Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania


A Cavalo
Vista de Balos
A Sombra Possível
O Areal Ideal
Deleite Mediterrâneo
O Painel de Balos
Praia Organizada
A Praia de Zorba
Lagoa Esmeralda
Recorte de Costa
Seitan Limiani

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

Como se ainda fosse necessário, longe de o ser, Creta volta a provar-se a mais imensa ilha helénica.

O que começara como um mero plano de evasão matinal, revela-se uma verdadeira odisseia rodoviária.

Começamos por subir rumo à quase auto-estrada E65 que percorre o cimo de Creta, numa das raras linhas em que a orografia dramática da ilha o permitiu.

Percorremo-la entre o Golfo de Chania e as vertentes verdejantes a sul.

Por alguns quilómetros, na base de uma primeira península que se estende Mar Egeu adentro. Depois, pela beira de um novo golfo pronunciado, o de Kissamou.

O Caminho Árduo para o Extremo Noroeste de Creta

Encerra-o e à Creta continental, outra península, não tão longa, mas mais afiada que a anterior e que tinha como prolongamento insular um tal de arquipélago Gramvousa, abençoado por uma velha igreja ortodoxa.

Sem chegarmos a tanto, confrontados com a base do tal cabo, deixamos a via principal. Para uma outra desgastada, empoeirada e que, não tarda, se despromove a estrada terrosa repleta de sulcos, buracos e crateras que nos mantêm em constante trepidação e agitação.

Compensam o desconforto, os panoramas do mar arredondado do Golfo Kissamou. Aos poucos, subimos pelo cabo que o encerrava, pela base da crista de Platiskinos que nos barrava o acesso e a vista para ocidente.

Alguns meandros mais, e tanto a estrada como a crista se ficam por ali.

O Trilho para o Sopé de Platiskinos

Damos com um parque de estacionamento improvisado, patrulhado por um rebanho de cabras que, àquela hora, preferiam a sombra ao pasto.

Duas delas repousam contra uma venda de bebidas, submetidas à aresta que, por enquanto, o sol poupava. Outras, mantinham-se encostadas a carros mais altos ou disputavam os seus fundos oleosos.

Abandonamos o nosso em busca do trilho que conduzia ao lado oeste do cabo e ao destino final da expedição, Balos.

Percorremo-lo na companhia de banhistas ansiosos. 

Ultrapassam-nos outros, a cavalo de um sortido incaracterístico de equídeos, burros de distintos tamanhos, mulas e cavalos diminutos.

Praia Balos e um Deslumbre Turquesa-Esmeralda

O trilho desemboca numa espécie de socalco avançado. Por fim, para lá do fundo da encosta, vemos estender-se uma lagoa marinha de um ciano que o sol a pique acentuava e que só a profundidade longínqua transformava em turquesa.

Delimitavam-na, a oeste e a noroeste, ilhéus áridos, sarapintados de vegetação mediterrânica rasteira.

Um areal inesperado ligava o ilhéu mais próximo à vertente de que contemplávamos o cenário. As suas linhas caprichosas uniam distintas praias.

Uma, mais longa, ao longo do sopé de Platiskinos. Uma outra, arredondada, perpendicular a esta, já a meio da lagoa. E uma terceira, instalada contra a base do ilhéu.

Em todas elas, os banhistas dividiam o tempo entre conversas veraneantes e um arrefecimento custoso, num mar raso de leito bem alvo em que a água amornava ao ritmo a que o sol subia para o seu zénite.

Em certos trechos, a areia assumia uma enigmática dominante rosada gerada pela moagem natural de conchas por ali abundantes.

Balos: uma Lagoa Marinha Protegida mas Não o Suficiente

No exterior da lagoa, onde o mar se aprofunda e escurece ao tom do petróleo, do lado detrás, mais inacessível dos ilhéus, resiste uma fauna protegida pelo estatuto de reserva integrante do programa Natura 2000 e suas restrições.

Convivem, entre Balos e as ilhas de Gramvousa, tartarugas-careta, focas-monge, corvos-marinhos, falcões-da-rainha e painhos-de-cauda-quadrada.

Não obstante esta sua fauna diversificada, para o bem e para o mal, a notoriedade de Balos adveio das suas formas e, sobretudo, cores.

As gentes e, em especial, os guias de Chania e outras partes de Creta fazem questão de lembrar que, no seu tempo de casal funcional, o príncipe Carlos e a princesa Diana a frequentaram, a bordo dum iate real.

Afiançam ainda que Balos é a praia mais fotografada da Grécia.

Numa nação com mais de cinco mil ilhas e ilhéus, tantos deles repletos de litorais privilegiados e praias famosas, hesitamos em partilhar de tal certeza.

Caminhamos para a tarde. Aglomeram-se os pequenos barcos de excursões provenientes de Kissamos.

E a diminuí-los e às supostas regras Natura 2000, um navio de maior calado com música em altos berros que ancora além da lagoa e faz os passageiros desembarcarem para o areal na base do ilhéu central de Balos.

Com o calor a atingir o auge vespertino, o barco surgiu como o desmobilizador que nos faltava. Encetamos a ascensão de regresso ao cimo de Platiskinos e ao carro.

