São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza


A Caldeira das Lagoas
A vista deslumbrante do maciço das Sete Cidades, com as várias lagoas a preencher a enorme caldeira vulcânica no extremo noroeste de São Miguel.
Os Mosteiros
As formações rochosas que dão o nome a praia e à povoação dos Mosteiros.
Lagoa Geotermal
Cena própria de um Jardim das Delícias numa das lagoas geotermais da Caldeira Velha.
Vacas de Pastagem
Algumas das muitas vacas que asseguram a produção prolífica de leite dos Açores.
Ponta da Ferraria
Ondas agitam a piscina marinha da Ponta da Ferraria.
Furnas
A povoação das Furnas, nas profundezas verdejantes de São Miguel.
Dia de Mosteiros
Banhistas e surfistas desfrutam da praia vulcânica dos Mosteiros.
Amigas conversam e apanham sol sobre uma laje de lava no norte de São Miguel.
Boca do Inferno abaixo
Caminhantes descem uma ravina nas imediações do Miradouro da Boca do Inferno.
Lagoa do Fogo
Luz solar faz realçar o azul turquesa da Lagoa do Fogo, a mais elevada de São Miguel.
Mosteiros
O casario alvo de Mosteiros, disposto numa laje vasta e repleta de vegetação.
O Norte
Vista da costa norte de São Miguel a partir da estrada que conduz à Lagoa do Fogo.
Piscina para 3
Um momento de descontração marinha numa das muitas piscinas naturais de São Miguel.
Surfistas em Mosteiros
Duo de surfistas conversa com o lusco-fusco a tomar conta da praia dos Mosteiros.
Caldeira Seca
Retalhos da Caldeira Seca, aquém da povoação das Sete Cidades
Miradouro Santa Iria
Um derradeiro apreciador do litoral norte de São Miguel, destacado no miradouro de Santa Iria.
7 Cidades
O casario das Sete Cidades abrigado no interior de uma das maiores caldeiras do arquipélago açoriano.
Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.

Foi a primeira sensação que retivemos de São Miguel, a de, após ascendermos ao reduto luxuriante da Caldeira Velha,  aterrarmos num mundo à parte.

As nascentes borbulham e fumegam. Algumas, brotam tão quentes que têm direito a avisos gritantes de perigo de cozedura.

O vapor ascende. Irriga uma profusão de fetos arbóreos majestosos que associávamos às florestas sub-tropicais e sulfurosas em redor de Rotorua ou da Golden Bay, nas Ilha do Norte e do Sul da Nova Zelândia.

Vão chegando mais e mais almas num êxtase veraneante.

Despem-se à pressa e disputam os melhores poisos das melhores poças e lagoas.

Quando, por fim, se instalam em harmonia, usufruem do divinal aconchego líquido.

Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

Cena própria de um Jardim das Delícias numa das lagoas geotermais da Caldeira Velha.

Com muito menos tempo que os restantes banhistas, nós, não tardámos a expulsar-nos daquele paraíso geotermal.

De lá, apontamos à lagoa mais elevada de São Miguel.

A Lagoa do Fogo (de vista) de São Miguel

A Lagoa do Fogo surge na caldeira do vulcão benjamim da ilha que entrou em erupção pela última vez, em 1563, já a ilha era habitada há mais de um século, na sequência da pioneira do sul Santa Maria.

Malgrado o baptismo e o seu histórico, saturado pela luz solar, este enorme corpo lacustre exibe-se-nos num tom turquesa que se confunde tanto com o do mar ali vizinho, como com o da abóbada celeste logo acima.

Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

Luz solar faz realçar o azul turquesa da Lagoa do Fogo, a mais elevada de São Miguel.

“Desculpem, podem ajudar-me?” interpela-nos, aflita, uma caminhante francesa. “Não estava à espera que o trilho fosse tão longo. Estou mesmo a precisar de água”.

Damos-lhe uma garrafa que a moça quase vaza sem respirar. Perguntamos se queria que a levássemos até à lagoa. “Caminhada é caminhada, agora já estou bem, vou andar até lá!”

Certificamo-nos de que está em condições. Logo, descemos para o litoral bravio da costa norte. Nas imediações da Ribeira Grande, flectimos para leste e fazemo-nos de novo às terras cimeiras.

Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

Vista da costa norte de São Miguel a partir da estrada que conduz à Lagoa do Fogo.

Pelo caminho, sucedem-se manadas de vacas a preto e branco, produtoras felizardas do cada vez mais distinto leite de pastagem dos Açores.

Uma longa alameda ladeada de hortênsias que o Verão rosara conduz-nos ao terraço natural do Pico de Ferro.

