Sigiriya, Sri Lanka

A Capital Fortaleza de um Rei Parricida


De regresso a casa
Cingaleses afastam-se do rochedo de Sigiriya, a velha capital-fortaleza do rei parricida Kashyapa.
Tons budistas
Monges budistas tailandeses exploram o cimo de Sigiriya.
Entre calhaus
Mulher muçulmana aguarda pela família à entrada do Boulder Arch.
Rumo ao cimo
Pequena comitiva de monges budistas avança ao longo dos jardins de água de Sigiriya.
Trânsito complicado
Grupo de cingaleses desce a vertente lateral de Sigiriya, a que permite o acesso ao topo através da escadaria dos leões.
À procura da melhor vista
Visitante explora um recanto repleto de socalcos do topo.
Missão cumprida
Casal regressa ao nível intermédio da fortaleza através da escadaria dos leões.
Outra perspectiva
Aluno interrompe os seus esboços e pinturas de Sigiriya para mudar de posição.
De novo os monges
Monges budistas entram no complexo do palácio real, após uma dolorosa ascenção ao topo de Sigiriya.
Kashyapa I chegou ao poder após emparedar o monarca seu pai. Receoso de um provável ataque do irmão herdeiro do trono, mudou a principal cidade do reino para o cimo de um pico de granito. Hoje, o seu excêntrico refúgio está mais acessível que nunca e permitiu-nos explorar o enredo maquiavélico deste drama cingalês.

Calhou que, no velho Ceilão, distintos negócios instalados sobre tricycles do estilo APE-50 se passassem a identificar por viciantes melodias electrónicas.

Amanhecera há pouco. O sol esforçava-se por iludir o manto de nuvens que reclamava o firmamento.

Percorríamos a viela rural que ligava o Sigiriya Hostel às imediações da grande montanha de rocha quando uma versão fanhosa da bagatela para piano “Para Elisa” profanou a dedicatória de Beethoven. Cada vez mais intensa e perfurante, a melodia impingiu-se a nós e aos moradores daquelas redondezas tropicais.

Por todo o país, o trigo tem vindo a rivalizar com o arroz. Inúmeros padeiros-motoqueiros aproveitam a tendência e, como aquele que nos ultrapassava, fornecem os lares, casas de chá e restaurantes de pão fresco.

Detemo-nos à conversa com dois outros condutores.

Sigiriya capital fortaleza, Condutores Riquexó

Condutores de riquexó aguardam por clientes numa estação de riquexós próxima de Sigiriya.

Enquanto isso, vindos do sentido contrário, três enormes elefantes conduzidos pelos respectivos tratadores usurpam a estrada, mais altos que o autocarro garrido que ali aguardava por passageiros cingaleses.

A Visão Inaugural da Capital Fortaleza Sigiriya

Avançamos um pouco mais e temos a primeira visão de Sigiriya, da sua vertente sul, destacada no fim de uma longa avenida ladeada de vegetação.

Regressamos ao carro e dizemos a Ari, para nos levar à entrada do complexo. “Directos a Sigiriya, de certeza?” devolve-nos o condutor com o típico “eeh” com que costumava espancar as próprias frases, frustrado com o tempo que tínhamos “desperdiçado” naquela manhã e que lhe atrasara o pequeno-almoço.

Dez minutos depois, já atravessávamos os jardins sumptuosos da velha cidade, uns dos mais antigos espaços ajardinados à face da Terra, divididos em secções de água, de rochas e de terraços que contemplámos à medida que nos aproximávamos do sopé do colosso de granito.

À hora a que chegamos, são ainda poucos os visitantes. Cruzamo-nos com bandos de macacos rufias, com lagartos monitores e até com longas serpentes sibilantes, os répteis a atravessarem os relvados com todo o vagar do mundo.

Sigiriya capital fortaleza: noivos

Noivos em plena sessão fotográfica em frente da fortaleza de Sigiriya.

Para diante, passamos ainda por jovens casais ceilonenses, trajados com requinte e entregues a aprimoradas produções fotográficas.

Do Sopé ao Cimo Alisado do Rochedo Fortaleza de Sigiriya

Internamo-nos na pequena selva que envolve o sopé, passamos pelo Boulder Arch, um túnel natural formado por dois grandes calhaus. Do lado de lá, inauguramos a dolorosa ascensão ao topo.

Sigiriya capital fortaleza: entre calhaus

Mulher muçulmana aguarda pela família à entrada do Boulder Arch.

