Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar


A Toy Train story
Toy Train passa abaixo do mosteiro budista Druk Thubten Sangag Choling, nos arredores de Darjeeling.
Aconchego
Trabalhadores do DHR aquecem-se numa noite de Inverno fria e húmida, aos 2200 m de altitude de Darjeeling.
O outro tipo de Toy Train
Um Toy Train mais moderno prestes a deixar a estação de Siliguri Junction, puxado por uma locomotiva indiana mais moderna e a diesel.
Aos comandos
Maquinista na cabine de uma das várias locomotivas que servem o Darjeeling Himalayan Railway.
Trabalho nocturno
Funcionários dos DHR trabalham no pequeno estaleiro de locomotivas da estação de Darjeeling.
Loop de Batásia
Toy Train deixa o Batasia Loop, uma estação pouco convencional a poucos km de distância de Darjeeling.
A. Sonar
T.T. Examiner (revisor) A. Sonar, junto à locomotiva 605.
Batasia selfies
Passageiros do Toy Train fotografavam-se no Loop de Batasia, a mais excêntrica das estações do DHR.
Vida a cores
Secção da estação de Siliguri Junction, ainda na base subtropical da cordilheira dos Himalaias.
Passageira e Peluche
Jovem passageira bastante ensonada nos primeiros momentos matinais do percurso do Toy Train.
Equilíbrio ferroviário
Cena da estac?a?o de Siliguri Junction, próximo do ponto de partida do DHR.
Siliguri x 2
Reflexo na janela do Toy Train, ainda nos primeiros quilómetros planos do percurso.
Tempo de miltea
Revisor (T.T. Examiner) do Toy Train bebe milk tea num bar da estação de Ghum.
Choque frontal
Colisão de um carro com a locomotiva secular B-Class nº 788, prestes a entrar no estaleiro de Darjeeling.
Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.

O dia mal amanhecera. Siliguri já transborda. Debate-se, sôfrega, no seu habitual modo frenético.

Raney conduz-nos com paciência redobrada no meio de um exército de riquexós, riquexós-wala (os puxados por ciclistas), motas, motoretas, carros e camionetas, sem esquecer as sucessivas carroças rebocadas por vacas supostamente sagradas.

Saímos a horas. Os bilhetes tinham sido comprados no dia anterior e continuamos mais que a tempo. Ainda assim, o fluxo claustrofóbico e infernal que nos arrasta para o centro da cidade gera uma inquietação que só tende a aumentar.

Estação ferroviária de Siliguri, Bengala Ocidental, Índia

Secção da estação de Siliguri Junction, ainda na base subtropical da cordilheira dos Himalaias.

Sem aviso, Raney desvia para esquerda e remove-nos do turbilhão. Umas centenas de metros depois, esbarramos com o largo da estação ferroviária local. Uma série de vendedores e carregadores oferecem-nos os seus préstimos, pelo menos até que o motorista e cicerone da região os faz debandar.

Desde há já um bom tempo, as plataformas da estação permanecem interditas aos primeiros, como a toda a uma população oportunista que, sem intenção de viajar, lá concentrava uma miríade de negócios e actividades.

Encontramos, assim, uma ordem e paz civilizacional que já pensávamos não existir por aqueles lados. Raney certifica-se de que o comboio se confirma. Nós, voltamos a sair e entregamo-nos a uma compra acelerada de fruta, momos e outros petiscos que, como sempre acontece nestes casos, encontraríamos vezes sem conta percurso acima.

O Embarque na fria Siliguri Tropical

No regresso, em pleno Dezembro e Inverno do nordeste da Índia, uma névoa branca, alta e densa supra-iluminada pelo sol matinal envolve a Siliguri Junction Station.

Só quando percorremos, para cá e para, lá os cais mais próximos do que nos calhara, percebemos as cores garridas habituais dos trajes dos passageiros e de certas secções da estação. Alguns dos indianos presentes são funcionários-moradores e já fazem dela parte.

Sob o olhar indiferente de uma linha de jovens homens, três deles, acocorados à moda asiática, em equilíbrio sobre os carris de bitola estreita de 61 cm, escovam os dentes com vigor férreo.

