Pantanal do Mato Grosso, Brasil

Transpantaneira, Pantanal e Confins do Mato Grosso


Vaqueiro Dinis
Vaqueiro Dinis fecha um portão
Arara-azul
Arara-azul estridente
Boiada
Boiada gera poeira sobre uma terra já algo seca
Entrada na Transpantaneira
Portal para a estrada Transpantaneira
Porco d’Água
Capivara nada numa lagoa do Pattanal de Mato Grosso
Cervo-do-Pantanal
Um cervo-do-pantanal, enfiado na vegetação
Duo corvos-Marinho
Corvos-marinhos com vista sobre uma lagoa
Ocaso Pantaneiro
Um ocaso plúmbeo
João Pinto
Um exuberante João Pinto
Navegação
Navegação numa lagoa do Pantanal
Bufê das Garças
Garças dispersas no Pantanal de Mato Grosso
Ocaso Pantaneiro II
Ocaso sobre a lagoa
Jacarezada
Jacarés ao Sol. Pantanal
Montada das Selas
Selas de uma Fazenda Pantaneira
Carcará de vigia
um carcará atento a presas em redor.
Tuiuius Aninhados
Tuiuius no ninho, no Pantanal
Bate-papo sobre Torre
Guias Ivan e Isonildo
Fim de dia Tuiuiu
Tuiuiu ao pôr-do-sol
Partimos do coração sul-americano de Cuiabá para sudoeste e na direcção da Bolívia. A determinada altura, a asfaltada MT060 passa sob um portal pitoresco e a Transpantaneira. Num ápice, o estado brasileiro de Mato Grosso alaga-se. Torna-se um Pantanal descomunal.

Quando nos detemos a apreciar o pórtico feito de troncos e multilingue que anuncia o início do Pantanal matogrossense, deixamos o carro para o que estimávamos os braços reconfortantes da Natureza.

A meio de Setembro, a Natureza do Mato Grosso confronta-nos com a realidade. Estamos num dos meses mais quentes destas partes da América do Sul. Com as dez e meia da manhã para trás, aquecia bem acima dos 40º.

O sol não ficaria por ali. Fazia evaporar muita da água doce acumulada durante a época das chuvas.

Agravava um bafo de panela de pressão que nos coze e deixa desarmados.

Portal para a estrada Transpantaneira

Daí em diante, sucedem-se, quase sem conta, pequenas pontes de madeira, sobre lagoas e canais repletos de jacintos d’água, de que se destacavam as suas flores lilases, nenúfares e até vitórias-régias hiperbólicas.

Cada um desses lagos e charcos revelava-se o habitat de espécies locais concorrentes.

Jacarés às centenas. Grupos de porcos d’água felpudos, em convívio e de olho na ameaça dos reptéis.

Jacarés ao Sol. Pantanal

Em redor de certas pontes, a abundância de animais pantaneiros provava-se tal que não tínhamos como resistir a novas paragens fotográficas.

Mais longas, mais aturadas. Mesmo se já parecesse impossível, ainda mais quentes.

Aos poucos, ao longo da Transpantaneira, de forma intermitente, habituamo-nos ao clima extremo.

Eco-lodge Araras, um Refúgio Ecológico Providencial

Damos entrada no Araras Eco-Lodge com algum atraso. André, o proprietário, estava de saída para uma reunião em Cuiabá.

Ainda assim, explica-nos o essencial sobre a sua propriedade e o negócio, com foco óbvio na sustentabilidade ambiental de que o Pantanal tanto carecia.

Arara-azul estridente

Conversa puxa conversa, André Thuronyi esclarece-nos a génese do seu apelido tudo menos português.

Como era filho de pais judeus de origem húngara que se viram forçados a fugir da Alemanha pouco depois do eclodir da 2ª Guerra Mundial.

Como os pais recomeçaram a vida no Paraná, um dos estados brasileiros com maior amálgama de imigrantes provindos da Europa.

André nasceu paranaense. O fascínio pelos ecossistemas incríveis do Pantanal e as oportunidades turísticas que, a certa altura, começaram a gerar fizeram-no mudar-se de armas e bagagens para o Mato Grosso.

O negócio seguia de vento em popa. Por esses dias, a pousada que explorava tinha lotação esgotada.

De acordo, em vez de um acolhimento completo, André oferece-nos um almoço de que já sentíamos o aroma. Despede-se e parte para Cuiabá. Transpantaneira acima.

Deixa-nos ao cuidado de Aruã, um dos guias ao serviço da propriedade.

Transpantaneira pantanal do Mato Grosso, selas

Selas de uma Fazenda Pantaneira

À Descoberta do Pantanal do Araras EcoLodge

Aruã demonstra um sotaque e um à vontade condizentes com o chapéu de couro pantaneiro, o à vontade, próprio de quem há muito recebia e acompanhava forasteiros, sobretudo europeus.