Por essa altura, tínhamos interrompido a caminhada por várias vezes, umas mais demoradas que outras. De acordo, quando nos fazemos às primeiras escadarias, já estamos na companhia de famílias do Sri Lanka, em êxtase pela descoberta do monumento mais notório do país.

Degrau após degrau, lá damos de cara com a falésia avermelhada e, pouco depois, surpreende-nos num plano acima um guarda que, com uma expressão ternurenta e pachorrenta, nos pede os bilhetes.

Desviamos da verdadeira ascensão por uma escada de caracol fechada por um gradeamento.

A Galeria de Frescos de Mulheres, Exposta na Parede Vermelha de Sigiriya

No fim da espiral, espera-nos uma pequena galeria histórica – noutros tempos terá coberto quase toda a vertente ocidental do rochedo – de frescos de mulheres que segundo teorias rivais podem ser concubinas de Kashyapa I, apsaras (ninfas celestiais).

Sigiriya capital fortaleza: Frescos que se estimam de concubias

Um de vários frescos que integram uma galeria exposta na parede do rochedo de Sigiriya

Ou ainda diversas ilustrações de Tara Devi, a consorte de Avalokitesvara, um ser divino do budismo que opta por se manter na esfera terrena para auxiliar os humanos a atingir a iluminação.

A fazer fé nos relatos do Culavamsa, o registo da vida dos monarcas do Sri Lanka compilado ao longo dos tempos por monges budistas, Kashyapa I precisava de distracções que o salvassem dos demónios do seu passado.

Terá sido de tal forma maquiavélica a sua ascensão ao trono que até Calígula se impressionaria.

A Ascensão ao Trono Maquiavélica do Patricida Kashyapa

Kashyapa era o filho do rei Dathusena e de uma consorte considerada não real. O herdeiro legítimo de Dathusena era o seu meio irmão Mugalan. Mas, em 477 d.C., Kashyapa decidiu adulterar a ordem dinástica. Obteve o apoio do sobrinho de Dathusena que, por conveniência, era um comandante do exército em conflito com o monarca.

Aliados, engendraram um golpe de estado.

Sigiriya capital fortaleza: tons budistas

Monges budistas tailandeses exploram o cimo de Sigiriya.

Ainda segundo o Culavamsa, este mesmo comandante levou Kashyapa a acreditar que Dathusena teria enormes tesouros escondidos. Kashyapa exigiu-os do pai. Dathusena conduziu-o a um grande tanque de irrigação que havia construído.

Ali, transmitiu ao filho que aquele era o único tesouro que possuía. Enfurecido, Kashyapa emparedou o pai até à morte, eventualmente numa das paredes desse mesmo tanque.

Receoso de um fim semelhante, Mugalan fugiu para o sul da Índia.

Sigiriya: uma Capital Fortaleza Assente no Medo

O novo rei, esse, temia o regresso vingativo do irmão. Kashyapa – que passou a ser conhecido pelo povo como o Patricida – mudou a capital da tradicional Anuradhapura para o cimo da rocha que continuávamos a conquistar.

A galeria de frescos está instalada numa zona côncava da vertente sem saída. É controlada por um outro funcionário sentado numa pequena secretária que impõe aos visitantes a proibição de fotografar as imagens.

Regressamos ao caminho principal e percorremos o que faltava da longa vertente oeste. Quando chegamos ao vértice com a face norte, cai água do topo. Esse inesperado chuveiro dinamiza o desafio de vencer nova escadaria de pedra.

Sigiriya capital fortaleza: trânsito complicado

Grupo de cingaleses desce a vertente lateral de Sigiriya, a que permite o acesso ao topo através da escadaria dos leões.

Como se não bastasse, a determinada altura deparamo-nos com uma placa que alerta para a presença de vespas nos paredões acima e roga aos visitantes que não criem agitação. O aviso é mais que justificado.

Num passado pouco distante e em várias ocasiões, visitantes irrequietos despertaram a ira daqueles insectos. As vespas responderam com ataques coordenados e causaram graves danos.

A vertente norte funciona como uma espécie de base intermédia para o assalto final ao topo. Concede a clemência de um descanso até então inconveniente devido à estreiteza dos trilhos e escadarias.

