Santo Antão, Cabo Verde

Porto Novo a Ribeira Grande pelo Caminho do Mar


Porto Novo
O casario pastel de Porto Novo, a maior cidade de Santo Antão.
Praia dos Pescadores
Redes e barcos numa enseada piscatória a sul de Porto Novo.
Morro do Tubarão
Carro afasta-se do quase cónico Morro do Tubarão.
Ponta Tumba
A primeira enseada do norte de Santo Antão, como vista do cimo da Ponta Tumba.
A Luz de Ponta Tumba
O farol de Ponta Tumba, pouco antes da sua restauração.
A Pontinha
A Pontinha da Janela, assim chamada por razões bem visíveis.
Balizas da Janela
Duas balizas num campo inutilizado por inesperado relevo na praia.
A Janela
O orifício no rochedo que inspirou o nome Janela.
Loja Google
Dona da mercearia Google à conversa com um jovem e pequena familiar.
A Cidade de Pombas
O casario de Pombas estendido ao longo de um vértice litoral bem definido.
Banho Complicado
Dois amigos ajudam-se durante um banho complicado pelos grandes seixos rolantes e pela ondulação.
Marginal de Pombas
Coqueiros acima de um litoral de pequenos seixos, antecedem o centro de Pombas.
Velho Trapiche
Vacas fazem rodar o trapiche secular da fazenda Ildo Benros.
Ildo Benros
O Sr. Ildo Benros e uma auxiliar junto a uma montra das bebidas da fazenda.
Carga de Cana
Trabalhador da fazenda Ildo Benros, leva cana-de-açúcar para junto do trapiche.
Gado do Trapiche
Vaca e cabra acompanham os trabalhos do trapiche do Sr. Ildo Benros.
A Prensa
Trabalhador da fazenda Ildo Benros introduz cana-de-açúcar no velho trapiche da fazenda.
Casas da Janela
Um sector de casario recolhido da povoação de Janela.
Currais Murados
Estruturas numeradas que servem de currais a várias criações de porcos, já fora de Ribeira Grande.
Desembarcados e instalados em Porto Novo de Santo Antão, depressa constatamos duas rotas para chegar à segunda maior povoação da ilha. Já rendidos ao sobe-e-desce monumental da Estrada da Corda, deslumbramo-nos com o dramatismo vulcânico e atlântico da alternativa costeira.

Assim que o casario pastel de Porto Novo fica para trás, Santo Antão regressa à crueza e altivez dos seus primórdios geológicos, dos milhões de anos passados em convulsão e erosão.

Na quase ausência de marcas humanas, sobressai o esplendor do vulcanismo que a fez erguer das profundezas do oceano. Todo este tempo vencido, o Atlântico renova, momento a momento, a sua relação íntima com as montanhas ferrosas da ilha.

A primeira visão que nos arrebata é a de um conjunto de cumes comedidos que a luz solar faz resplandecer e que um manto de bruma seca, bem seca e bem branca, se esforça, em vão, por abraçar.

A via litorânea destoa por completo da Estrada da Corda. Ziguezagueia para nordeste. Cruza uma série de ribeiras em que, por alturas do meio do ano, só corriam pó e areias.

Atravessada a de André Col, o asfalto revela-nos o cone quase perfeito do Morro de Tubarão.

Com meros 325m, bem abaixo dos 1585m do Pico da Cruz sobranceiro destas partes, este legado estriado da erupção-mãe da ilha deixa-nos boquiabertos, ávidos do que se seguiria.

Transpomos o leito árido da Ribeira Brava e a linha imaginária que separa os concelhos de Porto Novo e de Paul. Vinte minutos depois, confrontamo-nos com a Ponta de Tumba.

Ponta de Tumba e o Velho Farol de Fontes Pereira de Melo

Damos ainda com a torre branca, octogonal, suja e arruinada de um farol. Sobre uma estrutura enferrujada, a sua velha campânula tem vários vidros partidos.

Logo acima, o sol, já mais alto, incide numa baía recortada e profunda.

De cada vez que a bruma seca o liberta, reforça o verde-aquoso, quase esmeralda, do mar batido pelo vento.

De onde estávamos, só conseguíamos vislumbrar a linha de costa noroeste de Santo Antão.

