Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada


Calor budista
Monge tenta acender um fogo ritual no templo budista cimeiro de Upper Pisang.
Um cimo dos Himalaias
Sol e vento incidem no cume nevado do monte Anapurna II, aos 7937 metros de altitude.
Aurora fria
A aldeia de Pisang amanhece sob um nevão caído durante a noite. A montanha Anapurna II, surge em fundo.
Cume quebrado
Recorte da montanha Swargadwari Danda (4800m), batida pela ventania e iluminada pelo sol nascente.
Aurora fria II
Luz solar prestes a descer sobre o vale de Pisang, não tarda sobre sobre o casario de Lower e Upper Pisang.
Preguiça canina
Cão dormita no recinto do templo budista de Upper Pisang.
Concentrado nepalês
Vista lateral de Upper Pisang, a partir do trilho que a liga à povoação que se segue: Ghyaru.
Manhã soalheira
Iaque e dois moradores de Upper Pisang, os três numa saborosa e solarenga indolência.
Pouso gelado
Corvídeos ocupam um telhado nevado, pouco antes de o sol nascente ali incidir.
Soltura II
Anciã da povoação conduz uma vaca a zonas mais baixas de Upper Pisang e à sua principal fonte.
Gerações sorridentes
Duas jovens habitantes de Upper Pisang, preparam-se para uma lavagem de roupa, junto a uma das fontes da povoção.
Trio Budista
A entrada do templo budista de Upper Pisang disposta contra a encosta nevada oposta à dos Anapurnas.
Pedra mani
Elementos religiosos budistas dispostas na parede de oração mani de Upper Pisang.
Soltura I
Nativa de Upper Pisang faz sair o seu gado para um deambulação acima e abaixo da povoação.
Arquitectura nepalesa
Típicos telhados nepaleses. Nevados e com estandartes budistas a esvoaçar ao vento e a abençoar os lares.
Crença ao sol
Moradora de Upper Pisang faz desfilar um rosário budista (yapa mala), enquanto apanha sol sentada num solo amortecido por uma camada vegetal seca.
Paredes-meias
Secção de Upper Pisang, com traços nepaleses e budistas bem marcados.
De olho em tudo
Corvo sonda o seu território, o vale amplo de Pisang, um de tantos dos Himalaias nepaleses.
Calor budista
Monge tenta acender um fogo ritual no templo budista cimeiro de Upper Pisang.
Um cimo dos Himalaias
Sol e vento incidem no cume nevado do monte Anapurna II, aos 7937 metros de altitude.
Aurora fria
A aldeia de Pisang amanhece sob um nevão caído durante a noite. A montanha Anapurna II, surge em fundo.
Cume quebrado
Recorte da montanha Swargadwari Danda (4800m), batida pela ventania e iluminada pelo sol nascente.
Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.

Faz parte do ritual do Circuito Annapurna.

Ditam as regras que, para evitar o mal de montanha devemos beber litros de água. Segui-las, significa, quase sempre, dormir de bexiga cheia e acordar uma, duas, três vezes para incómodas idas à casa-de-banho.

Desde Chame que este tormento se repetia. Tornou bem menos revigorantes as quase dez horas de descanso que já levávamos. Às seis e pouco da manhã, estamos numa espécie de sétimo sono. Mila, o encarregado da Mount Kailash guest house, bate-nos à porta. Tínhamos-lhe pedido água quente. Quando abrimos a porta, lá está ele, com dois grandes baldes fumegantes aos pés.

Uma Aurora Gélida e Branca

Levantamo-nos sobressaltados e a esforço. Damos-lhe os bons dias e agradecemos-lhe a cruel pontualidade. Aproveitamos a embalagem, aventuramo-nos na madrugada gélida e espreitamos o panorama fantasmagórico a partir do alpendre no exterior do quarto. Uma luz ténue azulava o vale por diante.

Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.

Luz solar prestes a descer sobre o vale de Pisang, não tarda sobre sobre o casario de Lower e Upper Pisang.

Esfregamos os olhos e inspecionamo-lo uma vez mais. O azulado não assentava nos tons em que nos tínhamos despedido de Pisang pouco depois do ocaso. Tingia uma alvura disfarçada de penumbra que, durante a noite, se apoderara das povoações e das montanhas envolventes. Quando, por fim, caímos em nós, fazemos soar o alarme de nevão e reagimos a condizer.

