PN Bromo Tengger Semeru, Indonésia

O Mar Vulcânico de Java


Anéis de Fogo
Os vulcões Semeru (ao longe) e Bromo em plena actividade.
Degraus para os infernos
Escadaria de madeira conduz à cratera do vulcão Bromo.
Nativos de Tengger
Dono de um dos cavalos que transporta visitantes no Mar de Areia de Tengger.
Em erupção
Cinza e gases fluem da cratera do vulcão Semeru para os céus de Java.
Monte enxofrado
A cratera fumarenta e tóxica do vulcão Bromo, um dos mais baixos mas mais activos do Mar de Areia de Tengger.
Um perfil de Java
Visitante javanês sobre o cume do monte Penanjakan (2770 m), que oferece uma vista privilegiada sobre os restante vulcões.
Noite pouco escura
Lua cheia espreita sobre a orla da caldeira de Tennger.
Para mais tarde recordar
Viajante europeia fotografa o conjunto de vulcões da caldeira de Tengger
Fé na clemência
O templo hindu Luhur Poten, erguido pelo povo Tengger em reverência aos seus deuses e aos vulcões.
A gigantesca caldeira de Tengger eleva-se a 2000m no âmago de uma vastidão arenosa do leste de Java. Dela se projectam o monte supremo desta ilha indonésia, o Semeru, e vários outros vulcões. Da fertilidade e clemência deste cenário tão sublime quanto dantesco prospera uma das poucas comunidades hindus que resistiram ao predomínio muçulmano em redor.

Sempre fiel para com os seus postos em Surabaya e zelosa com aquela missão em particular, a dupla de oficiais do Ministério do Turismo indonésio Widarto e Bambang afiança-nos que o despertar tem que ser às três da madrugada.

Franzimos os sobrolhos mas, somos meros forasteiros naquelas terras distantes de Bromo Tengger Semeru.

Mesmo renitentes, acatamos a indicação e regressamos ao quarto conformados com a certeza de que, uma vez mais, pouco ou nada iríamos dormir.

À hora em ponto, batem-nos à porta. Já enfiado no seu semi-uniforme verde-azeitona, Mr. Bambang certifica-se do nosso despertar com um sorriso estampado que nos sabe a sadismo. “Estão prontos? Esperamos por vocês dentro do jipe.” Saíamos preparados para tudo menos para a temperatura exterior.

Há meses que viajávamos. Por certo a roçar os 4 ou 5 graus, aquele era o único frio digno desse nome com que o Sudeste Asiático nos brindava. Metemo-nos no jipe.

Esgotadas algumas palavras de cerimónia, o condutor local acende as luzes e, devagar devagarinho, fá-lo sulcar o breu de quase lua-cheia sobre o solo arenoso da caldeira de 50km2 que nos admitira.

Noite sobre a orla da caldeira de Tennger em Java, Indonésia

Lua cheia espreita sobre a orla da caldeira de Tennger.

A Subida Nocturna ao Monte Penanjakan

Mais jipes surgem do nada. Alguns ultrapassam-nos.

Outros, mantêm-se na rectaguarda. Esta dança motorizada termina numa caravana de seis ou sete veículos que logo se fazem ao caminho íngreme e pior que de cabras que nos levaria ao cimo de um tal de monte Penanjakan.

Quando atingimos os 2770 metros do seu cume, mesmo sem grande vento, a frigidez intensifica-se, estimamos que a roçar os 0 graus. Um batalhão de vendedores residentes lucra do sofrimento dos visitantes mais incautos.

Minuto após minuto, alugam casacões, vendem luvas, gorros e cachecóis e servem chás, cafés e chocolates quentes a preços inflacionados de acordo com a hora precoce e a necessidade imperiosa dos seus serviços.

As luzes que iluminam a operação tornam mais difícil reconhecer a configuração da paisagem que nos cerca. Em simultâneo, sarapintam o negrume focos de distintos espectros gerados pelas lanternas e frontais de caminhantes nos seus percursos através do Mar de Areia nas profundezas.

Podíamos estar às escuras quanto à paisagem mas uma coisa sabíamos: dentro em pouco, aquela secção do cume ficaria repleta de gente e, assim nos tinham contado Sílvia e Rafael, um casal espanhol de viajantes, seria feroz a disputa pela contemplação ideal da alvorada a devolver as cores ao céu e à reputada constelação de vulcões do Parque Nacional Bromo Tengger Semeru.

A Visão Resplandecente dos Grandes Vulcões de Java

Inauguramos uma volta de reconhecimento. Fazemos os nossos estudos. Inquirimos o suficiente para não incorrermos em erros danosos.