Da beira suicida das suas alturas, entre a vertigem e o deslumbre, revela-se-nos a lagoa e a povoação que partilham o mesmo nome: Furnas.

O Cimo do Pico do Ferro e as Profundezas das Furnas

A lagoa espraia-se logo abaixo, num verde mais exuberante que o da vegetação envolvente.

Já a povoação, surge afastada, perdida numa cratera ampla e profunda também ela viçosa, coberta de prados salpicados de árvores. Atravessamo-la a caminho das margens da lagoa.

Furnas, Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

A povoação das Furnas, nas profundezas verdejantes de São Miguel.

Completamos o passadiço das Caldeiras entre a névoa das fumarolas residentes.

Faltava algum tempo para que um dos reputados cozidos locais saísse debaixo de terra. Acabámos por prová-lo – o mais semelhante possível – num restaurante da povoação.

Ao lado, para gáudio de algumas crianças e compaixão de duas turistas alemãs, cisnes vindos da água semeiam o pânico entre um bando de patos, apostados em monopolizar, à bicada nos rivais, o milho oferecido pelo dono de uma roulote de comes e bebes.

Apesar da reclusão do lugar, também os habitantes do Vale das Furnas sofreram ataques inesperados, dos piratas que, durante séculos, visaram as povoações açorianas.

Por volta de 1522, a caldeira com sete quilómetros de diâmetro era usada apenas para recolher madeira necessária à reconstrução de casas arrasadas por sismos que afectaram Vila Franca do Campo.

Do Passado Instável dos Açores ao Reduto do Bem-Estar Natural

Cem anos depois, habitavam-na diversos colonos, quando uma erupção vulcânica os forçou a debandar.

Muitos mais regressaram atraídos pela extrema fertilidade do solo. No entanto, as adversidades prolongaram-se.

Segundo narrou Marquez de Jacome Corrêa, em 1679, piratas berberes saquearam a Ribeira Quente e internaram-se na caldeira, onde roubaram carneiros. Os residentes pediram ao governador de Ponta Delgada um canhão. Este ignorou-os.

Hoje, mais que de paz, as Furnas são um destino de puro deleite. Isso o comprova a pequena multidão de corpos que flutuam na água ocre da piscina ao ar livre do Jardim Botânico e hotel Terra Nostra, um dos retiros ecológicos do mundo realmente especiais.

A piscina ao ar live do Jardim Botânico e hotel Terra Nostra.

Começou a construí-lo o cônsul dos E.U.A. em São Miguel, por volta de 1775. Thomas Hickling era um comerciante endinheirado de Boston. Escolheu o lugar para sua casa de campo, conhecida como Yankee Hall.

A propriedade passou para a posse do Visconde da Praia e, depois, para a do Marquês da Praia e de Monforte.

Com os anos, evoluiu de Hall para o jardim botânico que hoje maravilha os forasteiros. Reteve-nos a maior parte do tempo nas Furnas.

De tal maneira, que à saída, já só visitámos em modo de toca-e-foge os outros interesses da povoação e regressamos, de novo, à capital com a noite instalada.

Repetem-se, fáceis, os despertares quando a agenda do dia se resume a prosseguir a exploração de São Miguel.

Em Busca das Sete Cidades de São Miguel

No terreno, a ilha pouco tem que ver com o que aprendemos nos mapas da longínqua instrução primária.

São Miguel é muito mais que um mero retalho ínfimo perdido no azul Atlântico desmesurado.

Como a ilha em si, as suas impressionantes lagoas parecem multiplicar-se. São tão impressionantes que não temos como as evitar.

ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

Caminhantes descem uma ravina nas imediações do Miradouro da Boca do Inferno.

Voltamos a esforçar o carro ilha acima, até ao domínio verdejante e idílico em que se escondem as suas Sete Cidades.

Das várias excentricidades com passado vulcânico pré-histórico por ali disseminadas, o Miradouro da Boca do Inferno parece ter-se sumido nos tempos.

Fartos de idas e voltas inconsequentes à sua procura, detemo-nos pedir indicações a três trabalhadores rurais à beira da estrada. Decorridos apenas segundos da sua voluntariosa explicação, assola-nos um arrepio relacional.

Por mais que nos concentrássemos, as suas frases eram-nos ininteligíveis.

Palavra atrás de palavra, só o confirmamos.

Eles, do seu lado, por certo a reviverem aquela inconveniência, percebiam sobretudo que nós não entendíamos nada do que nos diziam, rendiam-se à frustração e a um tímido embaraço.

A Colonização de São Miguel e o Cerrar Progressivo do Sotaque

O povoamento de São Miguel teve início em 29 de Setembro de 1444, dia do arcanjo homónimo, nessa época, patrono de Portugal.

