Seixal, Madeira, Portugal

A Ilha da Madeira do Coração


A Velha ER-101
Piscina Agitada
Fé Acima do Abismo
Praia da Laje II
Lares Virados a Norte
Véu da Noiva
Éden Vulcânico
Casario em Curva
Piscina do Atlântico
A Aldeia
Túnel para o Mar
Seixal e o Grande Norte
Véu da Noiva II
A Nova Praia
Praia da Laje
Convívio Marinho
As Escarpas da Aldeia
Quem visita a Madeira, encanta-se com o seu dramatismo quase tropical. Neste caso, o autor deve confessar que foi o destino das suas primeiras três viagens de avião. Que tem uma amiga de lá, que o fez ser um pouco de lá. Da Madeira virada ao Norte sem fim. Do destemido e acolhedor Seixal.

Ter um voo estreante, no dia de Natal, com aterragem no aeroporto do Funchal é digno de registo.

O que dizer então, quando, a essa aterragem, se segue uma viagem de carro entre o Funchal e o Seixal, pela estrada antiga.

Passaram-se umas duas décadas. A memória perdura. Anfitriã e conhecedora do caminho, a Sofia Lima assume o volante.

Conduz-nos acima e abaixo das ravinas letais entre São Vicente e o Seixal, com uma confiança de condutora de rally que nos deixa algures entre o entusiasmo e o receio.

Entramos e saímos de túneis de superfícies pouco polidas que comprovam um árduo trabalho de picareta e afins, começado em 1950 e a que se popularizou tratar por “furados”.

Deles saídos, ficamos com o Atlântico ou pela frente ou do lado, com frequência, lá bem em baixo, onde as vagas castigam as falésias.

Em pleno Inverno, quedas d’água banham a via estreita e lavam o carro à força.

Grandes calhaus basálticos que se acumulam junto ao murinho que protege os veículos de mergulhos para o oceano, lembram-nos que não é só água que ali cai.

Sublinhavam o facto mais que óbvio que cada viagem para o Seixal era uma aventura. E o Seixal não tinha sequer começado.

Chegamos sobre a noite. Instalamo-nos na pousada que a Sofia nos tinha reservado.

Pouco depois, estamos a beber copos no “Arco-Íris” o bar incontornável da povoação, do Manelito e do Carlucho. E a travarmos conhecimento com os compinchas da anfitriã.

Seixal, As Oitavas, as Lapinhas e uma Farra Desenfreada

Dura o que dura. Na Madeira, as tradições, como a fé católica, são levadas a sério.

No calendário, 26 de Dezembro dita as Oitavas do Natal, de tal forma veneradas que as autoridades decretaram o dia feriado regional.

Seixal, Ilha da Madeira, a Aldeia

É costume andar-se de casa em casa, na versão religiosa, a apreciar-se as lapinhas (leia-se presépio) dos vizinhos.

Na prática profanada, o costume serve de pretexto para uma festança tão itinerante como arreigada.

Mais que exibir a lapinha da casa, cada família acolhe os visitantes com comes e bebes sobrados do Natal (mas não só) e caprichados. Nos bebes, em particular, contam-se whiskies e aguardentes velhos, vinho caseiro produzido com as uvas jaqué locais e tantos outros.

Oferecem-se ao forasteiro com uma amabilidade e firmeza que não parecem admitir recusa. À medida que o tempo passa, aceitá-las produz efeitos inesperados.

Quando começam as visitas, os amigos lisboetas mantêm-se juntos. Lá para meio, sem saber sequer como, o grupo desfaz-se por distintos lares do Seixal.

Recordo-me de visitar alguns já sozinho. Um deles, pertencia a um casal de emigrantes recém-regressado da África do Sul, orgulhosos por lhe darem a provar o vinho jaqué que os religava à terra. Ao Seixal e à Madeira.

Mais tarde, voltamos a juntar-nos no “Arco-Íris”. Ao balcão, em volta da mesa de matraquilhos e de mais Coral Tónica. Cada qual, com as suas estórias mirabolantes por contar.

Como viríamos a perceber, no Seixal, os Oitavos prolongavam-se, assim, semana fora. A descoberta dos cenários deslumbrantes da povoação e em redor compensavam os despertares tardios e algo ressacados no hotel “Brisa Mar”.

Uns dias depois, regressamos a Lisboa. Com as vidas ainda a fervilharem de tudo o que tínhamos vivido no Seixal. Com novas amizades, algumas de seixaleiros, então, a viverem no continente.

