fotos e mais fotos.

Só muito mais tarde viemos a apurar de onde provinha a sua popularidade. E vinha de bem longe.

BilliKen, Osaka, Japão

Crianças detêm-se aos pés da estátua dourada de BilliKen.

Nos primeiros anos do século XX, a tal figura apareceu num sonho de Florence Pretz, uma professora de arte e ilustradora de Kansas City. Fretz atribuiu-lhe o nome Billiken que achou num poema de 1896, chamado “Mr. Moon: a Song of the Little People”.

Chegada a 1908, Pretz registou a patente do boneco que veio a fazer furor tanto no Canada como nos Estados Unidos, onde se tornou símbolo da Universidade de Saint Louis, não tarda, apodo de uma série de equipas menores de beisebol.

O boneco chegou ao Japão, levado pelas representações desportivas nipónicas que se deslocavam aos Estados Unidos. Uma das mais impressionantes representações do Billiken foi erguida, logo em 1912, no Luna Park de Osaka em representação de um sortido prolífico de Americana.

Billiken, Osaka, Japão

Duas amigas fazem-se fotografar aos pés da estátua de Billy Ken.

Em 1923, essa estátua de madeira sumiu com o fecho do parque. E, em 1980, uma réplica foi colocada numa das torres famosas da cidade, a Tsutenkaku. Daí em diante, o notório, já quase divino Billiken de Osaka como que andou em tournée dentro do Japão e até nos Estados Unidos.

Bastaram apenas alguns passos para encontrarmos outra das influências culturais com que os norte-americanos preencheram o vazio deixado pela derrota nipónica na 2ª Guerra Mundial.

O beisebol tornou-se o desporto número um do Japão. Movimenta biliões de ienes, parte deles em contratações de jogadores estrangeiros.

Logo ao lado, dois modelos, jogadores ou ex-jogadores, exibiam o equipamento de uma equipa de outros tempos, a Osaka Gold Vilignes.

Modelo de beisebol, Osaka, Japão

Modelo promove uma antiga equipa de beisebol de Osaka.

America-Mura. Onde a Cultura Nipónica se Funde com a Legada pelos Estados Unidos

Caminhamos ao longo do America-Mura, mais conhecida como Ame-Mura, um sector da área de Minami, fulcro da cultura e da moda jovem da região nipónica da região de Kansai, que a presença de uns poucos gaijin (estrangeiros) torna mais cosmopolita.

Dotonbori, Osaka, Japão

As margens iluminadas por neon do canal de Dotonbori.

Ame-mura estende-se pela Naga Hori Street, até ao culminar de néon de Dotonbori. Quando lá voltamos, ainda é de dia. Uma multidão percorre a viela às compras ou a saborear distintos petiscos, caso das okonomiyaki, as panquecas de couve que fazem japoneses e estrangeiros viajarem de longe, para as saborearem em Osaka.

Acima, imponentes, um a enfrentar o outro, impingem-se outdoors rivais das cervejas Kirin Lager e Asahi Super Dry, em qualquer caso, bebidas apropriadas para acompanhar a intrincada okonomiyaki que, convidados por Mayu, ainda nos viria a deliciar.

Outdoor, Osaka, Japão

Outdoor vistoso promove uma cerveja japonesa.

Sem deixarmos por completo o âmbito, quando escurece, destaca-se sobre o canal e nele reflectido o atleta vitorioso da marca de comida Glico, também ela de Osaka mas presente em mais de trinta países.

Não obstante a sua assinatura em inglês “Good Taste and Good Health”, esta multinacional exporta  chocolates, batatas-fritas, pastilhas elásticas, gelados e vários outros produtos destoantes.

Dotonbori, Osaka, Japão

Moradora de Osaka à sombra do neon garrido de Dotonbori.

Uma já inesperada chuva a potes atesta o canal de Dotonbori. Faz debandar a multidão para as ruas arcadas. Com o cansaço a adensar-se ao mesmo ritmo que a noite, recolhemos ao abrigo reconfortante de Mayu onde, até à hora de nos deitarmos, voltamos a beber Asahis geladas, à conversa.