Estação ferroviária de Siliguri, Bengala Ocidental, Índia

Momento matinal na estação de Siliguri Junction, próximo do ponto de partida do Darjeeling Himalayan Railway.

Ao mesmo tempo, acompanham os movimentos do duo estrangeiro, os únicos ocidentais na estação, entregues a uma hiperactividade fotográfica que, como acontece aos restantes nativos, lhes custa perceber.

Soa um apito distante, menos potente e de um tom distinto dos que, até então nos chegavam aos ouvidos. O trio de acocorados sabe de cor e salteado o que assinala. Sem pressas, desdobram-se na vertical – um deles ainda se espreguiça – e passam para o refúgio imediato do cimento por diante.

Toy Train, estação ferroviária de Siliguri, Bengala Ocidental, Índia

Um Toy Train mais moderno prestes a deixar a estação de Siliguri Junction, puxado por uma locomotiva indiana mais moderna e a diesel.

A Entrada Quase Pontual na Plataforma de Siliguri

O DHR – Darjeeling Himalayan Railway –  faz-se ao cais pouco depois da hora habitual. A sua locomotiva indiana a diesel traz apenas duas carruagens, cada qual com 20 lugares. Em Siliguri, à parte de nós, entra apenas um casal indiano com uma filha seriamente ensonada.

Três ou quatro minutos depois, a composição retoma a marcha. Progride, demasiadas vezes aos repelões, entre uma estrada paralela e uma longa sequência oposta de lares, negócios e baldios mal-amanhados.

As gentes dessa banda urbanizada mas marginal da cidade saúdam os passageiros com entusiasmo surpreendente se tivermos em conta que o Toy Train há que tempos ali passa duas vezes ao dia.

Reflexo de uma estrada no Toy Train, Siliguri, Bengala Ocidental, Índia

Reflexo na janela do Toy Train, ainda nos primeiros quilómetros planos do percurso.

Mais solavanco menos, solavanco, volvidos 10km, chegamos a Sukna, a estação que se segue. O edifício rosado que nos recebe marca o término do domínio plano e urbanizado de Siliguri, disposto na falda subtropical dos Himalaias que, em bolsas protegidas como o Mahananda Wildlife Sanctuary, é habitat natural de tigres-de-bengala e de elefantes.

Pelos Himalaias Acima

Ali, o caminho-de-ferro corta para norte e faz-se à fundura florestada da cordilheira. Até 1879, um serviço de charretes denominadas tongas na Índia de então complementava a linha ferroviária que ligava Calcutá a Siliguri.

Daí em diante, foi levada a cabo a construção do acrescento que conduzia a Darjeeling, já então uma das principais zonas produtoras de chá da Joia da Coroa e importante a condizer.

Os engenheiros validaram que o itinerário seguisse a velha Cart Road mas alguns dos seus declives provaram-se demasiado exigentes para as locomotivas.

Obrigaram a várias das soluções físico-mecânicas a que também o Toy Train em que seguíamos se foi sujeitando a caminho do destino final. Nesta zona de enormes contrastes cénicos e climáticos, algumas dessas soluções não resistiram às piores intempéries.

Em Sukna, dava-se o primeiro Loop com que os engenheiros procuraram atenuar a inclinação. Mas, a mesma inclinação que condiciona a subida do comboio acelera as águas que descem das terras altas dos Himalaias. Durante as monções do subcontinente, de Maio a Outubro, formam-se verdadeiras enxurradas que provocam derrocadas.

Uma dessas inundações de 1991, destruiu o Loop de Sukna, substituído por um trecho mais longo. Antes ainda, em 1942, uma outra arruinou em definitivo aquele que era o segundo Loop, o de Rongtong.

O Loop menos elevado do percurso é agora o de Chunbhatti, por onde não tardamos a serpentear. E, pouco depois, damos nova volta de carrossel já no Loop 4, denominado de Agony Point, tão apertada é a sua curva.

Por essa altura, A. Sonar, o T.T. Examiner (revisor) a bordo já picou os bilhetes aos vinte passageiros e tem pouco mais que fazer que tagarelar com uma senhora que usa a lenta composição DHR para se deslocar entre as terras altas e as baixas daquelas paragens. Mal tem uma oportunidade,

Sonar encurta a conversa. Senta-se num banco retirado no fundo da carruagem e, consciente do quanto ainda faltava para a próxima estação, puxa a pala do seu chapéu para cima dos olhos e deixa-se passar pelas brasas.