O Regresso Estival ao Seixal, Madeira

Chegamos às férias do Verão. Marques, um desses seixaleiros com quem mantinha contacto, convida-me a regressar. Oferece-me estadia na casa da família. Aceito o convite de bom grado.

Filipe, um dos irmãos de Marques, na altura e como tantos madeirenses, ainda emigrado em Caracas, Venezuela, faz caça submarina no mar ao largo, por norma, diante do cais e das piscinas naturais.

Dia após dia, assim nos assegura peixe fresco que a mãe de ambos cozinha para as refeições, acompanhadas de batatas-doces e semilhas cozidas, colhidas da horta da casa.

Em vez dos Oitavos e das Lapinhas natalícias, são os arraiais de Verão do Seixal e das povoações vizinhas que justificam a festa e inevitáveis desvarios.

Em pleno Estio, essa diversão tem uma deliciosa extensão balnear. Nas piscinas naturais do Seixal. Ao largo do Cais. Na Poça do Mata Sete, baptizada com a verdade da tragédia, por mais pungente que tenha sido.

E, a pouca distância, mas nos antípodas da seriedade, ainda na Praia da Laje, a que os moradores passaram a chamar de Jamaica devido ao visual tropical das palmeiras há uns anos lá plantadas.

Malgrado o bem-disposto imaginário caribenho, a sua beira-mar não tem nem vestígios de areia branca ou coralífera.

Cobrem-na os grandes seixos basálticos que as vagas continuam a polir e que inspiram o brasão de armas da aldeia, na base de um seixo (árvore) complementar.

Por altura dessa evasão balnear, não existia sequer a praia de areia negra contígua ao porto e que, hoje, atrai, todos os anos, milhares de visitantes à povoação.

Quando nela me banho com vista para a paisagem grandiosa do leste do Norte, confirmo-a a melhor praia da ilha da Madeira.

Assim a classificaria mesmo que me considerasse isento.

O Incrível Monumento Rodoviário da Estrada de Ouro

Voltamos a percorrer a estrada-velha e os seus túneis entre São Vicente e o Seixal. Examinamo-los com a atenção merecida.

Percebemos o trabalho, a engenharia prodigiosa e os custos que requereu, de tal monta que ficou conhecida como a Estrada de Ouro de Portugal.

Para chegarmos ao verdadeiro valor da obra, talvez seja melhor atentarmos aos atrasos de vida que solucionou. Durante muito tempo, o Porto Moniz só era alcançável pelo sul da ilha.

E, em períodos de intempérie, uma viagem entre o Funchal e o Seixal (hoje 40km, 50 minutos), fazia-se em modo de montanha-russa, acima e abaixo da crista da Encumeada. Podia demorar quatro horas.

Ou cinco. Ou as que fossem, de acordo com o que o destino reservasse.

Decorridas mais de duas décadas, no regresso à Madeira e ao Seixal, viajamos por vários dos túneis modernos e desafogados que ligam as localidades pelo interior da ilha.

Hoje, entre os antigos e os novos, mais de 150 túneis fazem da Madeira uma ilha-queijo-suíço.

Os de João Delgado e do Seixal, substituíram a arrojada ER-101, tornada atracção histórica e turística, ainda com o seu quê de aventureira.

Aventuras Desventuradas na Antiga ER101

Deixamos a estrada moderna. Metemo-nos na antiga, apostados em recuperarmos a sensação do que era percorrê-la. Instantes depois, arrependemo-nos.

O resquício da via parece-nos ainda mais apertado do que nos lembrávamos.

Encharcam-no distintas quedas d’água de que falhamos em compreender a origem.

Partes do asfalto gasto surgem salpicadas de lascas de basalto também caídas do cimo, dali imperceptível, das falésias.

Em vez de lúdica, a experiência revela-se temerária. Invertemos marcha o mais depressa e melhor que conseguimos, no aperto e na iminência do precipício, com o Atlântico, lá em baixo, a insinuar-se.

Ainda o desconhecíamos, mas o atrevimento vinha com um preço. Durante a tarde, percebemos que uma das lascas de basalto tinha gerado um furo lento num pneu. Quando passamos por São Vicente, perdemos tempo a consertá-lo.

Completada a manobra, voltamos à segurança da estrada nova.

Refugiamo-nos no miradouro para o Véu da Noiva, a cascata emblemática que se precipita para o mar de uma altura de 110 metros, diante do velho traçado da ER-101.

Uma Aldeia tão Inclinada como Fértil

Se a Madeira é íngreme e vertiginosa, o Seixal abusa.

O povoamento da costa Norte da ilha e da aldeia requereu forte determinação e engenho condizente. Boa parte das suas casas situam-se entre falésias e abismos.