Bay Area: a Versão Mais Marinha e Aberta de Osaka

O dia seguinte, dedicamo-lo à Bay Area, a zona do estuário que nos fez lembrar uma Expo 98 à moda de Osaka. Lá se encontra também um grande oceanário, o Osaka Aquarium. Nas imediações, os Universal Studios Japan e uma enorme Ferris Wheel.

Aquário Kaiyukan, Osaka, Japão

O aquário Kaiyukan iluminado na Bay Area de Osaka.

Nenhuma destas atracções se revelava prioritária se quiséssemos manter-nos fiéis à descoberta da exótica e criativa cultura nipónica.

Mesmo assim, desafogada à beira-mar, a Bay Area fez-nos caminhar mais do que contávamos e subirmos ao observatório do edifício Umeda de onde acompanhámos o acender das luzes urbanas.

Hip-hop. Osaka, Japão

Jovens praticam dança na base iluminada de um centro comercial.

Terminámos o périplo de Osaka num piso subterrâneo desse mesmo edifício. De rastos, sentámo-nos a assistir a uma comunidade bem-disposta de breakdancers e hip-hopers da cidade, a aperfeiçoarem as suas danças acrobáticas.

Ogimashi, Japão

Um Japão Histórico-Virtual

Higurashi no Naku Koro ni” foi uma série de animação nipónica e jogo de computador com enorme sucesso. Em Ogimashi, aldeia de Shirakawa-Go, convivemos com um grupo de kigurumis das suas personagens.
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Arquitectura & Design
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Cerimónias e Festividades
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Luderitz, Namibia
Cidades
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Verão Escarlate
Cultura

Valência a Xàtiva, Espanha

Do outro Lado da Ibéria

Deixada de lado a modernidade de Valência, exploramos os cenários naturais e históricos que a "comunidad" partilha com o Mediterrâneo. Quanto mais viajamos mais nos seduz a sua vida garrida.

Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Tsitsikamma Parque Nacional
Em Viagem
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
Salto para a frente, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu
Étnico
Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Vulto na Praia do Curral, Ilhabela, Brasil
História
Ilhabela, Brasil

Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
barco colorido, ilhas gili, indonesia
Ilhas
Ilhas Gili, Indonésia

Gili: as Ilhas da Indonésia que o Mundo Trata por “Ilhas”

São tão humildes que ficaram conhecidas pelo termo bahasa que significa apenas ilhas. Apesar de discretas, as Gili tornaram-se o refúgio predilecto dos viajantes que passam por Lombok ou Bali.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
barco enferrujado, Mar de Aral, Usbequistão
Natureza
Mar de Aral, Uzbequistão

O Lago que o Algodão Absorveu

Em 1960, o Mar de Aral era um dos quatro maiores lagos do mundo mas projectos de irrigação secaram grande parte da água e do modo de vida dos pescadores. Em troca, a URSS inundou o Uzbequistão com ouro branco vegetal.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil, cachoeira Véu de Noiva
Parques Naturais
Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil

No Coração Ardente da América do Sul

Foi só em 1909 que o centro geodésico sul-americano foi apurado por Cândido Rondon, um marechal brasileiro. Hoje, fica na cidade de Cuiabá. Tem nas imediações, os cenários deslumbrantes mas demasiado combustíveis da Chapada dos Guimarães.
Campeche, México, Península de Iucatão, Can Pech, Pastéis nos ares
Património Mundial UNESCO
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Surfistas caminham pela praia do Tofo, Moçambique
Praias
Tofo, Moçambique

Entre o Tofo e o Tofinho por um Litoral em Crescendo

Os 22km entre a cidade de Inhambane e a costa revelam-nos uma imensidão de manguezais e coqueirais, aqui e ali, salpicados de cubatas. A chegada ao Tofo, um cordão de dunas acima de um oceano Índico sedutor e uma povoação humilde em que o modo de vida local há muito se ajusta para acolher vagas de forasteiros deslumbrados.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Kogi, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia
Sociedade
PN Tayrona, Colômbia

Quem Protege os Guardiães do Mundo?

Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Hipopótamo na Lagoa de Anôr, Ilha de Orango, Bijagós, Guiné Bissau
Vida Selvagem
Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós

São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.