Atraídos pela isenção de tributos exigidos na origem, chegaram alentejanos, algarvios, estremenhos, madeirenses, também estrangeiros, com destaque para os franceses.

Nos quase seis séculos que decorreram, entregues àquela ilha a 1500 km do continente, os açorianos cerraram inconscientemente o seu sotaque.

Fizeram-no até que se tornou impossível compará-lo com qualquer outra pronúncia do rectângulo à beira da Europa plantado.

Agradecemos e despedimo-nos.

Incríveis Lagoas, dentro de Crateras, dentro de Caldeiras

Por fim, lá demos com o trilho íngreme para o miradouro sobre a lagoa do Canário que vencemos na companhia de caminhantes estrangeiros.

Quando chegamos à plataforma em que desemboca, desvendamos um dos panoramas mais majestosos e elegantes dos Açores e, atrevemo-nos a dizê-lo, do Planeta.

Dali, São Miguel encerrava-se a nordeste num grupo incomum de lagoas abrigadas num velho maciço, com todo o seu cenário encaixado entre o vasto Atlântico Norte e as vertentes ervadas da enorme bordeira.

Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

A vista deslumbrante do maciço das Sete Cidades, com as várias lagoas a preencher a enorme caldeira vulcânica no extremo noroeste de São Miguel.

Ao fim de uma hora, ganhamos coragem. Viramos-lhe as costas e regressamos à estrada nacional 9-1A.

Percorremo-la com paragens proveitosas, como a da Vista do Rei que nos permite vislumbrar as Sete Cidades, nas margens das lagoas Verde e Azul, tal e qual o fizeram, em 1901, o rei D. Carlos e a rainha Dª Amélia.

Trocamos o asfalto pela terra da Cumeeira, uma via suprema que aparenta subsistir num equilíbrio precoce, com vistas surreais tanto para dentro das enormes caldeiras Seca e do Alferes, das suas lagoas e do casario das Sete Cidades como para a vertente oceânica e as povoações no seu sopé: Ginetes, ao fundo, Mosteiros. Avançamos devagar.

Damos passagem a um tractor e uma carrinha de trabalho com que nos deparamos no sentido contrário daquela via apertada que foi criada enquanto trunfo rural, não como complemento turístico.

Da Orla da Grande Caldeira ao Âmago das Sete Cidades de São Miguel

Quando a estradinha termina, descemos da bordeira para a povoação das Sete Cidades, que os primeiros colonos baptizaram inspirados na velha lenda “Insula Septem Civitatum” interpretada como Ilha dos Sete Povos ou Tribos e que prenunciava existir vida humana em pleno Atlântico.

Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

O casario das Sete Cidades abrigado no interior de uma das maiores caldeiras do arquipélago açoriano.

A lenda já vinha da era dos Fenícios e outros povos mediterrânicos. Surgiu em 750 d.C. num documento escrito por um clérigo cristão em Porto Cale (Porto).

Poderá ter inspirado o próprio Infante Dom Henrique a privilegiar a descoberta marítima para Oeste em vez da continuação da conquista no Norte de África.

De Sete Cidades, apontamos para a aldeia dos Mosteiros. A meio do percurso, paramos na piscina natural da Ponta da Ferraria, ansiosos por um banho oceânico morno e relaxante.

Só que o Atlântico não está de maré.

Ponta da Ferraria, Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

Ondas agitam a piscina marinha da Ponta da Ferraria.

Breve Passagem pelos Mosteiros de São Miguel

As vagas entram com mais vigor do que era suposto. Agitam demasiado o caudal da piscina fechada pela própria configuração da laje de lava.

Mesmo assim, agarramo-nos às cordas que a atravessam como se estivéssemos nuns matraquilhos sob dilúvio. À imagem do que faziam outros banhistas, em vez de nos limitarmos a descontrair, divertimo-nos com os caprichos da ondulação.

O sol descia a olhos vistos. Sob a pressão do rápido entardecer, regressamos ao caminho, mal secos, salgados mas com fé no que os Mosteiros nos viriam a revelar.

O desvio para a povoação serpenteia a partir da estrada principal e pela encosta abaixo. Num dos meandros, para lá de um caniçal pujante, surpreende-nos o seu casario.

Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

O casario alvo de Mosteiros, disposto numa laje vasta e repleta de vegetação.

Prolonga-se do extremo oposto da grande laje até à enseada de areal negro. Esta derradeira baía anuncia as formações rochosas que inspiraram a toponímia local.

Dezenas de surfistas aproveitam a ondulação vigorosa sob o olhar de alguns jovens moradores que lhes apreciam os movimentos.