Regressamos a Chania.

Em redor da península de Akrotiri de que a cidade serve de pé, aguardavam-nos outras praias inverosímeis.

Stavros e as Praias do Norte de Akrotiri

Não chegamos a reentrar na capital do poente cretense. Em vez, subimos pelo lado oeste até a um quase cimo de Akrotiri e à povoação-retiro de Stavros.

Com menos de quinhentos habitantes permanentes, Stavros desenvolveu-se na iminência de uma enseada recortada e praia homónima, também ela aquém de um monte árido, um morro em forma de bossas de camelo, denominado Vardies.

O desenvolvimento de Stavros deve, todavia, ser relativizado.

O magnetismo e móbil deste arredor disputado assentou em dois atributos principais. A lagoa marinha tranquila e apelativa a leste do casario.

E os meros 15km de distância do domínio urbano de Chania, ainda menos do aeroporto internacional da cidade.

Quando lá damos entrada, percebemos que, em vez de se manter na sua torre de observação, o nadador-salvador convivia nos bares, esplanadas e outros negócios balneares em redor.

Ao nos fazermos ao mar encurralado da Golden Beach local, percebemos o quão difícil seria criticá-lo. Temos que andar muitas dezenas de metros para a água nos chegar à cintura. Com a maré a começar a encher, a única corrente que se esboçava, vinha do mar aberto para o interior arredondado da lagoa.

Mar e marés à parte, Stavros e a Golden Beach já tiveram os seus tempos inolvidáveis, de irradiação mundial da cultura cretense.

Stavros e a Golden Beach Eternizada em “Zorba o Grego

Recuemos até 1964. A povoação pouco passava de um lugarejo piscatório. O realizador grego-cipriota Michel Cacoyannis achou-a encantadora. Escolheu-a para uma das cenas mais memoráveis do clássico do cinema helénico “Zorba o Grego”.

Aquela em que, precisamente contra o recorte do monte Vardies e ao som de bouzoukis, Anthony Quinn dança uma dança sirtaki coreografada à medida para o filme, a melodia, crescente e contagiante, da autoria do não menos famoso compositor grego Mikis Theodorakis.

A longa-metragem baseou-se no romance homónimo do escritor cretense Nikos Kazantzakis, de 1946.

Aquém de uma música e dança tradicional grega, a cena combinou distintos ritmos lentos e acelerados de um tipo de música tradicional helénica denominado hasapiko. O nome Sirtaki, esse, foi adaptado da dança comunal e tradicional syrtos, em que os dançarinos dão as mãos, em círculo.

Mas voltemos à beira-mar que acolheu Michel Cacoyannis e Anthony Quinn.

A hoje conhecida tanto por Golden como por Zorba Beach não é a única praia de Stavros. Cerca de duzentos metros acima, encontramos uma outra mais exposta ao mar, agitada a condizer.

Trata-se Pachia Ammos, traduzível por “de areia grossa”.

Separa-as um cimo de península com vestígios de uma pedreira usada durante a Era Veneziana de Chania (sec. XIII a XVII), quando os colonos originários da Península Itálica extraíram as centenas de toneladas de pedra calcária, em boa parte, ainda empilhadas a formar as muralhas de Chania.

Em Busca da Furtiva Seitan Limiani

Com o fim do dia, haveríamos de lá nos refugiarmos. Enquanto isso, tínhamos uma derradeira e, assim esperávamos, impressionante praia de Chania e de Akrotiri para desvendar.

Atravessamos a península arredondada de oeste a leste, a determinada altura, entre o Mosteiro Ortodoxo de Agia Triada e a área vedada do aeroporto.

Pelo caminho, cruzamos as aldeias de Chordaki e de Akropoli. Quando deixamos Akropoli para trás, o novo destino final já pouco distava.

Encontramo-lo no cimo de uma espécie de rasgo geológico triplo na costa oriental de Akrotiri, uma sequência de braços de mar cavados na vertente abrupta e rochosa da península. Passamos por nova pedreira. Descemos.

E ainda mais.

Apesar de tanto descermos, é lá em baixo, ainda distante, que avistamos o meandro, de um tom turquesa, tão intenso que mais parece retroiluminado, de Seitan Limania, contrastante com o solo ferroso e ocre no cimo da falésia.

À medida que descemos, apercebemo-nos o deleite em que alguns banhistas flutuam naquela piscina natural, como deuses de folga, a recuperarem das atribulações e complicações terrenas.

Uma vez mais, a praia confirma-se divinal. E, no entanto, popularizou-se como demoníaca.

A Génese Otomana do Baptismo Balnear

O termo grego “limani” traduz o convencional “porto” ou “abrigo”. Já “Seitan” tem uma génese turca, do tempo que os Otomanos mantinham estas paragens no seu vasto império.

Diz-se que assim o baptizaram porque, em especial durante o Inverno, o seu visual apelativo encobria uma corrente traiçoeira, que terá provocado vítimas, tragédias atribuídas a um diabo marinho.

O mais demoníaco de que nos apercebemos foi o sol ter caído para o poente de Akrotiri.