Interessados em desvendá-la, intrigados pela resistência estóica do farol, decidimos subir o trilho murado, pejado de cardos e de cactos, e investigá-lo.

Uma placa tão gasta como o resto da estrutura, identificava o “Pharol António Maria de Fontes Pereira de Melo” erguido em 1886, no reinado de Dom Luís “o Popular”.

Manteve-se activo até 2006. Pouco depois da nossa visita, foi recuperado. Voltou a contribuir para a segurança da navegação, traiçoeira naquelas paragens do Atlântico, que os Alísios embalam e agitam sem misericórdia.

Ao chegarmos à sua base, o velho farol serve-nos de ponto de observação.

O seu promontório desvela-nos os caprichos da costa e uma série de enseadas sulcadas pela continuação da estrada que há muito nos acolhia.

Pontinha de Janela: mais uma Inusitada Aldeia de Santo Antão

Ao fim de mais de uma hora sem quase vermos construções, o farol sugere-nos uma península afiada que se prolongava oceano adentro, coberta de casario e de socalcos agrícolas até o mar o desautorizar.

Sem razões para complicar, o lugar era tratado por Pontinha. Menos óbvia, seria a razão para, do nada, aquele retalho quase anfíbio acolher tanta gente.

À medida que dele nos aproximamos, percebemos o quão abrupto e inóspito era o norte de Santo Antão.

Compreendemos como, de acordo, mesmo mais exposta ao vento e às vagas, uma faixa de terra quase plana com acesso fácil ao mar, fora habitada em jeito de bênção divina, com o esforço e o mérito com que os cabo-verdianos se habituaram a sobreviver.

Não obstante o aperto, há lugar para um campo de futebol que dá sentido ao clube União Desportiva da Janela, outro motivo de empenho e de orgulho da aldeia.

Uma baía até então oculta, surpreende-nos com vários dos contrastes orgânicos de que a ilha é pródiga.

A espuma marinha alva desfaz-se sobre um limiar de seixos e calhaus basálticos.

Algumas dezenas de metros para o interior, os calhaus e seixos dão lugar a uma areia áspera a condizer, duas balizas de pau nela plantadas, em jeito de desespero futebolístico.

Ainda mais acima, já do lado de lá da estrada elevada, despontam coqueiros e palmeiras de uma plantação agrícola diminuta mas viçosa.

À Pontinha da Janela, segue-se a Janela.

Ao percorremos a extensão da povoação, composta de casas umas alvas, umas coloridas, outras do cinzento característico dos blocos de cimento por pintar, brotam mais algumas palmeiras e coqueiros agraciados com a humidade ali largada pelos Alísios.

Em termos paisagísticos, destaca-se o penhasco perfurado que enquadra o oceano do lado de lá e que inspirou o nome do povoado.

No que diz respeito à História e às suas controvérsias, uma pequena rocha rabiscada concentra as atenções.

A Pedra de Letreiro e a Teoria Desprezada de Gavin Menzies

Em 2002, Gavin Menzies, um oficial reformado da Marinha Britânica publicou “1421 – O Ano em que a China Descobriu o Mundo”.

Na obra, explana o que consideram provas de exploração marítima do mundo anterior à europeia, entre 1421 e 1423, por parte de navegadores chineses, entre as quais, a dobragem do Cabo da Boa Esperança, o Estreito de Magalhães e a chegada à Austrália.

Menzies substanciou as suas teorias durante viagens suas por 120 países e quase mil museus, bibliotecas e portos medievais de boa parte do Mundo.

Ora, neste rodo de informação por ele estudada, constava a tal rocha de Janela, a Pedra de Letreiro que os moradores chamam de Pedra Scrivida.

À imagem de outros autores, Menzies afiança que preserva inscrições feitas por visitantes de Santo Antão anteriores aos supostamente pioneiros europeus.

Uma aliança de historiadores conceituados fustigou Menzies. Em três tempos e sem pejo.

Confrontaram-no com a sua fanfarronice teórica, na realidade, assente numa total ausência de metodologia e de seriedade científica.

A par de inabilidade em questionar e interpretar dados históricos que afiançam reduzir a um nada a deambulação investigativa de Menzies pelo Mundo.

