Robben Island, África do Sul

A Ilha ao Largo do Apartheid


A ansiada Montanha da Mesa
Comunidade Livre
Ilha Robben contra a Montanha da Mesa
O Casario de Robben
Tétris Corvo-Marinho
“Liberdade não Pode ser Algemada”
Servir com Orgulho
Ficha de Prisioneiro
Prisioneiros Proeminentes
Visitantes e Livres
Casal Enquadrado
Prisão na História da África do Sul
Cela-Vestiário
Passagem para Lado Nenhum
A Pedreira Assassina
Cartaz da Ilha-Museu
Pedras dos Prisioneiros
O Jardim de Mandela
A igreja de Garrisson
O Cemitério
Bartolomeu Dias foi o primeiro europeu a vislumbrar a Robben Island, aquando da sua travessia do Cabo das Tormentas. Com os séculos, os colonos transformaram-na em asilo e prisão. Nelson Mandela deixou-a em 1982, após dezoito anos de pena. Decorridos outros doze, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul.

À medida que o barco se afasta da ponta sul de África, Baía da Mesa adentro, o oceano agita-se um pouco.

Nada digno de um monstro Adamastor, ou que chegasse a inquietar os marinheiros lusos que desbravaram estes confins do Mundo.

Aos poucos, a Montanha da Mesa afasta-se. Define-se contra um céu de um azulão predominante. A distância faz o pico Lion Head submeter-se-lhe e revela um capricho deslumbrante da meteorologia, um manto denso de nuvens que cobre a Mesa, mas não o casario da Cidade do Cabo que se senta ao seu pé.

É este o cenário majestoso que vemos amplificar-se a sul. A norte, vislumbramos uma mera linha ténue acima do plano marinho, uma faixa de terra que desde há muito se cruza com a da história da África do Sul.

Bartolomeu Dias foi o primeiro europeu a avistá-la, em 1488, durante a sua expedição pioneira e exitosa em torno do então conhecido como Cabo das Tormentas.

O barco em que seguíamos continua a acercar-se. A mácula no azul-Atlântico transforma-se num manto crescente de verde, feito de arbustos e árvores baixas, de que se eleva a torre branca e vermelha dum farol.

O leste da ilha desvela um casario térreo imposto à vegetação.

À determinada altura, ficamos com a ilha e parte do seu casario entre nós e a montanha da Mesa.

O barco contorna um molhe feito de grandes blocos quase-prismáticos de cimento, colonizado por centenas de corvos-marinhos.

Ilha Robben: ancoragem nas Agruras da História Sul-Africana

Do lado de lá, entramos em águas isoladas das tempestades e no destino final da travessia, a doca da Ilha-Prisão de Robben.

Um mural fotográfico resume o mote da visita que estávamos prestes a iniciar: “A Liberdade não Pode ser Algemada – Repressão, Libertação, Ressurreição”.

Foram vários os homens aprisionados e libertados em Robben Island, quase todos africanos, indianos, de etnias não brancas.

Três deles, viriam, mais tarde, a ser eleitos para Presidente da África do Sul.

Nelson Mandela e a Resistência contra o Apartheid

Nelson Rolihlahla Mandela, o primeiro, destacou-se como nenhum outro, ao ponto de ainda ser idolatrado como o Pai da Nação Sul-Africana e um dos grandes sofredores e lutadores pela liberdade e justiça racial de todos os tempos.

Durante o Inverno de 1964, em pleno Apartheid imposto pelos sucessivos governos “brancos” da África do Sul, Mandela foi capturado e enviado para cumprir pena na Robben Island.

Viu-se forçado a cruzar o mesmo portal que, entretanto, cruzámos, sob uma inscrição sarcástica de acolhimento “Welcome (to Robbene Island) – We serve with pride”.

Desde os seus tempos de estudante que Mandela se envolvia na política de nacionalismo africano e anti-colonial.

Exercia já advocacia, em Joanesburgo, quando, em 1943, aderiu ao partido ANC (African National Congress) e ajudou a fundar a sua Youth League.

Cinco anos mais tarde, o Partido Nacionalista, de filosofia racista e de supremacia branca, instituiu o Apartheid, um regime de segregação e discriminação racial que relegava todas as etnias não brancas da África do Sul a um estatuto subalterno face à população branca.

Confrontados com o maléfico Apartheid, Mandela e tantos outros membros do ANC assumiram como objectivo primordial, desmantelá-lo.

À medida que Mandela subia na hierarquia do partido, intensificou o seu protagonismo na luta contra o Apartheid, abriu excepções nos seus princípios pacifistas para sucessivas acções de sabotagem contra o estado sul-africano.