Passageira do Toy Train, Bengala Ocidental, Índia

Jovem passageira bastante ensonada nos primeiros momentos matinais do percurso do Toy Train.

Como o faz, há já algum tempo, a menina indiana à nossa frente, na companhia de um cãozito de peluche rosa-branco, para incómodo dos atenciosos pais que se esmeram para a manter confortável.

Um Caminho de Ferro Cruzado com Estrada

O Toy Train, esse, não tem descanso. Ziguezagueia pelas vertentes, por vezes, acima de lares e pequenos estabelecimentos que se impingiram à montanha e de que nos sentimos intrusos. Duas irmãs que lavam os cabelos com água quente em baldes e alguidares, envergonham-se com a inesperada atenção dos passageiros. Este é só um de tantos outros exemplos.

Aqui e ali, o comboio alinha-se com a estrada de asfalto que, em tempos, lhe furtou a verdadeira razão de ser. E cruza-a. Em cada uma destas intersecções, o maquinista saúda os guardas das pseudo-passagens de nível. Mesmo assim, estica-se para fora da locomotiva e certifica-se de que nenhum condutor incauto esbarra na composição.

O que acontece com frequência. Nós que seguimos boa parte do tempo com as cabeças ao vento, às tantas, já conhecemos de cor e salteado a sua face e o repetitivo ritual.

A 44km de Darjeeling, o comboio faz o seu ziguezague número seis. Seis quilómetros mais tarde, detemo-nos em Mahanadi onde um camião carregado de utensílios plásticos garridos fica entalado entre a composição e uma carrinha estacionada.

Maquinista Toy Train, Bengala Ocidental, Índia

Maquinista na cabine de uma das várias locomotivas que servem o Darjeeling Himalayan Railway.

Sete quilómetros adicionais, damos entrada em Kurseong, a primeira grande povoação entre Siliguri e Darjeeling, com direito a prédios de vários andares que desafiam as encostas e que, do alto da sua deselegância e aparente precaridade estrutural, parecem ridicularizar a velha estação que até serve de quartel-general dos Darjeeling Himalayan Railways.

Ghum: A estação ferroviária mais elevada da Índia

Em Ghum (2258m), a paragem é a valer. Os derradeiros raios de sol incidem em secções da sala de espera. São de tal forma inúteis em termos térmicos, que os moradores que ali passam os ignoram, fazem caretas e os tentam barrar quando a sua luz inoportuna lhes ofusca a visão.

Arrefece sem apelo. Os passageiros ressentem-se e atacam a banca de milk tea residente. A. Sanar conhece os cantos à casa.

Em vez, senta-se à mesa de um café em que nenhum de nós reparara. Lá beberica o seu chá em paz, até que com ele damos e o “obrigamos” a uma curta sessão fotográfica.

Revisor do Toy Train bebe milktea, em Ghum, Bengala Ocidental, Índia

Revisor (T.T. Examiner) do Toy Train toma um lanche de milk tea com bolachas no bar da estação de Ghum.

Sem que nenhum dos passageiros esperassem, um outro Toy Train surge do sentido contrário, movido por uma velha locomotiva a vapor. Aquela composição irmã assegurava o trajecto vespertino entre Darjeeling e Ghum. Para norte e para cima, estendia-se a província ainda mais montanhosa de Sikkim, com a capital Gangtok numa das suas encostas.

Ao contrário da nossa, quase só trazia ocidentais já instalados em Darjeeling, curiosos e irrequietos como há muito não encontrávamos no Nordeste Indiano ainda avesso ao turismo por onde andávamos.

O maquinista imobiliza a locomotiva 605 mesmo em frente ao centro da estação e deixa-a entregue a dois ou três auxiliares que, para gáudio dos estrangeiros enregelados, examinam e manipulam a sua fornalha.

Num ápice, forma-se um grupo competitivo de aprendizes-fotógrafos determinados em registar a incandescência o mais próximo possível. À boa maneira indiana, os seus arriscados abusos são levados com uma leniência que extravasa qualquer lógica comportamental, seja ela budista ou hindu.