Na sequência do processo, mesmo ainda sem concorrência, montamos o tripé na extremidade de uma laje de cimento virada para onde havíamos concluído estarem os vulcões, em detrimento da direcção de que surgiria a aurora.

Durante meia-hora, suportamos o frio praticamente sós.

Logo, mais e maiores caravanas compostas noutros hotéis e pousadas intersectam-se junto à base da montanha e completam a sua ascensão.

Visitantes no cimo do monte Penanjakan em Java, Indonésia

Visitante javanês sobre o cume do monte Penanjakan (2770 m), que oferece uma vista privilegiada sobre os restante vulcões.

Aos poucos, a claridade aumenta. Os passageiros recém-chegados depressa formam a multidão e a animosidade que nos haviam sido auguradas.

O sol re-emerge detrás de montanhas opostas. Boa parte do público prefere acompanhá-lo. Nós, apreciamos a evolução de tons do conjunto vulcânico por diante: o monte Batok logo abaixo. Atrás, ligeiramente à esquerda, cinzento em vez de ocre, com as suas vertentes também listadas, o fumegante vulcão Bromo.

Por último, na aparente projecção do monte Batok mas a grande distância para sul e bem mais elevada, a montanha superior da ilha de Java, o vulcão Semeru, com os seus majestosos 3.676 metros, bastante acima da cratera venenosa do Ijen onde tínhamos recentemente estado.

Semeru: um Gigante do Anel de Fogo

O grande astro revela-se em todo o seu esplendor e amorna a atmosfera acima da caldeira. Por essa altura, dá-se a primeira erupção iluminada – e visível – do Semeru que as gera com intervalos regulares.

Os vulcões Semeru (ao longe) e Bromo em Java, Indonésia

Os vulcões Semeru (ao longe) e Bromo em plena actividade.

Atordoada pelo espectáculo do cone invertido esvoaçante de cinzas e gazes, a multidão corre do lado virado à aurora para o orientado para os vulcões e disputa cada recanto vago.

Com a luminosidade mais forte, aquele excêntrico sortido vulcânico revelava-nos as suas formas e linhas ao pormenor. Informados de que as mini-erupções do Semeru se repetiam a cada vinte minutos, esperámos por três mais.

Todas se provaram espectaculares. Todas tiveram as suas nuvens ardentes arrastadas para oeste pelo vento que soprava constante naquela direcção.

Sumida a derradeira nuvem, por volta das sete da manhã, regressamos ao jipe, descemos para a planura borbulhenta do Mar de Areia de Tengger, o único ecossistema protegido com visual algo desértico de Java.

Erupção do vulcão Semeru, Java, Indonésia

Cinza e gases fluem da cratera do vulcão Semeru para os céus de Java.

O complexo de Tengger é tão excêntrico quanto possível. Produto da actividade vulcânica incessante característica do Anel de Fogo, cinco vulcões partilham o interior das paredes de 200 a 600 metros da sua caldeira.

São eles o Batok e o Bromo, o Kursi (2.581 m), o Watangan (2.661 m) e o Widodaren (2.650 m). Do quinteto, o Batok é o único inactivo.

Várias outras montanhas acima dos 2000 metros surgem em volta da caldeira de Tengger. O vulcão Semeru, que nos tinha mantido ocupados toda a madrugada, – também tratado por Mahameru (A Grande Montanha) – polariza o seu próprio complexo.

Naquele momento, era o Bromo que nos interessava. É para lá que apontamos.

À Conquista do Sagrado Bromo

De tanta reverência pelo Semeru, quando chegamos à base do Bromo, já o fluxo de visitantes vinha encosta abaixo, a caminho dos veículos. Alguns desciam a pé, outros faziam-no a cavalo.

Vertente do vulcão Bromo, Java, Indonésia

Escadaria de madeira conduz à cratera do vulcão Bromo.

Dezenas de indígenas da aldeia de Cemoro Lawang e de outras paragens, tinham tratado de lhes alugar os seus pequenos equídeos e de assim poupar os forasteiros mais indolentes ou impreparados à maçada da ascensão.

Subimos pela longa escadaria de madeira. Já sobre a aresta do cume, contemplamos as entranhas fumarentas e sulfurosas do vulcão. Por norma, o Bromo limita-se a expelir gases. De tempos a tempos, torna-se caprichoso e entra em erupção.

Em 2004, duas pessoas sucumbiram a rochas projectadas por uma sua explosão. Em 2010 e 2011, a perspectiva prolongada de uma erupção realmente catastrófica preocupou mais que nunca as autoridades e as gentes.

