São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza


A Caldeira das Lagoas
A vista deslumbrante do maciço das Sete Cidades, com as várias lagoas a preencher a enorme caldeira vulcânica no extremo noroeste de São Miguel.
Os Mosteiros
As formações rochosas que dão o nome a praia e à povoação dos Mosteiros.
Lagoa Geotermal
Cena própria de um Jardim das Delícias numa das lagoas geotermais da Caldeira Velha.
Vacas de Pastagem
Algumas das muitas vacas que asseguram a produção prolífica de leite dos Açores.
Ponta da Ferraria
Ondas agitam a piscina marinha da Ponta da Ferraria.
Furnas
A povoação das Furnas, nas profundezas verdejantes de São Miguel.
Dia de Mosteiros
Banhistas e surfistas desfrutam da praia vulcânica dos Mosteiros.
Amigas conversam e apanham sol sobre uma laje de lava no norte de São Miguel.
Boca do Inferno abaixo
Caminhantes descem uma ravina nas imediações do Miradouro da Boca do Inferno.
Lagoa do Fogo
Luz solar faz realçar o azul turquesa da Lagoa do Fogo, a mais elevada de São Miguel.
Mosteiros
O casario alvo de Mosteiros, disposto numa laje vasta e repleta de vegetação.
O Norte
Vista da costa norte de São Miguel a partir da estrada que conduz à Lagoa do Fogo.
Piscina para 3
Um momento de descontração marinha numa das muitas piscinas naturais de São Miguel.
Surfistas em Mosteiros
Duo de surfistas conversa com o lusco-fusco a tomar conta da praia dos Mosteiros.
Caldeira Seca
Retalhos da Caldeira Seca, aquém da povoação das Sete Cidades
Miradouro Santa Iria
Um derradeiro apreciador do litoral norte de São Miguel, destacado no miradouro de Santa Iria.
7 Cidades
O casario das Sete Cidades abrigado no interior de uma das maiores caldeiras do arquipélago açoriano.
Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.

Foi a primeira sensação que retivemos de São Miguel, a de, após ascendermos ao reduto luxuriante da Caldeira Velha,  aterrarmos num mundo à parte.

As nascentes borbulham e fumegam. Algumas, brotam tão quentes que têm direito a avisos gritantes de perigo de cozedura.

O vapor ascende. Irriga uma profusão de fetos arbóreos majestosos que associávamos às florestas sub-tropicais e sulfurosas em redor de Rotorua ou da Golden Bay, nas Ilha do Norte e do Sul da Nova Zelândia.

Vão chegando mais e mais almas num êxtase veraneante.

Despem-se à pressa e disputam os melhores poisos das melhores poças e lagoas.

Quando, por fim, se instalam em harmonia, usufruem do divinal aconchego líquido.

Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

Cena própria de um Jardim das Delícias numa das lagoas geotermais da Caldeira Velha.

Com muito menos tempo que os restantes banhistas, nós, não tardámos a expulsar-nos daquele paraíso geotermal.

De lá, apontamos à lagoa mais elevada de São Miguel.

A Lagoa do Fogo (de vista) de São Miguel

A Lagoa do Fogo surge na caldeira do vulcão benjamim da ilha que entrou em erupção pela última vez, em 1563, já a ilha era habitada há mais de um século, na sequência da pioneira do sul Santa Maria.

Malgrado o baptismo e o seu histórico, saturado pela luz solar, este enorme corpo lacustre exibe-se-nos num tom turquesa que se confunde tanto com o do mar ali vizinho, como com o da abóbada celeste logo acima.

Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

Luz solar faz realçar o azul turquesa da Lagoa do Fogo, a mais elevada de São Miguel.

“Desculpem, podem ajudar-me?” interpela-nos, aflita, uma caminhante francesa. “Não estava à espera que o trilho fosse tão longo. Estou mesmo a precisar de água”.

Damos-lhe uma garrafa que a moça quase vaza sem respirar. Perguntamos se queria que a levássemos até à lagoa. “Caminhada é caminhada, agora já estou bem, vou andar até lá!”