A polémica intriga-nos. Comprometemo-nos a investigar o livro, tarefa que continua numa lista aturada decorrente das nossas próprias divagações.

Apressamo-nos a retomar, a de Santo Antão, pela beira-mar cada vez mais abrupta da costa norte.

Por Terras de Paul e da Vila (agora cidade) das Pombas

À Pontinha de Janela, segue-se a zona de Paul que dá o nome ao concelho em que andávamos.

Denomina uma área de encosta irrigada por três ribeiras que fluem das terras mais altas (incluindo o Pico da Cruz), a de Paul, a de Janela e a de Penedo, responsáveis por um solo muito mais encharcado e verdejante do que é normal em Santo Antão.

De tal maneira fértil que permite várias colheitas de cana-de-açúcar, de banana, de mandioca e até de café.

Em Paul, o carro em que circulávamos avaria. Aproveitamos a espera pela sua substituição, para calcorrear as ruelas, sobretudo as marginais, mais arejadas.

Rendemo-nos ao calor e a algum cansaço. Instalamo-nos num restaurante a almoçar peixe recém-pescado ao largo, com outros petiscos cabo-verdianos.

No entretanto, um funcionário do rent-a-car chega com a pick-up substituta. De novo motorizados, descobrimos pontos de observação sobre a Vila das Pombas, hoje, promovida à cidade principal do concelho do Paul.

Pombas estende-se por uma fajã comparável à Pontinha, se bem que lateralizada.

De onde a admirávamos, uma sebe de coqueiros erguia-se acima de uma beira-mar.

Para não variar, feita de grandes seixos rolantes em que, mesmo num equilíbrio precoce, dois rapazes enfrentavam a rebentação vigorosa, entregues a um banho marinho refrescante.

Seguia-se o cemitério local.

E, para norte, o casario marginal, uma vez mais de blocos por pintar, com algumas excepções, de tons pastel, num ou outro caso, de cores garridas destoantes.

Prosseguimos marginal fora, atentos às modas, usos e costumes pitorescos destas partes.

Uma senhora tinha transformado parte da sua casa numa mercearia. Apostada em que os clientes lá encontrassem um pouco de tudo, baptizou-a de Google.

À falta de fregueses, mantinha-se à janela, com uma filha a que o parapeito chegava ao nariz, a tentar perceber quem eram, afinal, os forasteiros com quem a mãe tagarelava.

O Trapiche Secular do Senhor Ildo Benrós

“O Sô Ildo? É uma porta muito simples que encontram aí num muro comprido” informa-nos a senhora num português o menos crioulo possível.

A porta abre-se para uma fazenda disposta em redor de uma casa rural antiga, de um rosa gasto, com um pátio de terra murado por diante.

Do centro do terreno, irrompe o fulcro de todas as operações, um trapiche tradicional com, pelo menos, quatrocentos anos.

Recebe-nos o dono, o senhor Ildo Benrós.

Habituado às visitas dos turistas, mais pragmático que sorridente.

Ildo deixa-nos à vontade, pelo que acompanhamos o mais perto possível os vários passos do fabrico do grogue:

O transporte da cana-de-açúcar a partir da plantação acima da casa.

O aparelhamento dos bois no braço, a rotação do mecanismo.

A inserção gradual da cana na prensa, a fonte do caldo doce e ainda fresco que um dos trabalhadores nos dá a provar, em jeito de preparativo para o grogue e para a poncha que acabamos por comprar.

No derradeiro trecho para a Ribeira Grande, passamos pela aldeia de Sinagoga.

E, uns quilómetros para diante, por uma encosta que albergava dezenas de currais de porcos, geminados em muros de pedra, ali colocados de maneira a garantir uma distância higiénica das casas dos proprietários e da cidade em geral.

A Ribeira Grande não tardou.

Seria apenas a primeira de várias incursões à grande cidade do outro lado de Santo Antão.