O estabelecimento de uma zona de exclusão que oscilou entre dois e três quilómetros arruinou o turismo.

Erupções que libertaram enormes quantidades de cinza a grandes altitudes obrigaram ao cancelamento de dezenas de voos para Bali, Lombok e outros destinos com rotas próximas.

As autoridades alertaram ainda os nativos para o risco de colapso dos telhados das suas casas devido à acumulação de cinzas, de tempos a tempos molhadas pela chuva.

O Legado de Hinduísmo Balinês do Império Majapahit

Mas as ameaças dos vulcões não são novidade para este povo que habita povoações das montanhas de Tengger desde o século XVI. Crê-se que os Tengger têm origem no Império hinduísta Majapahit (1293 – 1500) que, no seu auge, conquistou ou submeteu boa parte do Sudeste Asiático.

No século XVI, num contexto em que já os navegadores e conquistadores portugueses tinham o seu papel com base na recém-tomada Malaca, o Sultanato muçulmano de Demak conseguiu supremacia político-militar na ilha de Java. Derrotou os descendentes do Império Majapahit que guerreavam entre si,

De fé hindu, estes, viram-se obrigados a procurar refúgio. Cortesãos, artesãos, sacerdotes e membros da realeza mudaram-se para Bali onde a sua linhagem e religião são, hoje, predominantes.

Com o reforço do domínio muçulmano em Java, os reinos Hindus cederam onde antes ainda lá resistiam. Só os refúgios de Bali, Lombok e das cordilheiras do leste de Java os salvou de uma mais que provável aniquilação.

Os Tengger, hoje agricultores e criadores de gado, incluindo dos cavalos que carregam os visitantes, “guardiães” vulneráveis aos caprichos do Bromo e restantes vulcões mas crentes na sua clemência e na dos deuses, vêm desses tempos conflituosos.

Dono de um cavalo no Mar de Areia de Tengger em Java, Indonésia

Dono de um dos cavalos que transporta visitantes no Mar de Areia de Tengger

Com o posterior sobrepovoamento da ilha de Madura, os seus poderosos muçulmanos começaram a instalara-se em terras férteis e sagradas dos Tengger. Muitos Tengger acabaram por se converter ao Islão.

Esta cedência desgostou os seus líderes. Estes, recorreram aos Hindus Balineses para que os ajudassem a reformar a sua cultura e a aproximá-la do Hinduísmo mais puro de Bali.

O Reduto Divinal e agora Protegido de Bromo-Tengger-Semeru

Em anos bem mais recentes, as autoridades da Indonésia optaram por respeitar as exigências dos Tengger. Declararam as “suas” montanhas e vulcões reserva natural e cultural. Proibiram várias das máculas anteriores.

Do cimo do Bromo, enquanto Widarto e Bambang esperam e desesperam no parque de estacionamento, detectamos a silhueta rectangular do templo Luhur Poten.

Este templo materializa a fé dos Tengger na bênção e clemência de Ida Sang Hyang Widi Wasa e do deus de Mahameru (do vulcão Semeru). Mas, o templo, só por si, não parece satisfazer alguns deles.

Templo hindu Luhur Poten, Java, Indonésia

O templo hindu Luhur Poten, erguido pelo povo Tengger em reverência aos seus deuses e aos vulcões

No décimo quarto dia do festival Yadnya Kasada, após se reunirem e rezarem, os Tengger de uma povoação chamada Prolinggo sobem ao cume do Bromo.

Sobre a borda estreita do vulcão, com vista para o abismo efervescente e para uma morte certa, centenas de fiéis atiram fruta, arroz, vegetais, flores e gado de pequeno porte para o interior da cratera, em jeito de oferendas ou de sacrifícios.

A cerimónia terá sido concebida com a dignidade e elegância tão próprias do Hinduísmo Balinês. E, no entanto, com o tempo, essa própria dupla característica contribuiu para admitir que vários nativos necessitados passassem a arriscar as vidas munidos de redes e outros utensílios mais abaixo, preparados para recolherem o máximo possível do que fosse atirado para perto de si.

Alguns creem que, mais do que víveres preciosos, as oferendas lhes trarão boa sorte. Verdade seja dita que ainda está para vir o dia em que os vulcões expulsam ou destroem os Tengger.

Até lá, este povo em tempos marginalizado, continuará a prosperar da fertilidade e exuberância geológica das suas montanhas de fogo.

Mais informações sobre o PN Bromo-Tengger-Semeru na página respectiva da UNESCO.

Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Ilha Moyo, Indonésia

Moyo: Uma Ilha Indonésia Só Para Alguns

Poucas pessoas conhecem ou tiveram o privilégio de explorar a reserva natural de Moyo. Uma delas foi a princesa Diana que, em 1993, nela se refugiou da opressão mediática que a viria a vitimar.
La Palma, CanáriasEspanha

O Mais Mediático dos Cataclismos por Acontecer

A BBC divulgou que o colapso de uma vertente vulcânica da ilha de La Palma podia gerar um mega-tsunami. Sempre que a actividade vulcânica da zona aumenta, os media aproveitam para apavorar o Mundo.
Big Island, Havai

Grande Ilha do Havai: À Procura de Rios de Lava

São cinco os vulcões que fazem da ilha grande Havai aumentar de dia para dia. O Kilauea, o mais activo à face da Terra, liberta lava em permanência. Apesar disso, vivemos uma espécie de epopeia para a vislumbrar.
Lombok, Indonésia

Lombok. O Mar de Bali Merece uma Sonda Assim

Há muito encobertos pela fama da ilha vizinha, os cenários exóticos de Lombok continuam por revelar, sob a protecção sagrada do guardião Gunung Rinjani, o segundo maior vulcão da Indonésia.
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Lombok, Indonésia

Lombok: Hinduísmo Balinês Numa Ilha do Islão

A fundação da Indonésia assentou na crença num Deus único. Este princípio ambíguo sempre gerou polémica entre nacionalistas e islamistas mas, em Lombok, os balineses levam a liberdade de culto a peito
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Vulcão Villarrica, Chile

Ascensão à Cratera do Vulcão Villarrica, Sempre em Actividade

Pucón abusa da confiança da natureza e prospera no sopé da montanha Villarrica.Seguimos este mau exemplo por trilhos gelados e conquistamos a cratera de um dos vulcões mais activos da América do Sul.
Ilhas Gili, Indonésia

Gili: as Ilhas da Indonésia que o Mundo Trata por "Ilhas"

São tão humildes que ficaram conhecidas pelo termo bahasa que significa apenas ilhas. Apesar de discretas, as Gili tornaram-se o refúgio predilecto dos viajantes que passam por Lombok ou Bali.
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Arquitectura & Design
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Cerimónias e Festividades
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Basseterre, São Cristóvão e Neves, St. Kitts, Berkeley Memorial
Cidades
Basseterre, São Cristóvão e Neves

Uma Capital ao Nível do Mar das Caraíbas

Instalada entre o sopé da montanha Olivees e o oceano, a diminuta Basseterre é a maior cidade de São Cristóvão e Neves. Com origem colonial francesa, há muito anglófona, mantém-se pitoresca. Desvirtuam-na, apenas, os gigantescos cruzeiros que a inundam de visitantes de toca-e-foge.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Tatooine na Terra
Cultura
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Em Viagem
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Lançamento de rede, ilha de Ouvéa-Ilhas Lealdade, Nova Caledónia
Étnico
Ouvéa, Nova Caledónia

Entre a Lealdade e a Liberdade

A Nova Caledónia sempre questionou a integração na longínqua França. Na ilha de Ouvéa, arquipélago das Lealdade, encontramos uma história de resistência mas também nativos que preferem a cidadania e os privilégios francófonos.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
História
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Vulto na Praia do Curral, Ilhabela, Brasil
Ilhas
Ilhabela, Brasil

Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Inverno Branco
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
tarsio, bohol, filipinas, do outro mundo
Natureza
Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Kogi, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia
Parques Naturais
PN Tayrona, Colômbia

Quem Protege os Guardiães do Mundo?

Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, arte urbana
Património Mundial UNESCO
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores

Heroína do Mar, de Nobre Povo, Cidade Valente e Imortal

Angra do Heroísmo é bem mais que a capital histórica dos Açores, da ilha Terceira e, em duas ocasiões, de Portugal. A 1500km do continente, conquistou um protagonismo na nacionalidade e independência portuguesa de que poucas outras cidades se podem vangloriar.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Lifou, Ilhas Lealdade, Nova Caledónia, Mme Moline popinée
Praias
Lifou, Ilhas Lealdade

A Maior das Lealdades

Lifou é a ilha do meio das três que formam o arquipélago semi-francófono ao largo da Nova Caledónia. Dentro de algum tempo, os nativos kanak decidirão se querem o seu paraíso independente da longínqua metrópole.
Rocha Dourada de Kyaikhtiyo, Budismo, Myanmar, Birmania
Religião
Monte Kyaiktiyo, Myanmar

A Rocha Dourada e em Equilíbrio de Buda

Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Gatis de Tóquio, Japão, clientes e gato sphynx
Sociedade
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Vida Selvagem
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.