A Rampa que Sobe das Patas da Rocha do Leão Sigiriya

Um descanso que usufruímos de frente para as impressionantes patas de leão, o que sobra da enorme estátua-portal que deu origem ao actual nome cingalês do maciço, Sigiriya, a Rocha do Leão.

Antes da destruição da parte superior da estátua, o acesso para o cimo era feito com passagem pela boca de um leão de tijolo. Desde o século V, o leão foi-se desintegrando. Sobram os primeiros degraus da passagem e as suas patas.

Sigiriya capital fortaleza, Missão cumprida

Casal regressa ao nível intermédio da fortaleza através da escadaria dos leões.

É por entre elas que retomamos a lenta ascensão.

Seguimos na cauda de uma fila de cingaleses, alguns idosos que, mesmo ofegantes, convivem e apreciam a vista fabulosa da planície verdejante.

Vencidos os derradeiros degraus, já a 200 metros acima do solo, revela-se-nos, por fim, a estrutura com 1.6 hectares do que terá sido a cidade-fortaleza de Kashyapa.

Sigiriya capital fortaleza: outra perspectiva

Aluno interrompe os seus esboços e pinturas de Sigiriya para mudar de posição.

Sigiriya é um dos melhores exemplos de planeamento urbanístico do primeiro milénio, dotada dos seus próprios reservatórios de água que alimentavam complexos sistemas hidráulicos e ainda de cinco entradas, incluindo a do leão que terá sido usada apenas pela realeza.

As Ruínas da Capital Fortaleza do Reino Anuradhapura

Pouco resta dos edifícios que a compunham pelo que, como os restantes visitantes, depressa damos por nós a privilegiar a orla do cimo.

Sigiriya capital fortaleza: jardim

Pequena comitiva de monges budistas avança ao longo dos jardins de água de Sigiriya.

E, a partir dela, os cenários incríveis em volta, com destaque para os vastos jardins na base que tínhamos atravessado no início da manhã.

O cume de granito tinha-se já transformado num braseiro sob o sol tropical quando um grupo de monges budistas tailandeses trajados das habituais túnicas laranjas lá apareceu, acompanhado de outros crentes que os fotografavam e auxiliavam a desbravar os sucessivos altos e baixos.

Sigiriya capital fortaleza: de novo os monges

Monges budistas entram no complexo do palácio real, após uma dolorosa ascenção ao topo de Sigiriya.

Mais que turística, a sua presença e o esforço que faziam sob o calor atroz, eram parte de uma de muitas peregrinações a lugares sagrados do budismo.

Sigiriya e os seus rochedos e grutas terão sido usados como abrigos ou retiros religiosos desde três séculos antes de Cristo até à ocupação de Kashyapa.

De volta à narrativa do Culavamsa, os receios do rei patricida confirmaram-se. Em 495 d.C., Mugalan regressou com um exército recrutado na Índia.

A batalha entre ambas as forças dotadas de centenas de elefantes pendeu para o lado do pretendente.

Sigiriya capital fortaleza: À procura da melhor vista

Visitante explora um recanto repleto de socalcos do topo.

O Fim Temido e Trágico do Fundador Kashyapa

Enquanto montava o seu paquiderme, Kashyapa terá feito um movimento estratégico que foi (mal) interpretado pelos súbditos como uma retirada. Em apuros, o seu próprio exército levou Kashyapa ao desespero.

Demasiado orgulhoso para se render, o usurpador deposto cortou a garganta com um punhal.

Mugalan recuperou o reino que sempre lhe pertencera. Pouco depois, devolveu a capital a Anuradhapura, a par de Pollonnaruwa, uma das capitais históricas sumptuosas da nação.

Quanto a Sigiriya, Mugalan tê-la-á convertido num dos santuários budistas mais místicos de toda a Ásia. Mas, no século XIV, foi abandonada e gradualmente engolida pela vegetação que, nestas latitudes, cresce a grande ritmo.

Sigiriya capital fortaleza: selva em redor

A selva entre montanhas que envolve o rochedo de Sigiriya.

Só em 1898, o arqueológo HCP Bell a redescobriu.

Em 1907, John Still um outro explorador, plantador de chá e arqueólogo inglês prosseguiu as escavações e incentivou a recuperação do lugar sob os auspícios coloniais da sua coroa que desde o início do século XIX, já bem depois do período da supremacia portuguesa, controlava grande parte do Ceilão.

