Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas


Sombra vs Luz
Visitantes admiram e fotografam o Pavilhão Dourado na sombra de árvores d margem do lago Kyoko-chi.
Budismo resplandecente
Um dos muitos Budas dourados alojados nos incontáveis tempos seculares de Quioto.
De olho nos acontecimentos
Empregada de uma pousada-bar da zona de Kinugasa espreita a rua.
Quase gueixas
Maikos (aprendizes de gueixas) passeiam-se numa rua histórica do bairro de Higashiyama.
De porta aberta
Bar-restaurante tradicional num ambiente verdejante de Quioto, repleto de bambu.
De costas voltadas
Casal num parque infantil de Quioto nas margens do rio Kamo.
Kinkaku ji
Outra perspectiva do Pavilhão Dourado, subsumido em pinheiros nipónicos.
Aventuras pela história
Estudantes atravessam uma ponte do castelo de Nijo, o grande baluarte militar histórico de Quioto.
Descanso vegetal
Visitantes na varanda aberta de um pavilhão num jardim dos arredores de Quioto.
Kamo-gawa
Ciclista percorre uma ruela paralela ao rio Kamo, a principal artéria fluvial de Quioto.
Outono nipónico
Edifício histórico perdido na vegetação outonal de Quioto.
Kinkaku-ji II
O Pavilhão Dourado espelhado no lago Kyoko-chi idílico que o separa dos visitantes.
Ruínas
Imagem histórica do Pavilhão Dourado após o incêndio provocado por Hayashi Yoken.
O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.

Passava pouco das oito e meia de uma manhã de quarta-feira.

O autocarro avançava pelas vias ainda desertas de trânsito.

Pouco depois do feriado nipónico que louva a saúde e o desporto, também não víamos vivalma naqueles arredores campestres de Quioto.

Ocorreu-nos que boa parte da população se tinha deixado dormir a recuperar do exercício comunal de há uns dias.

Kamo-gawa

Ciclista percorre uma ruela paralela ao rio Kamo, a principal artéria fluvial de Quioto.

Uma voz feminina automatizada anunciou Kinugasa-ko-mae. Apesar do inevitável tom estridente e infantil, reconhecemos o nosso destino. Saímos.

Por diante, erguia-se uma encosta com vegetação alternada entre o verdejante e o outonal.

Preferíamos que estivesse toda ou, vá lá, quase toda, com os tons deslumbrantes que antecedem a queda. O Monte Kinugasa e as suas vertentes nunca se vergaram a caprichos.

Outono nipónico

Edifício histórico perdido na vegetação outonal de Quioto.

Já Uda, o 59º imperador do Japão, exigiu ver a bela paisagem, nevada, no pino do Verão. Para o satisfazerem, os súbditos da região deram-se ao trabalho de envolver a área em seda branca.

O nome do monte traduz esse inesperado evento.

E se, desde então, muito mais acontecimentos dignos de registo se passaram nestas paragens, um enredo em particular comoveu o Japão como não acontecia desde a aniquilação nuclear de Hiroxima e Nagasaki.

E a capitulação consequente na 2ª Guerra Mundial.

A História Real e Romance de Yukio Mishima “O Templo Dourado”

Tornou-se de tal forma notório que foi reconstituído mais que uma vez como filme e, enquanto romance “O Templo Dourado”, pelo controverso Yukio Mishima. A abundância de reconstituições artísticas acabou por diluir a realidade na ficção.

Sabe-se que Hayashi Yoken era originário duma aldeia costeira do norte do Japão, um filho feio de um sacerdote budista que, determinada altura, o levou a admirar e a louvar a beleza de Kinkaku-ji.

Kinkaku-ji, por sua vez, era a antiga villa de Yoshimitsu (um xógum), transformado em templo budista pelo seu filho segundo os desejos do pai.

Kinkaku ji

Outra perspectiva do Pavilhão Dourado, subsumido em pinheiros nipónicos.

Segundo narraram tanto Mishima como o realizador Kon Ichikawa, após a morte do seu pai, com a 2ª Guerra Mundial em pleno, Hayashi Yoken (Mizoguchi no livro e no filme) mudou-se para Quioto. Tornou-se um dos três acólitos do templo Kinkaku-ji que o seu pai idolatrava.

No primeiro aniversário da morte do pai, a mãe de Hayashi Yoken visitou-o.

De olho nos acontecimentos

Empregada de uma pousada-bar da zona de Kinugasa espreita a rua.

Hayashi Yoken (Mizogushi) e a Sua Personalidade Pungente

Insensível aos danos na personalidade provocados pela gaguez e feieza do filho – fraquezas exploradas por colegas e outros jovens para o humilharem – impingiu-lhe o seu anseio de que deveria suceder ao líder da comunidade religiosa.

Por essa altura, como o deixou transparecer Mishima, o imaginário do templo reduzido a escombros pelas bombas dos americanos já fascinava Hayashi.

Mas o Secretário de Guerra dos E.U.A. Henri Stimson – que havia passado a lua-de-mel em Quioto – considerou que a cidade tinha demasiada importância cultural.

Aventuras pela história

Estudantes atravessam uma ponte do castelo de Nijo, o grande baluarte militar histórico de Quioto.

Removeu-a de forma repetida e teimosa da lista de alvos a fornecer a Força Aérea dos Estados Unidos.

Tanto Quioto como o Templo Dourado sobreviveram à guerra mas, na mente esquizofrénica de Mizoguchi, a visão da destruição do templo e o desejo de o possuir e controlar continuavam a debater-se.