Certificamo-nos de que está em condições. Logo, descemos para o litoral bravio da costa norte. Nas imediações da Ribeira Grande, flectimos para leste e fazemo-nos de novo às terras cimeiras.

Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

Vista da costa norte de São Miguel a partir da estrada que conduz à Lagoa do Fogo.

Pelo caminho, sucedem-se manadas de vacas a preto e branco, produtoras felizardas do cada vez mais distinto leite de pastagem dos Açores.

Uma longa alameda ladeada de hortênsias que o Verão rosara conduz-nos ao terraço natural do Pico de Ferro.

Da beira suicida das suas alturas, entre a vertigem e o deslumbre, revela-se-nos a lagoa e a povoação que partilham o mesmo nome: Furnas.

O Cimo do Pico do Ferro e as Profundezas das Furnas

A lagoa espraia-se logo abaixo, num verde mais exuberante que o da vegetação envolvente.

Já a povoação, surge afastada, perdida numa cratera ampla e profunda também ela viçosa, coberta de prados salpicados de árvores. Atravessamo-la a caminho das margens da lagoa.

Furnas, Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

A povoação das Furnas, nas profundezas verdejantes de São Miguel.

Completamos o passadiço das Caldeiras entre a névoa das fumarolas residentes.

Faltava algum tempo para que um dos reputados cozidos locais saísse debaixo de terra. Acabámos por prová-lo – o mais semelhante possível – num restaurante da povoação.

Ao lado, para gáudio de algumas crianças e compaixão de duas turistas alemãs, cisnes vindos da água semeiam o pânico entre um bando de patos, apostados em monopolizar, à bicada nos rivais, o milho oferecido pelo dono de uma roulote de comes e bebes.

Apesar da reclusão do lugar, também os habitantes do Vale das Furnas sofreram ataques inesperados, dos piratas que, durante séculos, visaram as povoações açorianas.

Por volta de 1522, a caldeira com sete quilómetros de diâmetro era usada apenas para recolher madeira necessária à reconstrução de casas arrasadas por sismos que afectaram Vila Franca do Campo.

Do Passado Instável dos Açores ao Reduto do Bem-Estar Natural

Cem anos depois, habitavam-na diversos colonos, quando uma erupção vulcânica os forçou a debandar.

Muitos mais regressaram atraídos pela extrema fertilidade do solo. No entanto, as adversidades prolongaram-se.

Segundo narrou Marquez de Jacome Corrêa, em 1679, piratas berberes saquearam a Ribeira Quente e internaram-se na caldeira, onde roubaram carneiros. Os residentes pediram ao governador de Ponta Delgada um canhão. Este ignorou-os.

Hoje, mais que de paz, as Furnas são um destino de puro deleite. Isso o comprova a pequena multidão de corpos que flutuam na água ocre da piscina ao ar livre do Jardim Botânico e hotel Terra Nostra, um dos retiros ecológicos do mundo realmente especiais.

A piscina ao ar live do Jardim Botânico e hotel Terra Nostra.

Começou a construí-lo o cônsul dos E.U.A. em São Miguel, por volta de 1775. Thomas Hickling era um comerciante endinheirado de Boston. Escolheu o lugar para sua casa de campo, conhecida como Yankee Hall.

A propriedade passou para a posse do Visconde da Praia e, depois, para a do Marquês da Praia e de Monforte.

Com os anos, evoluiu de Hall para o jardim botânico que hoje maravilha os forasteiros. Reteve-nos a maior parte do tempo nas Furnas.

De tal maneira, que à saída, já só visitámos em modo de toca-e-foge os outros interesses da povoação e regressamos, de novo, à capital com a noite instalada.

Repetem-se, fáceis, os despertares quando a agenda do dia se resume a prosseguir a exploração de São Miguel.

Em Busca das Sete Cidades de São Miguel

No terreno, a ilha pouco tem que ver com o que aprendemos nos mapas da longínqua instrução primária.

São Miguel é muito mais que um mero retalho ínfimo perdido no azul Atlântico desmesurado.