Atabalhoados, reunimos o equipamento fotográfico necessário sobre os sacos-camas enrodilhados. Vestimo-nos o mais possível, já com luvas e gorros. Subimos ao terraço panorâmico, também ele coberto de neve.

O sol começava a incidir no pico supremo das montanhas por diante, aos 7937 metros do monte Annapurna II, a décima sexta elevação do mundo. Iluminava uma névoa limiar provocada pela incidência da luz no cume gelado, reforçada pela neve que o vento arrancava à força das arestas expostas.

montanha Swargadwari Danda, Nepal

Recorte da montanha Swargadwari Danda (4800m), batida pela ventania e iluminada pelo sol nascente.

O raiar alastra-se pelo cimo daquela secção da cordilheira. Pouco depois, incide nas encostas abaixo e, aos poucos, no casario de Pisang instalado no seu sopé e no talvegue percorrido pelo Marsyangdi, o rio que nos continuava a acompanhar.

Os Aquecimentos Gentis do Sol e do Banho

O amanhecer não tarda a passar para o lado de cá do rio e  abençoa a Upper Pisang íngreme em que o apreciávamos. Num ápice, a povoação  recupera os sentidos. Corvos saídos do nada esvoaçam sobre os telhados brancos e os estandartes budistas tremelicantes, a debaterem-se pelos seus pousos preferenciais.

Corvídeo sobre um telhado de Upper Pisang.

Corvídeos ocupam um telhado nevado, pouco antes de o sol nascente ali incidir.

Alguns habitantes emergem das profundezas dos lares de pedra para apreciarem o que lhes trazia o novo dia. Quase uma hora depois, a bênção solar atinge também o cimo do monte Pisang, por detrás de nós, e oposto ao Annapurna II.

Por essa altura, lembramo-nos da água quente e dos banhos que não chegámos a tomar. Voltamos ao piso intermédio e procuramos por Mila. “Não se preocupem, já a voltei a aquecer” sossega-nos mal nos cruzamos junto à cozinha.

Ganhamos coragem, metemo-nos no compartimento exíguo de duche, despimo-nos arrepiados e entregamo-nos a ensaboares intercalados por catadupas tépidas que despejamos sobre nós de um pequeno alguidar.

O Aconchego Matinal de Mount Kailash

Vencida a passagem do término gélido do banho  para o conforto da roupa invernal, sentamo-nos à mesa e atacamos as papas de aveia com maçã e mel que o anfitrião tinha acabado de servir. Ao mesmo tempo, aproveitamos o regresso da eletricidade para carregarmos o máximo possível de baterias.

Consciente de que ainda éramos os seus únicos clientes e de que os afazeres estavam controlados, Mila senta-se junto a nós. Conversa puxa conversa, percebemos que a pousada não lhe pertencia, que o ancião não era sequer de Pisang.

A Mount Kailash resultara da iniciativa de Bhujung Gurung, um nativo mais novo e aventureiro que mantinha nas paredes da pousada uma série de fotos suas, sempre barbudo, a cavalo e noutro tipos de aventuras. Mila e a família, tinham-se limitado a aproveitar a crescente notoriedade de Upper Pisang e a oportunidade que a tea-house lhes havia proporcionado.

Mosteiro Budista, Upper Pisang, Nepal

A entrada do templo budista de Upper Pisang disposta contra a encosta nevada oposta à dos Annapurnas.

Acima e Abaixo de Upper Pisang

Àquela hora, pouco mais conhecíamos da povoação que a rampa sinuosa para a Mount Kailash que, aliada ao peso excessivo das mochilas, nos tinha arrasado à chegada. Como tal, deixamo-las refeitas no quarto, gritamos um até já à Mila e saímos à descoberta.

Subimos uns metros adicionais na povoação. Apontamos ao templo budista que o terraço destacado antes nos tinha revelado. Já no interior do recinto, percebemos que estava entregue a um monge solitário, demasiado concentrado com as tarefas religiosas matinais ou habituado à paz do retiro para connosco perder tempo.