“Cês sabem como isso por aqui é tão plano, né? Por isso, é que, por cá, as torres de observação são especiais.

Nós, já temos duas. Não sei se vamos ficar só com essas! Vamos seguir uma trilha que vai dar à mais baixa. Tem doze metros, mas, mesmo assim, uma vista incrível.” A recompensa de uma vista a 360º e abrangente do Pantanal entusiasma-nos.

Ao ponto de, nem o calor avassalador nem a fome agravada nos demoverem.

No caminho, cruzamo-nos com cervos-do-pantanal portentosos, os maiores cervídeos da América do Sul, com até 1m 30 de altura e 125kg.

Um cervo-do-pantanal, enfiado na vegetação

Vemos dois deles, pouco ou nada dissimulados num mato anfíbio verdejante, com os focinhos a rastrear o ar e grandes armações felpudas que mais pareciam radares.

A trilha revela-se mais curta do que contávamos. Num ápice, damos connosco no cimo da torre. Contemplamos a vastidão encharcada e ervada em redor, salpicada de uns poucos prados pantanosos de que nem arbustos floresciam.

Aqui e ali, nas suas orlas, florestas de árvores diminutas agarravam-se a ilhas de verdadeira terra. Logo ao lado, a meia altura da torre, um ipê lilás solitário quebrava a ditadura do verde. “Vista linda essa, né?”, atira Aruã, apostado na nossa validação.

Confirmamos sem hesitar. Aruã recorre aos binóculos pendurados no pescoço dourado pelo sol de muitos anos. Acerta-os aos olhos e retoma um dos seus passatempos favoritos, o reconhecimento de animais.

Apontamos-lhe um senão.

Um exuberante João Pinto

À imagem do que sucedera ao longo do trilho, Aruã identificava-nos todas as espécies em inglês. “E como é em português, Aruã?” questionamo-lo por mais que uma vez, conscientes de que acabaríamos por o encostar à parede.

Curiosos quanto a como reagiria. ”Xiii, em português só sei uns poucos.

A verdade é que quase não vêm cá clientes brasileiros, portugueses, é melhor nem falar. São quase todos britânicos, alemães, suíços, austríacos e assim. Aos poucos, vou esquecendo os nomes em português…”

Aproximávamo-nos da uma da tarde. Deixar um almoço tradicional pantaneiro à espera era um erro que não queríamos cometer.

Seria mais errado que abordar as especialidades locais com gula e comer demasiado tendo em conta que nos esperava a trilha longa do ecolodge, com 4km de extensão, a terminarem numa torre de 25 metros, panorâmica a dobrar.

Esse, sim, um equívoco que, bufê rústico pela frente, nos vimos obrigados a cometer.

De volta à Transpantaneira, apontados a Poconé

Chegadas as 16h, com o céu e a atmosfera do Pantanal já vaporosos de tanto ferver, deixamos o Araras Eco-lodge.

Revertemos na Transpantaneira, na direcção de Poconé.

Tuiuius no ninho, no Pantanal

Muito antes de lá chegarmos, desviamos da Transpantaneira, para sudeste, em busca da Pousada Piuval, a meio caminho do grande sub-pantanal em que o rio Bento Gomes se expande.

Nesse trajecto, detemo-nos determinados a fotografar mais jacarés e uma família de tuiuiús, dona de um ninho espaçoso em que três crias pedinchavam alimento.

Identificamos também um carcará a sondar oportunidades alimentícias nas redondezas e araras-azuis estridentes. Não só.

Boiada gera poeira sobre uma terra já algo seca

Uma poeirada em aproximação prenuncia o que calculávamos ser uma das boiadas que proliferam do Mato Grosso.

Conduzia-a, através de um portão, para dentro de uma fazenda vedada, Diogo Batista, um vaqueiro protegido do sol por um chapéu de couro branco de grandes abas.

Por outras palavras, Sô Diogo, diz-nos que além do gado, também estava a encerrar o já longo dia de jorna. Responde-nos que o seu cavalo se chamava Canário.

Quem sabe se não seria a razão de ser do polo amarelo largueirão que trajava sobre as calças de ganga gastas.

Vaqueiro Dinis fecha um portão

Quando chegamos à Pousada Piuval, o Pantanal prenda-nos com uma grande bola incandescente, envolta de uma aura rosada, ambas, perdidas num firmamento pesado e plúmbeo.

Um ocaso plúmbeo

Fim de Dia Resplandecente na Pousada Piuval

Uma banda sonora de passarada residente celebra aquela obra de arte, com cantos e pios que se dispersam na imensidão molhada.