Darjeeling: a Derradeira Estação

Completamos os últimos 7km da linha, de início pela ruela principal de Ghum em que rasamos de tal forma as mercearias, frutarias e outros dos sucessivos negócios que os proprietários e clientes são obrigados a se refugiarem nos interiores.

Bastar-nos-ia, aliás, esticarmos um braço para nos abastecermos de romãs, de sapatos, de bastões de críquete ou de tantas outras mercadorias à mão de semear.

Batasia Loop, Darjeeling, Bengala Ocidental, Índia

Toy Train deixa o Batasia Loop, uma estação pouco convencional a poucos km de distância de Darjeeling.

No reboliço do aperto, deixamos Ghum apontados ao Loop de Batasia, a mais célebre e caprichosa das estações do Toy Train. Quando lá chegamos, é noite quase cerrada.

E já bem escura no momento em que, 80km e 8h depois da partida de Siliguri, a composição se detém no poiso definitivo de Darjeeling, onde Raney nos aguardava.

Até podíamos ter chegado à estação final do Darjeeling Himalayan Railway, a 2200m de altitude. Mas não estávamos fartos do pitoresco Toy Train.

Raney pensava que nos iria conduzir de imediato ao hotel de Darjeeling. Ao invés, a combinação mística de névoa vaporizada e de fogo que havíamos detectado minutos antes, no pequeno estaleiro ferroviário oleoso do DHR, seduz-nos a bisbilhotar.

O Estaleiro Fumarento de Darjeeling

Durante quase meia-hora, lá acompanhamos os movimentos dos funcionários que, ora se aquecem à conversa junto a uma fogueira vigorosa, ora cuidam de várias locomotivas britânicas: vintage B-Class (a 792, a 788, a 795, a 805 “Iron Sherpa”), todas construídas entre 1889 e 1925 pela firma Sharp, Stewart & Company, mais tarde, pela North British Locomotive Company. Por fim, rendemo-nos ao cansaço e abrigamo-nos no Darjeeling Tourist Lodge.

Trabalhadores do Darjeeling Himalayan Railway, em Darjeeling, Bengala Ocidental, Índia

Trabalhadores do DHR aquecem-se numa noite de Inverno fria e húmida, aos 2200 m de altitude de Darjeeling.

Nos dias que se seguem, exploramos a cidade, as suas plantações de chá e redondezas com o habitual afinco. Também aproveitámos o embalo que já trazíamos da viagem de Siliguri. Sempre que podemos, instruímos Raney a perseguir ou a adiantar-se aos vários DHRs.

Colisão de carro com Toy Train, Darjeeling, Bengala Ocidental, Índia

Colisão de um carro com a locomotiva secular B-Class nº 788, prestes a entrar no estaleiro de Darjeeling.

Voltámos aos estaleiros onde, sem o esperarmos, assistimos à colisão suave mas surreal de um carro com a locomotiva 788. Retornamos ao Batasia Loop vezes sem conta.

Esperamos por uma das composições que ligava Darjeeling a Ghum para a vermos passar abaixo do mosteiro budista de Druk Thubten Sangag Choling. Nesses dias, inspirados nos 117 anos de história respeitável do Toy Train, também não brincámos em serviço.

Os autores agradecem o apoio na realização deste artigo às seguintes entidades:  Embaixada da Índia em Lisboa; Ministry of Tourism, Government of India; Department of Tourism, Government of West Bengal. DHR – Darjeeling Himalayan Railway

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No limiar norte da província indiana de Arunachal Pradesh, Tawang abriga cenários dramáticos de montanha, aldeias de etnia Mompa e mosteiros budistas majestosos. Mesmo se desde 1962 os rivais chineses não o trespassam, Pequim olha para este domínio como parte do seu Tibete. De acordo, há muito que a religiosidade e o espiritualismo ali comungam com um forte militarismo.
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Meghalaya, Índia

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O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.

Hampi, India

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Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Iguana em Tulum, Quintana Roo, México
Parques Naturais
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Submarino Vesikko
Património Mundial UNESCO
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Fila Vietnamita
Praias

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

Banhistas em pleno Fim do Mundo-Cenote de Cuzamá, Mérida, México
Religião
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Máquinas Bebidas, Japão
Sociedade
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Vida Selvagem
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.