No areal, outros tantos banhistas das mais distintas paragens deixam-se bronzear enquanto, por fim, o grande astro se dissolve horizonte abaixo.

Praia dos Mosteiros, ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

Duo de surfistas conversa com o lusco-fusco a tomar conta da praia dos Mosteiros.

Os “mosteiros” – grandes esculturas de rocha negra projectadas do mar translúcido – convidaram a escuridão. Vinte minutos depois, estávamos tão no fim das energias e da descoberta de São Miguel como o dia.

 

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Ponta Delgada, São Miguel, Açores

A Cidade da Grande Ilha dos Açores

Durante os séculos XIX e XX, Ponta Delgada tornou-se a cidade mais populosa e a capital económico-administrativa dos Açores. Lá encontramos a história e o modernismo do arquipélago de mãos-dadas.
Vale das Furnas, São Miguel

O Calor Açoriano do Vale das Furnas

Surpreendemo-nos, na maior ilha dos Açores, com uma caldeira retalhada por minifúndios agrícolas, massiva e profunda ao ponto de abrigar dois vulcões, uma enorme lagoa e quase dois mil micaelenses. Poucos lugares do arquipélago são, ao mesmo tempo, tão grandiosos e acolhedores como o verdejante e fumegante Vale das Furnas.
Horta, Açores

A Cidade que Dá o Norte ao Atlântico

A comunidade mundial de velejadores conhece bem o alívio e a felicidade de vislumbrar a montanha do Pico e, logo, o Faial e o acolhimento da baía da Horta e do Peter Café Sport. O regozijo não se fica por aí. Na cidade e em redor, há um casario alvo e uma efusão verdejante e vulcânica que deslumbra quem chegou tão longe.
Vulcão dos Capelinhos, Faial, Açores

Na Pista do Mistério dos Capelinhos

De uma costa da ilha à opostoa, pelas névoas, retalhos de pasto e florestas típicos dos Açores, desvendamos o Faial e o Mistério do seu mais imprevisível vulcão.
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Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Corvo, Açores

O Abrigo Atlântico Inverosímil da Ilha do Corvo

17 km2 de vulcão afundado numa caldeira verdejante. Uma povoação solitária assente numa fajã. Quatrocentas e trinta almas aconchegadas pela pequenez da sua terra e pelo vislumbre da vizinha Flores. Bem-vindo à mais destemida das ilhas açorianas.
São Jorge, Açores

De Fajã em Fajã

Abundam, nos Açores, faixas de terra habitável no sopé de grandes falésias. Nenhuma outra ilha tem tantas fajãs como as mais de 70 da esguia e elevada São Jorge. Foi nelas que os jorgenses se instalaram. Nelas assentam as suas atarefadas vidas atlânticas.
Ilha do Pico, Açores

A Ilha a Leste da Montanha do Pico

Por norma, quem chega ao Pico desembarca no seu lado ocidental, com o vulcão (2351m) a barrar a visão sobre o lado oposto. Para trás do Pico montanha, há todo um longo e deslumbrante “oriente” da ilha que leva o seu tempo a desvendar.
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores

Heroína do Mar, de Nobre Povo, Cidade Valente e Imortal

Angra do Heroísmo é bem mais que a capital histórica dos Açores, da ilha Terceira e, em duas ocasiões, de Portugal. A 1500km do continente, conquistou um protagonismo na nacionalidade e independência portuguesa de que poucas outras cidades se podem vangloriar.
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do "Pequeno Tibete Português" às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
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Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
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Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
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Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

Foi a primeira do arquipélago a emergir do fundo dos mares, a primeira a ser descoberta, a primeira e única a receber Cristovão Colombo e um Concorde. Estes são alguns dos atributos que fazem de Santa Maria especial. Quando a visitamos, encontramos muitos mais.
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Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

Prosseguimos num périplo longo e ziguezagueante pelos domínios da Peneda-Gerês e de Bouro, dentro e fora do nosso único Parque Nacional. Nesta que é uma das zonas mais idolatradas do norte português.
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Porto Santo, Portugal

Louvada Seja a Ilha do Porto Santo

Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
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A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

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Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

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(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
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Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Mahé Ilhas das Seychelles, amigos da praia
Praias
Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles

Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Religião
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Dia da Austrália, Perth, bandeira australiana
Sociedade
Perth, Austrália

Dia da Austrália: em Honra da Fundação, de Luto Pela Invasão

26/1 é uma data controversa na Austrália. Enquanto os colonos britânicos o celebram com churrascos e muita cerveja, os aborígenes celebram o facto de não terem sido completamente dizimados.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Bwabwata Parque Nacional, Namíbia, girafas
Vida Selvagem
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.