Por reverência à solenidade de Sigiriya, não é permitido qualquer negócio dentro do limite do complexo. Às três da tarde, vimo-nos de rastos, com a água prestes a esgotar-se sob uma temperatura destiladora e já sem qualquer snack que nos restabelecesse as energias.

Chegara a hora de regressarmos o que nos custou bem menos do que contávamos.

Fomos presenteados com a mesma perspectiva impressionante da vertente ocidental destacada da vegetação mas, desta feita, envolta de um céu azulão bem mais resplandecente e contagiante que o da manhã.

Sigiriya capital fortaleza: de regresso a casa

Cingaleses afastam-se do rochedo de Sigiriya, a velha capital-fortaleza do rei parricida Kashyapa.

Kashyapa tinha tido a sua era de Sigiriya. Inúmeros monges budistas partilharam desse privilégio.

O nosso tempo de descoberta da rocha mais fascinante do Ceilão também se findava.

Galle, Sri Lanka

Nem Além, Nem Aquém da Lendária Taprobana

Camões eternizou o Ceilão como um marco indelével das Descobertas onde Galle foi das primeiras fortalezas que os portugueses controlaram e cederam. Passaram-se cinco séculos e o Ceilão deu lugar ao Sri Lanka. Galle resiste e continua a seduzir exploradores dos quatro cantos da Terra.
Khiva, Uzbequistão

A Fortaleza da Rota da Seda que a União Soviética Aveludou

Nos anos 80, dirigentes soviéticos renovaram Khiva numa versão amaciada que, em 1990, a UNESCO declarou património Mundial. A URSS desintegrou-se no ano seguinte. Khiva preservou o seu novo lustro.
Fortalezas

O Mundo à Defesa - Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Massada, Israel

Massada: a Derradeira Fortaleza Judaica

Em 73 d.C, após meses de cerco, uma legião romana constatou que os resistentes no topo de Massada se tinham suicidado. De novo judaica, esta fortaleza é agora o símbolo supremo da determinação sionista
PN Yala-Ella-Candia, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
Rio e Lagoa Madu, Sri Lanka

No Curso do Budismo Cingalês

Por ter escondido e protegido um dente de Buda, uma ilha diminuta da lagoa da lagoa Madu recebeu um templo evocativo e é considerada sagrada. O Maduganga imenso em redor, por sua vez, tornou-se uma das zonas alagadas mais louvadas do Sri Lanka.
Unawatuna a Tongalle, Sri Lanka

Pelo Fundo Tropical do Velho Ceilão

Deixamos a fortaleza de Galle para trás. De Unawatuna a Tangale, o sul do Sri Lanka faz-se de praias com areia dourada e de coqueirais atraídos pela frescura do Índico. Em tempos, palco de conflito entre potências locais e coloniais, este litoral é há muito partilhado por mochileiros dos quatro cantos do Mundo.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Uma Cidade Perdida e Achada
Arquitectura & Design
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Gelados, Festival moriones, Marinduque, Filipinas
Cerimónias e Festividades
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde, Desembarque
Cidades
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Casal Gótico
Cultura

Matarraña a Alcanar, Espanha

Uma Espanha Medieval

De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Teleférico que liga Puerto Plata ao cimo do PN Isabel de Torres
Em Viagem
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Tabatô, Guiné Bissau, Balafons
Étnico
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Goiás Velho, Legado da Febre do ouro, Brasil
História
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas
Ilhas
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Inverno Branco
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Na pista de Crime e Castigo, Sao Petersburgo, Russia, Vladimirskaya
Literatura
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
ilha de Praslin, cocos do mar, Seychelles, Enseada do Éden
Natureza

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Iguana em Tulum, Quintana Roo, México
Parques Naturais
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Ilha do Principe, São Tomé e Principe
Património Mundial UNESCO
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Insólito Balnear
Praias

Sul do Belize

A Estranha Vida ao Sol do Caribe Negro

A caminho da Guatemala, constatamos como a existência proscrita do povo garifuna, descendente de escravos africanos e de índios arawaks, contrasta com a de vários redutos balneares bem mais airosos.

Passagem, Tanna, Vanuatu ao Ocidente, Meet the Natives
Religião
Tanna, Vanuatu

Daqui se Fez Vanuatu ao Ocidente

O programa de TV “Meet the Natives” levou representantes tribais de Tanna a conhecer a Grã-Bretanha e os E.U.A. De visita à sua ilha, percebemos porque nada os entusiasmou mais que o regresso a casa.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Sociedade
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Vida Selvagem
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.