Monge budista, Upper Pisang, Nepal

Monge tenta acender um fogo ritual no templo budista cimeiro de Upper Pisang.

O sacerdote acende um fogo ritual numa torre chorten elementar, de pedras empilhadas. Quando o consegue, retira-se para um qualquer anexo e deixamos de o ver.

Curioso como é da sua natureza, um corvo suspeita que o fogo pode representar algum proveito.

Pousa sobre um mastro de bandeira de oração a uns poucos metros de nós e, por momentos, fica a controlar-nos os movimentos. Quando intui a mais que provável falta de proveito, debanda.

Corvo, Upper Pisang, Nepal

Corvo sonda o seu território, o vale amplo de Pisang, um de tantos dos Himalaias nepaleses.

Os Derradeiros Momentos em Upper Pisang

Nós, percebemos que a subida do sol para o seu zénite, fazia derreter a neve noturna e descobrir os telhados azuis modernos e incaracterísticos que, para desilusão de qualquer fotógrafo, os nepaleses se habituaram a usar. Descemos para o âmago da povoação.

Moradora de Upper Pisang conduz gado, Nepal

Anciã da povoação conduz uma vaca a zonas mais baixas de Upper Pisang e à sua principal fonte.

Seguimos a peugada de uma nativa que solta os iaques do curral, os leva a beber água e liberta para a habitual deambulação pastoral. Espreitamos algumas outras ruas, casas e recantos. Saudamos três ou quatro habitantes, os poucos com que nos cruzamos.

Tinham chegado as dez da manhã, a hora de nos pormos a caminho. De acordo, de volta à Mount Kailash, selamos as mochilas, colocamo-las às costas e despedimo-nos de Mila.

Jovens moradores de Upper Pisang, Nepal

Duas jovens habitantes de Upper Pisang, preparam-se para uma lavagem de roupa, junto a uma das fontes da povoção.

Caminhamos, motivados, rumo à orla da povoação, contornamos o seu muro mani de rodas de oração, atravessamos a estupa de saída/entrada e fazemo-nos ao trilho Annapurna Parikrama Padmarga, apontados a Ghyaru. A Ngawal e a Braga.

Upper Pisang, Nepal

Vista lateral de Upper Pisang, a partir do trilho que a liga à povoação que se segue: Ghyaru.

Mais informações sobre caminhadas no Nepal no site oficial do Turismo do Nepal.

Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna - A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Fiel em frente à gompa A gompa Kag Chode Thupten Samphel Ling.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Casario tradicional, Bergen, Noruega
Arquitectura & Design
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Big Freedia e bouncer, Fried Chicken Festival, New Orleans
Cerimónias e Festividades
New Orleans, Luisiana, Estados Unidos

Big Freedia: em Modo Bounce

New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, lá emergem novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, aventuramo-nos à descoberta do Bounce hip hop.
MAL(E)divas
Cidades
Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério

Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Kigurumi Satoko, Templo Hachiman, Ogimashi, Japão
Cultura
Ogimashi, Japão

Um Japão Histórico-Virtual

Higurashi no Naku Koro ni” foi uma série de animação nipónica e jogo de computador com enorme sucesso. Em Ogimashi, aldeia de Shirakawa-Go, convivemos com um grupo de kigurumis das suas personagens.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
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O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
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Com Sydney para trás, entregamo-nos à “South Coast” australiana. Ao longo de 150km, na companhia de pelicanos, cangurus e outras peculiares criaturas aussie, deixamo-nos perder num litoral recortado entre praias deslumbrantes e eucaliptais sem fim.
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Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
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Portfólio Got2Globe

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À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia

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Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

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Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
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O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
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Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Tobago, Pigeon Point, Scarborough, pontão
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Scarborough a Pigeon Point, Tobago

À Descoberta da Tobago Capital

Das alturas amuralhadas do Forte King George, ao limiar de Pigeon Point, o sudoeste de Tobago em redor da capital Scarborough, revela-nos uns trópicos controversos sem igual.
Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka
Religião
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Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
religiosos militares, muro das lamentacoes, juramento bandeira IDF, Jerusalem, Israel
Sociedade
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Vida Selvagem
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.