As hortas e os cultivos, fazem-se sempre inclinados, como as vinhas locais, dispostas em terraços conquistados a zonas menos íngremes dos penhascos, protegidas do vento e das intempéries por barreiras de urze e de fetos frondosos.

Mesmo produzidas em redutos  que qualquer forasteiro classificaria de inutilizáveis e em pouca quantidade, as uvas de casta sercial do Seixal são resistentes à gravidade, ao míldio e ao oídio. Há muito que enriquecem os bons Vinhos da Madeira, os mais secos.

As regas destas vinhas e dos restantes cultivos dependem do aproveitamento da água da ribeira que desce do cimo do Fanal mágico

 

Fanal. Um Pasto algo Surreal

 

E que divide o povoado quase ao meio, através das levadas e canais em que os madeirenses e os seixaleiros se tornaram peritos.

Da última vez que passámos pelo Seixal, fizemo-lo como parte de um trabalho bastante mais abrangente na ilha da Madeira, fora do Natal – Passagem de Ano, do período dos arraiais ou de qualquer outras festas.

Não ficámos lá a dormir e só conseguimos rever duas ou três das pessoas que lá conhecíamos.

Seixaleiros que Partem, Seixaleiros que Voltam

Desde 1950 que a remota Seixal perdia população, sobretudo devido à diáspora para a Venezuela, para a África do Sul, para a Austrália e tantos outros destinos. Neste tempo, a aldeia passou de 1360 habitantes para apenas 656, em 2011.

Apercebemo-nos, todavia, que o prestígio turístico da Madeira, desde há vários anos eleita “Melhor Destino Insular do Mundo”, o chamariz da praia de areia negra e os acessos facilitados pelos túneis lá levam, agora, muitos mais visitantes e dos quatro cantos do mundo.

Em simultâneo, a realidade atroz em que se tem mantido a Venezuela e a violência na África do Sul, têm feito regressar muitos emigrantes madeirenses.

Mesmo já sem falarem português, alguns, abrem pequenos negócios com que procuram refazer as vidas. Mesmo que lhes faltem os grandes lucros de outras paragens.

Mesmo que só tenham vista para o Norte e para o Atlântico imenso.

Recebe-os, como nos acolheu, o abraço subtropical e edénico do Seixal.

Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical

A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.
Parque Florestal Ribeiro Frio, Madeira

Ribeiro Frio Acima, na Senda dos Balcões

Há muito que esta região do interior elevado da Madeira tem a cargo a repopulação das trutas arco-íris da ilha. Entre os vários trilhos e levadas que confluem nos seus viveiros, o Parque Florestal Ribeiro Frio oculta panoramas grandiosos sobre o Pico Arieiro, o Pico Ruivo e o vale da Ribeira da Metade que se estende à costa norte.
Ilhéu de Cima, Porto Santo, Portugal

A Primeira Luz de Quem Navega de Cima

Integra o grupo dos seis ilhéus em redor da Ilha de Porto Santo mas está longe de ser apenas mais um. Mesmo sendo o ponto limiar oriental do arquipélago da Madeira, é o ilhéu mais próximo dos portosantenses. À noite, também faz do fanal que confirma às embarcações vindas da Europa o bom rumo.
Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Porto Santo, Portugal

Louvada Seja a Ilha do Porto Santo

Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores

O Éden Açoriano Traído pelo outro Lado do Mar

A Cuada foi fundada, estima-se que em 1676, junto ao limiar oeste das Flores. Já em pleno século XX, os seus moradores juntaram-se à grande debandada açoriana para as Américas. Deixaram para trás uma aldeia tão deslumbrante como a ilha e os Açores.
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
São Jorge, Açores

De Fajã em Fajã

Abundam, nos Açores, faixas de terra habitável no sopé de grandes falésias. Nenhuma outra ilha tem tantas fajãs como as mais de 70 da esguia e elevada São Jorge. Foi nelas que os jorgenses se instalaram. Nelas assentam as suas atarefadas vidas atlânticas.
Vulcão dos Capelinhos, Faial, Açores

Na Pista do Mistério dos Capelinhos

De uma costa da ilha à opostoa, pelas névoas, retalhos de pasto e florestas típicos dos Açores, desvendamos o Faial e o Mistério do seu mais imprevisível vulcão.
Santa Maria, Açores

Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

Foi a primeira do arquipélago a emergir do fundo dos mares, a primeira a ser descoberta, a primeira e única a receber Cristovão Colombo e um Concorde. Estes são alguns dos atributos que fazem de Santa Maria especial. Quando a visitamos, encontramos muitos mais.
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal

A Ponta Leste, algo Extraterrestre da Madeira

Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
Levada do Caldeirão Verde, Madeira, Portugal

Água Cima, Água Abaixo

É apenas um dos mais de cem sistemas de canais prodigiosos que os madeirenses construíram para irrigarem os cultivos. Os seus cenários verdejantes, escarpados e dramáticos fazem os visitantes da ilha fluírem em contínuo ao longo da levada do Caldeirão Verde.
Fanal, Madeira, Portugal

Fanal. Um Pasto algo Surreal

Irrigadas pelas nuvens que chegam do Atlântico Norte, as terras altas e verdejantes do Fanal são ideais para o pasto de bovinos. O gado parece já fazer parte da paisagem mágica e nem sequer as incursões humanas como a nossa parecem afectar a sua rotina.
Porto Moniz e Ribeira da Janela, Madeira

Uma Vida de Encosta, Oceano e Lava

Exploramos terras que se diz terem sido colonizadas, ainda no século XV, pelo algarvio Francisco Moniz, o Velho. Decorrido quase meio milénio, Porto Moniz tornou-se um domínio balnear concorrido, muito por conta das suas piscinas retidas num labirinto de rocha lávica.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Cabana de Bay Watch, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,
Arquitectura & Design
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Festival MassKara, cidade de Bacolod, Filipinas
Cerimónias e Festividades
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
mao tse tung, coracao dragao, praca tianamen, Pequim, China
Cidades
Pequim, China

O Coração do Grande Dragão

É o centro histórico incoerente da ideologia maoista-comunista e quase todos os chineses aspiram a visitá-la mas a Praça Tianamen será sempre recordada como um epitáfio macabro das aspirações da nação
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Cultura
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Étnico
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Santo Sepulcro, Jerusalém, igrejas cristãs, sacerdote com insensário
História
Basílica Santo Sepúlcro, Jerusalém, Israel

O Templo Supremo das Velhas Igrejas Cristãs

Foi mandada construir pelo imperador Constantino, no lugar da Crucificação e Ressurreição de Jesus e de um antigo templo de Vénus. Na génese, uma obra Bizantina, a Basílica do Santo Sepúlcro é, hoje, partilhada e disputada por várias denominações cristãs como o grande edifício unificador do Cristianismo.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Ilhas
Tongatapu, Tonga

A Última Monarquia da Polinésia

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e ao Havai nenhuma outra monarquia resistiu à chegada dos descobridores europeus e da modernidade. Para Tonga, durante várias décadas, o desafio foi resistir à monarquia.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Cataratas Victória, Zâmbia, Zimbabué, Zambeze
Natureza
Victoria Falls, Zimbabwe

O Presente Trovejante de Livingstone

O explorador procurava uma rota para o Índico quando nativos o conduziram a um salto do rio Zambeze. As cataratas que encontrou eram tão majestosas que decidiu baptizá-las em honra da sua rainha
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Mergulhão contra pôr-do-sol, Rio Miranda, Pantanal, Brasil
Parques Naturais
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Património Mundial UNESCO
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Cabo Ledo Angola, moxixeiros
Praias
Cabo Ledo, Angola

O Cabo Ledo e a Baía do Regozijo

A apenas a 120km a sul de Luanda, vagas do Atlântico caprichosas e falésias coroadas de moxixeiros disputam a terra de musseque. Partilham a grande enseada forasteiros rendidos ao cenário e os angolanos residentes que o mar generoso há muito sustenta.
Madu River: dono de um Fish SPA, com os pés dentro do viveiro de peixes-doutores
Religião
Rio e Lagoa Madu, Sri Lanka

No Curso do Budismo Cingalês

Por ter escondido e protegido um dente de Buda, uma ilha diminuta da lagoa da lagoa Madu recebeu um templo evocativo e é considerada sagrada. O Maduganga imenso em redor, por sua vez, tornou-se uma das zonas alagadas mais louvadas do Sri Lanka.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
imperador akihito acena, imperador sem imperio, toquio, japao
Sociedade
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Tartaruga recém-nascida, PN Tortuguero, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Tortuguero, Costa Rica

Uma Noite no Berçário de Tortuguero

O nome da região de Tortuguero tem uma óbvia e antiga razão. Há muito que as tartarugas do Atlântico e do Mar das Caraíbas se reunem nas praias de areia negro do seu estreito litoral para desovarem. Numa das noites que passamos em Tortuguero assistimos aos seus frenéticos nascimentos.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.