Como consequência, foi feito prisioneiro, em 1962. Pouco depois, sentenciado a prisão perpétua.

Tal como sugeria o portal, Mandela serviu a pena com orgulho.

Com orgulho de si e da sua intenção e do ANC de derrubar o Apartheid. De tornar a África do Sul, uma nação multirracial democrática e tolerante.

Cruzamos o portal. Do lado de lá, embarcamos num autocarro.

A bordo, um cicerone guia-nos pelo vasto recinto prisional. Por um campo de râguebi e futebol, ladeado de torres de vigia, selado por vedações, as exteriores, coroadas de arame farpado.

A bandeira sul-africana ondula acima de uma secção fulcral, a que congrega as celas e o pátio de recreio.

Um outro guia, ex-prisioneiro, leva-nos à ala das celas. Lá nos exibe um cartão que emula os registos dos prisioneiros. Conduz-nos à cela de Mandela.

Lá vemos subsistirem uma chávena e um pires de metal, um balde de lixo e um monte de cobertores.

Fazia frio, sobretudo nos meses invernais do limiar sul de África.

Os prisioneiros sofriam a dobrar nos primeiros tempos, quando tinham que quebrar pedra na pedreira local e, apanhar algas nas águas gélidas do Atlântico do Sul, mais tarde, vendidas aos japoneses que as usavam como fertilizante.

Robben Island: a Ilha-prisão em que Nelson Mandela também se Destacou

Passamos ao pátio. Resplandece um exemplo também vegetal do tratamento especial que, devido à sua auto-estima e disciplina, Nelson Mandela fez por merecer.

Todo um recanto do muro de cimento que isolava os prisioneiros, surge plantado e ajardinado, com cactos e até uma pequena vinha trepadeira que busca o desafogo do firmamento.

A elevação que Nelson Mandela mostrava no seu trato para com outros prisioneiros e autoridades fez com que os guardas lhe permitissem este e outros caprichos.

Pouco depois de ter entrado em Robben Island, Mandela entregou-se ao repto de aprender Afrikaans, na prática, a língua dos seus captores e que fez questão de saber falar com os guardas.

Um de inúmeros outros exemplos da sua dignidade e esperança de vir a unir a nação sul-africana, deu-se aquando da visita do Ministro sul-africano da Justiça e Prisões, Jimmy Kruger.

Kruger perguntou a Mandela se havia algo que pudesse fazer. Ao que Nelson respondeu “bom, pode sempre libertar-me”.

Findo o momento de humor, Mandela aproveitou para deixar claro que não tinha nada contra a etnia bóer enquanto povo: “Olhe, as colectâneas de Opperman, um poeta afrikaaner, não estão na nossa biblioteca. Podia arranjar forma de as colocar lá.

Aprecio-o muito.” Pouco depois, o editor da obra de Opperman, ofereceu-as à prisão. Mandela escreveu-lhe a agradecer.

O nosso périplo pela Ilha de Robben passa ainda pelo cemitério, a que, como a pedreira, Mandela resistiu.

A Ilha Robben nos Primeiros Tempos Coloniais

Segue até ao limiar norte da ilha, batido por um mar repleto do tal kelp frígido, habitado por colónias de pinguins intrigados pela súbita atenção que lhes é dedicada.

Os pinguins são uma das poucas espécies que, por altura do seu desembarque na ilha, em 1652, os holandeses encontraram. Os outros animais foram as focas.

Inspiraram o baptismo de Robben (foca) Island.

Foram também os holandeses que, durante o século XVI, inauguraram o longo uso da ilha enquanto prisão, onde chegaram a manter reclusas as famílias reais de Ternate e Tidore, antigos reinos situados nas ilhas Molucas.

No extremo norte de Robben, uma moldura identificada e dotada de coordenadas GPS, enquadra a distante Montanha da Mesa e a Cidade do Cabo, a civilização à vista com que os prisioneiros sonhavam.

Enquanto as autoridades os mantinham alienados de tudo o que acontecia na África do Sul e no Mundo.

Nos dezoito anos de captividade de Mandela na prisão de Robben Island, o Mundo evoluiu.

Em 1982, Mandela deixou a “ilha acorrentada” para a Prisão de Pollsmoor, na Cidade do Cabo, onde cumpriu mais seis anos de pena, dramatizada por ter contraído tuberculose.

No final de 1988, foi mudado para a prisão Victor Verster onde cumpriu os derradeiros dois anos a que tinha sido sentenciado. O Muro de Berlim caiu.