O breu erradica o festival crepuscular. Abrigamo-nos no conforto da pousada. Com a aurora, tudo se repete. Na ordem inversa.

Ivã, guia da Piuval, convoca-nos para um périplo em redor da pousada, pela fresca, enquanto a fresca durasse.

Transpantaneira pantanal do Mato Grosso, garças

Garças dispersas no Pantanal de Mato Grosso

Sem que o esperássemos, cruzamo-nos com um bando de emas deambulantes, com manadas de cavalos e macacos-bugio que partilhavam um grande cacho de bananas.

Atingida a beira de um córrego próximo, com o mero agitar de um galho na água, Ivã atrai dezenas de jacarés ansiosos. “E sabem que mais? Por aqui tem onça.

Vêm beber de vez em quando, às vezes, ainda espreitam os jacarés, as capivaras e até os potros da fazenda. Mas tem que ter sorte pra ver elas.

Capivara nada numa lagoa do Pattanal de Mato Grosso

Esse pantanal é muito vasto. Tá cheio de lugar onde elas podem beber. E de bicho que elas poder comer.”

Exploração Embarcada em Volta da Pousada Piuval

Da parte da tarde, ainda é Ivan que nos guia, encarregue de nos revelar a vastidão flúvio-lacustre que delimitava a fazenda. Embarcamos como únicos passageiros forasteiros.

Ivan conduz-nos por canais abertos na vegetação anfíbia até ao âmago apenas de água da lagoa.

Navegação numa lagoa do Pantanal

Daí, aponta a uma ilha suficientemente sólida para suster outra das torres preciosas da região.

Subimos na companhia de Ivan e do colega Isonildo, sobrevoados por bandos de garças e de corvos-marinhos.

Guias Ivan e Isonildo

Quando regressamos ao ancoradouro, como acontece amiúde, no Pantanal, o momento em que ocaso torna as grandes aves difusas, volta a produzir magia.

Um tuiuiú esvoaça para o cimo de uma copa de árvore.

Com uns poucos passos de ajuste, registamos os seus movimentos enegrecidos, mas graciosos, contra a tela do firmamento em fogo.

Tuiuiu ao pôr-do-sol

Surpresa das surpresas, o dia seguinte amanhece nublado, com ar de pluvioso. O vasto Pantanal, do Cerrado às Pampas, cruzado pela Transpantaneira, tem os seus ciclos e épocas.

A das chuvas estava uma vez mais à porta.

Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil

No Coração Ardente da América do Sul

Foi só em 1909 que o centro geodésico sul-americano foi apurado por Cândido Rondon, um marechal brasileiro. Hoje, fica na cidade de Cuiabá. Tem nas imediações, os cenários deslumbrantes mas demasiado combustíveis da Chapada dos Guimarães.
Maguri Bill, Índia

Um Pantanal nos Confins do Nordeste Indiano

O Maguri Bill ocupa uma área anfíbia nas imediações assamesas do rio Bramaputra. É louvado como um habitat incrível sobretudo de aves. Quando o navegamos em modo de gôndola, deparamo-nos com muito (mas muito) mais vida que apenas a asada.
Terra do Fogo, Argentina

Uma Fazenda no Fim do Mundo

Em, 1886, Thomas Bridges, um órfão inglês levado pela família missionária adoptiva para os confins do hemisfério sul fundou a herdade anciã da Terra do Fogo. Bridges e os descendentes entregaram-se ao fim do mundo. Hoje, a sua Estancia Harberton é um deslumbrante monumento argentino à determinação e à resiliência humana.
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Parque Nacional Everglades, Flórida, E.U.A.

O Grande Rio Ervado da Flórida

Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.
Ras R’mal, Djerba, Tunísia

A Ilha dos Flamingos de que os Piratas se Apoderaram

Até há algum tempo, Ras R’mal era um grande banco de areia, habitat de uma miríade de aves. A popularidade internacional de Djerba transformou-a no covil de uma operação turística inusitada.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Manaus, Brasil

Ao Encontro do Encontro das Águas

O fenómeno não é único mas, em Manaus, reveste-se de uma beleza e solenidade especial. A determinada altura, os rios Negro e Solimões convergem num mesmo leito do Amazonas mas, em vez de logo se misturarem, ambos os caudais prosseguem lado a lado. Enquanto exploramos estas partes da Amazónia, testemunhamos o insólito confronto do Encontro das Águas.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
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Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
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Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
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tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
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Rancho Salto Yanigua, República Dominicana, pedras de mineração
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Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
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Banhista, The Baths, Devil's Bay (The Baths) National Park, Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas
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Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

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Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
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O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
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A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
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A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
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Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.