Como a ilha em si, as suas impressionantes lagoas parecem multiplicar-se. São tão impressionantes que não temos como as evitar.

ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

Caminhantes descem uma ravina nas imediações do Miradouro da Boca do Inferno.

Voltamos a esforçar o carro ilha acima, até ao domínio verdejante e idílico em que se escondem as suas Sete Cidades.

Das várias excentricidades com passado vulcânico pré-histórico por ali disseminadas, o Miradouro da Boca do Inferno parece ter-se sumido nos tempos.

Fartos de idas e voltas inconsequentes à sua procura, detemo-nos pedir indicações a três trabalhadores rurais à beira da estrada. Decorridos apenas segundos da sua voluntariosa explicação, assola-nos um arrepio relacional.

Por mais que nos concentrássemos, as suas frases eram-nos ininteligíveis.

Palavra atrás de palavra, só o confirmamos.

Eles, do seu lado, por certo a reviverem aquela inconveniência, percebiam sobretudo que nós não entendíamos nada do que nos diziam, rendiam-se à frustração e a um tímido embaraço.

A Colonização de São Miguel e o Cerrar Progressivo do Sotaque

O povoamento de São Miguel teve início em 29 de Setembro de 1444, dia do arcanjo homónimo, nessa época, patrono de Portugal.

Atraídos pela isenção de tributos exigidos na origem, chegaram alentejanos, algarvios, estremenhos, madeirenses, também estrangeiros, com destaque para os franceses.

Nos quase seis séculos que decorreram, entregues àquela ilha a 1500 km do continente, os açorianos cerraram inconscientemente o seu sotaque.

Fizeram-no até que se tornou impossível compará-lo com qualquer outra pronúncia do rectângulo à beira da Europa plantado.

Agradecemos e despedimo-nos.

Incríveis Lagoas, dentro de Crateras, dentro de Caldeiras

Por fim, lá demos com o trilho íngreme para o miradouro sobre a lagoa do Canário que vencemos na companhia de caminhantes estrangeiros.

Quando chegamos à plataforma em que desemboca, desvendamos um dos panoramas mais majestosos e elegantes dos Açores e, atrevemo-nos a dizê-lo, do Planeta.

Dali, São Miguel encerrava-se a nordeste num grupo incomum de lagoas abrigadas num velho maciço, com todo o seu cenário encaixado entre o vasto Atlântico Norte e as vertentes ervadas da enorme bordeira.

Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

A vista deslumbrante do maciço das Sete Cidades, com as várias lagoas a preencher a enorme caldeira vulcânica no extremo noroeste de São Miguel.

Ao fim de uma hora, ganhamos coragem. Viramos-lhe as costas e regressamos à estrada nacional 9-1A.

Percorremo-la com paragens proveitosas, como a da Vista do Rei que nos permite vislumbrar as Sete Cidades, nas margens das lagoas Verde e Azul, tal e qual o fizeram, em 1901, o rei D. Carlos e a rainha Dª Amélia.

Trocamos o asfalto pela terra da Cumeeira, uma via suprema que aparenta subsistir num equilíbrio precoce, com vistas surreais tanto para dentro das enormes caldeiras Seca e do Alferes, das suas lagoas e do casario das Sete Cidades como para a vertente oceânica e as povoações no seu sopé: Ginetes, ao fundo, Mosteiros. Avançamos devagar.

Damos passagem a um tractor e uma carrinha de trabalho com que nos deparamos no sentido contrário daquela via apertada que foi criada enquanto trunfo rural, não como complemento turístico.

Da Orla da Grande Caldeira ao Âmago das Sete Cidades de São Miguel

Quando a estradinha termina, descemos da bordeira para a povoação das Sete Cidades, que os primeiros colonos baptizaram inspirados na velha lenda “Insula Septem Civitatum” interpretada como Ilha dos Sete Povos ou Tribos e que prenunciava existir vida humana em pleno Atlântico.

Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

O casario das Sete Cidades abrigado no interior de uma das maiores caldeiras do arquipélago açoriano.