Na senda da abertura do seu predecessor P.W. Botha, Frederick de Klerk, o sétimo presidente da África do Sul concluiu que o Apartheid não poderia continuar.

Ilha Robben: de Ilha-Prisão a Ilha-Museu da Cidade do Cabo

Libertou Mandela e vários outros líderes e ex-líderes do ANC. Sem a função que lhe havia dado sentido, a prisão de Robben Island foi desactivada e transformada num museu-vivo.

Ao contrário do que antes acontecia, o museu está aberto a visitas durante o ano inteiro, excepto dias de intempérie que o ferry que a serve não pode enfrentar.

Não tarda, regressamos à Victoria & Alfred Waterfront da Cidade do Cabo, pela baía da Mesa já mais ventosa e agitada.

Mandela perdeu dezoito anos da sua vida em liberdade na “ilha acorrentada” de Robben. Ao visitá-la, desvendamos como o destino o condenou a liderar e a unir os sul-africanos.

E a inspirar o respeito pela democracia e igualdade racial em redor da Terra.

Cabo da Boa Esperança - Cape of Good Hope NP, África do Sul

À Beira do Velho Fim do Mundo

Chegamos onde a grande África cedia aos domínios do “Mostrengo” Adamastor e os navegadores portugueses tremiam como varas. Ali, onde a Terra estava, afinal, longe de acabar, a esperança dos marinheiros em dobrar o tenebroso Cabo era desafiada pelas mesmas tormentas que lá continuam a grassar.
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Table Mountain, África do Sul

À Mesa do Adamastor

Dos tempos primordiais das Descobertas à actualidade, a Montanha da Mesa sempre se destacou acima da imensidão sul-africana e dos oceanos em redor. Os séculos passaram e a Cidade do Cabo expandiu-se a seus pés. Tanto os capetonians como os forasteiros de visita se habituaram a contemplar, a ascender e a venerar esta meseta imponente e mítica.
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A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
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De Volta ao Rochedo

Quarenta anos passados sobre o fim da sua pena, a ex-prisão de Alcatraz recebe mais visitas que nunca. Alguns minutos da sua reclusão explicam porque o imaginário do The Rock arrepiava os piores criminosos.
À Descoberta de Tassie,  Parte 2 - Hobart a Port Arthur, Austrália

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O complexo prisional de Port Arthur sempre atemorizou os desterrados britânicos. 90 anos após o seu fecho, um crime hediondo ali cometido forçou a Tasmânia a regressar aos seus tempos mais lúgubres.
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Ao Fim e ao Cabo

A dobragem do Cabo das Tormentas, liderada por Bartolomeu Dias, transformou esse quase extremo sul de África numa escala incontornável. E, com o tempo, na Cidade do Cabo, um dos pontos de encontro civilizacionais e urbes monumentais à face da Terra.
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
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Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
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Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
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Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

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Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

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Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
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O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
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Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
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O Red Centre abriga alguns dos monumentos naturais incontornáveis da Austrália. Impressiona-nos pela grandiosidade dos cenários mas também a incompatibilidade renovada das suas duas civilizações.
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James Cook baptizou assim a longínqua Nova Caledónia porque o fez lembrar a Escócia do seu pai, já os colonos franceses foram menos românticos. Prendados com uma das maiores reservas de níquel do mundo, chamaram Le Caillou à ilha-mãe do arquipélago. Nem a sua mineração obsta a que seja um dos mais deslumbrantes retalhos de Terra da Oceânia.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Cataratas Victória, Zâmbia, Zimbabué, Zambeze
História
Victoria Falls, Zimbabwe

O Presente Trovejante de Livingstone

O explorador procurava uma rota para o Índico quando nativos o conduziram a um salto do rio Zambeze. As cataratas que encontrou eram tão majestosas que decidiu baptizá-las em honra da sua rainha
Ilhas
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Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Visitante, Michaelmas Cay, Grande Barreira de Recife, Australia
Natureza
Michaelmas Cay, Austrália

A Milhas do Natal (parte I)

Na Austrália, vivemos o mais incaracterístico dos 24os de Dezembro. Zarpamos para o Mar de Coral e desembarcamos num ilhéu idílico que partilhamos com gaivinas-de-bico-laranja e outras aves.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Parques Naturais
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Via Conflituosa
Património Mundial UNESCO
Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Magníficos Dias Atlânticos
Praias
Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
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Sobre Carris
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Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
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Sociedade
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Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
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Vida Quotidiana
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A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
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O Baluarte dos Monocerontes Indianos

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