Santo Antão, Cabo Verde

Pela Estrada da Corda Toda

Santo Antão é a mais ocidental das ilhas de Cabo Verde. Lá se situa um limiar Atlântico e rugoso de África, um domínio insular majestoso que começamos por desvendar de uma ponta à outra da sua deslumbrante Estrada da Corda.
São Vicente, Cabo Verde

O Deslumbre Árido-Vulcânico de Soncente

Uma volta a São Vicente revela uma aridez tão deslumbrante como inóspita. Quem a visita, surpreende-se com a grandiosidade e excentricidade geológica da quarta menor ilha de Cabo Verde.
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Ilha da Boa Vista, Cabo Verde

Ilha da Boa Vista: Vagas do Atlântico, Dunas do Sara

Boa Vista não é apenas a ilha cabo-verdiana mais próxima do litoral africano e do seu grande deserto. Após umas horas de descoberta, convence-nos de que é um retalho do Sara à deriva no Atlântico do Norte.
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Ilha do Fogo, Cabo Verde

À Volta do Fogo

Ditaram o tempo e as leis da geomorfologia que a ilha-vulcão do Fogo se arredondasse como nenhuma outra em Cabo Verde. À descoberta deste arquipélago exuberante da Macaronésia, circundamo-la contra os ponteiros do relógio. Deslumbramo-nos no mesmo sentido.
São Nicolau, Cabo Verde

São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

Partidas forçadas como as que inspiraram a famosa morna “Sodade” deixaram bem vincada a dor de ter que deixar as ilhas de Cabo Verde. À descoberta de Saninclau, entre o encanto e o deslumbre, perseguimos a génese da canção e da melancolia.
Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde

Chã das Caldeiras a Mosteiros: descida pelos Confins do Fogo

Com o cimo de Cabo Verde conquistado, dormimos e recuperamos em Chã das Caldeiras, em comunhão com algumas das vidas à mercê do vulcão. Na manhã seguinte, iniciamos o regresso à capital São Filipe, 11 km de caminho para Mosteiros abaixo.
Brava, Cabo Verde

A Ilha Brava de Cabo Verde

Aquando da colonização, os portugueses deparam-se com uma ilha húmida e viçosa, coisa rara, em Cabo Verde. Brava, a menor das ilhas habitadas e uma das menos visitadas do arquipélago preserva uma genuinidade própria da sua natureza atlântica e vulcânica algo esquiva.
Santiago, Cabo Verde

Santiago de Baixo a Cima

Aterrados na capital cabo-verdiana de Praia, exploramos a sua pioneira antecessora. Da Cidade Velha, percorremos a crista montanhosa e deslumbrante de Santiago, até ao topo desafogado de Tarrafal.
Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
Ponta do Sol a Fontainhas, Santo Antão, Cabo Verde

Uma Viagem Vertiginosa a Partir da Ponta do Sol

Atingimos o limiar norte de Santo Antão e de Cabo Verde. Em nova tarde de luz radiosa, acompanhamos a azáfama atlântica dos pescadores e o dia-a-dia menos litoral da vila. Com o ocaso iminente, inauguramos uma demanda sombria e intimidante do povoado das Fontainhas.
Mindelo, São Vicente, Cabo Verde

O Milagre de São Vicente

São Vicente sempre foi árida e inóspita a condizer. A colonização desafiante da ilha submeteu os colonos a sucessivas agruras. Até que, por fim, a sua providencial baía de águas profundas viabilizou o Mindelo, a urbe mais cosmopolita e a capital cultural de Cabo Verde.
Nova Sintra, Brava, Cabo Verde

Uma Sintra Crioula, em Vez de Saloia

Quando os colonos portugueses descobriram a ilha de Brava, repararam no seu clima, muito mais húmido que a maior parte de Cabo Verde. Determinados em manterem ligações com a distante metrópole, chamaram a principal povoação de Nova Sintra.
Tarrafal, Santiago, Cabo Verde

O Tarrafal da Liberdade e da Vida Lenta

A vila de Tarrafal delimita um recanto privilegiado da ilha de Santiago, com as suas poucas praias de areia branca. Quem por lá se encanta tem ainda mais dificuldade em entender a atrocidade colonial do vizinho campo prisional.
Ribeira Grande, Santo AntãoCabo Verde

Santo Antão, Ribeira Grande Acima

Na origem, uma Povoação diminuta, a Ribeira Grande seguiu o curso da sua história. Passou a vila, mais tarde, a cidade. Tornou-se um entroncamento excêntrico e incontornável da  ilha de Santo Antão.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
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Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
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O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
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No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
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Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.