A lenda já vinha da era dos Fenícios e outros povos mediterrânicos. Surgiu em 750 d.C. num documento escrito por um clérigo cristão em Porto Cale (Porto).

Poderá ter inspirado o próprio Infante Dom Henrique a privilegiar a descoberta marítima para Oeste em vez da continuação da conquista no Norte de África.

De Sete Cidades, apontamos para a aldeia dos Mosteiros. A meio do percurso, paramos na piscina natural da Ponta da Ferraria, ansiosos por um banho oceânico morno e relaxante.

Só que o Atlântico não está de maré.

Ponta da Ferraria, Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

Ondas agitam a piscina marinha da Ponta da Ferraria.

Breve Passagem pelos Mosteiros de São Miguel

As vagas entram com mais vigor do que era suposto. Agitam demasiado o caudal da piscina fechada pela própria configuração da laje de lava.

Mesmo assim, agarramo-nos às cordas que a atravessam como se estivéssemos nuns matraquilhos sob dilúvio. À imagem do que faziam outros banhistas, em vez de nos limitarmos a descontrair, divertimo-nos com os caprichos da ondulação.

O sol descia a olhos vistos. Sob a pressão do rápido entardecer, regressamos ao caminho, mal secos, salgados mas com fé no que os Mosteiros nos viriam a revelar.

O desvio para a povoação serpenteia a partir da estrada principal e pela encosta abaixo. Num dos meandros, para lá de um caniçal pujante, surpreende-nos o seu casario.

Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

O casario alvo de Mosteiros, disposto numa laje vasta e repleta de vegetação.

Prolonga-se do extremo oposto da grande laje até à enseada de areal negro. Esta derradeira baía anuncia as formações rochosas que inspiraram a toponímia local.

Dezenas de surfistas aproveitam a ondulação vigorosa sob o olhar de alguns jovens moradores que lhes apreciam os movimentos.

No areal, outros tantos banhistas das mais distintas paragens deixam-se bronzear enquanto, por fim, o grande astro se dissolve horizonte abaixo.

Praia dos Mosteiros, ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza

Duo de surfistas conversa com o lusco-fusco a tomar conta da praia dos Mosteiros.

Os “mosteiros” – grandes esculturas de rocha negra projectadas do mar translúcido – convidaram a escuridão. Vinte minutos depois, estávamos tão no fim das energias e da descoberta de São Miguel como o dia.

 

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Heroína do Mar, de Nobre Povo, Cidade Valente e Imortal

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Do "Pequeno Tibete Português" às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
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Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

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Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

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Onde, para oeste, até no mapa as Américas surgem remotas, a Ilha das Flores abriga o derradeiro domínio idílico-dramático açoriano e quase quatro mil florenses rendidos ao fim-do-mundo deslumbrante que os acolheu.
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Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
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Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

Foi a primeira do arquipélago a emergir do fundo dos mares, a primeira a ser descoberta, a primeira e única a receber Cristovão Colombo e um Concorde. Estes são alguns dos atributos que fazem de Santa Maria especial. Quando a visitamos, encontramos muitos mais.
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Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

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Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
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Louvada Seja a Ilha do Porto Santo

Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
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Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
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À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
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Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
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Foi só em 1909 que o centro geodésico sul-americano foi apurado por Cândido Rondon, um marechal brasileiro. Hoje, fica na cidade de Cuiabá. Tem nas imediações, os cenários deslumbrantes mas demasiado combustíveis da Chapada dos Guimarães.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Património Mundial UNESCO
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Tarrafal, Santiago, Cabo Verde, Baía do Tarrafal
Praias
Tarrafal, Santiago, Cabo Verde

O Tarrafal da Liberdade e da Vida Lenta

A vila de Tarrafal delimita um recanto privilegiado da ilha de Santiago, com as suas poucas praias de areia branca. Quem por lá se encanta tem ainda mais dificuldade em entender a atrocidade colonial do vizinho campo prisional.
Detalhe do templo de Kamakhya, em Guwahati, Assam, Índia
Religião
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Parada e Pompa
Sociedade
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Vida Selvagem
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.