A notícia da capitulação japonesa devastou-o. De noite, subiu a um monte em redor da cidade e lá decretou uma maldição: ”Que a escuridão do meu coração seja a da penumbra que envolve essas luzes sem fim”.

Vários desvios relacionais e sentimentais têm então lugar com diversas novas personagens.

À medida que a sua doença psíquica se intensifica, agrava-se a antipatia para com o sacerdote-mor do templo que, em 1949, Mizoguchi vê com uma gueixa, mais um comportamento indigno daquele religioso tutor que era suposto admirar.

Ao mesmo tempo, o facto de o Pavilhão Dourado se ter tornado numa atracção turística visitada e trespassada também pelos ocupantes ianques sem que o impotente Mizoguchi o pudesse evitar, avivou a urgência de o destruir.

A determinada altura, Mizoguchi ouviu dois passageiros de um comboio conversarem sobre o templo: “a receita anual livre de imposto do Pavilhão Dourado tem que exceder 5 milhões de ienes enquanto os custos de operação não podem ultrapassar 200 mil.” afirmava um deles.

“Então e que aconteceu ao saldo?” questionou o outro. “O Superior alimenta os acólitos de arroz frio enquanto sai todas as noites e gasta o dinheiro com as gueixas de Gion.”

Quase gueixas

Maikos (aprendizes de gueixas) passeiam-se numa rua histórica do bairro de Higashiyama.

O Fogo-Posto que Consumou a Desilusão e Obsessão de Mizoguchi

O desgosto do acólito aumentava a olhos vistos. Para o Japão, o Pavilhão Dourado tinha-se tornado um símbolo histórico. Para ele, não passava de um monumento inebriante à decadência e à comercialização do Budismo.

A 2 de Julho de 1949, Mizoguchi entrou no Pavilhão Dourado. Espalhou medas de palha pelo chão de madeira. Vencida alguma hesitação, incendiou o edifício. Tentou subir ao terceiro piso mas a porta estava fechada.

Ao sentir o logro no plano da sua morte gloriosa, abandonou o templo, semi-intoxicado, a correr.

Um incêndio recente do templo Todai-ji de Nara causado por um cobertor eléctrico de um dos restauradores a trabalhar numa grande pintura levara as autoridades nipónicas a instaurem sistemas de alarme avançados para a época.

O do Pavilhão Dourado também soou mas a logística combustiva instalada por Mizoguchi garantiu uma rápida propagação do fogo.

Ruínas

Imagem histórica do Pavilhão Dourado após o incêndio provocado por Hayashi Yoken.

Mesmo assim, o incendiário conseguiu ascender a uma colina. A tempo de, em jeito de jovem Nero nipónico, entre o delírio e arrependimento, contemplar as derradeiras labaredas.

O Kinkaku Ji Restaurado e Resplandecente dos Nossos Dias

Retomemos os nossos próprios passos contemporâneos.

Quanto entramos, o complexo ajardinado estava quase vazio.

Caminhamos na natureza até que damos com um lago amplo repleto de nenúfares. Uma corda que delimitava o acesso à secção mais próxima da margem detém-nos.

Dali, maravilhamo-nos com a visão reflectida na água escura do Pavilhão Dourado reconstruído e agora banhado a folha de ouro.

Kinkaku-ji II

O Pavilhão Dourado espelhado no lago Kyoko-chi idílico que o separa dos visitantes.

Parecia-nos flutuar para lá das dez pequenas ilhas do lago Kyoko-chi (Lago Espelho), aquém de uma floresta verdejante de grandes pinheiros japoneses com ramos retorcidos e copas a roçarem o céu azulão do Outono.

Uma fénix também dourada e de asas abertas exibia-se sobre o coruchéu do terceiro andar de estilo zen, a sua Cúpula do Fundamento.

Abaixo, o segundo andar incluía um Salão de Buda e um santuário à deusa da misericórdia.

Foi chamado A Torre do Som das Ondas e construído no estilo dos aristocratas guerreiros. Na base, reluzia a Câmara das Águas Dharma, inspirada no estilo dos domicílios da aristocracia imperial Heian, do século XI.

Durante momentos, observados por algumas carpas e kois ansiosas pelo alimento atirado de quando em quando pelos visitantes, deixamo-nos deslumbrar pela beleza que obcecara tanto Hayashi como Mizoguchi.

Meio Século depois, as Mesmas Excursões Turísticas que Revoltavam Mizoguchi

Pouco depois, assola-nos parte da mácula que os fizera desesperar.

Os primeiros autopullmans tinham chegado. Centenas de turistas surgiam atrás dos seus guias de bandeirinhas garridas ao alto. Invadiram e disputaram com grande alarido o espaço exíguo à beira-lago, até então só nosso.

Num ápice,  corromperam a paz espiritual que se fazia sentir.

Sombra vs Luz

Visitantes admiram e fotografam o Pavilhão Dourado na sombra de árvores d margem do lago Kyoko-chi.

Sem grande alternativa, fugimos para o jardim em estilo período medieval Muromachi que nos cercava. Lá nos deleitámos com a inesperada atmosfera harmoniosa zen.

Por pouco tempo. A horda de visitantes, na sua maioria chineses, não tardou a também ali nos seguir.

Cercados, decidimo-nos a abandonar o complexo de vez.

Por alguns dias, prolongamos a descoberta da Quioto milenar e sumptuosa em que havia deambulado o acólito Mizoguchi.

E que tanto o desiludira.

Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

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Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
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O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
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