De ter levado consigo o brilho do azul-turquesa. E nos deixado numa sombra decadente da glória balnear com que o dia e o recanto noroeste de Creta nos haviam prendado.

No recanto sudoeste ainda havia a famosa Elafonisi. E tantas outra menos notórias.

Chania a Elafonisi, Creta, Grécia

Ida à Praia à Moda de Creta

À descoberta do ocidente cretense, deixamos Chania, percorremos a garganta de Topolia e desfiladeiros menos marcados. Alguns quilómetros depois, chegamos a um recanto mediterrânico de aguarela e de sonho, o da ilha de Elafonisi e sua lagoa.
Chania, Creta, Grécia

Chania: pelo Poente da História de Creta

Chania foi minóica, romana, bizantina, árabe, veneziana e otomana. Chegou à actual nação helénica como a cidade mais sedutora de Creta.
Míconos, Grécia

A Ilha Grega em Que o Mundo Celebra o Verão

Durante o século XX, Míconos chegou a ser apenas uma ilha pobre mas, por volta de 1960, ventos cicládicos de mudança transformaram-na. Primeiro, no principal abrigo gay do Mediterrâneo. Logo, na feira de vaidades apinhada, cosmopolita e boémia que encontramos quando a visitamos.
Iraklio, CretaGrécia

De Minos a Menos

Chegamos a Iraklio e, no que diz respeito a grandes cidades, a Grécia fica-se por ali. Já quanto à história e à mitologia, a capital de Creta ramifica sem fim. Minos, filho de Europa, lá teve tanto o seu palácio como o labirinto em que encerrou o minotauro. Passaram por Iraklio os árabes, os bizantinos, os venezianos e os otomanos. Os gregos que a habitam falham em lhe dar o devido valor.
Nea Kameni, Santorini, Grécia

O Cerne Vulcânico de Santorini

Tinham decorrido cerca de três milénios desde a erupção minóica que desintegrou a maior ilha-vulcão do Egeu. Os habitantes do cimo das falésias observaram terra emergir no centro da caldeira inundada. Nascia Nea Kameni, o coração fumegante de Santorini.
Fira, Santorini, Grécia

Fira: Entre as Alturas e as Profundezas da Atlântida

Por volta de 1500 a.C. uma erupção devastadora fez afundar no Mar Egeu boa parte do vulcão-ilha Fira e levou ao colapso a civilização minóica, apontada vezes sem conta como a Atlântida. Seja qual for o passado, 3500 anos volvidos, Thira, a cidade homónima, tem tanto de real como de mítico.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Atenas, Grécia

A Cidade que Perpetua a Metrópolis

Decorridos três milénios e meio, Atenas resiste e prospera. De cidade-estado belicista, tornou-se a capital da vasta nação helénica. Modernizada e sofisticada, preserva, num âmago rochoso, o legado da sua gloriosa Era Clássica.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
planicie sagrada, Bagan, Myanmar
Arquitectura & Design
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
bebe entre reis, cavalhadas de pirenopolis, cruzadas, brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
praca registao, rota da seda, samarcanda, uzbequistao
Cidades
Samarcanda, Uzbequistão

Um Legado Monumental da Rota da Seda

Em Samarcanda, o algodão é agora o bem mais transaccionado e os Ladas e Chevrolets substituíram os camelos. Hoje, em vez de caravanas, Marco Polo iria encontrar os piores condutores do Uzbequistão.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores, quarto de arco-íris
Cultura
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores

O Éden Açoriano Traído pelo outro Lado do Mar

A Cuada foi fundada, estima-se que em 1676, junto ao limiar oeste das Flores. Já em pleno século XX, os seus moradores juntaram-se à grande debandada açoriana para as Américas. Deixaram para trás uma aldeia tão deslumbrante como a ilha e os Açores.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Cruzeiro Princess Yasawa, Maldivas
Em Viagem
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
Tambores e tatoos
Étnico
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Teatro de Manaus
História
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Buraco Azul, ilha de Gozo, Malta
Ilhas
Gozo, Malta

Dias Mediterrânicos de Puro Gozo

A ilha de Gozo tem um terço do tamanho de Malta mas apenas trinta dos trezentos mil habitantes da pequena nação. Em duo com o recreio balnear de Comino, abriga uma versão mais terra-a-terra e serena da sempre peculiar vida maltesa.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Natureza
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Totem, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia
Parques Naturais
Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Skyway cruza o Vale de Jamison
Património Mundial UNESCO
Katoomba, Austrália

As Três Irmãs das Montanhas Azuis

Situadas a oeste de Sydney, as Blue Mountains formam um dos domínios mais procurados pelos ozzies e estrangeiros em busca de evasão. Atrai-os a beleza natural vista de Katoomba, os penhascos afiados das Three Sisters e as cascatas que se despenham sobre o vale de Jamison. À sombra deste frenesim turístico, perdura a habitual marginalização das origens e da cultura aborígene local.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Personagens
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Mahé Ilhas das Seychelles, amigos da praia
Praias
Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles

Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Sociedade
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Salvamento de banhista em Boucan Canot, ilha da Reunião
Vida Selvagem
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.